sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Bíblia

REFLEXÃO BÍBLICA

"Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos" 1Pedro 1.3
 Deus é bom. Isso é inegável para quem já provou do Seu terno amor. Sua grande graça e misericórdia nos deu o privilégio de estarmos mais perto dEle através do Seu Filho Amado, que nos deu uma nova esperança acerca do futuro. Cristo nos concedeu uma 'viva esperança' quando ressuscitou dentre os mortos para estar para sempre ao lado do Pai. E a todos àqueles que creem em Seu nome, além de ter dado poder de ser chamado filho de Deus, outorgou-lhes também o direito a vida eterna. Mas alcançar esse presente concedido por Deus requer esforços. "O Reino dos Céus é tomado pela força", diz um outro texto bíblico. E não é força bruta. Não é nesse sentido. É no sentido de praticarmos a Palavra, termos uma vida sincera com Deus de oração, jejum, leitura da Bíblia e principalmente, saber que nada nós escondemos dEle. Que tudo está bem latente aos Seus olhos e que precisamos todos os dias fazer uma análise interior para saber o que nosso Senhor precisa nos perdoar e/ou retirar de nós. Ei querido, faça um exame hoje de si mesmo, pois Cristo está as portas e Ele espera de mim e de você atitudes verdadeiras para com Ele. Um outro texto bíblico que corrobora com essa afirmação diz "examine-se, pois, o homem a si mesmo". Ele não morreu naquela Cruz em vão. Ele morreu para que encontrássemos vida e vida com abundância nEle. E a canção que complementa nossa mensagem de hoje é a lindíssima "Preciosa graça - Sophia Vitória". Reflita sobre essa Palavra, ouça essa lindíssima canção e seja abençoado em nome de Jesus!


sábado, 25 de dezembro de 2021

Filmes

HOMEM-ARANHA: SEM VOLTA PARA CASA (Avaliação 5/5 - Excelente!)


 Novo longa do teioso confirma mais uma vez que boas ideias e nostalgia funcionam muito bem e agregam muito a narrativa, quando bem executada. Vamos a análise! ^^
 Lá se vão alguns anos desde que Peter Parker deu as caras no universo da Marvel através da interpretação de Tom Holland. De lá pra cá, algumas coisas realmente mudaram nesse universo e é nítido ver o amadurecimento tanto do ator quanto do personagem demonstrado em tela ao longo do tempo. Tom chegou ao UCM com um misto de alegria e desconfiança, porém acabou ganhando a atenção do público e conquistando seu lugar e espaço nesse universo. E agora com a chegada desse terceiro filme da trilogia ele confirma não só sua boa atuação, como também nos traz uma das melhores experiências em termos tanto de narrativa quanto de nostalgia relacionadas ao personagem ‘Homem-Aranha’. Vejamos o porquê abaixo.
 Desde que o conceito de  múltiplos universos foi oficialmente implantado nas séries da Marvel (Loki e WandaVision começaram a trabalhar esse conceito), a Marvel tem procurado expandir essa ideia – que é bem recorrente nos quadrinhos – para as telas. E tanto o roteiro quanto a estrutura narrativa para se contar uma história dessas devem ter o mínimo de coesão e coerência para dar sentido a tantos personagens pipocando e aparecendo repentinamente na principal linha do tempo do UCM. Mas, para sorte e alegria dos fãs e entusiastas, tanto o formato quanto a execução desse conceito – ao menos nesse longa do Aranha – deu tão certo que, mesmo que talvez tenha acontecido uma falha ou outra, no âmbito geral a história discorre de forma tão fluida e natural que se revela muito pertinente e eficaz para o que se é mostrado em tela. E a forma como foram trazidos tantos personagens icônicos se fez de maneira muito funcional e incrivelmente acertada. Mesmo sendo uma proposta de difícil execução, tanto roteiristas quanto produtores e direção alcançaram o ponto correto para inserção de tudo o que foi visto no filme. Realmente congratulo a todos os envolvidos nesse processo tão trabalhoso.
Tom Holland e Zendaya: ótima química!

 E não só congratulando toda a equipe de produção e direção, bons roteiros também carecem de bons atores para que tal execução ocorra satisfatoriamente. E há um claro amadurecimento tanto dos personagens quanto dos atores nesta nova empreitada narrativa. Nitidamente Tom Holland (Peter), Zendaya (MJ) e Jacob Batalon (Ned) estão bem confortáveis em seus papéis e todos se entregam muito bem nesse. Alfred Molina (Dr. Octopus), Jamie Foxx (Electro) e Willen Dafoe (Duende Verde) também mostram intimidade com seus personagens e muita qualidade na atuação. E as demais incríveis surpresas – que não quero dar ‘spoilers’ aqui para quem ainda não assistiu – são um verdadeiro deleite e um show a parte literalmente. As cenas do terceiro ato são uma grande ode a todos os fãs que tanto esperavam por um momento igual aquele. Nada em muito tempo irá superar aquele inimaginável e glorioso desfecho. Mais uma vez estão todos – equipe, dublês e atores – de parabéns mesmo.

Vilões icônicos e surpresas ainda mais excelentes!

 A enxurrada da ‘fan service’ e ‘easter-eggs’ durante todo o filme também complementam a bem elaborada narrativa, juntamente com a direção de fotografia que traduz brilhantemente todo o contexto das cenas e enriquece muito o contexto narrativo, com ótimas tomadas e muitos ‘takes’ bem posicionados e porque não dizer, emblemáticos também. Até porque as camadas dramáticas são bem aprofundadas pela ótima montagem de cenas. E sim, existe todo um contexto dramático também muito bem produzido para elevar ainda mais a motivação de cada personagem, explorando ainda melhor suas qualidades e fragilidades. Muito bom!
 Os efeitos 3D – fui assistir o longa me utilizando do recurso – são razoáveis e agregam não muito a experiência como um todo. Deixo a critério de você, querido leitor, a escolha. Se é algo que te agrade – como me agrada muito ver em 3D – pode te satisfazer. Porém, para aqueles que já não optam tanto por isso, pode ser um tanto dispensável mesmo.
 Enfim vale a pena vero filme? RECOMENDADÍSSIMO! “Homem-Aranha: Sem volta para casa” é uma verdadeira carta de amor aos fãs do aracnídeo e celebra com maestria os 20 anos do primeiro filme do Aranha nos cinemas. Tanto Sony quanto Marvel estão em festa com essa parceria e a resposta positiva das bilheterias comprova isso. É uma gigantesca celebração que reúne o novo e a nostalgia em um único filme de forma majestosa e, porque não dizer, impecável também. Afirmo sem medo de errar que é um filme obrigatório para quem curte o gênero de super-heróis. Vale demais o ingresso!


sábado, 4 de dezembro de 2021

Filmes

GHOSTBUSTERS: MAIS ALÉM (Avaliação 4,5/5 - Excelente!)


 Novo longa da franquia ‘Ghostbusters’ é uma enorme enxurrada de nostalgia, uma gigantesca carta de amor aos fãs e uma doce homenagem de certa forma. Vamos a análise!
 Quem viveu nos anos 80 do século passado teve a oportunidade de contemplar filmes que se tornaram ao longo dos anos grandes clássicos ‘cult’ e até hoje ainda carregam uma legião de fãs ao redor do globo. Esse é o caso dos ‘Caça-Fantasmas’ (nome traduzido por aqui). Os 2 filmes originais de 1984 e 1989 foram tamanho sucesso que renderam games, desenhos, bonecos e tudo mais que uma mídia de sucesso produz após ser bem aceito pelo público. E para época, com recursos tão limitados, a incrível magia do cinema na arte de produzir efeitos com tão pouco, foi o que deu o merecido charme a franquia. E não só isso: os bons roteiros escritos também colaboraram bastante para manter a longevidade e o interesse pelos filmes. E cá estamos nós em 2021 com um longa que é um gigantesco presente não só para cada uma que viveu aquela época, como também para todos aqueles que aprenderam a amar essas histórias. Vejamos o porquê disso abaixo.
Finn, McKenna, Logan: ótimo trio mirim!

