domingo, 20 de novembro de 2022

Filmes

 PANTERA NEGRA - WAKANDA PARA SEMPRE (Avaliação 5/5 - Excelente!)


 Com um tom estritamente emocional, novo longa do UCM presta grandes homenagens ao mesmo tempo que se apruma para o futuro da Marvel nos cinemas. Vamos a análise!
A perda do ator Chadwick Boseman em 2020 trouxe um impacto não só apenas para sua família, mas para grande massa de pessoas que o admiravam no papel do glorioso e muito bem interpretado personagem ‘Pantera Negra’. Com o roteiro do segundo filme já avançado, tanto o diretor Ryan Coogler quanto a Marvel Studios se viram com a mãos atadas em como reorganizar o universo do personagem agora sem o seu principal protagonista. E durante um bom tempo, um novo roteiro teve de ser escrito para dar a nova forma que infelizmente o UCM devesse seguir. Contudo, a perspicácia desse diretor mostrou que ele não é só capaz de recriar, como também renovar sem necessariamente perder a essência daquilo que ele mesmo criou e roteirizou inicialmente. E o trabalho de suas mãos nesse conseguiu produzir tantos vínculos emocionais e afetivos que fica difícil descrever o quão grandioso ele foi em trabalhar com o passado para recriar o futuro. Sim, Ele conseguiu a façanha de um roteiro grandioso, emocionante e extremamente convincente, dados todos os prognósticos contrários devido ao triste incidente com Boseman e vários outros incidentes no meio das gravações. Detalharei melhor abaixo alguns pontos do grande acerto do longa.

Angela Basset: incrível atuação.


 Homenagem mais que merecida. A despeito do ator, todo o legado deixado por ele na Marvel foi extremamente bem exposto e tudo realizado com um esmero e cuidado para que se mantivessem vivos na memória de todos o ótimo trabalho feito por ele. Em todos os atos podemos ver que o diretor não poupou esforços em relacionar fortemente a conexão do ‘T’Challa’ com todos os outros personagens de forma a definir tanto um fim digno para o personagem quanto o inicio de um novo ciclo para as novas portas que foram abertas no UCM. Não há dúvidas quanto ao olhar do diretor, que quis lembrar do passado olhando ao mesmo tempo para o futuro. Brilhante!
 Roteiro peculiarmente convincente. A apresentação dos novos integrantes do UCM se deu da forma mais didática possível, com explicações coesas e motivações realmente condizentes com a história que foi contada. Tanto ‘Namor’ (Tenoch Huerta) quanto Riri Willians/Coração de Ferro (Dominique Thorne) foram muito bem introduzidos e tiveram tempo em tela para serem projetados para o público criar empatia pelos mesmos. O tempo de duração do longa – cerca de 2 horas e 40 minutos – foi muito acertado para que toda a trama fosse bem elaborada e não houvesse pontas soltas (a não ser as que levam para o futuro do UCM mesmo) dentro da dramática situação vivida pelo povo de Wakanda e seus respectivos e importantes coadjuvantes. Já me posicionei aqui algumas vezes, não me importo com filmes longos, desde que seja para contar uma história que faça sentido e para que o longa não se transforme em uma tremenda ‘colcha de retalhos’ aonde partes que precisam de atenção sejam vetadas no corte final. Aqui nesse não há essa ressalva. Toda sua construção e tempo de tela são igualmente importantes. Por mais filmes assim, Marvel, por favor.

Tenoch Huerta fez ótimo trabalho como 'Namor'.

 Dramaticidade e atuações ímpares. Difícil considerar uma escala aqui que traga um nível para cada pessoa deste forte elenco. Como o longa tem uma carga dramática bem acentuada, certamente ia requerer mais de todos os envolvidos no projeto. Angela Bassett imprime o tom forte, melancólico e ousado de uma rainha (Ramonda) que perde toda sua família e tanto sente quanto passa isso da forma mais transparente possível. Coadjuvantes importantes como ‘Okoye’ (Danai Gurira) e Nakia (Lupita Niong’o) também exalam emoção em momentos muito importantes na trama. Mas há de se convir que quem brilha mesmo é a ‘Shuri’ de Letitia Wright. Como disse anteriormente, é complicado nivelar alguém para cima nesta obra, mas Letitia, como parte fundamental da trama, é impecável em todos os aspectos, inclusive nos mais especiais momentos dela em tela. Inclusive suas interações com o próprio ‘Namor’ - cujo ator é brilhante também – e com a Riri/Coração de ferro – que são para mim os momentos mais fofos quando elas estão juntas – traduzem muita dedicação da atriz para transformar o novo roteiro em algo de extremo e respeitoso valor emocional. A toda equipe – atores, direção e produção – minhas sinceras congratulações pela forma tão pontual e profissional exigida por esse trabalho. Excelente!

Nova 'Pantera Negra' foi muito bem construída.

 O 3D dessa vez foi produzido com um cuidado maior e há uma experiência relativamente interessante quando imerso no recurso. Várias cenas com muito bons e consistentes momentos e atesto aqui a qualidade do recurso dessa vez. Tem profundidade, está imersivo e vai agregar sim ao longa se você assistir através dele. Já relatei aqui algumas vezes que sou entusiasta dessa tecnologia e quando é realmente boa, dou sempre a dica por aqui. E para este vale sim o valor investido para uma interação mais completa dentro do longa.
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! “Pantera Negra: Wakanda para sempre” é facilmente o melhor filme do UCM deste ano e conta com um elenco entrosadíssimo, roteiro muito bem escrito, tempo de tela para se transpor esse mesmo roteiro de maneira eficaz e personagens novos dos quais o espectador realmente cria certa empatia. Mais um grande acerto do diretor Ryan Coogler, não só pela ousadia de ter de fazer tudo novo mas também pela emocionante forma de manter vivo o legado de Chadwick Boseman. Pode ir sem medo, caro amigo leitor, pois será um tempo de emoção e diversão de qualidade. Vale demais o ingresso!

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