terça-feira, 24 de dezembro de 2024

Filmes

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MOANA 2 (Avaliação 4,5/5 - Excelente!)

 Novo longa da franquia tem uma história maior e mais aventuresca que o primeiro. Vamos a análise!
 A "Casa do Mickey" tem tropeçado bastante há algum tempo com suas produções. Problemas no roteiro, na narrativa, na trama e nos personagens que não geram carisma ao espectador são algumas das questões - principalmente de novas franquias - que ela vem enfrentando ao longo de alguns anos para cá. Com a troca novamente de CEO, foi decidido um rumo um pouco diferente de outrora: menos produções originais e mais sequências. E cá estamos nós com uma de muito sucesso que veio com um grau de grandiosidade bem acentuado em relação ao anterior. Uma história rica, cheia de emoção e uma ótima sensação de recompensa ao público que comprou fortemente esse novo capítulo da querida personagem. Veremos mais abaixo alguns porquês disso.

Moana e sua irmã: lindinhas!

 Protagonistas carismáticos. 'Moana' e 'Maui' são personagens de personalidade forte e bem definida. Foram muito bem introduzidos no primeiro longa e agora, já enraizados no gosto popular - acredito também que o fato do longa ser produzido por Dwayne Johnson, ter um pouco de sua origem e cultura e 'Maui' ser dublado por ele no original tenha sido um fator que alavancou a animação -, já podem ampliar seus horizontes, uma vez que já tem o espectador a favor dos personagens. O que ajuda, além do carisma, a contar novas histórias sem precisar mais de apresentações. E isso esse longa o faz muito bem!
 Canções excelentes e bem colocadadas. Filmes musicais se tornam um problema quando o público não consegue se conectar as suas canções ou quando elas não estão a altura do que o filme quer entregar. No caso específico de "Moana 2", as canções são brilhantes - inclusive as versões dubladas -, são extremamente bem posicionadas no filme, não atrapalhando a narrativa, mas sendo um agregador a ela e com isso trazendo ainda mais aquele gostinho artístico que só a Disney sabe fazer em suas películas. Quando roteiro e canções se alinham, temos um produto final de qualidade e extremamente divertido. E esse o fez com muito esmero.
 O lado cultural da produção. Alguém aí sabia que o fato de Dwayne Johnson produzir e atuar no longa vai muito mais além de ser famoso? Em uma entrevista, Johnson relata que é descendente desse povo e que inclusive, o avô dele inspirou a criação do 'Maui' - uma breve pesquisa, caro leitor, vai te surpreender. Isso dá a produção uma característica muito mais digna e interessante sobre esses povos e torna a produção muito mais genuína, muito mais crível, pelo fato dela se relacionar com pessoas reais nos seus conceitos iniciais. Uma curiosidade bem notável, não acham?

Maui, Pua e Hei Hei

 3D entrega pouco. Lembro de ter visto o longa no recurso - sempre faço isso, pois além da dica por aqui, sou um grande entusiasta dele -, porém não agrega o suficiente para recomendar. A experiência sempre pode ser mais divertida com os óculos, todavia o longa tem bases sólidas o suficiente para se assistir sem essa complementação. Fica a seu cargo, querido leitor, dessa vez.
 Afinal, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! "Moana 2" entrega visuais lindíssimos, trilha sonora de primeira e uma grande aventura em níveis mais épicos. Consegue trazer de volta aquela Disney que tanto amamos e curtimos outrora. E dá a vitalidade necessária para a empresa continuar a fazer produtos de qualidade sem precisar ser apelativo ao consumidor final. Uma filme família com traços culturais belíssimos. Vale demais o ingresso!

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terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Filmes

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AINDA ESTOU AQUI (Avaliação 5/5 - Excelente!)

