domingo, 31 de dezembro de 2023

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GODZILLA MINUS ONE (Avaliação 4/5 - Muito bom!)

 Novo filme do 'Kaiju' mais querido do Japão é tenso e bem fiel as suas origens. Vamos a análise!
 Em comemoração aos setenta anos do personagem mais famoso da cultura japonesa, o diretor Takashi Yamazaki decide homenagear o protagonista com um filme mais denso, dentro das raízes mais profundas da construção da mitologia em torno do monstro gigante e trazendo um roteiro que nos leva no tempo a um Japão despedaçado pelo pós guerra - mais precisamente a Segunda Guerra Mundial. Com suas vidas ainda por reconstruir após os destroços deixados pelo conflito, surge nos mares uma criatura que torna as coisas ainda piores. E o que chama a atenção é o filme se passar justamente nesse período, pois até o nome do filme tem um peso nisso e é interessante pensar sobre como os japoneses lidaram após o fim do embate. Vamos falar um pouco mais sobre nos parágrafos abaixo.
 'Minus One'. Existe um dito popular que diz 'nada é tão ruim que não possa piorar'. A definição aqui cabe perfeitamente no título. Após alguma pesquisa, notei que o título representa exatamente um Japão em estado 'zerado' pela guerra, reiniciando de seus destroços, porém com a chegada do Godzilla o que já está zerado se tornou 'menos um'. Ou seja, o reinício foi ainda mais abafado pela chegada do monstro, tornando tudo ainda muito mais tenso e agravante. O que era para recomeçar do zero, ficou ainda mais abaixo de zero percebe? Isso mostra o peso do personagem em meio a um caos já em decorrência do pós guerra. Interessante.

Ele chegou para dizer o que veio fazer.

 Trauma constante. Falar da Segunda Guerra para os japoneses não é algo muito agradável para eles, obviamente. Hiroshima e Nagasaki ainda estão no meio da memória desse povo. E é interessante ressaltar como isso é retratado no longa usando o Godzilla como protagonista, porém ao mesmo tempo como 'pano de fundo' para tratar dos horrores do pós conflito, que deixaram uma Japão a deriva e devastado com tudo o que havia acontecido. O fato do raio do 'Kaiju' ser radioativo demonstra sutilmente que os destroços causados pelo confronto foram catastróficos. É uma ilustração dolorosa de um período crítico para o que hoje é conhecido como um dos países mais tecnológicos do mundo.
 Desonra e honra. O ator Ryûnosuke Kamiki vive o protagonista central da trama, 'Kõishi Shikishima', um aviador kamikaze que se perdeu pelo medo de ser apenas um 'tiro ao alvo' no meio de seus inimigos. No entanto, o arco de desenvolvimento de seu personagem é cativante e envolvente, construindo e moldando seu caráter a partir de seus próprios medos. Sabemos que os japoneses tem um código de ética e honra muito fortes e isso influencia o povo em todas as áreas de suas vidas. Ver isso sendo captado em tela e mostrado com certa veracidade não só é interessante como também faz parte intrínseca da cultura daquele país desde os primórdios da nação. E após a Segunda Guerra, isso foi ainda mais fortemente norteando os japoneses para que se tornassem a potência que é a nação hoje. Muito bem elaborada essa parte do filme.

Cena de perseguição no mar incrível!

 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! ‘Godzilla Minus One’ é a volta as raízes do personagem, não só o homenageando, mas também pondo em discussão os conflitos de uma nação devastada pelo pós guerra e como sobreviveriam a mais uma ameaça, caso ela existisse naquele período. O filme tem muitas camadas de debate, e as que eu propus estão neste singelo texto. Se curte cultura japonesa e filmes que são mais reflexivos, é diversão certa para você. Vale demais o ingresso!

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sábado, 23 de dezembro de 2023

Filmes

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WONKA (Avaliação 4,5/5 - Excelente!)

 Com uma estética leve e bem construída, longa que conta a história pregressa de seu protagonista é delicioso de assistir. Vamos a análise!
 Interpretado por pelo menos duas vezes por Gene Wilder (1971) e Jhonny Depp (2005), 'A fantástica fábrica de chocolate' foi escrito por Roald Dahl e publicado pela primeira vez em 1964. O personagem central, 'Willy Wonka' é um artista que sabe criar como ninguém. Mas alia suas criações ao gosto pelo chocolate, propondo uma viagem sem limites ao paladar da imaginação. E agora em 2023, temos ninguém menos que Timothée Chalamet interpretando uma versão mais jovem do sonhador criador, contando um pouco de suas experiências e peripécias para conseguir alcançar seu maior sonho: construir maior e melhor loja de chocolates do mundo. Cheio de musicais e coreografias inspiradas e muito técnicas, o longa consegue recriar toda essa magia e ser, ao mesmo tempo, carregado de belas lições e significados. Vamos destrinchar esses pontos melhor mais adiante.

Canções e coreografias impecáveis.

 Técnica impecável. Todo o filme tem sua narrativa pautada em algum ponto central ou nos atores principais, obviamente. Mas aqui juntar a trama com musical ganha um gostinho pra lá de especial. Tanto Timothée quanto todos envolvidos nas danças e coreografias são responsáveis pelas mais belas e doces apresentações durante todo o filme. 'Live action' com canções são difíceis de combinar. Ter entrosamento entre roteiro, trama e músicas não é nem um pouco fácil. Mas esse longa traz uma suavidade tão peculiar que prende o espectador e transforma tudo em quase um belo espetáculo teatral. Isso mesmo. Parece uma peça de teatro em formato de filme, tamanho a dedicação dos atores em traduzir uma mídia na outra sem perder a real sensação de que é de fato um filme. E todos os cenários, figurinos e diálogos são construídos com base nessa premissa. É tão fluido e honesto que o filme passa e não se percebe. Tem um singelo bom gosto artístico que transpassa gerações. Tanto crianças, quanto jovens e adultos vão realmente se encantar com o tom da produção.
 Lições interessantes no contexto das atuações. Os coadjuvantes do longa são ricos e bem construídos. Olivia Colman interpreta a dona de um hotel um tanto quanto duvidoso quanto a sua qualidade e serviços. O protagonista se vê em apuros quando assina um contrato sem ler o restante dos termos. E a primeira lição aqui é que devemos sempre estar atentos as 'facilidades' que nos oferecem nesta vida. Muitas pessoas caem em golpes dentro e fora da internet por não querer ter o trabalho de checar melhor o que e com quem estão fazendo negócios. E são golpes que as vezes custam anos de sacrifícios e lutas para conquistar um bem. Toda atenção é pouca nesses casos. Outro ponto interessante que dá uma bela lição de vida é como a indústria - falo das gigantescas - querem 'engolir' o mercado com seus produtos, ofuscando qualquer tipo de concorrência que lhes faça competição no mesmo nível. É o caso claro de 'Willy Wonka', que chega na cidade querendo vender seus deliciosos e irresistíveis chocolates, mas trava uma batalha com os grandes comerciantes locais, por conta de seu produto ser claramente diferenciado dos outros. Alguma alteração entre a ficção/fantasia e o mundo real? Acho que não. É de fato uma leve e doce paródia da vida como um todo, contada da maneira mais sutil e refinada possível.

Oompa-Loompa (Hugh Grant): muito bom.

