FREE GUY: ASSUMINDO O CONTROLE (Avaliação 4,5/5 - Excelente!)
Novo filme com Ryan Reynolds tem ume premissa
leve, divertida, extremamente funcional e um tanto quanto reflexiva. Vamos a
análise! ^^
Talvez você esteja se perguntando se
mais um filme baseado em games pode ser algo razoável na atualidade. Bom, casos
como ‘Sonic’ e ‘Detetive Pikachu’ são ótimos exemplos de que sim, ainda há esperança
em Hollywood para produções do gênero. Agora, e quando esse mesmo gênero cria
algo muito além do que transpor personagens conhecidos dos jogos para tela? E
quando ele subverte os protagonistas para dar lugar a um ‘desconhecido’? É
exatamente isso que acontece em ‘Free Guy’. No longa, Reynolds é ‘Guy’, um NPC
(Non Playable Character – personagem não jogável, em português), que tem uma função
bem definida no jogo e que, de repente, começa a querer inverter seu papel no game
criando ‘vida própria’, por assim dizer. E sim, você não leu errado, ele é
personagem que vive dentro de um jogo chamado ‘Free City’ e esse é um game de
muito sucesso dentro da história do filme.
Mas o que realmente começa a chamar a atenção no longa é em como tudo é trabalhado para que o muito bom roteiro crie condições do personagem de Reynolds se desenvolver como se fosse uma pessoa real. Ele começa a criar conexões, sentimentos e desejos que o torna muito diferente dos demais NPC’s do jogo. E quando você pensa que tudo isso não faz o menor sentido, pois você lida o tempo todo da projeção com cenas ‘in-game’ e fora dele também (onde os protagonistas humanos lidam com o jogo, com intrigas e com sua ligação em relação ao desenvolvimento do mesmo), vemos a narrativa dar uma ótima reviravolta em torno do porquê esse específico personagem se desenvolveu dessa forma e nos elucida de forma clara e sem quaisquer falta ou falha o que realmente aconteceu com ‘Guy’. O texto e os diálogos são viscerais e extremamente convincentes para nos dar a perspectiva do personagem ‘in-game’ sem perder o rumo e nem atropelar o roteiro, mostrando a importância de questionarmos quem somos na verdade através da visão de um personagem virtual. Um trabalho muito competente e bem elaborado que nos traz a memória de que sim, dá para fazer bons filmes baseados em jogos. É só procurar entender os conceitos daquilo ou daquele personagem que você está trabalhando. A ideia de dar protagonismo a um NPC in-game foi simplesmente genial e Reynolds tem uma habilidade única de construir esse universo através de sua ótima interpretação (vide o excelente ‘Deadpool’).
Mas o que realmente começa a chamar a atenção no longa é em como tudo é trabalhado para que o muito bom roteiro crie condições do personagem de Reynolds se desenvolver como se fosse uma pessoa real. Ele começa a criar conexões, sentimentos e desejos que o torna muito diferente dos demais NPC’s do jogo. E quando você pensa que tudo isso não faz o menor sentido, pois você lida o tempo todo da projeção com cenas ‘in-game’ e fora dele também (onde os protagonistas humanos lidam com o jogo, com intrigas e com sua ligação em relação ao desenvolvimento do mesmo), vemos a narrativa dar uma ótima reviravolta em torno do porquê esse específico personagem se desenvolveu dessa forma e nos elucida de forma clara e sem quaisquer falta ou falha o que realmente aconteceu com ‘Guy’. O texto e os diálogos são viscerais e extremamente convincentes para nos dar a perspectiva do personagem ‘in-game’ sem perder o rumo e nem atropelar o roteiro, mostrando a importância de questionarmos quem somos na verdade através da visão de um personagem virtual. Um trabalho muito competente e bem elaborado que nos traz a memória de que sim, dá para fazer bons filmes baseados em jogos. É só procurar entender os conceitos daquilo ou daquele personagem que você está trabalhando. A ideia de dar protagonismo a um NPC in-game foi simplesmente genial e Reynolds tem uma habilidade única de construir esse universo através de sua ótima interpretação (vide o excelente ‘Deadpool’).
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Ryan Reynolds e Jodie Comer: ótima química! |
Aliás, interpretação essa que soa muito favorável quando você entende melhor o personagem. É incrível como ele – o ator – consegue transmitir para o público a figura de algo sem vida tão bem. Versátil, Reynolds tem protagonismo ímpar no filme e rouba muitas cenas dos protagonistas humanos. Cria empatia fácil e esbanja carisma e personalidade atuando. Outros bons destaques podem ser vistos também, como por exemplo a atriz Jodie Comer, que tanto interpreta uma programadora humana – uma das criadoras do jogo – quanto um avatar dentro do próprio jogo chamado ‘Molotov Girl’. Além dessa interação interessantíssima onde ela joga consigo mesma ‘in-game’, ainda há uma ótima química entre ela, dentro do jogo, e ‘Guy’. Suas aparições são ótimas e as missões que ela tem de fazer ‘in-game’ como personagem são extremamente divertidas e conduzem fortemente a narrativa até seu devido clímax. Taika Waititi, que interpreta ‘Antoine’ e é o CEO da empresa que criou o jogo, também esbanja carisma e produz um certo antagonismo interessante, onde aqui não é uma luta do ‘bem contra o mal’ e sim, mais um jogo de interesses e poder, onde sobreviver no mercado pode ser mais importante que a ética ou respeito ao colega. Visão bem peculiar que estabelece um bom contraponto com o personagem de Joe Keery, ‘Keys’, outro bom destaque também.
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Taika Waititi traz um antagonismo peculiar. |
Para você e eu, fã de games, há uma enxurrada
de referências e easter-eggs divertidíssimos durante os 3 atos que farão nos deliciarmos
tanto com os vários momentos hilariantes contidos em alguns desses quanto a
revelação dessas referências. Pac-Man, Megaman, GTA, Fortnite são alguns dos
exemplos bem legais daquilo que vi e que posso falar sem transpor ‘spoilers’.
Até porque a ‘cereja do bolo’ é já no fim do terceiro ato quando ‘Guy’ precisa
definitivamente salvar seu mundo. Aí deixo para você, querido leitor, se
deleitar, rir e se divertir como eu também o fiz nesse momento do filme. ;)
Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! Ryan Reynolds prova o porque é um grande ator e está no topo do ‘mainstream’ de Hollywwod com essa divertidíssima e competente atuação. E ‘Free Guy: assumindo o controle’ se prova ser tão eficaz e funcional por apresentar games de uma forma tão irreverente e bem conduzida pelo diretor Shawn Levy. Uma ideia que deu muito certo e que faz jus a sua ida no cinema, caso seja fã do ator ou de games em geral. Vale muito o ingresso!
Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! Ryan Reynolds prova o porque é um grande ator e está no topo do ‘mainstream’ de Hollywwod com essa divertidíssima e competente atuação. E ‘Free Guy: assumindo o controle’ se prova ser tão eficaz e funcional por apresentar games de uma forma tão irreverente e bem conduzida pelo diretor Shawn Levy. Uma ideia que deu muito certo e que faz jus a sua ida no cinema, caso seja fã do ator ou de games em geral. Vale muito o ingresso!
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