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sexta-feira, 31 de dezembro de 2021
Bíblia
sábado, 25 de dezembro de 2021
Filmes
HOMEM-ARANHA: SEM VOLTA PARA CASA (Avaliação 5/5 - Excelente!)
Tom Holland e Zendaya: ótima química! |
E não só congratulando toda a equipe de produção e direção, bons roteiros também carecem de bons atores para que tal execução ocorra satisfatoriamente. E há um claro amadurecimento tanto dos personagens quanto dos atores nesta nova empreitada narrativa. Nitidamente Tom Holland (Peter), Zendaya (MJ) e Jacob Batalon (Ned) estão bem confortáveis em seus papéis e todos se entregam muito bem nesse. Alfred Molina (Dr. Octopus), Jamie Foxx (Electro) e Willen Dafoe (Duende Verde) também mostram intimidade com seus personagens e muita qualidade na atuação. E as demais incríveis surpresas – que não quero dar ‘spoilers’ aqui para quem ainda não assistiu – são um verdadeiro deleite e um show a parte literalmente. As cenas do terceiro ato são uma grande ode a todos os fãs que tanto esperavam por um momento igual aquele. Nada em muito tempo irá superar aquele inimaginável e glorioso desfecho. Mais uma vez estão todos – equipe, dublês e atores – de parabéns mesmo.
Vilões icônicos e surpresas ainda mais excelentes! |
A enxurrada da ‘fan service’ e ‘easter-eggs’ durante todo o filme também complementam a bem elaborada narrativa, juntamente com a direção de fotografia que traduz brilhantemente todo o contexto das cenas e enriquece muito o contexto narrativo, com ótimas tomadas e muitos ‘takes’ bem posicionados e porque não dizer, emblemáticos também. Até porque as camadas dramáticas são bem aprofundadas pela ótima montagem de cenas. E sim, existe todo um contexto dramático também muito bem produzido para elevar ainda mais a motivação de cada personagem, explorando ainda melhor suas qualidades e fragilidades. Muito bom!
Os efeitos 3D – fui assistir o longa me utilizando do recurso – são razoáveis e agregam não muito a experiência como um todo. Deixo a critério de você, querido leitor, a escolha. Se é algo que te agrade – como me agrada muito ver em 3D – pode te satisfazer. Porém, para aqueles que já não optam tanto por isso, pode ser um tanto dispensável mesmo.
Enfim vale a pena vero filme? RECOMENDADÍSSIMO! “Homem-Aranha: Sem volta para casa” é uma verdadeira carta de amor aos fãs do aracnídeo e celebra com maestria os 20 anos do primeiro filme do Aranha nos cinemas. Tanto Sony quanto Marvel estão em festa com essa parceria e a resposta positiva das bilheterias comprova isso. É uma gigantesca celebração que reúne o novo e a nostalgia em um único filme de forma majestosa e, porque não dizer, impecável também. Afirmo sem medo de errar que é um filme obrigatório para quem curte o gênero de super-heróis. Vale demais o ingresso!
sábado, 4 de dezembro de 2021
Filmes
GHOSTBUSTERS: MAIS ALÉM (Avaliação 4,5/5 - Excelente!)
Finn, McKenna, Logan: ótimo trio mirim! |
A respeito do elenco, temos o trio mirim Finn Wolfhard (Trevor), McKenna Grace (Phoebe) e Logan Kim (Podcast) como núcleo principal da trama e todos são muito carismáticos em tela. Suas interpretações são realmente formidáveis, com destaque para McKenna, reproduzindo os passos do seu avô, tanto na curiosidade pela ciência quanto na timidez – traços que ela consegue passar muito bem para o público com um toque profundo de sensibilidade e muita fofura. Logan traz em seu personagem alívio cômico que se torna amigo da protagonista e é ao mesmo tempo caricato e muito convincente. Finn busca se encontrar em meio a adolescência de seu personagem no filme e o faz muito bem também. Já no elenco adulto, temos Carrie Conn interpretando ‘Callie’, filha do ‘Dr. Egon’ e Paul Rudd, como ‘Mr. Grooberson’. Ambos também funcionam bem na trama e tem grande função no decorrer da história, além de sim, conseguirem uma boa química juntos. Fora as maravilhosas surpresas que foram extremamente bem colocadas e fecham com chave de ouro toda a ótima nostalgia que o filme carrega.