 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! "Wonka" brilha em seu musical, no cômico e sorrateiro 'Oompa-Loompa' de Hugh Grant e na versatilidade de atuação de Timothée Chalamet. As expectativas desse que vos escreve foram mais que superadas, tanto pela ótima tradução das canções quanto das atuações. Filme muito gostoso de assistir com toda a família. Arrisco dizer que ao menos uma indicação ao Oscar 2024 de 'Melhor ator' Chalamet merece. E o filme por 'Melhores efeitos visuais' e ' Melhor figurino'. Vale demais o ingresso!

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terça-feira, 12 de dezembro de 2023

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NAPOLEÃO (3/5 - Bom!)

 Diretor Ridley Scott acerta em narrar a história de um personagem icônico, todavia falha na apresentação e construção do mesmo. Vamos a análise!
 Para quem conhece um pouco da história desse imperador e estadista francês do século XIX, sabe que ele foi um grande estrategista de guerra e um poderoso líder militar do seu tempo, conquistando territórios e fama por todas as partes da Europa com seus feitos. No entanto, como um homem de guerra, possuía um temperamento não muito amigável nem tampouco era uma pessoa dócil. Ainda assim, o diretor desse decide optar por um caminho narrativo não muito adequado para esta figura relativamente recente da nossa história. Mas no que ele se equivoca na biografia desse líder, ele capricha na parte técnica de forma espetacular e brilhante. E com essa introdução, vamos destrinchar melhor esses pontos mais abaixo.

Joaquin Phoenix: atuação pontual.

 Um Napoleão 'generoso' demais. Que Joaquin Phoenix é um ator brilhante disso ninguém tem a menor dúvida. Com um Oscar na mão do filme 'Coringa', é deveras versátil e muito técnico. No entanto nem sua veia cativante pode conter o roteiro que conduziu o protagonista a um status de 'glamour' que fica evidente a dissonância entre o guerreiro e sua personalidade totalmente estilizada no filme. Scott decide ir por um caminho narrativo do qual claramente percebe-se que o diretor queria trabalhar muito mais um personagem do que uma história real de uma vida. E isso atrapalha a trama em alguns pontos, por mesclar essa 'doçura' com batalhas épicas e momentos que acabam se tornando rasos de tensão. Joaquim dá o melhor de si no texto que lhe fora entregue, mas não consegue aprofundar ainda mais a personalidade mais dura e marcante desse. Isso fica evidente em praticamente todo o longa.
 Batalhas épicas e figurinos perfeitos. Alguns outros aspectos mais técnicos da película direção e produção conseguem um feito que eleva o patamar da produção a níveis épicos. As batalhas colossais estão lá, juntamente com uma fotografia bem posicionada e coreografias de luta muito bem feitas. Os 'takes' com os exércitos prestes a se enfrentar são maravilhosos e bem colocados em tela. Há uma batalha sobre o gelo em que a fotografia deslumbra o horror dos mortos nas águas frias sob o comando estratégico de Bonaparte que é um vislumbre visual impecável. Outro ponto marcante vai tratar sobre o figurino dos personagens no longa. Vanessa Kirby está deslumbrante como 'Joséphine', uma das esposas de Bonaparte. E em tudo nesse quesito o filme entrega o melhor para aquela época. As ambientações onde foram gravadas as cenas, os estilos de época e o auge da revolução francesa estão lá com todo o bom gosto do diretor em fazer o melhor tecnicamente falando. Verdadeiro deleite aos olhos dos espectadores.

Figurinos e fotografia belíssimos.

 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADO! "Napoleão" tropeça por quase desconstruir um líder forte e militarizado, mas atenua esse equívoco com um vislumbre visual e fotografia lindíssimos, com figurinos e cenas bem dirigidas de tirar o fôlego. Joaquim Phoenix e Vanessa Kirby conseguem traduzir muito bem a ideia do diretor, mostrando suas capacidades e talento. Um bom filme para se ter uma ideia do quão importante essa personalidade da nossa história foi. Arrisco dizer que indicações ao Oscar como ‘Melhor fotografia’ e ‘Melhor figurino’ virão em 2024. Acredito que valha sim o ingresso!

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sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

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AS MARVELS (Avaliação 3/5 - Bom!)

 Novo longa da Marvel traz trio de heroínas, mas não atende requisitos básicos para a construção de uma boa obra. Vamos a análise!
 Com o objetivo de ligar as histórias de ‘Monica Rambeau’ (Teyonah Paris), ‘Kamala Khan’ (Iman Vellani) e ‘Carol Denvers’ (Brie Larson), nova produção do UCM tenta unir as personagens relacionadas em um único arco, trazendo ‘Monica’ de WandaVision, ‘Kamala’ de Ms. Marvel e ‘Carol’ de Capitã Marvel, onde vai mostrar como e o porquê elas estão interconectadas. Só que o que seria um grande acerto se tornou em uma enxurrada de problemas técnicos que levaram este longa a marca de uma produção bem aquém daquelas que nos acostumamos a ver do estúdio. Com honestidade, as atrizes se esforçam e interagem muito bem em cena juntas - falo sobre isso um pouco mais adiante -, todavia parece que roteiro, diálogos, continuidade e outros fatores foram deixados totalmente de lado pelos produtores e pela direção. Além do filme ser muito curto, ele claramente se demonstra como um produto feito sem muito capricho. Vamos destrinchar sobre todos esses fatores – bom e ruins – nos parágrafos abaixo.

Trio de protagonistas: ótima interação.

 Um roteiro básico demais. Embora saibamos que a simplicidade ou a complexibilidade do roteiro não seja sempre um fator determinante para uma grandiosa película, sabemos sim que ele cumpre papel essencial na construção da narrativa e no aprofundamento dos personagens. Logo, se estamos falando de uma saga de filmes nos quais eles precisam se encaixar para fazer sentido, o roteiro é peça-chave para tal. Porém o que foi apresentado em ‘As Marvels’ não condiz com uma história que realmente traga alguma transformação ou mudança real de paradigma de cada uma das protagonistas. Veja, elas tem de se unir contra um mal maior e entender que estão correlacionadas umas com as outras. Mas, como já disse, anteriormente, o tempo curtíssimo do filme – aproximadamente uma hora e quarenta minutos – não faz nem um pouco jus a esse tratamento que todas elas precisariam para serem realmente uma equipe mais podada, por assim dizer. Diálogos muito rasos e pouco tempo para subtramas mais pessoais atrapalharam e muito um desenvolvimento mais justo e humanizado de todas. E se existe uma coisa que eu sempre digo aqui e que não gosto é de filme corrido, mais ainda quando tem muitos protagonistas em cena. O corte final tem sempre de estar alinhado as necessidades que advém com a trama do filme. Se não for assim, não funciona.
 Atrizes talentosas mal aproveitadas. O trio de protagonistas é composto por uma ganhadora do ‘Oscar’ (Brie Larson), uma atriz muito boa (Teyonah Paris) e outra super carismática (Iman Vellani). E é perceptível que elas tentam o tempo todo da produção se esforçarem ao máximo com o texto que lhes fora concedido. E o que se comprometem a fazer o fazem muito bem. Tanto que as cenas de luta em que a três tem de estar juntas ou estar trocando de lugar umas com as outras são a melhor parte do filme. Foram muito bem produzidas e coreografadas. Principalmente as do início do filme, quando elas ainda estão confusas com as trocas advindas de seus poderes. É um deleite visual as três nessa parte. E isso poderia ser melhor aproveitado com uma carga mais profunda de diálogos. Tudo é explicado tão as pressas que não há tempo hábil para as atrizes se entregarem mais a seus papéis. O que é talvez um dos maiores equívocos ao meu ver: trazer pessoas tão capazes de brilhar em cena que infelizmente não puderam por não terem ajustado melhor seus espaços e tempos de tela. E ainda salta-me dizer da vilã ‘Dar-Ben’, vivida pela atriz Zawe Ashton. Concederam-lhe motivações tão sem graças e conversas tão pífias que ela deixou de ser uma grande ameaça para se tornar mais uma antagonista genérica e mal adaptada. Percebe-se todo esforço para não chegar a lugar algum. Afinal, uma personagem como ‘Capitã Marvel’ - com mais duas aliadas ainda -, deveria ter ao menos alguém que fizesse jus a força das três juntas. Mas o que nos foi entregue foram excelentes cenas de ação com muito pouca substância. Uma pena realmente.

