sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Filmes

PRIME VÍDEO: SAMARITANO (Avaliação 3/5 - Bom!)

 Novo filme de Sylvester Stallone lançado recentemente no ‘Prime’ entrega roteiro genérico com algumas boas cenas de ação. Vamos a análise!
 A ideia de produzir filmes sobre vigilantes solitários embasados na concepção de que eles são ‘heróis’ não é nem um pouco nova. E utilizar isso com um ator conhecido e consagrado para angariar público é algo que funciona apenas em parte. Digo ‘em parte’ não exatamente por conta do ator, mas, sinceramente, vamos falar a verdade: filmes que saem direto para o ‘streamming’ tendem a ter roteiristas que me soam bem amadores. E, por mais que a história faça sentido, eles não conseguem trazer algo que realmente seja relevante para o longa. Parece que orçamento baixo é sinônimo de falta de imaginação para algo mais épico. Ou talvez seja pelo fato de que o próprio serviço de ‘streamming’ quer apenas mais um filme aventuresco para preencher catálogo mesmo. E o que realmente incomoda em uma produção para esses tipos de serviço, na maioria das vezes, sendo baixo ou alto orçamento, é que eles não se preocupam tanto com a forma com que esses filmes vão soar para o espectador de maneira geral. Eles só querem o conteúdo pronto para ter o que mostrar para os assinantes. E isso acaba por produzir uma experiência apenas de mediana a boa em sua maior parte. Veremos mais do porquê disso abaixo.

Cenas de ação até que são legais.

 Stallone é um senhor de idade que vive pacatamente em um pequeno apartamento como um aposentado. Porém um garoto de 13 anos chamado 'Sam' (Javon Walton) decide investigar a vida desse senhor a ponto de querer descobrir se ele é um antigo vigilante chamado ‘Samaritano’ (título dado ao filme) que há décadas atrás juntamente com seu irmão gêmeo, haviam nascidos geneticamente modificados e com força sobre-humana. E a partir daí ele se une ao ‘Sr. Smith’ (Stallone) para interrogá-lo acerca do assunto. Enquanto ele insiste em sua persuasão, algo estranho começa a acontecer na cidade e será preciso que alguém intervenha para solucionar todo aquele caos instalado. Em parte, a forma como a trama é guiada até produz alguma atenção no espectador, mas a maneira como os diálogos são conduzidos e as decisões que foram tomadas para a ação acontecer soam um tanto quanto bobas, por assim dizer. Aliás, lembram muito bem aqueles filmes dos anos 80/90 do século passado em que o ator protagonista é bem mais importante que a história em si e esse tipo de pauta nem sempre retornava em muito sucesso – dependendo da premissa do filme, lógico. É meio ‘Sessão da Tarde’ que se dizia, né? (rsrs).

Dupla com alguma afinidade.

 Ademais, há uma bela referência em uma das cenas com um fliperama daquela época onde o game que estava nele era justamente o “Robocop”. Inclusive isso corrobora e muito com minhas afirmações acima. O diretor realmente tentou se basear na premissa dessas produções que fizeram muito sucesso no passado (o primeiro filme de “Robocop” teve uma repercussão enorme, chegando até a sair em outras mídias, como desenhos e games – já mostrado aí no texto) e trouxe algo que, para aquele momento, tinha o ar de novidade. E a tentativa de tentar transpor algo de sucesso no passado para os dias de hoje pode até ser justa, desde que o bendito roteiro sustente de fato uma boa história. Entenda, o roteiro aqui não é incoerente, ele só não é nem um pouco inovador percebe? As cenas de ação até que são bem legais, dentro do que a idade de Stallone ainda está apto a fazer, mas elas sozinhas não se sustentam em relação ao todo. A interação com o menino Javon Walton é até bacana e os dois tem bons momentos juntos, mas também é só. As ligações que colocam o garoto na trama querem trazer lições do tipo ‘fazem algo mal nem sempre vale a pena e é você que tem de escolher seu caminho’, mas se baseiam em situações bem rasas no contexto geral.
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADO! Embora muito genérico em sua concepção, “Samaritano” traz mais uma vez Silvester Stallone de volta as telas e vê-lo em ação é sempre uma boa nostalgia para os fãs de seu trabalho. Como é um filme para um serviço de ‘streamming’, e se você gostar do ator, vá já pensando em uma diversão sem compromisso em um fim de semana sozinho ou com amigos e umas pipocas para acompanhar. É raso? Sim, um pouco. Mas pode ser que você ainda se divirta como eu me diverti. Vale a conferida.

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