 Em primeiro lugar, o longa conta com o roteiro minunciosamente bem escrito, bem coordenado e muito bem executado em tela. Sua eficaz narrativa faz conexão direta com os filmes antigos e produz várias sensações diferentes enquanto assistimos. Até porque o ator Harold Ramis, que interpretou ‘Dr. Egon Spengler’ nos 2 filmes passados, faleceu em 2014. E a história que se desenvolve na trama principal gira em torno da família do ‘Egon’ e traz vários momentos emocionantes ao longo da película. O extremo cuidado na forma como as referências e os personagens foram reinseridos na trama é um grande deleite visual e nostálgico. E muito disso se deve justamente ao fato do roteiro ter sido escrito pelo filho do diretor das obras originais, Jason Reitman (e ele foi o diretor desse novo também), que procurou seguir de forma justa e comedida todo o legado que seu pai havia deixado. E isso não só trouxe um frescor a marca, quanto mexeu de forma muito convincente com o passado glorioso que havia ficado para trás. E adicione a essa mistura um bom elenco e temos sim, um filme digno e a altura que todo esse universo merece.
 A respeito do elenco, temos o trio mirim Finn Wolfhard (Trevor), McKenna Grace (Phoebe) e Logan Kim (Podcast) como núcleo principal da trama e todos são muito carismáticos em tela. Suas interpretações são realmente formidáveis, com destaque para McKenna, reproduzindo os passos do seu avô, tanto na curiosidade pela ciência quanto na timidez – traços que ela consegue passar muito bem para o público com um toque profundo de sensibilidade e muita fofura. Logan traz em seu personagem alívio cômico que se torna amigo da protagonista e é ao mesmo tempo caricato e muito convincente. Finn busca se encontrar em meio a adolescência de seu personagem no filme e o faz muito bem também. Já no elenco adulto, temos Carrie Conn interpretando ‘Callie’, filha do ‘Dr. Egon’ e Paul Rudd, como ‘Mr. Grooberson’. Ambos também funcionam bem na trama e tem grande função no decorrer da história, além de sim, conseguirem uma boa química juntos. Fora as maravilhosas surpresas que foram extremamente bem colocadas e fecham com chave de ouro toda a ótima nostalgia que o filme carrega.


Paul Rudd e Carrie Coon: Boa química.

 Os efeitos especiais são um outro ponto muito positivo no filme. Não só pela qualidade técnica e visual que a tecnologia de hoje reproduz, mas também por usar esse recurso para ambientar personagens e cenas icônicas dos longas anteriores, além de abusar de forma brilhante da belíssima fotografia. É como eu disse anteriormente: junta-se o frescor do novo com o que foi relevante outrora e cria-se uma ambientação muito prazerosa de se ver. Até nisso o trabalho foi muito bem elaborado e extremamente bem pensado para o longa.
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! “Ghostbusters: Mais além” não só consegue reviver a franquia de forma esplêndida, como também traz para as novas gerações um belíssimo legado dessas histórias e personagens que tanto encantaram uma geração inteira de pessoas. Consegue mexer com o coração dos mais velhos ao mesmo tempo que cria um ótimo conteúdo para os mais jovens hoje. É uma mistura que deu muito certo ao meu ver e vale demais a sua ida no cinema para prestigiar esse ótimo trabalho. Vale demais o ingresso!

terça-feira, 30 de novembro de 2021

Bíblia

 REFLEXÃO BÍBLICA

"Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade" 2Coríntios 3.17
  O texto em apreço nos traz 2 declarações muito importantes. Uma de que nosso Deus não é de aspecto humano. Ele é um ser espiritual. E como tal, não possui sombra de variação ou pecado. Ele é plenamente Santo e perfeito. E a outra é que quando o Espírito do Senhor encontra lugar no ser humano para habitar, esse passa a ter liberdade nEle. E o que seria isso? Nos tornamos capazes de enxergar com olhos espirituais, mediante a fé, tudo o que estava nos aprisionando, todas as amarras que nos traziam confusão e sofrimento e a partir daí, começamos a lutar pelo fim delas. Ei querido, passar para o Evangelho não significa 'ficar preso e não poder fazer mais nada', como muitos dizem por aí. Passar para o Evangelho de Cristo significa que você agora passará a enxergar tudo o que o cegava no âmbito espiritual e vai começar a saber o porque que muitas coisas ofuscavam seu entendimento, tanto sobre alguns aspectos da vida quanto sobre a Palavra de Deus. Abrir-se-ão teus olhos para perceber o quanto o inimigo tolhia sua mente, o quanto ele te sufocava e, principalmente, o quanto você e eu não víamos nossos graves erros que cometíamos sem nem saber que eram erros, mas que a liberdade que há em Cristo os fez perceber e começar a lutar contra. Luta essa que não é fácil, pois a verdadeira liberdade no Espírito requer muito esforço e oração, uma vez que nossas vontades humanas militam incessantemente contra a vontade de Deus. Seja humilde, peça perdão das suas falhas, reconheça as suas mazelas reveladas e lute todos os dias para que o inimigo de tua alma não roube novamente de você esse presente tão grandioso que é a presença de Deus. E a canção que complementa nossa mensagem de hoje é essa lindíssima versão de "Eyshila - Em Tua presença". Reflita nessa Palavra, reviva essa belíssima canção e seja abençoado em nome de Jesus! 


segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Filmes

ETERNOS (Avaliação 3/5 - Bom!)


 Novo filme da Marvel é bom e tem postura ousada, mas as constantes quebras de ritmo e falta de empatia dos protagonistas deixam tudo muito a desejar. Vamos a análise!
 Quando se fala em um filme da ‘Casa das Ideias’, logo se vem a mente que, provavelmente, veremos algo de muita qualidade ou que chegue ao menos perto disso. Mas ‘Eternos’, apesar de ter o selo ‘Marvel’ estampado em seu todo, procurou não optar pelo trivial. Pelo contrário, há um bom diferencial em relação as suas outras películas, principalmente no que diz respeito a visão da diretora quanto a conjectura do que é ser um super-herói. E a proposta apresentada soa realmente muito interessante, porém sua execução não foi bem aplicada e isso tornou o longa um tanto quanto arrastado e com alguns pontuais problemas que destacaremos mais abaixo.
 A começar pela premissa do roteiro, vemos que pela primeira vez em uma película de super-heróis (ao menos nos da ‘Marvel Studios’) não há exatamente um vilão destacado e propriamente dito. A diretora Chloe Zhao, aproveitando-se da dinâmica que a obra original dos quadrinhos oferece, traz um conflito muito mais de ideais do que um embate com alguma entidade maligna. E só esse enredo já produz um certo frescor e subverte de todas as formas a batida construção da ‘jornada do herói’, pois aqui não há um antagonista, e sim a difusão de ideias e o cumprimento de uma missão, mesmo que ela acabe se tornando em um grave problema. O que me chama atenção é o foco aqui gerado pelo questionamento que o longa se propõe a fazer: quais os limites do certo e errado? O que fazer quando somos confrontados com a realidade que nos cerca? Essas questões são pontuadas de maneira bem inteligente pela diretora vencedora do Oscar e põem a prova o misto dilema entre razão e emoção. E nesse ponto o filme tem uma grande parcela de acerto em minha humilde opinião.