 Novo longa de Walter Salles é a mais nova obra-prima do cinema brasileiro. Vamos a análise!
 O diretor Walter Salles é bastante reconhecido e renomado em sua carreira artística. Dono de pérolas como "Central do Brasil", sua veia de fazer dramas com excelência ficou mais uma vez bem marcada neste novo filme de sua autoria. Situado na década de 70 do século passado, a produção remonta um momento triste da família Paiva, onde 'Rubens Paiva' (Selton Mello) e 'Eunice Paiva' (Fernanda Torres) são protagonistas de um capítulo sombrio da história do Brasil. Sem conotações políticas aqui, a película se esforça em retratar o drama de uma família que perde seu principal alicerce e luta pra sobreviver em meio ao caos que se instaurou nesse seio familiar. Uma situação que acontece ainda hoje com muitas famílias brasileiras, mesmo que de maneiras diferentes. O foco narrativo no drama é muito bem dirigido, escrito e talentosamente bem atuado por Selton e Fernanda, condecorando suas performances com indicações a vários prêmios. Veremos um pouco mais abaixo o porquê desta obra ser tão especial.

Selton e Fernanda: impecáveis.

 Atuações magníficas. Vale ressaltar que, além das caracterizações excelentes de 'Eunice' por Fernanda e 'Rubens' por Selton, há todo o elenco infantojuvenil que se debruça em tornar a narrativa ainda mais profunda e bem amarrada. Guilherme Silveira, Bárbara Luz, Valentina Herszage, Luiza Kosovski e Cora Mora abrilhantam seus personagens e trazem mais força a carga dramática que o longa oferece. O que demonstra a força dos atores brasileiros diante de um bem trabalhado roteiro. Muito bom!
 Direção impecável. Salles conhece bem seu ofício e sabe como transformar um trabalho em arte. Baseado no livro de filho de Rubens Paiva, Walter consegue mexer com as emoções do espectador com um roteiro enxuto (um livro não cabe em duas horas de filme), porém focado exatamente no cerne do que a história quer contar e passar. Mesmo dentro do tempo que um longa fornece, ele consegue entregar exatamente o que a história precisa para ser engenhosa e comovente. E isso só um diretor do calibre dele saberia fazer. Excelente!
 A aura dos anos 70 totalmente em foco. Com uma fotografia em leves tons de sépia muito bem elaborada e figurinos de época primorosos, o primeiro ato mostra de forma exuberante o contexto dos anos setenta do século passado. Todo aquele esplendor da vida naquela época estão ali muito bem representados. A partir do segundo ato, tons mais escuros são usados para dar mais contexto ao drama e tudo tem um enquadramento muito preciso e detalhado. Há um equilíbrio certeiro entre o início alegre e o exato momento onde a carga dramática vai se afunilando. Você sente junto com os personagens o ambiente mudar e vai se entrelaçando com a história deles de forma muito convincente sem que se perca a essência do que se quer passar.

O primoroso elenco infantojuvenil.

 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! "Ainda estou aqui" já se tornou uma obra atemporal, quer por sua excelente carga dramática de um período da nossa história, quer por suas atuações de peso e muito bem delineadas. Além disso, o diretor Walter Salles conseguiu traduzir em perfeitas condições o retrato de uma história verídica de forma ímpar, com direito a nossa dama da teledramaturgia Fernanda Montenegro sendo homenageada de certa forma com cenas no terceiro ato. Um excelente arquivo de nosso passado. Vale demais o ingresso!

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terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Bíblia

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REFLEXÃO BÍBLICA

 'Ora, sem fé é impossível agradar-lhe' Hebreus 11.6a
 Breve explanação sobre o porquê 'podemos vencer a nossa dor pela nossa fé'. Se gostar, por favor compartilhe esse vídeo, curta, comente e se inscreva no meu canal do YouTube. Deus te abençoe!


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segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Filmes

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VENOM - A ÚLTIMA RODADA (Avaliação 3/5 - Bom!)

 Terceiro longa do anti-herói mais amado dos quadrinhos se mostra apenas uma 'galhofa divertida' nas mãos da Sony. Vamos a análise!
 Desde a primeira aventura de 'Venom' em 2018 com Tom Hardy, muito se especulou sobre o que a Sony abordaria dentro da premissa que a produtora tinha em mãos. Afinal de contas, a 'real prata da casa' já estava com os direitos divididos com a Disney/Marvel tempos antes. Pois bem, fazer um longa de um personagem que tem ligações intrínsecas e diretas com o 'Cabeça de Teia' era uma jogada arriscada, por assim dizer. Ainda assim, o primeiro longa se demonstrou firme em suas próprias convicções e faturou uma bela bilheteria a época. Mas não se mostrou bom o suficiente para se carregar sozinho. Qual a saída então? Não há dúvidas quanto à direção narrativa vendo o segundo e o terceiro longa. Fazendo uma breve ponte com o Universo Cinematográfico da Marvel e agora, em sua terceira via, retornando ao seu próprio universo, a Sony quis deixar claro que não, não será feito como nas HQ's e que esse universo criado é paralelo e totalmente autoral. Vendo por este espectro, dá pra estabelecer diferenças, desapegar de alguns conceitos e 'fingir' mesmo que a Sony criou sua própria trama peculiar com o simbionte negro. A partir daqui e de todo esse contexto, farei minhas impressões de acordo com o terceiro filme em sua 'própria bolha'.