Paul Rudd e Carrie Coon: Boa química. |
Os efeitos especiais são um outro ponto muito positivo no filme. Não só pela qualidade técnica e visual que a tecnologia de hoje reproduz, mas também por usar esse recurso para ambientar personagens e cenas icônicas dos longas anteriores, além de abusar de forma brilhante da belíssima fotografia. É como eu disse anteriormente: junta-se o frescor do novo com o que foi relevante outrora e cria-se uma ambientação muito prazerosa de se ver. Até nisso o trabalho foi muito bem elaborado e extremamente bem pensado para o longa.
Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! “Ghostbusters: Mais além” não só consegue reviver a franquia de forma esplêndida, como também traz para as novas gerações um belíssimo legado dessas histórias e personagens que tanto encantaram uma geração inteira de pessoas. Consegue mexer com o coração dos mais velhos ao mesmo tempo que cria um ótimo conteúdo para os mais jovens hoje. É uma mistura que deu muito certo ao meu ver e vale demais a sua ida no cinema para prestigiar esse ótimo trabalho. Vale demais o ingresso!
terça-feira, 30 de novembro de 2021
Bíblia
REFLEXÃO BÍBLICA
segunda-feira, 15 de novembro de 2021
Filmes
ETERNOS (Avaliação 3/5 - Bom!)
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Ikaris (Richard Madden) e Sersi (Gemma Chan). |
Depois de um bom tempo sem o manejo dos óculos 3D, os filmes estão voltando a utilizar o recurso e posso dizer sem muita enrolação que é bem satisfatória a experiência e recomendo o uso para quem gosta, pois os efeitos estão bem convincentes.
Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADO! Muito embora tenha seus defeitos, “Eternos” tem sim uma parcela de diversão quando, citando um dos exemplos, vemos a performance de atrizes como Angelina Jolie (Thena) entregando postura e certa imponência na atuação. Ou então quando vemos Lauren Ridloff (Makkari) usando a língua de sinais de forma tão eficiente e diferenciada em cena. Ou ainda se deslumbrando com os efeitos visuais e a fotografia belíssima que o longa carrega – uma marca bem forte da diretora Chloé, que gosta de destacar cenários naturais e imagens contemplativas. Em suma, se a sua execução não ficasse tão comprometida, certamente teríamos algo com ainda mais frescor em mãos. Ainda assim, acredito que valha o ingresso e a diversão.
quarta-feira, 10 de novembro de 2021
Filmes
DUNA (Avaliação 4,5/5 - Excelente!)
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Ótima direção de fotografia, cenários e figurinos. |
Denis Villeneuve possui traços interessantes em sua veia artística enquanto diretor. Gosta de trabalhar muito com imagens contemplativas e usa a direção de fotografia sempre a seu favor em seus filmes. E ‘Duna’ reforça essa camada visionária dele, pois como todos os cenários propostos no longa são gigantescos e bem elaborados visualmente, a fotografia do longa é lindíssima e pautada em lugares imaginários de tirar o fôlego. E nem ele nem a Warner pouparam esforços nem recursos para recriar de forma gloriosa e creio eu, mais fidedigna possível, as fabulosas cidades encontradas naquele mundo. Inclusive toda a estrutura narrativa é intrinsecamente ligada a forma com que os cenários são expostos. Ou seja, escopo narrativo se alinha tanto na roteirização quanto nos diálogos aos locais e os eventos expostos fazendo com que, mesmo de forma mais cadenciada, o longa consiga transmitir ao público todo o misticismo em torno daquele cenário caótico reproduzido pelo autor da obra original.
Outro ponto bem trabalhado e que apoia minha opinião diz respeito ao elenco estelar do longa. São tantos nomes de peso que fazem parte da indústria atual de filmes que é difícil talvez citar todos. Porém o nível de comprometimento de cada um ao apoiar esse projeto também fez com que o nível do filme se elevasse de forma exponencial. Além dos cenários já citados anteriormente, a narrativa também é composta pela entrega nas atuações e pela química dos atores em cena. Destaque para a interação entre Rebeca Ferguson e Thimotée Chamalet, e as interpretações de Oscar Isaac, Jason Momoa e Josh Brolin. Zendaya tem algumas aparições, mas certamente seu protagonismo será maior na segunda parte da história. Como disse, é um elenco gigante que pôs o coração em cada diálogo, em cada cena produzida. E isso tem um peso enorme no resultado final de qualquer trabalho e torna tudo ainda mais admirável.