Angelina Jolie interpreta 'Thena'.

 Porém, o que a premissa narrativa tem de valioso, a forma de sua execução foi um tanto quanto mal delineada, vamos assim dizer. E isso já começa pela quantidade enorme de personagens que compõem a equipe dos ‘Eternos’. Não há espaço suficiente em tela para apresentar cada um deles de forma satisfatória para que o público crie conexão e empatia por eles. E muito embora o elenco esteja recheado de estrelas, eles não conseguem transmitir o quanto nós, espectadores, devemos nos importar com eles. E essa falha na introdução dos mesmos é o que mais me incomodou. Quando a equipe dos ‘Vingadores’ se formou, cada qual já havia sido devidamente apresentado em filmes solo e, mesmo aqueles que não tiveram seus filmes, houve espaço em tela para serem desenvolvidos a ponto de gostarmos deles e torcermos por eles. Infelizmente não é o que acontece aqui. Essa química que conecta o público não funcionou e não ‘vendeu’ bem os protagonistas. Ao menos não para mim.
 Outro ponto que, ao mesmo tempo trouxe um vislumbre de como esses personagens estiveram por aqui esse tempo todo, também fez com que as escolhas narrativas sobre como transmitir isso para tela não fossem muito bem executadas, pois há muitas oscilações de ritmo nesses momentos e cenas prolongadas demais para o que é realmente proposto ali. Os cortes, constantemente retornando ao passado criam uma ruptura narrativa desnecessária que acaba quebrando o ritmo da trama. E isso acontece de forma constante. Uma única apresentação bem formatada já no primeiro ato supriria essa demanda e não ‘quebraria’ a sequência dos fatos em andamento. Até o par romântico entre Sersi (Gemma Chan) e Ikaris (Richard Madden) não flui como deveria justamente porque não há essa empatia. Mesmo a história sendo muito coerente e as motivações de cada personagem serem bem esclarecidas nos diálogos, é na edição e na continuidade que o filme mais peca, pelas tantas idas e vindas que ele produz. Em um filme como ‘Deadpool’, por exemplo, isso funcionou de forma impecável. Mas aqui, não se sustentou muito bem ao meu ver.

Ikaris (Richard Madden) e Sersi (Gemma Chan).

 Depois de um bom tempo sem o manejo dos óculos 3D, os filmes estão voltando a utilizar o recurso e posso dizer sem muita enrolação que é bem satisfatória a experiência e recomendo o uso para quem gosta, pois os efeitos estão bem convincentes.
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADO! Muito embora tenha seus defeitos, “Eternos” tem sim uma parcela de diversão quando, citando um dos exemplos, vemos a performance de atrizes como Angelina Jolie (Thena) entregando postura e certa imponência na atuação. Ou então quando vemos Lauren Ridloff (Makkari) usando a língua de sinais de forma tão eficiente e diferenciada em cena. Ou ainda se deslumbrando com os efeitos visuais e a fotografia belíssima que o longa carrega – uma marca bem forte da diretora Chloé, que gosta de destacar cenários naturais e imagens contemplativas. Em suma, se a sua execução não ficasse tão comprometida, certamente teríamos algo com ainda mais frescor em mãos. Ainda assim, acredito que valha o ingresso e a diversão.

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Filmes

DUNA (Avaliação 4,5/5 - Excelente!)


 Com uma apresentação realmente primorosa, adaptação da obra de Frank Herbert é extremamente competente do início ao fim. Vamos a análise!
 Como apreciador da sétima arte, inicio essa resenha afirmando que estarei trazendo aos leitores minha visão crítica sobre o longa em si sem comparar com o livro, por não ter tido contato com o mesmo. Sendo assim, de início posso afirmar categoricamente que o diretor Denis Villeneuve foi muito cuidadoso ao dirigir este trabalho, pois fica a boa impressão da atenção e do zelo quanto a cada detalhe no que concerne a história, aos personagens e aos cenários ricos e mui grandiosos vistos em tela. Sua percepção da forma com a qual ele conduziu a história para um espectador novo – que não chegou a ler os livros – é incrível e contumaz. Ele consegue dar ao público toda a identidade visual necessária para a percepção do quão deslumbrante é aquele universo e do quanto ele é uma vastidão a ser explorada em futuras continuações. Villeneuve conseguiu transformar a obra de arte fictícia em uma sólida e consistente adaptação. Vejamos mais abaixo.
Ótima direção de fotografia, cenários e figurinos.

 Denis Villeneuve possui traços interessantes em sua veia artística enquanto diretor. Gosta de trabalhar muito com imagens contemplativas e usa a direção de fotografia sempre a seu favor em seus filmes. E ‘Duna’ reforça essa camada visionária dele, pois como todos os cenários propostos no longa são gigantescos e bem elaborados visualmente, a fotografia do longa é lindíssima e pautada em lugares imaginários de tirar o fôlego. E nem ele nem a Warner pouparam esforços nem recursos para recriar de forma gloriosa e creio eu, mais fidedigna possível, as fabulosas cidades encontradas naquele mundo. Inclusive toda a estrutura narrativa é intrinsecamente ligada a forma com que os cenários são expostos. Ou seja, escopo narrativo se alinha tanto na roteirização quanto nos diálogos aos locais e os eventos expostos fazendo com que, mesmo de forma mais cadenciada, o longa consiga transmitir ao público todo o misticismo em torno daquele cenário caótico reproduzido pelo autor da obra original.
 Outro ponto bem trabalhado e que apoia minha opinião diz respeito ao elenco estelar do longa. São tantos nomes de peso que fazem parte da indústria atual de filmes que é difícil talvez citar todos. Porém o nível de comprometimento de cada um ao apoiar esse projeto também fez com que o nível do filme se elevasse de forma exponencial. Além dos cenários já citados anteriormente, a narrativa também é composta pela entrega nas atuações e pela química dos atores em cena. Destaque para a interação entre Rebeca Ferguson e Thimotée Chamalet, e as interpretações de Oscar Isaac, Jason Momoa e Josh Brolin. Zendaya tem algumas aparições, mas certamente seu protagonismo será maior na segunda parte da história. Como disse, é um elenco gigante que pôs o coração em cada diálogo, em cada cena produzida. E isso tem um peso enorme no resultado final de qualquer trabalho e torna tudo ainda mais admirável.

Rebeca Ferguson e Thimotée: boa química.

 Seguindo, ainda há mais um ponto interessante a ser destacado. A disputa política entre as famílias reais do longa por conta de um minério de suma importância para aqueles povos e que tem um peso comercial enorme para toda uma cadeia de produção universal reforçam alguns pontos relevantes sobre valores morais versus valores financeiros, trazendo em um todo a boa e velha discussão sobre onde as disputas de poder podem levar o ser humano. É a ficção mostrando de maneira mais filosófica como os conflitos em sua maioria são gerados na vida real. É o mais puro reflexo de uma sociedade movida ao longo da história pela vontade de dominar. E justamente na vontade de ser o dominador é que os maiores conflitos foram gerados e muita vidas foram perdidas. É uma forma bem interessante de abordar na ficção um tema tão rico e complexo como esse.
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! “Duna” tem algo de especial que vai muito além do elenco estelar e sua boa narrativa. O diretor conseguiu extrair de uma maneira limpa toda a essência de como transportar uma obra tão grandiosa para as telas do jeito certo e coerente para que o público possa se identificar com a mesma. A forma clara com a qual a história é contada, sem perder o ritmo e sem erros de continuidade, também contribui e muito para reforçar esse fato. Se você é fã de obras de ficção cientifica (inclusive o filme bebe um pouco de fontes como ‘Star Wars’, por exemplo, e isso fica notável durante todo o desenrolar do filme principalmente nas batalhas épicas e nas naves criadas para este universo), pode ir ao cinema pois sua diversão é garantidíssima. Vale demais o ingresso!





