segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Filmes

TROLLS 3 (Avaliação 3/5 - Bom!)

 ‘Trolls 3’ segue a linha da diversão, o embalo das músicas e de seus personagens carismáticos e a crítica a indústria fonográfica mais uma vez. Vamos a análise!
 ‘Trolls’ é uma franquia que trouxe muito mais adesão a minha pessoa quando vi o segundo filme. Cercado de um roteiro inteligente, protagonistas pra lá de fofos e uma trilha sonora envolvente, cativou-me instantaneamente. Mas o que me chamou a focar nessa série de filmes é que nesse segundo eles investem em uma discurso interessante de como a ‘pop music’ conquistou o público ali pelo final dos anos 80, início/final dos anos 90 do século passado, deixando o ‘rock’ um pouco ofuscado e mais nichado daquele período em diante. Lógico que isso é revertido na animação com doses de extrema fofura e com uma leveza suprema. Mas os roteiristas foram geniais em debater esse tema dentro de uma animação musical para crianças. E o que deu muito certo no segundo eles repetem de mesmo modo no terceiro. Será que conseguiram o mesmo êxito? É o que veremos nos parágrafos abaixo.

Tronco, Poppy e seu irmão.

  Altos e baixos do mundo pop. A narrativa conta de um grupo – no longa – que se formou e criou uma ‘boy band’ há muitos anos atrás (alguém já identifica referências aqui? rsrs). Porém o sucesso e os limites de cada um os tornaram praticamente intolerantes um com o outro e a banda se separou, gravando um só disco durante toda sua carreira (sem citar os nomes dos personagens da animação para não dar ‘spoilers’, mas já comparando, pensa aí quantas dessas no mundo real tiveram ascensão no final dos anos 80, início/final dos anos 90 do século passado e aconteceu exatamente isso? Só essa introdução já me deixou surpreso sobre o teor do longa). Acontece que agora um deles foi ‘sequestrado’ por uma dupla de ‘cantores de autotunes’, pois eles precisam sempre do talento de um desses Trolls para poder cantar bem. E aí já tecem outra bela crítica àqueles que fazem sucesso pelo nome que carrega, porém quando cantam ao vivo não dão conta do recado e precisam de ‘ajustes’ para não mostrar que são definitivamente ruins - e que na verdade só tem o sucesso porque são seguidos pela 'massa', mesmo sabendo que não tem aptidão nenhuma. Todo esse contexto é super bem pontuado no filme e norteia a trama que é exatamente o epicentro dessa narrativa, dando destaque para as nuances que apresentei aqui e dissertando fortemente que o mundo da música não é tão ‘glamouroso’ quanto parece. Tem farsas, dilemas, disfarces e muito, mas muito marketing e dinheiro envolvido, mesmo quando não há talento de fato. Genial!
 Ideia boa, filme arrastado. Apesar do boa argumentação da animação, ela deixa um pouco a desejar no seu ritmo. Em certos momentos ela não parece prender o espectador tanto quanto o seu antecessor. Há descobertas ao longo, mas em certas ocasiões ela desacelera e não mantém sua estrutura cadenciada. Se perde um pouco em diálogos que não movimentam a narrativa e só estão ali para sustentar seus noventa minutos de tempo em tela. Mesmo no original tendo a participação do grupo N’Sync e chamando a atenção e a responsabilidade para si sobre o tema que foi abordado nessa terceira parte da franquia, há certas ‘quebras’ e lentidão de acontecimentos que incomodaram um pouco. Pelo menos para mim.

Mais surpresas ao longo da jornada dos Trolls.

 3D mediano/bom como quase sempre acontece. Adoro assistir as películas com os óculos. Dessa vez o início parecia ser promissor (a abertura foi bem elaborada em 3D), porém ao longo você tem a sensação de profundidade, mas sem se ater a melhores detalhes, como deveria ser. Acredite, caro leitor, ela é boa, mas poderia ter sido bem melhor. Chegar perto da experiência de um ‘Avatar’ é só uma questão de boa vontade dos estúdios em querer trabalhar melhor a tecnologia. Mas está legal. Acho que vale a diversão dessa vez.
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADO! “Trolls 3” tem seus problemas devido seus diálogos arrastados e sua estrutura narrativa ser comprometida com isso, todavia encanta as crianças com seus personagens carismáticos e seus protagonistas fofíssimos ‘Tronco’ e ‘Poppy’. A crítica sugerida também pode agradar os adultos mais atentos aos detalhes relevantes que o longa apresenta. No fim, ainda acho que a diversão e umas boas risadas estão garantidas tanto para os pequenos quanto para os mais velhos. Vale sim o ingresso!

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