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Rebeca Ferguson e Thimotée: boa química. |
Seguindo, ainda há mais um ponto interessante a ser destacado. A disputa política entre as famílias reais do longa por conta de um minério de suma importância para aqueles povos e que tem um peso comercial enorme para toda uma cadeia de produção universal reforçam alguns pontos relevantes sobre valores morais versus valores financeiros, trazendo em um todo a boa e velha discussão sobre onde as disputas de poder podem levar o ser humano. É a ficção mostrando de maneira mais filosófica como os conflitos em sua maioria são gerados na vida real. É o mais puro reflexo de uma sociedade movida ao longo da história pela vontade de dominar. E justamente na vontade de ser o dominador é que os maiores conflitos foram gerados e muita vidas foram perdidas. É uma forma bem interessante de abordar na ficção um tema tão rico e complexo como esse.
Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! “Duna” tem algo de especial que vai muito além do elenco estelar e sua boa narrativa. O diretor conseguiu extrair de uma maneira limpa toda a essência de como transportar uma obra tão grandiosa para as telas do jeito certo e coerente para que o público possa se identificar com a mesma. A forma clara com a qual a história é contada, sem perder o ritmo e sem erros de continuidade, também contribui e muito para reforçar esse fato. Se você é fã de obras de ficção cientifica (inclusive o filme bebe um pouco de fontes como ‘Star Wars’, por exemplo, e isso fica notável durante todo o desenrolar do filme principalmente nas batalhas épicas e nas naves criadas para este universo), pode ir ao cinema pois sua diversão é garantidíssima. Vale demais o ingresso!
sábado, 30 de outubro de 2021
Bíblia
REFLEXÃO BÍBLICA
terça-feira, 19 de outubro de 2021
Filmes
VENOM - TEMPO DE CARNIFICINA (Avaliação - 2,5/5 - Bom!)
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Tom Hardy e Woody Harrelson: bons atores e trama fraca. |
A começar pelo roteiro, toda a trama gira em torno do conflito que Eddie vive por estar atrelado ao simbionte e também de tentar solucionar vários casos de assassinato sob o comando de 'Cletus Casady' (Woody Harrelson). E isso não soa muito bem, até porque há momentos na trama em que se perde o foco de quem realmente é o Venom e o tratam como se ele fosse um bobo sentimental. E é isso mesmo que você leu. Há pontos da história que essa dinâmica, que talvez era pra ser cômica, não funciona como deveria e faz o simbionte não parecer tão sagaz quanto ele realmente é. Certos diálogos e cenas simplesmente não se encaixam com esse perfil do personagem que conhecemos dos quadrinhos. Há algumas situações que foram criadas para o alienígena que são meio que vergonhosas, dada sua origem e características e o que salva o roteiro do verdadeiro fiasco é a boa atuação de Tom Hardy que, mesmo em meio a essa dinâmica incômoda que elaboraram, consegue entregar um personagem consistente. Praticamente ele segura todo o filme nas costas.
Igualmente, tendo em vista o grande vilão que foi inserido nesse – talvez um dos mais perigosos nos quadrinhos –, ‘Carnificina’ não chega nem perto de ser o ardiloso personagem que costuma dar muito trabalho para Spiderman (que em muitos casos já chegou a se unir com o próprio Venom para conter o vilão). Sua trama no filme é um tanto quanto rasa e ele não é tão bem desenvolvido quanto o que ele realmente representa de ameaça. Talvez a pouca duração do filme não foi o suficiente para convencer de que ele é realmente um vilão extremamente forte e sinistro como nas HQ’s. E nada parece funcionar direito em sua narrativa, pois fica a impressão de que falta algo na trama que realmente justifique seus atos e sua periculosidade. A solução que deram igualmente em seu desfecho não faz jus a ele e muito menos ao seu legado como antagonista. É realmente uma pena desperdiçar o potencial de um personagem tão importante assim para o universo das histórias em quadrinhos do Aranha.