sábado, 30 de outubro de 2021

Bíblia

 REFLEXÃO BÍBLICA

"E buscar-me-eis, e achar-me-eis, quando me buscardes de todo vosso coração" Jeremias 29.13
 Deus não é alguém distante. Muitos pensam e afirmam até que é 'Deus no céu e eu aqui na Terra'. Porém o Pai não está alheio a nada do que acontece no mundo e muito menos o que acontece comigo e com você. A grande questão é que nós, muitas das vezes, não queremos buscar nEle a direção e orientação de como proceder em meio aos nossos dilemas. Achamos que é mais cômodo resolver nossas questões, sejam elas quais forem, pelos nossos próprios meios. E aí o Pai, que é educado e nos concedeu livre escolha de servi-lo ou não, deixa por nossa conta aceitarmos Sua ajuda ou não. Irmãos queridos, não ponha a culpa em Deus nas suas ações equivocadas e nem questione o 'porque Deus não fez isso ou aquilo' se você mesmo não O solicitou. Você simplesmente não pediu nada para Ele e ainda quer alguma resposta em troca? O texto em apreço fala de algo que muitos não tem ou já perderam há bastante tempo: intimidade com o Pai. O versículo é categórico em afirmar que se O buscarmos - mas não de maneira vã ou superficial -, O acharemos. Ele está sempre pronto a nos ouvir. Nós é que em muitos casos não queremos falar. 'Quando me buscardes de todo vosso coração'. Sabe o que isso significa? Contar todas as suas verdades para Ele, contemplando inclusive suas imperfeições. Ser de fato intimo dEle como somos quando temos amigos próximos. Rasgar o coração e não omitir em nenhum momento suas falhas para Ele. Tudo isso constitui em 'buscar de todo vosso coração'. Ei querido, há muito mais em Deus do que simplesmente um 'ato de religiosidade' para mostrar para alguém aquilo que o seu interior não condiz. Relacionamento. É isso que Deus verdadeiramente busca de mim. De você. De todos nós. E a canção que complementa nossa mensagem de hoje é a lindíssima 'Intimidade - Jozyanne'. Que você possa refletir nessa Palavra, ouvir esse lindo louvor e ser abençoado em nome de Jesus!


terça-feira, 19 de outubro de 2021

Filmes

 VENOM - TEMPO DE CARNIFICINA (Avaliação - 2,5/5 - Bom!)


 Com um roteiro fraco, novo filme do Venom não consegue superar seu antecessor. Vamos a análise!
 Como um dos personagens mais icônicos do universo do Cabeça de Teia, o primeiro longa vai nos mostrar a trajetória do jornalista ‘Eddie Brock’, interpretado pelo ator Tom Hardy, até a sua fusão com o simbionte que veio do espaço. Mesmo não tendo o Homem-Aranha no filme, ele ainda consegue se sustentar bem e ter uma boa resposta do público no geral. Logicamente, por tal inesperado sucesso, uma sequência foi logo programada para ser produzida. E nesse embalo, um dos mais terríveis e perigosos vilões de todo o universo do Aranha ia pela primeira vez dar as caras nas telas. Porém a forma com a qual ele foi inserido e a execução de sua história deixaram e muito tudo a desejar no que parecia ser um filme dos mais épicos já vistos. Veremos o porquê abaixo.
Tom Hardy e Woody Harrelson: bons atores e trama fraca.

 A começar pelo roteiro, toda a trama gira em torno do conflito que Eddie vive por estar atrelado ao simbionte e também de tentar solucionar vários casos de assassinato sob o comando de 'Cletus Casady' (Woody Harrelson). E isso não soa muito bem, até porque há momentos na trama em que se perde o foco de quem realmente é o Venom e o tratam como se ele fosse um bobo sentimental. E é isso mesmo que você leu. Há pontos da história que essa dinâmica, que talvez era pra ser cômica, não funciona como deveria e faz o simbionte não parecer tão sagaz quanto ele realmente é. Certos diálogos e cenas simplesmente não se encaixam com esse perfil do personagem que conhecemos dos quadrinhos. Há algumas situações que foram criadas para o alienígena que são meio que vergonhosas, dada sua origem e características e o que salva o roteiro do verdadeiro fiasco é a boa atuação de Tom Hardy que, mesmo em meio a essa dinâmica incômoda que elaboraram, consegue entregar um personagem consistente. Praticamente ele segura todo o filme nas costas.
 Igualmente, tendo em vista o grande vilão que foi inserido nesse – talvez um dos mais perigosos nos quadrinhos –, ‘Carnificina’ não chega nem perto de ser o ardiloso personagem que costuma dar muito trabalho para Spiderman (que em muitos casos já chegou a se unir com o próprio Venom para conter o vilão). Sua trama no filme é um tanto quanto rasa e ele não é tão bem desenvolvido quanto o que ele realmente representa de ameaça. Talvez a pouca duração do filme não foi o suficiente para convencer de que ele é realmente um vilão extremamente forte e sinistro como nas HQ’s. E nada parece funcionar direito em sua narrativa, pois fica a impressão de que falta algo na trama que realmente justifique seus atos e sua periculosidade. A solução que deram igualmente em seu desfecho não faz jus a ele e muito menos ao seu legado como antagonista. É realmente uma pena desperdiçar o potencial de um personagem tão importante assim para o universo das histórias em quadrinhos do Aranha.

Carnificina: potencial desperdiçado em tela.

 Os efeitos visuais também estão parecidos com os do primeiro filme. Mais uma vez optaram por cores escuras e filmagens em ambiente noturno para esconder possíveis defeitos de CGI. Não que filmagens desse tipo não sejam legais, porém em certos momentos de batalhas entre os simbiontes a situação fica meio confusa e você não consegue enxergar direito o que está acontecendo em tela. Além de repetitivo, fica a impressão da omissão por um trabalho mais caprichado nos efeitos especiais. Como no primeiro filme, estão apenas bons. Mas certamente poderiam ser muito melhor elaborados.
 Enfim, vale a pena ver o filme? ‘Venom – Tempo de Carnificina’ tinha tudo para ser um filme de proporções épicas, devido ao seu diretor Andy Serkis (que já fez ótimos papéis como ator) e Tom Hardy / Woody Harrelson, que são ótimos atores. E principalmente pelos seus icônicos personagens – tanto o protagonista quanto seu incrível vilão. Mas seu roteiro raso e mal escrito deixou muito a desejar no quesito história e sua trama incômoda não emplaca a não ser pela boa atuação de Hardy. Um filme desperdiçado com um gigante potencial. Agora o pós-crédito vale muito mais a pena do que todo o filme. Esse sim acabou por fazer valer minha ida no cinema. Se fores ver, querido leitor, espere até ele. Acredite, valerá o esforço.

domingo, 10 de outubro de 2021

Filmes

 007: SEM TEMPO PARA MORRER - Avaliação 4,5/5 - Excelente!

 
 Último filme com Daniel Craig nas telonas, ‘Sem tempo para morrer’ é convincente, estiloso e tem desfecho digno. Vamos para a análise!
 A saga James Bond nos cinemas sempre foi sinônimo de grande evento. Criado por Ian Flemming em 1953, o personagem ganhou repercussão internacional e foi posteriormente transformado em filme. Sean Connery (in memorian), Pierce Brosnan, entre muitos outros deram vida ao agente mais famoso criado pelo escritor. Mas, desde 2006, o novo 007 ficou a cargo do ator Daniel Craig e, ao meu ver, não decepcionou no papel do espião. Veremos mais dos porquês abaixo.
Daniel Craig: ótimo Bond atual.

