quinta-feira, 27 de julho de 2023

Filmes

MISSÃO IMPOSSÍVEL: ACERTO DE CONTAS PARTE 1 (Avaliação 5/5 - Excelente!)

 Novo longa da franquia mantém a intensidade, o ritmo e a qualidade ao longo dos anos sem perder sua essência e identidade. Vamos a análise!
 Com seu primeiro filme lançado em 1996 – a saga em breve vai fazer 30 anos de existência -, ninguém poderia imaginar que essa produção alçaria voos tão altos e que seria tão longeva, a não ser por um detalhe bem significativo: a cada nova produção, o filme tem a capacidade de se reconstruir e melhorar naquilo que já havia sido muito bom em filmes anteriores. Ou seja, “Missão Impossível” é para mim um grande marco na história do cinema atual, por ter essa constância ao longos dos anos e por ter um enredo tão atraente e mais interessante a cada novo longa. Sabemos também que Tom Cruise tem méritos e méritos nessa empreitada, quer por sua atuação firme, quer por suas peripécias mais insanas gravadas sem ajuda de dublês. E neste filme ele foi muito mais além, conseguindo feitos inacreditáveis usando muito do seu esforço e praticamente sendo o filme todo feito somente por efeitos práticos, sem o uso excessivo de CGI. É um diferencial que poucos filmes de ação desse nível e atores conseguem. Acredito sem dúvidas que esse é um dos principais motivos dessa franquia ser tão querida e lucrativa ao longos dos anos. Veremos um pouco mais sobre o filme em si mais abaixo.

Quarteto sempre impecável.

 Uma trama simples, porém muito bem elaborada. O desenvolvimento narrativo de qualquer produção é um dos pilares que fazem com que o espectador mantenha seu interesse pela obra. E por mais que a trama desse seja categoricamente simplória (um par de chaves interconectadas encontrados no fundo do ártico que eram de um submarino russo são o enigma e a peça principal por desencadearem uma série de perguntas sem respostas que os levarão a uma das suas mais arriscadas e perigosas missões; essa é basicamente a premissa de todo o filme), é na construção da narrativa e dos diálogos que o epicentro da trama se aprofunda, se tornando densa, fria, cheia de camadas e com várias reviravoltas ao longo. Entenda, o que parece uma história simples ganha profundidade justamente na forma como esse roteiro é conduzido. O jogo de interesses dos personagens, bem como as pontuadas atuações, além também das cenas de ação – falarei mais adiante sobre – é o que fazem “Missão Impossível” ser o que é hoje: uma franquia de ação com espionagem do mais alto calibre e que cumpre de forma exemplar seu papel de entreter e, ao mesmo tempo, ser tão enigmática e dramática, conseguindo trazer a real sensação de urgência e de perigo para o público sem perder o norte e a responsabilidade do nome e do ator que a carrega. Muito bom isso!

Pom Klementieff: ótima adição ao elenco.

 Ação frenética com muitos efeitos práticos. Uma outra grande qualidade dessa saga de filmes é a maneira prática como as cenas são produzidas. Nada de efeitos especiais em demasia, telas verdes de fundo ou até mesmo dublês (para o caso de Tom Cruise). Tanto a direção quanto o astro principal querem fazer parecer que todo o filme seja o mais natural possível – embora algumas situações em que Tom participa não sejam nada ‘normais’, por assim dizer. E nesse o nível das ‘missões impossíveis’ tem subido substancialmente, meu caro leitor. O que direi aqui não é ‘spoiler’, está nos trailers e nos ‘spots’ já lançados mostrando como foram feitas algumas partes da ação do filme. Mas vamos lá: a cena de Cruise correndo com a moto em uma alta montanha e descendo dela foi real e gravada várias e várias vezes até que houvesse o ponto de refinamento ideal para o corte final. Sim, meu caro leitor, você que ainda não sabia disso, fique sabendo: Tom Cruise realmente pulou com aquela moto de um penhasco de verdade! O diretor Christopher McQuarrie chegou a afirmar que no primeiro ‘take’ real da gravação (após incansáveis estudos e ensaios do ator para o momento), ele já via preocupações sobre o perigo que o ator corria e já havia decidido que aquela cena seria a do filme. Porém, Tom não gostou do que foi filmado e desceu mais seis vezes (isso mesmo que você leu) aquele penhasco até ele achar que aquela parte ficou bem produzida. Lógico que há todo um aparelhamento de segurança (que normalmente é retirado digitalmente para o corte final), mas mesmo assim tudo aquilo visto em tela foi verdadeiro. Até a cena do trem, o mesmo era de verdade (não era CGI, podem pesquisar sobre). E isso tudo diz respeito, por mais louco que seja, ao que se quer entregar como produto final para o espectador: uma experiência realmente única e vista da forma mais realista possível. E nisso Tom Cruise já virou mestre, em sempre nos presentear com momentos incríveis e que reverberarão para sempre na memória tanto de quem fez, dirigiu e produziu quanto no espectador que vê a qualidade daquilo que está se entregando. Totalmente excelente!
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! “Missão Impossível: acerto de contas parte 1” já vale sua ida aos cinemas só pelas peripécias de Tom Cruise. Porém a narrativa bem elaborada, as certeiras adições ao elenco (que já tem uma base excelente) e a dose de intrigas e espionagem que esta produção carrega, e que são refinadas a cada novo filme, faz valer sempre a pena a espera pelo próximo capítulo dessa saga. Vale demais assistir na melhor tela que puder. Vale muito o ingresso!

Gostou do conteúdo? Colabore com nosso trabalho com qualquer valor! Chave PIX: lopesgama79@gmail.com



Nenhum comentário:

Postar um comentário