Samuel L. Jackson retorna como Nick Fury.

 Sempre entrego algo aqui sobre os efeitos com os óculos 3D de cada filme – quando eles possuem essa opção. E o que posso dizer desse é que mais uma vez opta-se pelo razoável ao invés do muito bom. Começa apresentando uma abertura legal na tecnologia e aos poucos vai deixando o público de lado com raros ou quase nenhum efeito. E o que torna a experiência de assistir o filme assim é justamente você pagar para ter a imersão da melhor forma e qualidade possível. Mas aqui, querido leitor, fica bem ao seu cargo. Se curtir o efeito, vá. Se não, pode deixar passar dessa vez.
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADO! “As Marvels” tem ótimas atrizes com personagens de diferentes e excelentes nuances e características, com ótimas tomadas de ação e boa fotografia – que contribui bastante para o visual das cenas de luta. Mas as coisas já desandam começando pelo erro de continuidade – e aqui falo sobre. O longa se passa antes da série ‘Invasão secreta’ e causa uma extrema confusão no espectador que vê a série para depois assistir a película. Eu mesmo tentei entender algumas correlações e só consegui porque percebi que o filme é anterior a série. Um vacilo da Marvel no calendário das estreias e um ‘balde de água fria’ para aquele que acompanha esse universo compartilhado. Se você não acompanha o UCM ou não conhece as personagens e atrizes do filme, talvez esse longa não seja para você. Porém se gosta das protagonistas e das atrizes, acredito que irá aproveitar melhor a produção. Para esses acredito que valha sim o ingresso!


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segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Filmes

MUSSUM - O FILMIS - Avaliação 4,5/5 - Excelente!

 Aílton Graça dá vida a uma dos maiores e mais saudosos comediantes do nosso tempo e esbanja talento em tela como ‘Mussum’. Vamos a análise!
 Quem aí tem mais de 40 anos pelo menos (ou até um pouquinho menos talvez)? Eternizado na televisão brasileira como um dos maiores programas de humor de todos os tempos e com sucesso absoluto de público, ‘Os trapalhões’ nasceram em 1974 e viralizaram - em uma época que essa palavra nem era usada – até o ano de 1995 com suas esquetes simples e engraçadas e seus personagens mais que icônicos. Quem aí não lembra do ‘Sargento Pincel’, vivido pelo saudoso ator Roberto Guilherme? Ele e outros tantos ali alegravam demais nossas vidas e nos faziam rir despretensiosamente com um humor bobo e caricato. E dentre eles, o primeiro a receber uma homenagem em forma de filme foi Antônio Carlos Bernardes Gomes, mais conhecido por todos pelo cômico personagem ‘Mussum’ das telas. Nesta obra vamos conhecer não somente o ‘trapalhão’, mais toda sua trajetória de vida, desde sua infância no Lins, Rio de Janeiro, até sua ascensão como o comediante que todos nós conhecemos. E não foi qualquer trabalho não. É um filme digno e de respeito baseado em um livro que conta um pouco de sua história chamado ‘Mussum – Uma história de humor e samba’. E como sempre faço, vamos destrinchar um pouco abaixo as qualidades desta impecável projeção.

Ailton: impecável no papel.

 Aílton Graça e grande elenco brilham. A caracterização e a personalidade da pessoa de Antônio Carlos foi muito bem executada. Muito talentoso, Ailton Graça traz a vida não só o personagem, mas todas as nuances, momentos e desventuras da pessoa no papel de ‘Mussum’. Esbanjando carisma, sensibilidade e simpatia, o ator protagonista consegue trazer ao público a emoção, as risadas e a conexão com esse que alegrou tanto nossos domingos por muitos anos. Trás relevância e senso de nostalgia imediatos para o público. Outra atriz que chamou atenção para mim foi Cacau Protásio. Ela interpreta a mãe de Antônio Carlos ainda criança e a faz com uma sensibilidade incrível e forte. Mesmo usando sua veia cômica, consegue entregar os momentos mais delicados da vida de Dona Malvina Bernardes Gomes com esmero e intrepidez, sendo extremamente competente nesse papel na primeira parte do filme. Neusa Borges reproduz Dona Malvina da metade do segundo ato em diante e protagoniza cenas tanto imperdíveis quanto engraçadas. Talentosa e reconhecida atriz que é, também entrega tudo no papel. E não só eles, mas o grande elenco deste filme é super bem entrosado, mostrando todas as fases da vida do artista com detalhes e peculiaridades que talvez muitos de nós não sabíamos. Parabéns a todos pelo belo esforço.
 Roteiro, edição e montagem impecáveis. Não bastasse o elenco de primeira, o muito bem escrito roteiro produz uma narrativa leve, cômica e dramática ao mesmo tempo. Porém uma não suplanta a outra. Pelo contrário. Comicidade e dramaticidade trabalham em sintonia em seus momentos certos sem desgastar a trama nem incomodar o espectador. A direção de montagem e edição são igualmente primorosas, pois todo o filme é rigorosamente bem executado nessa parte. Os momentos em que Ailton e demais atores interpretam ‘Os trapalhões’, há uma dinâmica bem executada no formato das telas antigas de tubo de imagem que abrilhanta e recria o vínculo dessa época. E esses são só alguns detalhes desse bonito trabalho. Como não sou de fornecer ‘spoilers’ por aqui, dei só uma aguaçada em você, querido leitor, para assistir e ver outros detalhes que abrilhantam ainda mais essa película.

Cacau Protásio: cômica e comovente.

 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! Considerado pela minha pessoa como uma das melhores biografias de uma personalidade brasileira, “Mussum – O filmis” não só traz essa essência nostálgica como consegue nos fazer viajar no tempo décadas atrás para contar a vida e a história desse icônico personagem que marcou nossas infâncias e noites de domingo na televisão, além dos diversos filmes que ele gravou junto ao elenco dos “Trapalhões”. Uma obra rica, bem contada e com um desfecho emocionante. Para quem viveu esse período, é ida certa ao cinema. Para os mais novos, uma pequena demonstração de como fazer comédia sem ser apelativo. Vale demais o ingresso!

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quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Filmes

ASSASSINOS DA LUA DAS FLORES (Avaliação 4,5/5 - Excelente!)