 Dentro de um novo escopo, mais sério, humano e sisudo, e com uma veia bem mais estilosa, o formato do Bond de Craig trouxe um agente mais centrado e menos canastrão. As histórias contadas desde ‘Cassino Royale’ (2006) são épicas, com um tom mais sombrio e menos cartunesco. Só isso já é certamente um motivo para eu achar esse novo formato bem mais coerente com um agente do serviço secreto britânico. Agora soma isso ao fato de Craig ter uma interpretação ímpar e embarcar na pele do personagem nesse novo modelo de forma bastante peculiar e, porque não dizer, perfeita. Ele consegue traduzir em tela tudo o que essa nova visão quer passar e sua interpretação tem estilo e visuais únicos. Mostra propriedade e talento que rendem momentos e cenas muito memoráveis. E foi esse fator que me chamou tanto a atenção para esse novo Bond.
 Não só pelo visual, a parte técnica – falando sobre esse novo longa – impressiona pela qualidade impecável do roteiro, que consegue ser meticuloso, rico e bem elaborado tanto quanto a direção de fotografia em todas as cenas de ação e diálogos muito bem contextualizados. O longa tem uma atmosfera sombria também, como os outros, com tonalidades de cores mais cinzentas que remetem um pouco a sensação de a qualquer momento as coisas vão desandar. E é exatamente esse o espírito do filme. As férias de Bond são bruscamente interrompidas por uma perseguição e, depois de um tempo, por uma revelação obscura que poderá desencadear em eventos catastróficos dentro da trama do longa. Tudo isso misturado com aquele clima pitoresco e envolto de mistério, como em todo bom filme de espionagem.

Lashana Lynch e Craig: uma nova agente desponta?

 E mencionando as cenas de ação em si: são grandiosas, muito bem feitas e tem o charme e maestria necessárias de todos os grandes filmes de Hollywood e do próprio James Bond. As soluções quase que improváveis de certas situações em que Bond se encontra são um deleite para os fãs da franquia. O grau de periculosidade na gravação dessas é tamanho que o ator em determinado ponto da gravação se feriu em uma das cenas e teve de interromper por um bom período as gravações do filme. E o que é mostrado em tela é justamente resultado de todo o esforço não só dos atores, mas de toda a equipe que trabalha juntamente para que tudo saia da forma mais monumental e memorável possível.
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO!  A despedida do ator de ‘007 - Sem tempo para morrer’ faz jus a todo o seu legado deixado nos cinco filmes em que fez parte. Com um enredo impecável e trama coesa – apesar de bem longa –, o filme encerra a saga de Craig nas telas com muita propriedade e maestria, e ainda faz o ator ganhar uma estrela na ‘Calçada da Fama’ muito merecidamente. Se és fã do personagem e gosta desse ator e sua peculiar interpretação do agente mais famoso das telas, vá sem medo pois esse é mais um filme digno do personagem. Vale demais o ingresso!


quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Bíblia

 REFLEXÃO BÍBLICA

 "Louvai ao Senhor; porque é bom cantar louvores ao nosso Deus; pois isso é agradável, e decoroso é o louvor" Salmos 147.1
 Adorar a Deus possui muitas vertentes. Adoração traz o entendimento de respeito e reverência a uma divindade. E uma das formas aprazíveis ao Senhor é o louvor. Louvor este que, no texto em apreço, se refere aos cânticos que entoamos em Seu e para glória do Seu nome. Seja ele composto por palavras de adoração ao Pai ou por palavras de ânimo para com seus servos, o louvor sempre será de suma importância para o contexto da igreja assim como foi para o contexto de Israel. Batalhas eram travadas e vencidas através de oração, jejum e cânticos. Em muitas ocasiões, o povo israelita colocava os tocadores de instrumentos e os cantores a frente para entoar louvores a Deus, preparando o terreno para incontáveis vitórias alcançadas. Os cânticos também poderiam ser de alegria pela benção já alcançada, como foi o caso de Moisés após a travessia do Mar Vermelho. E o que isso nos diz hoje? O contexto pode não ser o mesmo de outrora na forma como as batalhas eram travadas pelos israelitas, mas a função do louvor continua sendo a mesma. Ei querido, louve sempre ao Senhor nas mais diversas e adversas circunstâncias, pois 'é bom cantar louvores ao nosso Deus', como diz parte desse versículo. Nas dificuldades, cante louvores. Nas vitórias, cante louvores. Em todo tempo, cante louvores, pois isso é agradável ao Senhor. E a canção que complementa nossa mensagem de hoje é a lindíssima "Cassiane - Com muito louvor". Medite nessa mensagem, louve mais uma vez esse belo cântico e seja abençoado em nome de Jesus!


segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Bíblia

REFLEXÃO BÍBLICA

 ''O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante seu rosto e te dê a paz" Números 6.24-26
 O texto em apreço nos revela uma preciosidade da parte de Deus para com seu povo, dada a Moisés para ser replicada por Arão e seus filhos. A benção que Deus expõe nesses versículos não só trarão a mão poderosa do Pai sobre seu povo como também os farão entender que Deus era com eles. E como somos, através de Jesus Cristo, o Israel espiritual de Deus, essa benção pode facilmente ser estendida a todos os que são filhos dEle por intermédio do Salvador. E as características que essa benção reproduz são vitais para o nosso caminhar aqui nessa terra. Primeiro Ele abençoa, ordenando provisão do Céu para ti. Segundo, Ele guarda, priorizando proteção ininterrupta todos os dias da sua vida enquanto estiver ao lado dEle. Ele também quer resplandecer, ou seja, brilhar através de ti no seu viver, bem como te manter de pé na presença dEle. Por fim, são as misericórdias do Senhor que fazem a nossa vida estar diante do Pai, pois não somos merecedores de nada e se não for por sua graça, não permaneceremos. E encerra em definitivo com a paz, pois esse é o maior desejo de Deus para com seu povo, que tenhamos paz. Ei querido, sinta-se hoje abraçado e enriquecido das bençãos de Deus debaixo dessa poderosa Palavra. Que possamos entender que sem a poderosa mão do Senhor nos guiando e nos fazendo prosseguir, liberados debaixo de uma ação poderosa do Espírito, jamais conseguiremos sair do lugar. O próprio Moisés disse em um outro versículo: 'Se a Tua presença não for comigo, não nos façais sair deste lugar'. Esse é o segredo de uma vida dependente do Senhor. E a canção que complementa nossa mensagem de hoje é "A presença da glória - Pr. Antônio Cirilo". Que você possa meditar nessa canção juntamente com esse texto e ser abençoado em nome de Jesus!


quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Filmes

 SHANG-CHI E A LENDA DO DEZ ANÉIS (Avaliação 5/5 - Excelente!)


 Longa de novo herói da Marvel é divertdo e tem história de origem muito bem contada. Vamos a análise!
 Que já não é novidade pra ninguém que a Marvel ao longo dos anos tem buscado excelência em suas produções, isso todo mundo já sabe. Porém sempre que há necessidade de se introduzir um novo personagem a esse universo o cuidado com os detalhes e em como o público vai recebê-lo tem de ser primordial. Até porque Shang-Chi também faz parte do 'hall' de protagonistas que não é tão conhecido pelo audiência no geral. Isso chama a responsabilidade da empresa em contar uma história que seja tanto sólida quanto convincente. E por ser um filme baseado na cultura chinesa, há de se ter equílibrio para agradar tanto o ocidente quanto o oriente. E o que podemos observar como resultado é mais uma acertada obra do estúdios Marvel.
O ator Tony Leung e o verdadeiro 'Mandarim'.