Essa 'dupla do barulho'.

 Narrativa livre até demais. Uma vez desconectado de qualquer responsabilidade em seguir sua dinâmica natural, isto é, os quadrinhos, este terceiro filme escancara aquilo que já se esperava sobre esse roteiro. Se nem o primeiro ou o segundo filme se levaram a sério e nunca tentaram se demonstrar realmente adultos ou para adultos, porque o terceiro o faria? A grande sacada em perceber os rumos de direção e produção é que você já tem uma ideia do que esperar do produto final. E aqui é piada misturada com galhofa que se mistura com uma subtrama que luta para fazer algum sentido, mas mesmo a duras penas não consegue, porque os diálogos, principalmente entre 'Eddie' e 'Venom' não permitem que isso ocorra. Qual a melhor opção então? O que está descrito no segundo parágrafo desta resenha. Ver, assistir, se deleitar com esta obra como uma produção à parte, desligar o cérebro e procurar se divertir da melhor maneira possível. Nada de ficar criando teorias mirabolantes que levem ao UCM. Nada de pensar que 'Homem-Aranha' vai aparecer. Desconecte-se desses detalhes e tenha uma interação divertida e boas cenas de ação. É sobre isso.
 Tom Hardy mais uma vez carrega o longa. Hardy e seu 'Eddie Brock' meio abobalhado conseguem trazer um pouco do brilho do ator em tela. Pelo simples fato que o personagem representa uma versão paralela ao original dos quadrinhos. Sendo assim, Hardy teve de criar a personalidade de 'Eddie' baseado na construção do roteiro para o filme, e não no que as HQ's mostram. E ele faz essa dualidade valer por sua boa atuação. Os momentos cômicos, as tiradas e interações com 'Venom' fazem ele ainda ser o ponto mais alto do filme, até porque, como já disse antes, os outros conceitos paralelos à trama principal não se sustentam. Até o temido 'Knull, o deus dos simbiontes' fica aquém. E foi bom ficar assim, para não estragar um vilão tão interessante e que pode ser até melhor construído no futuro. É esperar para ver.

Cavalo 'Venom'.

 3D razoável, mas nada relevante. Tive a oportunidade de assistir no recurso e mais uma vez é dispensável do ponto de vista de alguém que não tenha tanto interesse nesse aprimoramento. Para entusiastas como eu, valeu a tentativa. Mas ver sem os óculos certamente não prejudicará a experiência como um todo.
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADO! "Venom - a última rodada" pode claramente ser assistido como um delírio a parte em algum multiverso muito louco da Sony - até porque ela mesma reitera essa ideia quando traz o 'Eddie' pro UCM e volta -, tornando factível ver sem se revoltar tanto. Considerei a galhofa, me iludi com ela e me diverti bastante assistindo. É isso, caro leitor. Vale o ingresso!

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terça-feira, 5 de novembro de 2024

Filmes

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ROBÔ SELVAGEM (Avaliação 5/5 - Excelente!)

 Nova animação da DreamWorks é de uma sublimidade de trama e roteiro sem igual. Vamos a análise!
 Há algum tempo o estúdio da 'Universal' tem nos trazido ótimas animações como os recentes 'Gato de Botas 2' e 'Kung Fu Panda 4'. Todavia vejo a produtora apostando alto e indo bem mais longe com este novo longa. Até porque ele não é uma história convencional. O núcleo principal da trama não é sobre 'mocinhos' e 'vilões'. Não é sobre quem 'vence' ou quem 'perde'. É uma jornada rumo a descobertas diárias da vida. Convívio, conhecimento, amizades, pertencimento, relacionamentos. É uma aula sobre a filosofia da vida interpretada por animais e robôs. E é exatamente isso que faz ela ser tão deslumbrante e peculiar. Veremos um pouco mais dos porquês nos parágrafos abaixo.