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Carnificina: potencial desperdiçado em tela. |
Os efeitos visuais também estão parecidos com os do primeiro filme. Mais uma vez optaram por cores escuras e filmagens em ambiente noturno para esconder possíveis defeitos de CGI. Não que filmagens desse tipo não sejam legais, porém em certos momentos de batalhas entre os simbiontes a situação fica meio confusa e você não consegue enxergar direito o que está acontecendo em tela. Além de repetitivo, fica a impressão da omissão por um trabalho mais caprichado nos efeitos especiais. Como no primeiro filme, estão apenas bons. Mas certamente poderiam ser muito melhor elaborados.
Enfim, vale a pena ver o filme? ‘Venom – Tempo de Carnificina’ tinha tudo para ser um filme de proporções épicas, devido ao seu diretor Andy Serkis (que já fez ótimos papéis como ator) e Tom Hardy / Woody Harrelson, que são ótimos atores. E principalmente pelos seus icônicos personagens – tanto o protagonista quanto seu incrível vilão. Mas seu roteiro raso e mal escrito deixou muito a desejar no quesito história e sua trama incômoda não emplaca a não ser pela boa atuação de Hardy. Um filme desperdiçado com um gigante potencial. Agora o pós-crédito vale muito mais a pena do que todo o filme. Esse sim acabou por fazer valer minha ida no cinema. Se fores ver, querido leitor, espere até ele. Acredite, valerá o esforço.
domingo, 10 de outubro de 2021
Filmes
007: SEM TEMPO PARA MORRER - Avaliação 4,5/5 - Excelente!
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Daniel Craig: ótimo Bond atual. |
Dentro de um novo escopo, mais sério, humano e sisudo, e com uma veia bem mais estilosa, o formato do Bond de Craig trouxe um agente mais centrado e menos canastrão. As histórias contadas desde ‘Cassino Royale’ (2006) são épicas, com um tom mais sombrio e menos cartunesco. Só isso já é certamente um motivo para eu achar esse novo formato bem mais coerente com um agente do serviço secreto britânico. Agora soma isso ao fato de Craig ter uma interpretação ímpar e embarcar na pele do personagem nesse novo modelo de forma bastante peculiar e, porque não dizer, perfeita. Ele consegue traduzir em tela tudo o que essa nova visão quer passar e sua interpretação tem estilo e visuais únicos. Mostra propriedade e talento que rendem momentos e cenas muito memoráveis. E foi esse fator que me chamou tanto a atenção para esse novo Bond.
Não só pelo visual, a parte técnica – falando sobre esse novo longa – impressiona pela qualidade impecável do roteiro, que consegue ser meticuloso, rico e bem elaborado tanto quanto a direção de fotografia em todas as cenas de ação e diálogos muito bem contextualizados. O longa tem uma atmosfera sombria também, como os outros, com tonalidades de cores mais cinzentas que remetem um pouco a sensação de a qualquer momento as coisas vão desandar. E é exatamente esse o espírito do filme. As férias de Bond são bruscamente interrompidas por uma perseguição e, depois de um tempo, por uma revelação obscura que poderá desencadear em eventos catastróficos dentro da trama do longa. Tudo isso misturado com aquele clima pitoresco e envolto de mistério, como em todo bom filme de espionagem.
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Lashana Lynch e Craig: uma nova agente desponta? |
E mencionando as cenas de ação em si: são grandiosas, muito bem feitas e tem o charme e maestria necessárias de todos os grandes filmes de Hollywood e do próprio James Bond. As soluções quase que improváveis de certas situações em que Bond se encontra são um deleite para os fãs da franquia. O grau de periculosidade na gravação dessas é tamanho que o ator em determinado ponto da gravação se feriu em uma das cenas e teve de interromper por um bom período as gravações do filme. E o que é mostrado em tela é justamente resultado de todo o esforço não só dos atores, mas de toda a equipe que trabalha juntamente para que tudo saia da forma mais monumental e memorável possível.
Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! A despedida do ator de ‘007 - Sem tempo para morrer’ faz jus a todo o seu legado deixado nos cinco filmes em que fez parte. Com um enredo impecável e trama coesa – apesar de bem longa –, o filme encerra a saga de Craig nas telas com muita propriedade e maestria, e ainda faz o ator ganhar uma estrela na ‘Calçada da Fama’ muito merecidamente. Se és fã do personagem e gosta desse ator e sua peculiar interpretação do agente mais famoso das telas, vá sem medo pois esse é mais um filme digno do personagem. Vale demais o ingresso!
quarta-feira, 29 de setembro de 2021
Bíblia
REFLEXÃO BÍBLICA
segunda-feira, 20 de setembro de 2021
Bíblia
quinta-feira, 16 de setembro de 2021
Filmes
SHANG-CHI E A LENDA DO DEZ ANÉIS (Avaliação 5/5 - Excelente!)
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O ator Tony Leung e o verdadeiro 'Mandarim'. |
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Meng'er Zhang, Simu Liu e Awkwafina: bons em cena. |
terça-feira, 7 de setembro de 2021
Filmes
INFILTRADO (Avaliação 3/5 - Bom!)
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Sempre com 'cara de mau'. |
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Pronto pra ação. |
sábado, 28 de agosto de 2021
Filmes
FREE GUY: ASSUMINDO O CONTROLE (Avaliação 4,5/5 - Excelente!)
Mas o que realmente começa a chamar a atenção no longa é em como tudo é trabalhado para que o muito bom roteiro crie condições do personagem de Reynolds se desenvolver como se fosse uma pessoa real. Ele começa a criar conexões, sentimentos e desejos que o torna muito diferente dos demais NPC’s do jogo. E quando você pensa que tudo isso não faz o menor sentido, pois você lida o tempo todo da projeção com cenas ‘in-game’ e fora dele também (onde os protagonistas humanos lidam com o jogo, com intrigas e com sua ligação em relação ao desenvolvimento do mesmo), vemos a narrativa dar uma ótima reviravolta em torno do porquê esse específico personagem se desenvolveu dessa forma e nos elucida de forma clara e sem quaisquer falta ou falha o que realmente aconteceu com ‘Guy’. O texto e os diálogos são viscerais e extremamente convincentes para nos dar a perspectiva do personagem ‘in-game’ sem perder o rumo e nem atropelar o roteiro, mostrando a importância de questionarmos quem somos na verdade através da visão de um personagem virtual. Um trabalho muito competente e bem elaborado que nos traz a memória de que sim, dá para fazer bons filmes baseados em jogos. É só procurar entender os conceitos daquilo ou daquele personagem que você está trabalhando. A ideia de dar protagonismo a um NPC in-game foi simplesmente genial e Reynolds tem uma habilidade única de construir esse universo através de sua ótima interpretação (vide o excelente ‘Deadpool’).
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Ryan Reynolds e Jodie Comer: ótima química! |
Aliás, interpretação essa que soa muito favorável quando você entende melhor o personagem. É incrível como ele – o ator – consegue transmitir para o público a figura de algo sem vida tão bem. Versátil, Reynolds tem protagonismo ímpar no filme e rouba muitas cenas dos protagonistas humanos. Cria empatia fácil e esbanja carisma e personalidade atuando. Outros bons destaques podem ser vistos também, como por exemplo a atriz Jodie Comer, que tanto interpreta uma programadora humana – uma das criadoras do jogo – quanto um avatar dentro do próprio jogo chamado ‘Molotov Girl’. Além dessa interação interessantíssima onde ela joga consigo mesma ‘in-game’, ainda há uma ótima química entre ela, dentro do jogo, e ‘Guy’. Suas aparições são ótimas e as missões que ela tem de fazer ‘in-game’ como personagem são extremamente divertidas e conduzem fortemente a narrativa até seu devido clímax. Taika Waititi, que interpreta ‘Antoine’ e é o CEO da empresa que criou o jogo, também esbanja carisma e produz um certo antagonismo interessante, onde aqui não é uma luta do ‘bem contra o mal’ e sim, mais um jogo de interesses e poder, onde sobreviver no mercado pode ser mais importante que a ética ou respeito ao colega. Visão bem peculiar que estabelece um bom contraponto com o personagem de Joe Keery, ‘Keys’, outro bom destaque também.