 Nova produção de Martin Scorsese narra um fato que poucos conhecem em uma trágica história de poder, dinheiro e jogo de interesses. Vamos a análise!
 Final do século XIX e início do século XX. Uma tribo indígena chamada ‘Osage’ ocupam terras que lhes foram concedidas pelo governo americano a época. Porém esse mesmo povo descobre que suas posses são mais valiosas do que imaginavam ao encontrar altos índices de petróleo nelas. Isso faz com que esse povo se torne um dos mais bem sucedidos e ricos da região, atraindo olhares curiosos de muitos. E desses ‘muitos’, olhares de brancos que, não conformados com o que tal povo tinha conquistado, resolvem se infiltrar no meio deles para, da forma mais suja possível, arrancar-lhes suas terras, posses e domínio. Essa é a principal narrativa deste filme de época que conta um caso brutal e real que remonta sempre ao mesmo principo: até onde vai a ganância humana por bens e recursos? ‘O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males’, diz um verso bíblico. E esse verso é tão crível que, ao longo de toda a história da humanidade, esse ‘amor’ sempre esteve presente derrubando reis, nações, pessoas, cidades inteiras, vidas. E essa é mais uma história que a maioria desconhece, mas com as mesmas e imutáveis intenções. E veremos mais abaixo alguns porquês de tanta crueldade e o quanto diretor e elenco são impecáveis em seus papéis para o desenvolvimento de toda a trama.

DiCaprio e De Niro: impecáveis.

 Um roteiro preciso e bem construído. O que faz um filme te manter cativo o olhar por mais de três horas seguidas sem querer perder nenhum detalhe? Justamente seu bom roteiro e diálogos instigantes e envolventes. E não me leve a mal. Não é sobre o tamanho do filme (há animações espetaculares que duram uma hora e trinta minutos e são extremamente bem trabalhadas), mas sobre como o longa te fornece informações sobre a trama que deixam o espectador interessado nos mínimos detalhes. E é exatamente isso que Scorsese faz nessa produção de três horas e vinte e seis minutos. ‘Oppenheimer’ de Nolan oferece o mesmo. A experiência que está sendo transmitida através da imposição de diálogos induzidos, feitos para serem complementados mais a frente é o que gera a atenção do público. O mais interessante aqui é como um fazendeiro sórdido, vivido brilhantemente pelo ator Robert De Niro, consegue ‘captar’ a essência dos indígenas, se infiltrando dentro da comunidade para ter acesso a informações privilegiadas sobre os mesmos e usando essas informações contra os próprios indígenas da região. E tudo isso é feito com tanto capricho pelo ator que faz o seu personagem se tornar inescrupuloso a níveis que só um ator do calibre desse pode fazer. Vou detalhar isso mais abaixo.
 Atuações e atores muito bem escolhidos. Como disse no parágrafo anterior, De Niro, no auge dos seus oitenta anos, consegue nos transportar para dentro dessa indigesta história da humanidade de forma extremamente competente. Ele, embora seja mais um coadjuvante, é a ‘mola-mestra’ de toda a trama. As atitudes de seu personagem são tão insanas quanto perversas com um toque de classe e cinismo memoráveis. E na impecabilidade de sua atuação, vemos também o sobrinho do fazendeiro sujo, vivido pelo ator Leonardo DiCaprio, em uma química e coordenação de se aplaudir de pé. DiCaprio tem se tornado um nome tão influente na indústria que a cada filme seu, suas atuações - principalmente quando ele faz certos monólogos – são de ‘cair o queixo’ de tão exuberantes e bem pontuadas. Lembro-me de um monólogo incrível dele em ‘Era uma vez em...Hollywood’ (filme de Quentin Tarantino) em que ele simplesmente merecia um ‘Oscar’ só por aquela cena. E isso aqui não é ‘rasgação de seda’. O ator tem provado seu valor a cada nova produção e nesta ele brilha como protagonista como ninguém. A química com De Niro e com a atriz Liliy Gladstone (que interpreta ‘Mollie’, sua esposa indígena no longa) são colossais. A mesma aura cínica de seu tio é imposta no personagem de DiCaprio de forma esplendorosa. E ver o desenvolvimento de ‘Ernest Burkhart’ (DiCaprio) desde da chegada dele até a casa do tio e no que ele se transforma é algo que só um ator de bom nível e que sabe trabalhar a construção de seu personagem consegue fazer. E DiCaprio tem se tornado esse ator, que sabe executar muito bem as nuances, discrepâncias e mudanças das pessoas que ele interpreta. Brilhante.

Lily Gladstone e DiCaprio: ótimas performances.

 Amor ao dinheiro e poder: um mal recorrente na humanidade. A influente e primorosa mensagem aqui dirigida magistralmente por Scorsese e executada impecavelmente pelos atores em questão é justamente até que ponto as pessoas se importam com as outras quando o assunto envolve bens. O ser humano é tão influenciável pelo apego a moeda que faz girar o mundo que se esquece até do outro. A prova disso está estampada de forma escancarada nesse filme. A quem importa as vidas se o que eles oferecem sobrepuja o próprio valor de viver? Cidades, comunidades e vilas inteiras podem se tornar poeira por causa do amor ao dinheiro. E veja bem. Nessa dissertação filosófica que faço, aponto sempre o ‘amor ao dinheiro’, e não a espécie papel-moeda em si. O dinheiro é bom quando ele não se torna em seu coração o seu ‘deus’. Porém, quando ele se torna mais valoroso interiormente, o que um ser humano pode fazer para obtê-lo pode ir além da compreensão humana. Tirar vidas pode ser apenas mero detalhe. Distanciar parentes ou pervertê-los não fazem diferença nenhuma. ‘Jogar o jogo’ é o que mais importa. Mesmo que o fim seja trágico para alguns. Esse é o principal sermão do diretor para todos nós refletirmos enquanto ainda temos consciência dos nossos atos.
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! “Assassinos da Lua das Flores” é Martin Scorsese em sua mais completa e profunda reflexão sobre a vida. Seus filmes já fazem isso? Obviamente. Mas aqui ele alcança mais um patamar de maturidade com questões filosóficas profundas, um elenco afiadíssimo e grandes chances de concorrer em várias categorias ao ‘Oscar’ em 2024. Um filme reflexivo e analítico que prende o espectador do início ao fim. Vale demais o ingresso!

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segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Filmes

TROLLS 3 (Avaliação 3/5 - Bom!)

 ‘Trolls 3’ segue a linha da diversão, o embalo das músicas e de seus personagens carismáticos e a crítica a indústria fonográfica mais uma vez. Vamos a análise!
 ‘Trolls’ é uma franquia que trouxe muito mais adesão a minha pessoa quando vi o segundo filme. Cercado de um roteiro inteligente, protagonistas pra lá de fofos e uma trilha sonora envolvente, cativou-me instantaneamente. Mas o que me chamou a focar nessa série de filmes é que nesse segundo eles investem em uma discurso interessante de como a ‘pop music’ conquistou o público ali pelo final dos anos 80, início/final dos anos 90 do século passado, deixando o ‘rock’ um pouco ofuscado e mais nichado daquele período em diante. Lógico que isso é revertido na animação com doses de extrema fofura e com uma leveza suprema. Mas os roteiristas foram geniais em debater esse tema dentro de uma animação musical para crianças. E o que deu muito certo no segundo eles repetem de mesmo modo no terceiro. Será que conseguiram o mesmo êxito? É o que veremos nos parágrafos abaixo.

Tronco, Poppy e seu irmão.

