sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Filmes

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AS MARVELS (Avaliação 3/5 - Bom!)

 Novo longa da Marvel traz trio de heroínas, mas não atende requisitos básicos para a construção de uma boa obra. Vamos a análise!
 Com o objetivo de ligar as histórias de ‘Monica Rambeau’ (Teyonah Paris), ‘Kamala Khan’ (Iman Vellani) e ‘Carol Denvers’ (Brie Larson), nova produção do UCM tenta unir as personagens relacionadas em um único arco, trazendo ‘Monica’ de WandaVision, ‘Kamala’ de Ms. Marvel e ‘Carol’ de Capitã Marvel, onde vai mostrar como e o porquê elas estão interconectadas. Só que o que seria um grande acerto se tornou em uma enxurrada de problemas técnicos que levaram este longa a marca de uma produção bem aquém daquelas que nos acostumamos a ver do estúdio. Com honestidade, as atrizes se esforçam e interagem muito bem em cena juntas - falo sobre isso um pouco mais adiante -, todavia parece que roteiro, diálogos, continuidade e outros fatores foram deixados totalmente de lado pelos produtores e pela direção. Além do filme ser muito curto, ele claramente se demonstra como um produto feito sem muito capricho. Vamos destrinchar sobre todos esses fatores – bom e ruins – nos parágrafos abaixo.

Trio de protagonistas: ótima interação.

 Um roteiro básico demais. Embora saibamos que a simplicidade ou a complexibilidade do roteiro não seja sempre um fator determinante para uma grandiosa película, sabemos sim que ele cumpre papel essencial na construção da narrativa e no aprofundamento dos personagens. Logo, se estamos falando de uma saga de filmes nos quais eles precisam se encaixar para fazer sentido, o roteiro é peça-chave para tal. Porém o que foi apresentado em ‘As Marvels’ não condiz com uma história que realmente traga alguma transformação ou mudança real de paradigma de cada uma das protagonistas. Veja, elas tem de se unir contra um mal maior e entender que estão correlacionadas umas com as outras. Mas, como já disse, anteriormente, o tempo curtíssimo do filme – aproximadamente uma hora e quarenta minutos – não faz nem um pouco jus a esse tratamento que todas elas precisariam para serem realmente uma equipe mais podada, por assim dizer. Diálogos muito rasos e pouco tempo para subtramas mais pessoais atrapalharam e muito um desenvolvimento mais justo e humanizado de todas. E se existe uma coisa que eu sempre digo aqui e que não gosto é de filme corrido, mais ainda quando tem muitos protagonistas em cena. O corte final tem sempre de estar alinhado as necessidades que advém com a trama do filme. Se não for assim, não funciona.
 Atrizes talentosas mal aproveitadas. O trio de protagonistas é composto por uma ganhadora do ‘Oscar’ (Brie Larson), uma atriz muito boa (Teyonah Paris) e outra super carismática (Iman Vellani). E é perceptível que elas tentam o tempo todo da produção se esforçarem ao máximo com o texto que lhes fora concedido. E o que se comprometem a fazer o fazem muito bem. Tanto que as cenas de luta em que a três tem de estar juntas ou estar trocando de lugar umas com as outras são a melhor parte do filme. Foram muito bem produzidas e coreografadas. Principalmente as do início do filme, quando elas ainda estão confusas com as trocas advindas de seus poderes. É um deleite visual as três nessa parte. E isso poderia ser melhor aproveitado com uma carga mais profunda de diálogos. Tudo é explicado tão as pressas que não há tempo hábil para as atrizes se entregarem mais a seus papéis. O que é talvez um dos maiores equívocos ao meu ver: trazer pessoas tão capazes de brilhar em cena que infelizmente não puderam por não terem ajustado melhor seus espaços e tempos de tela. E ainda salta-me dizer da vilã ‘Dar-Ben’, vivida pela atriz Zawe Ashton. Concederam-lhe motivações tão sem graças e conversas tão pífias que ela deixou de ser uma grande ameaça para se tornar mais uma antagonista genérica e mal adaptada. Percebe-se todo esforço para não chegar a lugar algum. Afinal, uma personagem como ‘Capitã Marvel’ - com mais duas aliadas ainda -, deveria ter ao menos alguém que fizesse jus a força das três juntas. Mas o que nos foi entregue foram excelentes cenas de ação com muito pouca substância. Uma pena realmente.

Samuel L. Jackson retorna como Nick Fury.

 Sempre entrego algo aqui sobre os efeitos com os óculos 3D de cada filme – quando eles possuem essa opção. E o que posso dizer desse é que mais uma vez opta-se pelo razoável ao invés do muito bom. Começa apresentando uma abertura legal na tecnologia e aos poucos vai deixando o público de lado com raros ou quase nenhum efeito. E o que torna a experiência de assistir o filme assim é justamente você pagar para ter a imersão da melhor forma e qualidade possível. Mas aqui, querido leitor, fica bem ao seu cargo. Se curtir o efeito, vá. Se não, pode deixar passar dessa vez.
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADO! “As Marvels” tem ótimas atrizes com personagens de diferentes e excelentes nuances e características, com ótimas tomadas de ação e boa fotografia – que contribui bastante para o visual das cenas de luta. Mas as coisas já desandam começando pelo erro de continuidade – e aqui falo sobre. O longa se passa antes da série ‘Invasão secreta’ e causa uma extrema confusão no espectador que vê a série para depois assistir a película. Eu mesmo tentei entender algumas correlações e só consegui porque percebi que o filme é anterior a série. Um vacilo da Marvel no calendário das estreias e um ‘balde de água fria’ para aquele que acompanha esse universo compartilhado. Se você não acompanha o UCM ou não conhece as personagens e atrizes do filme, talvez esse longa não seja para você. Porém se gosta das protagonistas e das atrizes, acredito que irá aproveitar melhor a produção. Para esses acredito que valha sim o ingresso!


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