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Taika Waititi traz um antagonismo peculiar. |
Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! Ryan Reynolds prova o porque é um grande ator e está no topo do ‘mainstream’ de Hollywwod com essa divertidíssima e competente atuação. E ‘Free Guy: assumindo o controle’ se prova ser tão eficaz e funcional por apresentar games de uma forma tão irreverente e bem conduzida pelo diretor Shawn Levy. Uma ideia que deu muito certo e que faz jus a sua ida no cinema, caso seja fã do ator ou de games em geral. Vale muito o ingresso!
terça-feira, 17 de agosto de 2021
Filmes
O ESQUADRÃO SUICIDA (Avaliação 4/5 - Muito Bom!)
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Cena muito boa e com um desfecho hilário! |
O trabalho de posicionamento dos ‘takes’, sem produzir cortes exagerados ou muito bruscos e as descrições das próximas ações que são mostradas a cada novo movimento dos personagens são muito bem elaboradas e contribuem eficazmente com o seguimento da narrativa. Nada de talhar momentos importantes nem de dar destaque a alguns sem desenvolvimento por simplesmente terem cortado a cena. A fluidez narrativa também é corroborada pelo ótimo trabalho de captura das câmeras tanto nos momentos de ação quanto na construção das personalidades de cada um. E esse conjunto é o que faz cada personagem ter seu espaço em tela de forma adequada.
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Margot e sua Arlequina: perfeita! |
Como o título do filme nos diz, a história é sobre pessoas que se colocam em risco nas mais diversas situações. E em meio a tantos vilões – alguns deles muito estranhos, outros muito bizarros e engraçados –, os que sobraram no campo de batalha foram muito bem construídos pelos seus respectivos atores. Idris Elba, por exemplo, que interpreta ‘Sanguinário’, tem carisma de sobra e traz um protagonista forte, ousado e bem trabalhado. Já ‘Arlequina’ de Margott Robbie dispensa comentários. Dona de uma beleza exuberante e talento de sobra, esbanja boa interpretação (como já vista em filmes anteriores e não à toa se tornou popular com a personagem) e encanto, como era de se esperar. Agora os destaques mesmo ficam por conta do ‘Tubarão-Rei’ (do qual Silvester Stallone empresta sua voz), ‘Bolinha’ (interpretado por David Dastmalchian) e ‘Caça-Ratos 2’ (vivida pela atriz Daniela Melchior). O fato justamente do bom roteiro dar atenção a esses personagens fazem com que seus intérpretes sejam bem destacados em suas atuações. Conseguem passar o tom e a dramaticidade de cada um deles muito bem. E a medida que eles vão evoluindo no filme com a passagem dos atos, recebem mais empatia, carisma e convencimento. Jhon Cena, que interpreta ‘Pacificador’, também é outro grande destaque e sua performance tem se aprimorado a cada novo longa. Muito bom!
Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! “O Esquadrão Suicida” de 2021 corrige erros de execução e continuidade que podem ser vistos em seu antecessor e melhora a resposta para o público em relação ao que de fato pode se esperar desses personagens. Como é um filme para maiores, trabalha ainda melhor a vertente maníaca de cada um deles com esse surto de heroísmo que eles precisam ter. Tem ao mesmo tempo seus méritos e deméritos por produzir comicidade em exagero – até por ser um filme sobre vilões – mas, do ponto de vista geral, o saldo acaba sendo positivo. Se você curte esse tipo de filme, vai se divertir bastante. Vale muito o ingresso!
domingo, 8 de agosto de 2021
Filmes
UM LUGAR SILENCIOSO - PARTE 2 (Avaliação 5/5 - Excelente!)
Segunda parte da franquia dirigida por John Krasinski é ainda mais
densa, sombria e melhor que a original. Vamos a análise! ^^
Quando o primeiro longa ‘Um lugar silencioso’ estreou em 2018,
ele veio com um proposta interessante sobre como lidar com seres que
só agem através do som, fazendo com que os protagonistas tenham de
fazer o maior silêncio possível para não serem atacados pelos
alienígenas que aparecem de forma voraz quando percebem a presença
de qualquer ser ‘estranho’ a sua raça. Sucesso de crítica,
público e bilheteria, o filme que teria uma só versão elevou o
horror a um outro patamar com uma ideia muito genuína e deu um novo
fôlego e frescor as produções do gênero, fazendo com que tanto a Paramount quanto seu diretor produzissem mais conteúdo sobra a
instigante saga da família Abbot e seus horripilantes algozes do
espaço.