  Altos e baixos do mundo pop. A narrativa conta de um grupo – no longa – que se formou e criou uma ‘boy band’ há muitos anos atrás (alguém já identifica referências aqui? rsrs). Porém o sucesso e os limites de cada um os tornaram praticamente intolerantes um com o outro e a banda se separou, gravando um só disco durante toda sua carreira (sem citar os nomes dos personagens da animação para não dar ‘spoilers’, mas já comparando, pensa aí quantas dessas no mundo real tiveram ascensão no final dos anos 80, início/final dos anos 90 do século passado e aconteceu exatamente isso? Só essa introdução já me deixou surpreso sobre o teor do longa). Acontece que agora um deles foi ‘sequestrado’ por uma dupla de ‘cantores de autotunes’, pois eles precisam sempre do talento de um desses Trolls para poder cantar bem. E aí já tecem outra bela crítica àqueles que fazem sucesso pelo nome que carrega, porém quando cantam ao vivo não dão conta do recado e precisam de ‘ajustes’ para não mostrar que são definitivamente ruins - e que na verdade só tem o sucesso porque são seguidos pela 'massa', mesmo sabendo que não tem aptidão nenhuma. Todo esse contexto é super bem pontuado no filme e norteia a trama que é exatamente o epicentro dessa narrativa, dando destaque para as nuances que apresentei aqui e dissertando fortemente que o mundo da música não é tão ‘glamouroso’ quanto parece. Tem farsas, dilemas, disfarces e muito, mas muito marketing e dinheiro envolvido, mesmo quando não há talento de fato. Genial!
 Ideia boa, filme arrastado. Apesar do boa argumentação da animação, ela deixa um pouco a desejar no seu ritmo. Em certos momentos ela não parece prender o espectador tanto quanto o seu antecessor. Há descobertas ao longo, mas em certas ocasiões ela desacelera e não mantém sua estrutura cadenciada. Se perde um pouco em diálogos que não movimentam a narrativa e só estão ali para sustentar seus noventa minutos de tempo em tela. Mesmo no original tendo a participação do grupo N’Sync e chamando a atenção e a responsabilidade para si sobre o tema que foi abordado nessa terceira parte da franquia, há certas ‘quebras’ e lentidão de acontecimentos que incomodaram um pouco. Pelo menos para mim.

Mais surpresas ao longo da jornada dos Trolls.

 3D mediano/bom como quase sempre acontece. Adoro assistir as películas com os óculos. Dessa vez o início parecia ser promissor (a abertura foi bem elaborada em 3D), porém ao longo você tem a sensação de profundidade, mas sem se ater a melhores detalhes, como deveria ser. Acredite, caro leitor, ela é boa, mas poderia ter sido bem melhor. Chegar perto da experiência de um ‘Avatar’ é só uma questão de boa vontade dos estúdios em querer trabalhar melhor a tecnologia. Mas está legal. Acho que vale a diversão dessa vez.
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADO! “Trolls 3” tem seus problemas devido seus diálogos arrastados e sua estrutura narrativa ser comprometida com isso, todavia encanta as crianças com seus personagens carismáticos e seus protagonistas fofíssimos ‘Tronco’ e ‘Poppy’. A crítica sugerida também pode agradar os adultos mais atentos aos detalhes relevantes que o longa apresenta. No fim, ainda acho que a diversão e umas boas risadas estão garantidas tanto para os pequenos quanto para os mais velhos. Vale sim o ingresso!

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sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Filmes

 SOM DA LIBERDADE (Avaliação 4/5 - Muito bom!)

 Filme do pequena Angel Studios choca - propositalmente - ao abordar tema real e avassalador de forma tão explícita. Vamos a análise!
 Todos nós sabemos que crianças demonstram muita ingenuidade e imaturidade para determinadas situações da vida. Mas e quando os pais é que são ludibriados ou não vigiam seus filhos de forma adequada? As consequências podem ser desastrosas e feridas podem ser abertas sem que haja cura. E nesse caso aqui estou me referindo especificamente ao tema da obra em questão, que narra um fato e mostra o quão real e doloroso é o rapto de crianças para objetivos escusos e maldosos, pois a abordagem do filme é crua, sem filtros, para mostrar algo que está debaixo de nossos olhos e que podem acontecer com qualquer pessoa. Durante toda a projeção o longa mostra vídeos e fotos reais de situações incontestáveis, revelando o quão cruel é essa realidade. E vou por aqui destrinchar alguns pontos sobre esse e outros aspectos do filme mais abaixo.

Tim Ballard (Caviezel) e Miguel (Lucas Ávila).

 Um filme simples mas que agrega informação. "Som da liberdade" definitivamente não foi elaborado para ser um filme épico ou de alto orçamento. O objetivo maior da proposta apresentada é a informação. Mostrar de maneira aberta e sem cortes para todas as pessoas a falta de humanidade e empatia por seres tão indefesos. E até onde e o quão grotesca pode chegar a perversidade humana. Não espere uma narrativa elaborada. Nem efeitos especiais de ponta. Mas saiba que depois de sair do cinema você vai amar ainda mais suas crianças e ter mais informações sobre como protegê-las de um dos muitos ardis de pessoas sem escrúpulos. Essa é a ideia central do longa. Conscientização. Sem mais.
 Uma história real. Não há nada mais forte em um ser humano do que o amor e a empatia. Jim Caviezel interpreta um ex-agente federal americano chamado Tim Ballard que embarca corajosamente em uma missão para resgatar crianças tomadas de seus pais das mãos de pessoas sem alma nem coração - sim, porque para ter a coragem de fazer o que fazem com pequenos tem de ser no mínimo desalmado. Esse homem é o centro dessa história e ele é que é devidamente abordado no filme, indo até os limites das perigosíssimas selvas colombianas atrás de uma menina cujo pai está em desespero querendo informações de seu paradeiro. O ex-agente vivido pelo ator é mostrado em fotos e prova que ainda é possível ver gestos de humanidade em determinadas pessoas. Querido leitor, devo adverti-lo que não há grandes atuações - embora Jim esteja muito bem em tela - nem cenas de ação mirabolantes. Há sim, no singelo gesto desse homem pela interpretação de Caviezel o cumprimento de seu papel de cidadão devidamente preparado para tal e que usa de suas habilidades para fazer bem aqueles que precisam. E a recompensa foi bem maior que os riscos que ele passou, cabendo a nós, dentro de nossas limitações, fazer uma pequena parte desse gesto, seja por qual meio for. Esse é o espírito e a mensagem toda do longa, que conta ainda com Mel Gibson como produtor da obra, agregando ainda mais a esses atores a vontade de fazer o bem divulgando através do filme um tema tão delicado e penoso - tanto que levaram cinco anos para conseguirem distribuir o filme já pronto, por conta da indústria cinematográfica que não queria ver esse filme em exibição.

Rocío (Cristal Aparicio) e Tim (Caviezel): cenas fortes.

 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! "Som da liberdade" pode não ter muito a proporcionar em quesitos como alto orçamento ou qualidade técnica, mas o que ele oferta eu jamais vi algum outro filme fazer: informar e conscientizar pessoas sobre essa realidade e o quão cruel e podre ela é. Uma produção que é mais um alerta do que um mero 'filme de ação'. Vá sem medo. Principalmente se você ama esses pequeninos inocentes. Vale muito o ingresso!

