terça-feira, 12 de dezembro de 2023

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NAPOLEÃO (3/5 - Bom!)

 Diretor Ridley Scott acerta em narrar a história de um personagem icônico, todavia falha na apresentação e construção do mesmo. Vamos a análise!
 Para quem conhece um pouco da história desse imperador e estadista francês do século XIX, sabe que ele foi um grande estrategista de guerra e um poderoso líder militar do seu tempo, conquistando territórios e fama por todas as partes da Europa com seus feitos. No entanto, como um homem de guerra, possuía um temperamento não muito amigável nem tampouco era uma pessoa dócil. Ainda assim, o diretor desse decide optar por um caminho narrativo não muito adequado para esta figura relativamente recente da nossa história. Mas no que ele se equivoca na biografia desse líder, ele capricha na parte técnica de forma espetacular e brilhante. E com essa introdução, vamos destrinchar melhor esses pontos mais abaixo.

Joaquin Phoenix: atuação pontual.

 Um Napoleão 'generoso' demais. Que Joaquin Phoenix é um ator brilhante disso ninguém tem a menor dúvida. Com um Oscar na mão do filme 'Coringa', é deveras versátil e muito técnico. No entanto nem sua veia cativante pode conter o roteiro que conduziu o protagonista a um status de 'glamour' que fica evidente a dissonância entre o guerreiro e sua personalidade totalmente estilizada no filme. Scott decide ir por um caminho narrativo do qual claramente percebe-se que o diretor queria trabalhar muito mais um personagem do que uma história real de uma vida. E isso atrapalha a trama em alguns pontos, por mesclar essa 'doçura' com batalhas épicas e momentos que acabam se tornando rasos de tensão. Joaquim dá o melhor de si no texto que lhe fora entregue, mas não consegue aprofundar ainda mais a personalidade mais dura e marcante desse. Isso fica evidente em praticamente todo o longa.
 Batalhas épicas e figurinos perfeitos. Alguns outros aspectos mais técnicos da película direção e produção conseguem um feito que eleva o patamar da produção a níveis épicos. As batalhas colossais estão lá, juntamente com uma fotografia bem posicionada e coreografias de luta muito bem feitas. Os 'takes' com os exércitos prestes a se enfrentar são maravilhosos e bem colocados em tela. Há uma batalha sobre o gelo em que a fotografia deslumbra o horror dos mortos nas águas frias sob o comando estratégico de Bonaparte que é um vislumbre visual impecável. Outro ponto marcante vai tratar sobre o figurino dos personagens no longa. Vanessa Kirby está deslumbrante como 'Joséphine', uma das esposas de Bonaparte. E em tudo nesse quesito o filme entrega o melhor para aquela época. As ambientações onde foram gravadas as cenas, os estilos de época e o auge da revolução francesa estão lá com todo o bom gosto do diretor em fazer o melhor tecnicamente falando. Verdadeiro deleite aos olhos dos espectadores.

Figurinos e fotografia belíssimos.

 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADO! "Napoleão" tropeça por quase desconstruir um líder forte e militarizado, mas atenua esse equívoco com um vislumbre visual e fotografia lindíssimos, com figurinos e cenas bem dirigidas de tirar o fôlego. Joaquim Phoenix e Vanessa Kirby conseguem traduzir muito bem a ideia do diretor, mostrando suas capacidades e talento. Um bom filme para se ter uma ideia do quão importante essa personalidade da nossa história foi. Arrisco dizer que indicações ao Oscar como ‘Melhor fotografia’ e ‘Melhor figurino’ virão em 2024. Acredito que valha sim o ingresso!

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