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Krasinski, que dirige o longa, tem cenas no início. |
E agora, em seu segundo capítulo, vemos a família novamente
embaraçada com o contexto narrativo dos acontecimentos pós primeiro
filme. Emily Blunt, Millicent Simmonds e Noah Jupe compõem outra vez o elenco dessa e trazem mais uma vez novos momentos de tensão e
uma ainda mais assustadora atmosfera deixada pelas marcas do passado.
Com uma ligeira apresentação no primeiro ato sobre como os
alienígenas chegaram a Terra, o filme mostra nos atos seguintes as
situações pós traumáticas do grupo em meio a desordem deixada pelos
seres. Agora sem o patriarca da família, que se sacrificou no
primeiro longa para salvar os seus, Evelyn Abbot (Emily Blunt), Regan
(Millicent) e Marcus (Noah) terão de enfrentar uma vez mais seus
maiores medos para sobreviver em meio a dor e o caos. E o que me
chama a atenção dentro dessa perspectiva narrativa do roteiro, são
as ótimas atuações de todo o elenco principal, que conduzem a
trama com maestria e dedicação ímpar. Conseguem transparecer o
clima extremamente tenso e obscuro reproduzido em cada gesto, em
cada olhar amedrontado, em cada ‘take’ mais severo. Tanto Emily
quanto Millicent e Noah transpõem claramente o pavor e a sensação
de urgência na profundidade de suas atuações. Em minha mais sincera
opinião, todos foram muito intensos e passaram muita credibilidade
em seus personagens, em colaboração com o excelente roteiro.
Com o enorme sucesso do primeiro longa, o visual dos sinistros seres
foi amplamente aprimorado em relação ao primeiro filme, inclusive
com uma fotografia ainda mais centrada nos mesmos. Tanto a direção
de fotografia quanto a de arte realizaram um ótimo trabalho
reproduzindo ainda melhor as cenas com os bichos, oferecendo mais
realismo e captando com melhor versatilidade a investida dos monstros
e as reações de terror que eles causam. Alguns acontecimentos bem
posicionadas e bem capturadas pelas câmeras colaboram intensamente
com a ação e a sensação de pânico gerada pelos protagonistas
humanos, fazendo com que o conjunto da obra seja ainda mais mais
denso e melhor que no primeiro longa.
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Núcleo principal retorna com ótimas atuações. |
Cillian Murphy e Djimon Hounsou são as novas adições ao elenco e
o primeiro, que interpreta ‘Emmett’, protagoniza ótimos momentos
com ‘Regan’ (Millicent). Isso porque a atriz mirim tem problemas
auditivos de fato na vida real e isso faz com que a interação entre
os dois seja diferenciada, devido essa questão ser transportada para
o filme. As formas de comunicação, os gestos, todas as sensações
e emoções que estas causam no espectador são interessantes, ricas
e ajudam o público a criar ainda mais empatia pelos personagens, que
são elementos importantíssimos para a trama geral. Em algumas cenas
onde ‘Regan’ é deixada completamente sozinha ou isolada, é
possível observar o silêncio absoluto da sonoplastia do filme
focado nela, denotando ali medo, incerteza, insegurança e abandono.
Um detalhe tão curioso quanto perspicaz que deixa uma camada ainda
mais profunda a sua personagem. Achei genial isso.
Enfim, vale
a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! Ainda melhor e mais intenso
que o primeiro, “Um Lugar Silencioso – parte 2” consegue elevar
o nível tanto da trama quanto das atuações que já eram muito boas
e trazer consigo uma boa camada de frescor a esse gênero que anda um
tanto quanto saturado nos dias de hoje. O drama dos personagens é
amplamente crível e é corroborado pelo cativante e bem alinhado
elenco. Se você curte esse tipo de filme, recomendo sem medo de
errar. Vale demais o ingresso!