AVATAR - O CAMINHO DA ÁGUA (Avaliação 5/5 - Excelente!)
Novo longa da franquia ‘Avatar’ de James Cameron se supera e
produz uma continuação a altura de seu predecessor. Vamos a
análise!
Houve uma reexibição do primeiro longa nos cinemas
e fui assistir novamente para relembrar todo o contexto deste e então
me deparei com um filme lançado em 2009 que continua com uma
qualidade técnica tão insuperável que diversos filmes lançados
após ele ainda não conseguem o sobrepujar. Surpreso novamente com
tamanha exuberância e refrescando a memória sobre o roteiro e seus
personagens, já poderia imaginar o que viria nesta tão aguardada
sequência que levou cerca de 13 anos para ser lançada e ao menos 5
anos para ser produzida. Era de se esperar que, com os novos efeitos
de ponta de hoje, o nível desse novo fosse subir consideravelmente.
E o que temos na continuação é realmente de impressionar,
considerando que os visuais do filme são grande parte da narrativa
do mesmo - porque sim, a narrativa é construída em cima do roteiro
e dos efeitos e é nítido perceber isso -,
o longa acaba por se tornar um dos mais incríveis e belos filmes de
2022. E vamos destrinchar um pouco mais sobre isso mais abaixo.
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Efeitos especiais impressionantes. |
Efeitos especiais de tirar o
fôlego. Não há a menor dúvida que Cameron é e sempre foi um
visionário na arte de fazer cinema. O diretor tem em seu currículo
filmes como ‘Titanic’ (que
venceu nada menos que 11 Oscars a época e 4 Globos de Ouro) e só
por esse fato se percebe a perspicácia e inventividade desse. Ele
pareia facilmente com outro grande diretor visionário chamado Steven
Spielberg
e juntos, compõem uma seleta gama de nomes que já entraram pra
história do cinema moderno. Seguindo essa tendência, o segundo
filme nos traz visuais tão deslumbrantes que fica até meio penoso
adjetivar tamanha excelência em um filme desse porte. Para o
diretor, não há limites orçamentários. Ele sempre pretende fazer
o que de melhor há em tecnologia recente. E ele tem uma forma tão
peculiar de mostrar isso em suas produções que mesmo o filme tendo
cerca de 3 horas de duração, o encantamento desses efeitos nos faz
querer se prender a cada detalhe, a cada novo quadro e não perder
nem um minuto de toda essa monumental aventura que é deleitosamente
mostrada em tela para nós, meros espectadores. E como já disse mais
acima, a película une os efeitos tanto ao roteiro e os diálogos e
fazem tudo de fato ser uma coisa só. E é exatamente por isso que
tudo no longa é tão igualmente interessante
e excitante. Ele reproduz uma visão ímpar que só James Cameron
sabe fazer, com tantos detalhes como tribos diferenciadas, linguagem
e costumes próprios de cada ambiente e uma enxurrada de
particularidades
que, somados, inundam o público com sua
dose sem moderação de imaginação. É realmente muito satisfatório
ver tudo isso em tela.
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Antigos e novos atores em uma fina sintonia. |
Elenco meticuloso e muito
profissional. O retorno dos protagonistas ‘Jake Sully’ (Sam
Worthington) e ‘Neytiri’ (Zoe Saldaña), além de
Sigourney Weaver (em uma breve participação) e Stephen Lang, que
também retorna mais uma vez como o grande antagonista desta versão
(desta vez um pouco diferente) prova que manter o elenco tradicional
fez muito bem a toda construção do longa. Porém nomes como Kate
Winslet, que interpreta
‘Ronal’ e todo o elenco mirim (tanto os filhos de ‘Jake’ e
‘Neytiri’ quanto os da outra tribo) são um enorme destaque nesta
produção. Além do papel importante que todos eles tem na trama,
impecavelmente demonstram carisma e profissionalismo nas gravações.
Destaque para um em especial, ‘Spider’, vivido pelo ator Jake
Champion, única figura
realmente humana
infiltrada
no meio dos Na’vis, e com um importante contexto dentro da
história, é talentoso e esconde alguns ‘segredos’ que
provavelmente serão desvendados
no próximo filme da franquia. O que quero dizer com todos esses
pontos é, embora o principal motivo da história existir seja
puramente revanchismo, a trama tem camadas que só bons atores
poderiam interpretá-las e colocá-las em prática, e
é exatamente o caso deste. É justamente a sintonia e entrosamento
das boas atuações que fazem o filme ser grandioso. E cada escolha
de elenco aqui consegue reproduzir com muita profundidade seus
respectivos personagens, temperamentos e ações, criando
uma enorme e fácil empatia por todos eles.
E o conjunto direção, produção, elenco e efeitos é extremamente
afinado para exibir em tela tudo o que vemos acontecer na prática
com o filme pronto. Minhas sinceras congratulações a todos por
terem posto todo o esforço necessário para que o produto final
fosse tão imponente e majestoso.
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Jake Champion (Spider): bom destaque do filme. |
No
que corresponde ao quesito dos efeitos com o óculos 3D, minhas
sinceras recomendações são que todos os que lerem essa humilde
resenha consigam ter a oportunidade de ver em uma boa sala com o
recurso. Os efeitos estão ainda melhores que o do primeiro filme
(que a época foi um dos grandes chamarizes e responsável em grande
parte pelo enorme sucesso do mesmo) e aqui neste Cameron não poupa
dinheiro para trazer algo mais do que visualmente excelente.
Acredite, sua experiência só vai estar completa assistindo em uma
boa sala com esta tecnologia, pois está tudo muito caprichado e no
mesmo nível da grandiosidade que um filme deste porte merece. Desta
vez eu recomendo com muito gosto, pois vai aprofundar muito sua imersão e interação com o longa.
Enfim, vale a pena ver o filme?
RECOMENDADÍSSIMO! “Avatar – O caminho da água” traz James
Cameron mais uma vez em seu estado mais puro e sublime de
criatividade, inventividade e inovação
tecnológica. O elenco extremamente afiado e entrosado, o CGI de
encher os olhos, as sutis críticas sobre pesca indiscriminada, temas sobre família e todo o contexto narrativo fazem desse mais um
sucesso garantido e uma diversão de extrema qualidade para assistir
nas telas grandes. Vá sem medo em uma boa sala 3D com a maior tela
que puder e assista a este filme que mais parece um grande evento
cinematográfico. Vale demais o ingresso!