'Roz' e o pequeno 'Bico-Vivo': improváveis.

 A vida é o que sentimos. 'Roz', uma robô complexa náufraga em uma floresta decide se colocar em funcionamento programado para ajudar os 'habitantes' daquele lugar. Mas ela logo percebe que seus ajustes de nada funcionam por ali, tendo a própria robô que se adequar ao novo ambiente. Sem dar ‘spoilers’, essa é sem dúvida a primeira questão filosófica interessante: a de que nem sempre o ambiente nos favorece em nossas habilidades e muitas das vezes precisamos sim, em alguns casos, nos ajustar para poder conviver. Não falo de ambientes tóxicos e nem o filme em momento algum é sobre esse assunto. O que ele aborda é que mudanças em nós são necessárias em determinados ambientes, como por exemplo você sair da sua cultura local e ir morar em um outro local de cultura diferente da sua. É sobre isso que a narrativa discorre sobre a robô 'Roz'. Para o que ela foi programada, não havia utilidade ali. E ela teve que se reinventar para sobreviver. Texto sublime para extrair várias lições.
 O meio pode mudar você. Uma segunda questão filosófica riquíssima é como a 'Roz' se adapta ao meio por perceber que, ao resguardar um ovo de ganso, ela cria uma conexão com aquele animal de tal forma que entende que precisa protegê-lo, mesmo que em um plano inicial ela fique sem entender o porquê. Gansos tem a tendência de seguir quem os acompanhou desde antes do chocar dos ovos, e isso fez com que o ganso 'Bico-Vivo' achasse que 'Roz' era sua mãe. E uma outra grande jornada de descobertas se escala a partir daí. 'Roz' resiste, mas percebe que a vida é feita sim de laços improváveis que porventura podem se tornar grandes fontes de companheirismo e amizade no futuro. Somos o produto do meio em que vivemos. A ideia do filme é mostrar que o meio também é fator relevante na hora de separar quem amamos ou deixamos de amar. Tanto que 'Astuto', a raposa que a princípio começa com um determinado propósito, acaba sendo um excelente exemplo do quanto o meio pode nos transformar. É magnífica e singular essa interpretação.
 Convivendo com as diferenças em prol de um objetivo único. Cada animal da floresta tem seu próprio instinto de sobrevivência. Mas filosoficamente falando em uma terceira ideia do filme, as vezes se unir é melhor do que morrer. Sem 'spoilers' aqui mais uma vez, o senso comum faz com que as pessoas lutem em prol de um mesmo ideal, mesmo sendo tão diferentes umas das outras. É isso que faz um povo forte. É isso que 'Roz' fez no longa. (Um adendo: Ela 'descobriu' um novo meio ao qual ela pertencia e se sentiu acolhida por ele em um dado momento. Nem sempre 'pertencimento' é sinônimo de 'lugar comum'. E o desfecho do longa faz pensar bastante sobre isso). E é essa a mensagem claramente transmitida para a audiência: de que sim, somos capazes de enfrentarmos e vencermos dificuldades gigantes quando nos movemos em conjunto (mudanças em vertentes sociais, políticas, trabalhistas, falando sobre o mundo real) mesmo sendo nós tão diferentes em posturas, histórias e opiniões. O alvo maior em comum pode fazer, se quisermos e aceitarmos, nos unir em prol de uma vitória maior. Visceral essa mensagem do longa.

'Roz' e 'Astuto': ainda mais improváveis.

 3D entrega muito pouco pela incrível história que a película oferece. O recurso só aprofunda o belíssimo e encantador visual da animação. E nada mais. Acho que esse longa merecia um tratamento muito mais adequado pelo que o roteiro e a narrativa a que se propõe. Seus visuais e história são suficientemente belos e os óculos não acrescentam muito dessa vez. Fica a seu critério, caro leitor, dessa vez.
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! "Robô Selvagem" é uma animação sensível e tocante, pois poucas tratam de assuntos tão profundos e tão complexos com tamanha maestria. Além do deleite visual, o enredo oferece ainda mais questões filosóficas a se pensar. Eu destaquei algumas, meu amigo leitor. E aí, o que mais pode se acrescentar? Escreva aqui nos comentários. Belíssimo trabalho. Candidato fortíssimo a uma indicação ao Oscar 2025. Vale demais o ingresso!