 Para começar, temos um caprichadíssimo roteiro onde todo o contexto narrativo consegue prender o espectador. Cada passo da evolução do protagonista é detalhado e você entende seus porques e sua motivações. Motivações estas que, de igual modo, vão também de encontro ao antagonista, pelas suas interações não só com a história contada do artefato citado pelo título, mas por suas conexões e laços familiares. Em uma outra veia importante da narrativa, ao mesmo tempo que temos uma história de origem, vemos todo o longa passear pelo Universo Cinematográfico da Marvel, conectando mundos e fazendo a ponte mais que necessária para a construção dessa nova diretriz. As sutis referências e situações dizem para o espectador o que o filme é e para onde ele quer realmente seguir. E é justamente esse bem elaborado roteiro que nos conduz a isso.
 Um bom roteiro sempre contribui para que as atuações sejam no mínimo interessantes. Porém o elenco principal - todo escalado praticamente de asiáticos - são muito bem recebidos e muito bem ajustados. Simu Liu, escalado para o papel principal, é versátil e tem o carisma na medida para o protagonista. Muito confortável na pele do personagem, forma um ótimo par e tem excelente química com Awkwafina, que interpreta 'Katy'. Dona de um estilo peculiarmente extrovertido, tem ótimas interações com vários personagens que não só 'Shang-Chi' e produz alguns dos momentos mais cômicos do longa, ao lado do ator Ben Kingsley, que retorna ao seu papel de 'Trevor Slattery', visto lá em 'Homem de Ferro 3'. Isso sem contar com os consagrados Tony Leung, que dá vida ao verdadeiro 'Mandarim', e Michelle Yeoh, que interpreta 'Jiang Nan', tia do protagonista. Esses últimos esbanjam presença em tela e postura de gente grande no quesito atuação. Elenco escolhido criteriosa e cuidadosamente bem, como já era de se esperar.

Meng'er Zhang, Simu Liu e Awkwafina: bons em cena.
 
 Toda a mística em torno do dez anéis e grande parte de elementos da rica cultura chinesa estão estampados por todo o filme seja nas caracterizações, seja nos efeitos especiais ou nas tradicionais e incríveis cenas de luta do Kung-Fu chinês. Cenas essas que foram meticulosamente bem coreografadas e que renderam excelentes momentos em tela. Não só a versatilidade de Liu, mas também de todo o elenco e da direção de fotografia que capturaram boa parte da essência dessa tão nobre cultura. E como o grande desafio seria justamente mostrar um filme asiático para um publico asitático sem perder o rumo e nem entediar sua contraparte ocidental, 'Shang-Chi' consegue primorosamente alinhar o melhor dos dois mundos e compilar sua trama de maneira inteligente e bem sucedida. Para ambos os lados.
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! "Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis" cumpre de forma primorosa seu papel de apresentar o mais novo integrante do UCM ao mesmo tempo que o conecta eficazmente a esse mesmo universo. Tem enredo cativanete, personagens emblemáticos e alto teor cultural inserido em sua história. Sem contar a ótima saída criada pela Marvel para encerrar a inquietante história do falso 'Mandarim' de 'Homem de Ferro 3'. Um filme com a cara da Marvel em todos os aspectos. E fique até depois dos últimos créditos. Já é marca registrada da empresa fazer isso. Se curte esse tipo de filme, vai se divertir muito. Vale demais o ingresso!

terça-feira, 7 de setembro de 2021

Filmes

INFILTRADO (Avaliação 3/5 - Bom!)

 Mesmo com um roteiro já um pouco desgastado, parceria já conhecida de Guy Ritchie e Jason Statham é funcional e gera boa dose de ação em seu todo. Vamos a análise! ^^
 Aquela velha máxima dos filmes de ação na qual sempre alguém da família do protagonista sofre algum tipo de dano e o mesmo se empenha para encontrar e acertar as contas está descaradamente presente aqui também. E é bem verdade que esse tipo de clichê soa um tanto quanto arrastado. Porém é justamente na execução e continuidade do longa que a história traz certa credibilidade a todo contexto narrativo que se observa em tela. Isso porque diretor e ator conseguem produzir muito bem a identidade visual do filme e é nesse fator que a projeção ganha bom destaque.

Sempre com 'cara de mau'.

 Jason Statham é daqueles tipo de atores que nasceram para papéis em filmes de ação. Seu jeito peculiar de atuar - sério, sombrio e um tanto quanto silencioso - é o que faz seus filmes terem sua marca e seu estilo. Sua interpretação traz singularidade a narrativa e, embora seus papéis soem um tanto quanto parecidos, consegue imprimir bem a dinâmica necessária a visão do diretor. E isso já lhe rendeu ótimos personagens ao longo de sua carreira em diversos filmes de peso. O mesmo acontece aqui em 'Infiltrado'. Seu personagem, 'H', é um cara misterioso que aceita um trabalho em uma empresa que opera com transporte de valores em carros-fortes e ele, de pouquíssimas palavras, está ali por razões pessoais escondendo coisas de seu passado que precisam de solução. Sem 'spoilers', essa leve pitada de mistério é o que fomenta toda a trama do longa, produzindo ótimas cenas de ação, com uma boa dose de adrenalina e algumas reviravoltas interessantes.
 O enfoque da captura de câmeras em cores mais escuras trazem a tona toda a concepção do que o longa quer passar. As camadas de tons mais acizentados complementam o ar sombrio do protagonista e fortalecem as conexões de seu personagem com a trama. É como se a paleta de cores também fizessem definição de como é 'H'. E a escolha do diretor Guy Ritchie é muito acertada, não só nesse quesito como na forma visceral como foram gravadas as cenas mais movimentadas. Os 'takes' geram uma boa visão dos acontecimentos e a proposta de contar a história de forma regressiva (parecido com a ideia do primeiro 'Deadpool') é instigante e complementa o ar misterioso da narrativa.

Pronto pra ação.

 Como disse anteriormente, muito embora o filme seja fechado e coeso dentro do que ele se propõe a ser e a mostrar, ele peca no seu roteiro por não aprofundar as camadas de seu protagonista e por insistir demais nos clichês das histórias de filmes desse gênero. Essa lacuna em não tentar inserir algo que não torne a história como se ela já tivesse sido contada muitas outras vezes acaba empobrecendo um pouco sua estrutura narrativa. Se focar na vingança por si mesma não ajudou, por exemplo, a desenvolver melhor o personagem de Statham. Fica uma certa inquietação sobre qual sua real identidade e o porque e como ele chegou naquela posição da qual o longa o destaca. Algumas cenas ou linhas de diálogo a mais corroborariam com o 'background' dele. Mesmo com suas motivações sendo concretas, possivelmente seu passado diria mais sobre ele e traria mais peso ao drama inserido a narrativa. Minha sincera opinião, caros leitores.
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADO! "Infiltrado" traz a aura dos filmes de 1980/90 do século passado e recria essa atmosfera de forma bem satisfatória através da parceria entre Ritchie e Statham. Com boas cenas de ação e ótimos 'takes', o filme vai certamente satisfazer aqueles que gostam desse tipo de produção. Se curte esse tipo de filme, certamente valerá o seu ingresso! ;)

sábado, 28 de agosto de 2021

Filmes

 FREE GUY: ASSUMINDO O CONTROLE (Avaliação 4,5/5 - Excelente!)