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domingo, 24 de setembro de 2023

Bíblia

 REFLEXÃO BÍBLICA

 "Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor por longos dias" Salmos 23.6
 Para aqueles que amam a Deus e que O buscam, o Pai tem um cuidado ímpar com cada um. Deus nos guia por seus caminhos de uma forma que muitas das vezes não entendemos. E por vezes nós também não conseguimos trilhar os caminhos que Ele nos oferece. E o principal motivo talvez seja por não compreender a conexão da intimidade com Ele. Só realmente saberemos qual o caminho certo trilhar se a nossa interligação com nosso Senhor for completa. E nesse caso só a oração - e não suposições e decisões precipitadas - é que poderão nos trazer a real direção de Deus para as nossas vidas. O caminho que Ele nos trilha é por vezes penoso, choroso, duro e cheio de espinhos. Traz por algum tempo certo pesar e sofrimento. Mas Ele mesmo disse que 'no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, Eu venci o mundo'. Ei querido, em meio a tantas decepções e destemperos da vida, há uma promessa tanto neste texto quanto no versículo destacado para essa mensagem: a de que existe bondade, amor e misericórdia em todos os atos de Deus para nossa vida. Parece que soa estranho quando vemos na Bíblia o que Jó passou por exemplo. Mas há algum fruto nisso tudo. Há algum proveito. Há um crescimento a ser alcançado. E o salmista complementa dizendo que 'a bondade e a misericórdia me seguirão'. Esse atributos estão garantidos na minha e na sua vida meu querido, caso queira realmente buscar e entender quem é Deus e o propósito que Ele tem para você aqui nessa terra. Não siga o conselho dos outros. Nem muito menos os seus próprios. Pare um pouco, dobre seus joelhos, fale com o Pai, após fique em silêncio, incline os seus ouvidos e ouça a voz de Deus. E você verá que terás provisão, habitação e salvação na casa do Senhor por longos dias e serás próspero e muito feliz. E a canção que complementa nossa mensagem de hoje é a lindíssima "Eyshila & Weslei Santos - Bondade de Deus". Medite nessa Palavra, ouça esse belo louvor e seja abençoado em nome de Jesus!


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quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Bíblia

REFLEXÃO BÍBLICA

"O caminho do insensato é reto aos seus próprios olhos, mas o que dá ouvido ao conselho é sábio" Provérbios 12.15
 Há um dito popular que diz 'conselho bom não se dá, vende'. Porém há muito mais virtudes em um bom aconselhamento do que somente a premissa das nossas crendices. O livro de Provérbios de Salomão é riquíssimo em sabedoria e eleva nosso entendimento com palavras que deveriam ser compreendidas e seguidas por todos, incluindo crentes (porque sim, há cristãos que são insensatos sobremaneira). Quando se oferece um parecer visando o bem-estar de outrem, há dois pontos que precisam ser observados: o que se fala e quem o recebe. Digo isto pelo próprio contexto do versículo em apreço: 'o caminho do insensato é reto aos seus próprios olhos'. Por essas palavras já se entende que há pessoas que vão almejar seguir suas próprias vontades teimando serem as mais corretas. Em outros casos há aqueles que também não sabem falar ou se portar em determinadas situações e não conseguem fornecer uma correta palavra (e acaba piorando a situação). Ouvir, ponderar e saber como falar é tarefa para poucos. Mas quando sabemos como falar e como ouvir o bom conselho que nos é passado (principalmente aqueles que batem com a nossa realidade e pode servir para que se pondere um novo rumo), somos considerados 'sábios' pelo mesmo texto. Ei querido, não seja insensato. Pense, reflita, debata, recue de decisões precipitadas, pois sábio não é aquele que faz o que quer, e sim aquele que pode fazer melhor do que aquilo que deveria. Não seja sábio aos seus próprios olhos, mas espelhe suas decisões em Deus através de alguém que pode estar vendo você se afundar e não consegue chegar até você por conta de sua teimosia. E para quem oferece suas palavras, peça a Deus sabedoria para tal, para que surta de fato o efeito desejado no abrir de sua boca. Nosso melhor e mais ilustre guia é Jesus, e quem tem conselhos vindos dEle, certamente trarão vida para sua trajetória. E a canção que complementa a mensagem de hoje é a belíssima "Força e sabedoria - Anderson Freire". Reflita nessa mensagem, ouça essa linda canção e seja abençoado em nome de Jesus!


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terça-feira, 29 de agosto de 2023

Filmes

BESOURO AZUL (Avaliação 4/5 - Muito Bom!)

 Novo longa da DC faz o dever de casa e é competente em trazer um personagem desconhecido para o grande público. Vamos a análise!
 Quando se fala em DC Comics, o que vem a sua mente? Provavelmente todos os membros principais da Liga da Justiça: Superman, Batman, Mulher-Maravilha, etc. Todavia há outros personagens interessantes no portfólio da empresa que ficam delimitados só aos quadrinhos (em alguns casos vemos um ou outro desses em animações), perdendo a oportunidade de explorá-los em outro tipo de mídia, como é o caso do cinema. Então temos nesse contexto "Besouro Azul", um personagem de origem latina que, após muitas idas e vindas, reviravoltas nos estúdios que pertencem a Warner, mudanças de comando e reestruturações, finalmente vê a luz do dia, deixando de ser um filme direto para 'streaming' e se tornando uma produção blockbuster de cinema. E diga-se de passagem, o orçamento proposto para o longa foi justo o suficiente para que ele entregasse uma trama coesa, um CGI bonito e personagens carismáticos. E mesmo sendo um herói desconhecido no geral, entrega um produto convincente e divertido. Veremos os porquês disso nos parágrafos abaixo.

Jaime Reyes e o escaravelho: dinâmica muito boa.

 Elenco charmoso e cativante. A dupla de protagonistas Xolo Mariduena (Jaime Reyes/Besouro Azul) e Bruna Marquezine (Jenny Kord) entregam, além da ótima química em cena, um ar extremamente envolvente por ser uma dupla de atores latinos e por funcionarem tão bem um com o outro. As interações e os diálogos não só entre eles, mas também com a familia de 'Jaime Reyes' são contagiantes, cômicos e de teor emocional amplamente perceptível. Condicionado certamente pelo 'calor humano' de todos os latino-americanos, os personagens citados entregam um pouco de nós como povo em tela. E eu gostei demais disso. Levar um pouco de partes de nossas culturas para as telas foi um grande acerto ao meu ver. Ponto para a escolha do elenco.
 Narrativa coerente e bem amarrada. Um dos grandes problemas de contar histórias de origem de heróis é se elas serão bem traduzidos em tela. A dinâmica praticamente sem limites dos quadrinhos faz com que o cinema ou outras mídias não suportem tanta carga de informação devido a vários fatores: custo de produção, o uso de CGI que encarece o longa, escolha de atores que realmente se identifiquem com os personagens e por aí vai. Todavia o que vemos aqui é um conjunto da obra muito bem ajustado, com um roteiro que, apesar dos diversos clichês como a famosa 'jornada do herói', por exemplo, foi capaz de transportar a história de forma simples e eficaz, aplicando as camadas sob medida - sejam elas emocionais, cômicas ou na construção dos personagens -, de forma concisa e sem perceptíveis equívocos. O corte final não danifica a história, não confunde o espectador e deixa claro como a dinâmica 'Jaime Reyes/Besouro Azul' funciona. E para mim isso é o que vale. Explicou sem complicar e sem ser enfadonho, com um 'cast' amável e facilmente aceito pelo público. Mais um ponto positivo aí também.

Bruna Marquezine e família 'Reyes': ótimos!

 CGI bonita e convincente. Como disse em parágrafos anteriores, efeitos especiais são um enorme problema na transição das HQ's para as telas. Isso porque demanda esforço, muito tempo de pós-produção, muita adequação em relação ao produto original e muito dinheiro também. Então focar no que é realmente importante pode ajudar sim a fazer um ótimo trabalho nesse quesito. E esse filme o fez com muita competência. Os efeitos são justos, bem elaborados e bem críveis no sentido criativo da coisa. É aquela máxima: orçamento gasto com cuidado e sendo usado onde realmente vai ser importante pro filme, pois a gente sabe que existem filmes de altíssimo orçamento que o CGI não condiz nem um pouco com o valor gasto. Ao menos nesse caso aqui a história foi outra e eu curti bastante o que me foi entregue.
 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! "Besouro Azul" é o simples que ficou muito bem feito. Nada de grandes amarras. Nada de explicações mirabolantes. Apenas um filme com gostinho latino bem fechadinho e cheio de ótimas referências para todos nós. Xolo, Bruna e todo o elenco da família 'Reyes' divertem e são extremamente bem entrosados. Vá ver sem medo, querido leitor. Vale muito o ingresso!