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quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Filmes

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CORINGA - DELÍRIO A DOIS (Avaliação 3/5 - Bom!)

 Novo longa de Todd Phillips não acerta o tom e entrega um visual artístico impecável com uma história totalmente avessa ao original. Vamos a análise!
 O filme "Coringa" de 2019 foi um feito histórico para a Warner/DC, pois foi o primeiro filme que conta a história de um vilão com teor adulto a ultrapassar a marca do bilhão de dólares. Muitos elogios, prêmios e um Oscar merecido para Joaquin Phoenix na pele do mais conhecido antagonista do Batman. Muito se especulou se havia mesmo a necessidade de uma continuação, até porque o longa anterior se fecha muito bem em si mesmo, de forma que não haveria mais nenhuma narrativa subsequente para contar. Mas a insistência do estúdio e a ganância por dinheiro deram livre acesso ao diretor para construir um segundo capítulo dessa saga. Pois bem, cinco anos depois e estamos aqui vendo que nem sempre o belo ou o artístico funciona. Mesmo com Lady Gaga compondo o astronômico elenco, "Delírio a Dois" falha no básico: ser relevante para o público em geral. Vamos ver um pouco dos acertos e erros dessa película nos parágrafos abaixo.

Gaga e Phoenix: ótimos em cena.

 Ideias mal contadas. Não me leve a mal, mas eu não vejo nenhum problema em musicais. Desde que eles se conectem narrativamente com a trama principal, acho que se torna um evento artístico belíssimo ao longo ("Wonka" está aí para provar isso). Todavia o que choca o tempo todo é o porquê e o para quê esticar uma narrativa tão bem amarrada sob a demanda de querer contar o que já não havia mais para se contar? Tudo bem que o longa traz o julgamento de Arthur Fleck de forma brilhante, principalmente pela atuação impecável do ator protagonista. Mas, as nuances que levam ao desfecho do longa são tão mal encaixadas que você fica a pensar o porquê do primeiro filme ter existido. Não há justificativas que construam pontes seguras entre o primeiro e o segundo filme. Parecem continuações de um mesmo personagem que não se relacionam entre si, principalmente no que diz respeito a sua personalidade. Por mais que o diretor tenha uma visão concreta do rumos que ele queria para o protagonista, na execução vemos o quanto isso não teve valor literário nenhum, uma vez que, por mais que ele quisesse dar seu contorno a história, parece que ele se esqueceu de que estamos falando de um personagem de quadrinhos com uma personalidade muito bem definida e muito bem delineada na literatura de onde ele vem. E esse é o grande ponto de desencontro do segundo longa. Tentar construir a 'visão do diretor' desconstruindo tudo o que o antagonista representa em sua essência. Uma falha que o espectador em geral não recebeu e nem aceitou.
 Narrativa musical. Sei que muitos não gostam desse gênero, mas aqui estão mais alguns comentários sobre a premissa musical do filme. Sempre que uma produção aborda esse tema, ela precisa ter uma perfeita execução com a história que está sendo contada. E nesse ponto, o filme tem sim seus pontos positivos, pois a narrativa também é contada nas canções encontradas no longa. O advento da música se conecta com a trama e o roteiro e trazem mais entendimento ao contexto narrativo. Mesmo que o longa não tenha funcionado como deveria e não tenha entregado o que o espectador gostaria, concedo-me ao luxo de elogiar a parte musical muito bem trabalhada, coreografada e com uma fotografia impecável ao longo. O que faltou foi mais sensibilidade para entregar ao público quem o personagem realmente é, pois infelizmente não há como negar a discrepância de personalidade do protagonista do primeiro para o segundo filme. Uma pena.

Fotografia linda e bem produzida.

 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADO! "Coringa - Delírio a Dois" pode até ser um bom filme para quem gosta do gênero musical ou conhece muito pouco sobre seu protagonista. Mas certamente para a a base de fãs que procuravam encontrar mais do carismático vilão, não houve conexão. É por isso que se torna tão difícil estabelecer a linha entre o assistir ou não. Pode ser que goste, caro leitor, ou pode ser que não. Dessa vez deixo sob sua responsabilidade decidir, pois já expus meus prós e contras por aqui. Até!