 Novo filme com Ryan Reynolds tem ume premissa leve, divertida, extremamente funcional e um tanto quanto reflexiva. Vamos a análise! ^^
 Talvez você esteja se perguntando se mais um filme baseado em games pode ser algo razoável na atualidade. Bom, casos como ‘Sonic’ e ‘Detetive Pikachu’ são ótimos exemplos de que sim, ainda há esperança em Hollywood para produções do gênero. Agora, e quando esse mesmo gênero cria algo muito além do que transpor personagens conhecidos dos jogos para tela? E quando ele subverte os protagonistas para dar lugar a um ‘desconhecido’? É exatamente isso que acontece em ‘Free Guy’. No longa, Reynolds é ‘Guy’, um NPC (Non Playable Character – personagem não jogável, em português), que tem uma função bem definida no jogo e que, de repente, começa a querer inverter seu papel no game criando ‘vida própria’, por assim dizer. E sim, você não leu errado, ele é personagem que vive dentro de um jogo chamado ‘Free City’ e esse é um game de muito sucesso dentro da história do filme.
 Mas o que realmente começa a chamar a atenção no longa é em como tudo é trabalhado para que o muito bom roteiro crie condições do personagem de Reynolds se desenvolver como se fosse uma pessoa real. Ele começa a criar conexões, sentimentos e desejos que o torna muito diferente dos demais NPC’s do jogo. E quando você pensa que tudo isso não faz o menor sentido, pois você lida o tempo todo da projeção com cenas ‘in-game’ e fora dele também (onde os protagonistas humanos lidam com o jogo, com intrigas e com sua ligação em relação ao desenvolvimento do mesmo), vemos a narrativa dar uma ótima reviravolta em torno do porquê esse específico personagem se desenvolveu dessa forma e nos elucida de forma clara e sem quaisquer falta ou falha o que realmente aconteceu com ‘Guy’. O texto e os diálogos são viscerais e extremamente convincentes para nos dar a perspectiva do personagem ‘in-game’ sem perder o rumo e nem atropelar o roteiro, mostrando a importância de questionarmos quem somos na verdade através da visão de um personagem virtual. Um trabalho muito competente e bem elaborado que nos traz a memória de que sim, dá para fazer bons filmes baseados em jogos. É só procurar entender os conceitos daquilo ou daquele personagem que você está trabalhando. A ideia de dar protagonismo a um NPC in-game foi simplesmente genial e Reynolds tem uma habilidade única de construir esse universo através de sua ótima interpretação (vide o excelente ‘Deadpool’).
 
Ryan Reynolds e Jodie Comer: ótima química!

 Aliás, interpretação essa que soa muito favorável quando você entende melhor o personagem. É incrível como ele – o ator – consegue transmitir para o público a figura de algo sem vida tão bem. Versátil, Reynolds tem protagonismo ímpar no filme e rouba muitas cenas dos protagonistas humanos. Cria empatia fácil e esbanja carisma e personalidade atuando. Outros bons destaques podem ser vistos também, como por exemplo a atriz Jodie Comer, que tanto interpreta uma programadora humana – uma das criadoras do jogo – quanto um avatar dentro do próprio jogo chamado ‘Molotov Girl’. Além dessa interação interessantíssima onde ela joga consigo mesma ‘in-game’, ainda há uma ótima química entre ela, dentro do jogo, e ‘Guy’. Suas aparições são ótimas e as missões que ela tem de fazer ‘in-game’ como personagem são extremamente divertidas e conduzem fortemente a narrativa até seu devido clímax. Taika Waititi, que interpreta ‘Antoine’ e é o CEO da empresa que criou o jogo, também esbanja carisma e produz um certo antagonismo interessante, onde aqui não é uma luta do ‘bem contra o mal’ e sim, mais um jogo de interesses e poder, onde sobreviver no mercado pode ser mais importante que a ética ou respeito ao colega. Visão bem peculiar que estabelece um bom contraponto com o personagem de Joe Keery, ‘Keys’, outro bom destaque também.

Taika Waititi traz um antagonismo peculiar.

 Para você e eu, fã de games, há uma enxurrada de referências e easter-eggs divertidíssimos durante os 3 atos que farão nos deliciarmos tanto com os vários momentos hilariantes contidos em alguns desses quanto a revelação dessas referências. Pac-Man, Megaman, GTA, Fortnite são alguns dos exemplos bem legais daquilo que vi e que posso falar sem transpor ‘spoilers’. Até porque a ‘cereja do bolo’ é já no fim do terceiro ato quando ‘Guy’ precisa definitivamente salvar seu mundo. Aí deixo para você, querido leitor, se deleitar, rir e se divertir como eu também o fiz nesse momento do filme. ;)
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! Ryan Reynolds prova o porque é um grande ator e está no topo do ‘mainstream’ de Hollywwod com essa divertidíssima e competente atuação. E ‘Free Guy: assumindo o controle’ se prova ser tão eficaz e funcional por apresentar games de uma forma tão irreverente e bem conduzida pelo diretor Shawn Levy. Uma ideia que deu muito certo e que faz jus a sua ida no cinema, caso seja fã do ator ou de games em geral. Vale muito o ingresso! 

terça-feira, 17 de agosto de 2021

Filmes

O ESQUADRÃO SUICIDA (Avaliação 4/5 - Muito Bom!)


 Com humor bastante ácido, novo filme da franquia traz atmosfera bem diferente de seu antecessor. Vamos a análise! ^^
 Com uma premissa deveras peculiar, ‘O Esquadrão Suicida’ traz novamente os vilões da DC dentro de um escopo onde o bizarro e o heroico se cruzam. Isso porque o longa aborda diversas categorias de antagonistas que se encontram encarcerados e precisam encarar missões pra lá de excêntricas e perigosas em troca de favores penais. Nisso já se pode perceber o que esperar do filme: personagens nada convencionais tentando fazer papel de ‘super-heróis’, mas sem nenhum pudor ou código de honra. Assim então temos um dos projetos mais ousados no que diz respeito a quadrinhos sendo visto em mais uma oportunidade em tela. Porém dessa vez sendo mais funcional e melhor direcionado que o primeiro. Vejamos o porque abaixo.
 No que podemos dizer sobre o primeiro grande acerto desse filme, é que o roteiro trabalha melhor os personagens e produz uma diretriz mais coesa e com menos furos. Isso certamente se observa ao longo quando você percebe que não há dúvidas quanto ao que está acontecendo em relação a história e como você cria certa empatia com os personagens conforme a narrativa vai se desenrolando. Cada um dos que vão sobrando tem peculiaridades que vão sendo expostas ao longo e isso cria um determinado elo com o qual você acaba torcendo por eles, mesmo sendo vilões e perigosos. A narrativa flui de forma cadenciada conforme os diálogos bem colocados e vão transportando o espectador para o epicentro do conflito abordado no contexto do filme. Isso traduz certo cuidado em não forçar personagens ao longo sem dar forma aos mesmos. E nisso o diretor James Gunn o fez muto bem.

Cena muito boa e com um desfecho hilário!
 