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quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Filmes

OPPENHEIMER (Avaliação 5/5 - Excelente!)

 Com edição e montagem primorosos, novo filme de Christopher Nolan cumpre sua função histórica em uma bela obra-prima do cinema. Vamos a análise!
 Período histórico: epicentro da Segunda Guerra Mundial. Com receio de uma corrida armamentista a frente por parte de países como Alemanha e Rússia (antiga União Soviética), o governo e as forças armadas norte-americanas buscam uma solução para um grande impasse: vencer de forma efetiva a guerra e encerrar de vez o confronto. Surge então um físico, conterrâneo de Albert Einstein, que começa a fazer pesquisas sobre o mundo quântico e subatômico. Com isso, as forças armadas estadunidenses põem-no a frente da pesquisa mais desafiadora e difícil de sua vida: criar uma arma tão poderosa que pudesse trazer temor e medo aos adversários e eliminar pela raiz suas defesas. Essa é uma premissa leve e sutil sobre Julius Robert Oppenheimer, o homem que criou a arma mais mortal já vista pelo homem e mudou de uma vez por todas aquela parte da história da humanidade. Para sempre. Baseado nesse contexto, Nolan explora de maneira colossal a vida e os detalhes sobre este notável homem que teve papel crucial durante este evento de proporções infelizmente catastróficas – afinal de contas, nenhuma guerra no fim é boa para nenhum dos lados envolvidos. Mas, falando especificamente sobre o longa, é uma obra de arte digna de indicações ao Oscar, quer por sua ousadia em contar sobre a pessoa em questão, quanto sua sagacidade como diretor em produzir um filme tecnicamente perfeito e amplamente compreensível, mesmo com suas três horas de duração. Falaremos um pouco mais sobre a película logo abaixo.

Cillian Murphy: impecável.

 Edição e montagem excepcionais. Se existe algo que pode complicar a situação de qualquer filme que se proponha a executar com maestria seu roteiro elaborado, esse algo é certamente a montagem e edição de um filme. Toda a trama, enredo e narrativas podem ficar confusos ou não ser explicados corretamente sem o cuidado necessário nessa parte. O corte final das filmagens precisa ser coeso, para que não haja distanciamento entre o público e a obra. Porém a impressionante e competente equipe dessa área conseguiu um feito para poucos: elucidar a história de uma forma tão assertiva em uma montagem muito fina e riquíssima, onde cada quadro de tela é milimetricamente bem executado conseguindo dar ao público um panorama tanto geral (sobre o conflito) quanto sobre a vida pessoal de Oppenheimer. Difícil achar palavras para descrever o quão bem trabalhado foi. Só endosso aqui minhas palavras dizendo: está realmente primoroso esse aspecto da produção.
 Nolan dirige de forma excepcional o roteiro. Que esse diretor tem um currículo substancial, disso não temos a menor dúvida. E mesmo que seus filmes normalmente deixem um ‘mistério no ar’, é inegável sua excelente veia artística para a direção e produção de conteúdo audiovisual. Alguém lembra da maravilhosa e elogiadíssima trilogia do ‘Batman’ dele? Pois é. Mais uma vez ele acerta a mão da forma mais notável possível. O requinte dos diálogos bem postos e muito bem elaborados, o posicionamento dos personagens na trama, a soberba trilha sonora, o elenco estelar que foi contratado para este trabalho, as intensas reviravoltas na vida do físico e tudo o que diz respeito ao que uma boa mão na condução de um filme sabe fazer está lá. Não é exagero o que digo aqui e nem estou tentando ser parcial. Sua obra é digna e merecedora de todos os elogios possíveis, pois um filme que praticamente só tem diálogos durante toda sua execução conseguir te prender sem quebra de ritmo nem furos, só diretores de nível alto como ele, Spielberg ou Cameron conseguem. É história e arte em seu estado mais puro e inspirado. É impossível negar esse feito. Parabéns, Nolan!

Excelente escolha de elenco.

 Um elenco realmente de milhões. Cillian Murphy foi escalado para interpretar o protagonista central dessa história e sem medo de errar: se escolhessem outro, daria tudo errado. Cillian é impecável nos trejeitos e maneirismos de época, bem como na sua fina condução na forma de executar a problematização de seu personagem. Consegue ser genial e cirúrgico ao mesmo tempo, dando camadas de profundidade em momentos cruciais da narrativa, seja com gestos, seja com explicações, ou com expressões tão bem colocadas que se vê o quanto o ator se dedicou para a execução desse. Outro que está elevadíssimo em interpretação (o elenco conta com nomes gigantes da indústria como Matt Damon e Emily Blunt, entre também os que estão em ascensão como Rami Malek e Florence Pugh) é Robert Downey Jr. Ele interpreta ‘Lewis Strauss’, a época Secretário Interino de Comércio dos EUA e que tem profunda participação na história de Oppenheimer. Downey Jr. está, ao meu ver, em uma de suas melhores performances de sua carreira e arrisco dizer que há reais chances de não só ele, mas Cillian também serem indicados ao Oscar 2024. Podem anotar. Ambos estão excelentes em cena e em perfeita sintonia com seus papéis.

Robert Downey Jr. brilha em cena.

 O contraste colorido/preto e branco. Uma camada instigante e intrigante da produção desse longa é o jogo multicores que Nolan usa para contrastar cenas, trama, personagens e história. Por vezes você vê o longa em cor, outrora repentinamente a tela fica em preto e branco. Arrisco ao menos duas interpretações particulares sobre o uso dessa técnica: uma para dar enfoque que os acontecimentos naquele período foram mostrados em preto e branco, pois não havia naquela época aparelhos de TV em cor. Então, para dar o fino contraste juntamente com os figurinos de época, ele decide fazer esse jogo de cores. Agora, uma outra mais aprofundada, é a de que em diversos momentos ele põe o personagem de Downey Jr. em preto e branco e o de Cillian em cor, fazendo, sob meu olhar, uma clara alusão a ‘pessoas trabalhando juntas em lados opostos’ percebe? Isso fez bastante sentido para mim no final do filme, pois essa mescla é ainda mais bem definida e demonstrada. Mas sem ‘spoilers’ por aqui, caro leitor. Assista o filme e perceba a forma como isso é amplamente usado durante toda a projeção. Esse foi o meu entendimento sobre. Deixo a seu cargo, querido leitor, sua interpretação também sobre esse curioso adendo no longa.
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! “Oppenheimer” é uma obra de arte em formato audiovisual que vislumbra a dinâmica da Segunda Guerra, porém do lado de dentro dela através de um homem no meio da situação toda. O que vemos por vezes em documentários é nomes dos países envolvidos e suas próprias convicções. Cada um do seu lado. Nolan trouxe além. Mostrou o horror por dentro, sob o olhar devastador daquele que criou a maior corrida armamentista da história da humanidade, e que perdura até os dias de hoje, infelizmente. O Oscar vem. Só isso que tenho a dizer. Se tornou um dos três melhores filmes que já vi em toda minha vida. Vale demais seu ingresso!