 Um outro ponto que o longa acerta é na imprevisibilidade desse mesmo roteiro e no humor ácido contido nele. A todo momento em que surgem situações tanto caóticas quanto excêntricas, produção e direção não poupam esforços para criar situações pra lá de inusitadas com os protagonistas e momentos completamente ‘nonsense’ e hilários. Exatamente por não se esperar nenhum tipo de conduta moral desses é que o imprevisível sempre acontece. E é justamente essa uma das melhores sacadas desse filme, que é ir construindo a imagem desconstruída de certos personagens. E até quando se pensa que vão ser imorais o tempo todo, o surto de heroísmo pode trazer qualidades que não se esperam deles. E nesse ponto o filme brilha por trabalhar esses contrapontos entre a ética e a antiética, entre o que é moral e imoral e entre cumprir ordens ou fazer o que é certo, justamente por esses tipos de personagens não seguirem essas premissas, tornando suscetível a não percepção dos próximos movimentos deles. Muito boa essa sacada.
 O trabalho de posicionamento dos ‘takes’, sem produzir cortes exagerados ou muito bruscos e as descrições das próximas ações que são mostradas a cada novo movimento dos personagens são muito bem elaboradas e contribuem eficazmente com o seguimento da narrativa. Nada de talhar momentos importantes nem de dar destaque a alguns sem desenvolvimento por simplesmente terem cortado a cena. A fluidez narrativa também é corroborada pelo ótimo trabalho de captura das câmeras tanto nos momentos de ação quanto na construção das personalidades de cada um. E esse conjunto é o que faz cada personagem ter seu espaço em tela de forma adequada.  
Margot e sua Arlequina: perfeita!

 Como o título do filme nos diz, a história é sobre pessoas que se colocam em risco nas mais diversas situações. E em meio a tantos vilões – alguns deles muito estranhos, outros muito bizarros e engraçados –, os que sobraram no campo de batalha foram muito bem construídos pelos seus respectivos atores. Idris Elba, por exemplo, que interpreta ‘Sanguinário’, tem carisma de sobra e traz um protagonista forte, ousado e bem trabalhado. Já ‘Arlequina’ de Margott Robbie dispensa comentários. Dona de uma beleza exuberante e talento de sobra, esbanja boa interpretação (como já vista em filmes anteriores e não à toa se tornou popular com a personagem) e encanto, como era de se esperar. Agora os destaques mesmo ficam por conta do ‘Tubarão-Rei’ (do qual Silvester Stallone empresta sua voz), ‘Bolinha’ (interpretado por David Dastmalchian) e ‘Caça-Ratos 2’ (vivida pela atriz Daniela Melchior). O fato justamente do bom roteiro dar atenção a esses personagens fazem com que seus intérpretes sejam bem destacados em suas atuações. Conseguem passar o tom e a dramaticidade de cada um deles muito bem. E a medida que eles vão evoluindo no filme com a passagem dos atos, recebem mais empatia, carisma e convencimento. Jhon Cena, que interpreta ‘Pacificador’, também é outro grande destaque e sua performance tem se aprimorado a cada novo longa. Muito bom!
 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! “O Esquadrão Suicida” de 2021 corrige erros de execução e continuidade que podem ser vistos em seu antecessor e melhora a resposta para o público em relação ao que de fato pode se esperar desses personagens. Como é um filme para maiores, trabalha ainda melhor a vertente maníaca de cada um deles com esse surto de heroísmo que eles precisam ter. Tem ao mesmo tempo seus méritos e deméritos por produzir comicidade em exagero – até por ser um filme sobre vilões – mas, do ponto de vista geral, o saldo acaba sendo positivo. Se você curte esse tipo de filme, vai se divertir bastante. Vale muito o ingresso! 


domingo, 8 de agosto de 2021

Filmes

 UM LUGAR SILENCIOSO - PARTE 2 (Avaliação 5/5 - Excelente!)

 Segunda parte da franquia dirigida por John Krasinski é ainda mais densa, sombria e melhor que a original. Vamos a análise! ^^
 Quando o primeiro longa ‘Um lugar silencioso’ estreou em 2018, ele veio com um proposta interessante sobre como lidar com seres que só agem através do som, fazendo com que os protagonistas tenham de fazer o maior silêncio possível para não serem atacados pelos alienígenas que aparecem de forma voraz quando percebem a presença de qualquer ser ‘estranho’ a sua raça. Sucesso de crítica, público e bilheteria, o filme que teria uma só versão elevou o horror a um outro patamar com uma ideia muito genuína e deu um novo fôlego e frescor as produções do gênero, fazendo com que tanto a Paramount quanto seu diretor produzissem mais conteúdo sobra a instigante saga da família Abbot e seus horripilantes algozes do espaço.

Krasinski, que dirige o longa, tem cenas no início.

 E agora, em seu segundo capítulo, vemos a família novamente embaraçada com o contexto narrativo dos acontecimentos pós primeiro filme. Emily Blunt, Millicent Simmonds e Noah Jupe compõem outra vez o elenco dessa e trazem mais uma vez novos momentos de tensão e uma ainda mais assustadora atmosfera deixada pelas marcas do passado. Com uma ligeira apresentação no primeiro ato sobre como os alienígenas chegaram a Terra, o filme mostra nos atos seguintes as situações pós traumáticas do grupo em meio a desordem deixada pelos seres. Agora sem o patriarca da família, que se sacrificou no primeiro longa para salvar os seus, Evelyn Abbot (Emily Blunt), Regan (Millicent) e Marcus (Noah) terão de enfrentar uma vez mais seus maiores medos para sobreviver em meio a dor e o caos. E o que me chama a atenção dentro dessa perspectiva narrativa do roteiro, são as ótimas atuações de todo o elenco principal, que conduzem a trama com maestria e dedicação ímpar. Conseguem transparecer o clima extremamente tenso e obscuro reproduzido em cada gesto, em cada olhar amedrontado, em cada ‘take’ mais severo. Tanto Emily quanto Millicent e Noah transpõem claramente o pavor e a sensação de urgência na profundidade de suas atuações. Em minha mais sincera opinião, todos foram muito intensos e passaram muita credibilidade em seus personagens, em colaboração com o excelente roteiro.
 Com o enorme sucesso do primeiro longa, o visual dos sinistros seres foi amplamente aprimorado em relação ao primeiro filme, inclusive com uma fotografia ainda mais centrada nos mesmos. Tanto a direção de fotografia quanto a de arte realizaram um ótimo trabalho reproduzindo ainda melhor as cenas com os bichos, oferecendo mais realismo e captando com melhor versatilidade a investida dos monstros e as reações de terror que eles causam. Alguns acontecimentos bem posicionadas e bem capturadas pelas câmeras colaboram intensamente com a ação e a sensação de pânico gerada pelos protagonistas humanos, fazendo com que o conjunto da obra seja ainda mais mais denso e melhor que no primeiro longa.

Núcleo principal retorna com ótimas atuações.

 Cillian Murphy e Djimon Hounsou são as novas adições ao elenco e o primeiro, que interpreta ‘Emmett’, protagoniza ótimos momentos com ‘Regan’ (Millicent). Isso porque a atriz mirim tem problemas auditivos de fato na vida real e isso faz com que a interação entre os dois seja diferenciada, devido essa questão ser transportada para o filme. As formas de comunicação, os gestos, todas as sensações e emoções que estas causam no espectador são interessantes, ricas e ajudam o público a criar ainda mais empatia pelos personagens, que são elementos importantíssimos para a trama geral. Em algumas cenas onde ‘Regan’ é deixada completamente sozinha ou isolada, é possível observar o silêncio absoluto da sonoplastia do filme focado nela, denotando ali medo, incerteza, insegurança e abandono. Um detalhe tão curioso quanto perspicaz que deixa uma camada ainda mais profunda a sua personagem. Achei genial isso.
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! Ainda melhor e mais intenso que o primeiro, “Um Lugar Silencioso – parte 2” consegue elevar o nível tanto da trama quanto das atuações que já eram muito boas e trazer consigo uma boa camada de frescor a esse gênero que anda um tanto quanto saturado nos dias de hoje. O drama dos personagens é amplamente crível e é corroborado pelo cativante e bem alinhado elenco. Se você curte esse tipo de filme, recomendo sem medo de errar. Vale demais o ingresso!