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quinta-feira, 27 de julho de 2023

Filmes

MISSÃO IMPOSSÍVEL: ACERTO DE CONTAS PARTE 1 (Avaliação 5/5 - Excelente!)

 Novo longa da franquia mantém a intensidade, o ritmo e a qualidade ao longo dos anos sem perder sua essência e identidade. Vamos a análise!
 Com seu primeiro filme lançado em 1996 – a saga em breve vai fazer 30 anos de existência -, ninguém poderia imaginar que essa produção alçaria voos tão altos e que seria tão longeva, a não ser por um detalhe bem significativo: a cada nova produção, o filme tem a capacidade de se reconstruir e melhorar naquilo que já havia sido muito bom em filmes anteriores. Ou seja, “Missão Impossível” é para mim um grande marco na história do cinema atual, por ter essa constância ao longos dos anos e por ter um enredo tão atraente e mais interessante a cada novo longa. Sabemos também que Tom Cruise tem méritos e méritos nessa empreitada, quer por sua atuação firme, quer por suas peripécias mais insanas gravadas sem ajuda de dublês. E neste filme ele foi muito mais além, conseguindo feitos inacreditáveis usando muito do seu esforço e praticamente sendo o filme todo feito somente por efeitos práticos, sem o uso excessivo de CGI. É um diferencial que poucos filmes de ação desse nível e atores conseguem. Acredito sem dúvidas que esse é um dos principais motivos dessa franquia ser tão querida e lucrativa ao longos dos anos. Veremos um pouco mais sobre o filme em si mais abaixo.

Quarteto sempre impecável.

 Uma trama simples, porém muito bem elaborada. O desenvolvimento narrativo de qualquer produção é um dos pilares que fazem com que o espectador mantenha seu interesse pela obra. E por mais que a trama desse seja categoricamente simplória (um par de chaves interconectadas encontrados no fundo do ártico que eram de um submarino russo são o enigma e a peça principal por desencadearem uma série de perguntas sem respostas que os levarão a uma das suas mais arriscadas e perigosas missões; essa é basicamente a premissa de todo o filme), é na construção da narrativa e dos diálogos que o epicentro da trama se aprofunda, se tornando densa, fria, cheia de camadas e com várias reviravoltas ao longo. Entenda, o que parece uma história simples ganha profundidade justamente na forma como esse roteiro é conduzido. O jogo de interesses dos personagens, bem como as pontuadas atuações, além também das cenas de ação – falarei mais adiante sobre – é o que fazem “Missão Impossível” ser o que é hoje: uma franquia de ação com espionagem do mais alto calibre e que cumpre de forma exemplar seu papel de entreter e, ao mesmo tempo, ser tão enigmática e dramática, conseguindo trazer a real sensação de urgência e de perigo para o público sem perder o norte e a responsabilidade do nome e do ator que a carrega. Muito bom isso!

Pom Klementieff: ótima adição ao elenco.

 Ação frenética com muitos efeitos práticos. Uma outra grande qualidade dessa saga de filmes é a maneira prática como as cenas são produzidas. Nada de efeitos especiais em demasia, telas verdes de fundo ou até mesmo dublês (para o caso de Tom Cruise). Tanto a direção quanto o astro principal querem fazer parecer que todo o filme seja o mais natural possível – embora algumas situações em que Tom participa não sejam nada ‘normais’, por assim dizer. E nesse o nível das ‘missões impossíveis’ tem subido substancialmente, meu caro leitor. O que direi aqui não é ‘spoiler’, está nos trailers e nos ‘spots’ já lançados mostrando como foram feitas algumas partes da ação do filme. Mas vamos lá: a cena de Cruise correndo com a moto em uma alta montanha e descendo dela foi real e gravada várias e várias vezes até que houvesse o ponto de refinamento ideal para o corte final. Sim, meu caro leitor, você que ainda não sabia disso, fique sabendo: Tom Cruise realmente pulou com aquela moto de um penhasco de verdade! O diretor Christopher McQuarrie chegou a afirmar que no primeiro ‘take’ real da gravação (após incansáveis estudos e ensaios do ator para o momento), ele já via preocupações sobre o perigo que o ator corria e já havia decidido que aquela cena seria a do filme. Porém, Tom não gostou do que foi filmado e desceu mais seis vezes (isso mesmo que você leu) aquele penhasco até ele achar que aquela parte ficou bem produzida. Lógico que há todo um aparelhamento de segurança (que normalmente é retirado digitalmente para o corte final), mas mesmo assim tudo aquilo visto em tela foi verdadeiro. Até a cena do trem, o mesmo era de verdade (não era CGI, podem pesquisar sobre). E isso tudo diz respeito, por mais louco que seja, ao que se quer entregar como produto final para o espectador: uma experiência realmente única e vista da forma mais realista possível. E nisso Tom Cruise já virou mestre, em sempre nos presentear com momentos incríveis e que reverberarão para sempre na memória tanto de quem fez, dirigiu e produziu quanto no espectador que vê a qualidade daquilo que está se entregando. Totalmente excelente!
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! “Missão Impossível: acerto de contas parte 1” já vale sua ida aos cinemas só pelas peripécias de Tom Cruise. Porém a narrativa bem elaborada, as certeiras adições ao elenco (que já tem uma base excelente) e a dose de intrigas e espionagem que esta produção carrega, e que são refinadas a cada novo filme, faz valer sempre a pena a espera pelo próximo capítulo dessa saga. Vale demais assistir na melhor tela que puder. Vale muito o ingresso!

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quarta-feira, 19 de julho de 2023

Bíblia

REFLEXÃO BÍBLICA

 "Exaltai ao Senhor nosso Deus e adorai-O no seu monte santo, pois o Senhor nosso Deus é santo" Salmos 99.9
 Não há deus na terra ou em qualquer outro lugar como o nosso Deus. Ao contemplar tanto a beleza quanto a fúria da natureza podemos perceber o enorme cuidado do Senhor com tudo e todos. E nesse cuidado, vemos muito além das entrelinhas dos rios, mares, florestas e rochedos. Vemos a perfeição do Pai em cada detalhe, cada ciclo natural moldado pelas mãos do Senhor e distribuídos no meio ambiente. E vemos o homem, como ser vivente, no meio disso tudo, desfrutando do que Ele mesmo criou. Diante de tanta grandeza, de tanta majestade, diante das imponentes ondas e marés, só temos que exaltar e engrandecer o nosso Deus. Já parou pra olhar a imensidão do mar? Reparando em todo esse contexto natural, podemos ver o quanto somos frágeis e pequenos diante tudo o que o Pai construiu, mas, ainda assim, somos especiais, por sermos a 'coroa da criação'. Mesmo não tendo força para conter a fúria do mar, por exemplo, temos fôlego de vida para adorar Àquele que tudo formou. Fomos criados para a glória do Seu louvor. Somos incrivelmente mais importantes para Deus, pois Ele nos concedeu o intelecto para, além de nos dar entendimento e raciocínio lógico, também dizermos que Ele é Santo, Santo, Santo. Ei querido, tudo o que Deus criou é bom e Ele quer que O adoremos na beleza da Sua santidade agradecendo e engrandecendo a Ele por toda a Sua criação. Você já O adorou hoje? Te convido a fazê-lo agora em nome de Jesus com a canção 'Majestade - Jozyanne'. Que possamos entender que Ele é o único que merece e é digno de toda a adoração, louvor e majestade, por tudo o que Ele fez e forjou. Que Deus te abençoe e te faça compreender isso a cada dia em nome de Jesus!


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