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quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Filmes

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TRANSFORMERS - O INÍCIO (Avaliação 4,5/5 - Excelente!)

 Novo longa dos robôs gigantes acerta o tom e conta uma interessante introdução sobre os personagens desse vasto universo. Vamos a análise!
 A franquia 'Transformers' deu-se início lá pelos anos 80 do século passado e tinha por finalidade um único objetivo: vender brinquedos através de peças publicitárias, sejam elas televisivas ou em qualquer outra mídia. O que não se esperava era o sucesso que foi essa saga e muitas outras naquela época, culminando em adultos nostálgicos hoje pelo bom momento da TV naquele período. Pois bem, revigorada e reinventada em 2007 com o filme 'Transformers' do diretor Michael Bay, os robôs gigantes voltaram ao centro das atenções com muita pompa, pois os efeitos especiais criados para a época foram tão revolucionários que realmente impressionaram quem viu a primeira vez. Passaram-se sete longas desde então, uns com roteiros pífios, outros melhores escritos - como foi o caso de 'Bumblebee' -, todavia estamos agora com uma animação totalmente voltada para a terra natal dos robôs, onde está sendo contado toda a origem das inúmeras batalhas que se sucederam após esses eventos da animação em questão. 'Transformers - O início' é muito superior aos outros filmes em termos de narrativa, diálogos, roteiro e trama. E vou endossar melhor ainda o porquê desse elogio nos parágrafos mais abaixo.

De melhores amigos a lados opostos.

 Texto muito bem escrito. Há algum tempo a franquia vem remodelando sua forma de contar as histórias para um contexto mais coeso. Para quem viu o quarto e o quinto filme da franquia - onde só tinha barulho de latas se batendo com um oco roteiro por dentro -, o sexto e o sétimo filme - que levaram tudo a um 'soft reboot' - ao menos tem bom funcionamento para o grande público. Em 'O início', há enorme conexão e empatia pelos personagens ao longo, quer sejam pelas suas lutas ou pelo que eles acreditam ser o certo. Tudo muito bem trabalhado para que o espectador conheça os principais conceitos e valores daquele mundo. E há uma premissa forte sobre como um povo manipulado, calado e contido sob a famosa alcunha do 'pão e circo' podem ser facilmente dominados por aqueles que tem o domínio, mas que ainda assim não são os verdadeiros dominadores (alguma alusão ao mundo real por aqui?). Essa minuciosa forma de contar a história é o que faz esse longa ser tão bem escrito e narrado. As reviravoltas políticas e sociais envolvendo os personagens são puro deleite para aqueles adultos que já sabem como o 'sistema' funciona aqui fora. É uma trama muito bem montada para levar o espectador ao cume dos acontecimentos, dos protagonistas e antagonistas mais importantes dessa história. E esse é um dos maiores acertos dessa animação. Ponto.
 CGI realmente de ponta. A qualidade das animações nos últimos anos tem se mostrado de altíssimo nível de fato, devido as constantes inovações tecnológicas ao longo das gerações do cinema. Mas cabe um adendo relevante aqui. A direção de arte desse longa é de um cuidado absurdo. Tudo é muito grandioso no planeta dos 'Transformers'. E quando a câmera se afasta, vemos o quão deslumbrante esse planeta é, cheio de nuances e riquíssimo em detalhes em cada parte da animação. Lembra um mapa de mundo aberto em um game - com exploração livre para qualquer lugar - em forma de computação gráfica. Tudo carinhosamente e artisticamente bem dirigido para ambientar da forma mais natural possível um planeta inteiro, com todos os seus aspectos e interações. Não pouparam esforços na criação de cada parte daquele mundo exuberante e vasto. Outro ponto altíssimo do longa.

Em busca da verdade sombria.

 3D entrega muito pouco. Tive a oportunidade de assistir o longa no recurso e posso dizer que não é tão vivo e eficaz quanto deveria ser. Um animação desse porte merecia um tratamento bem mais adequado e aprofundado nas técnicas que fazem esse recurso ser tão prazeroso de assistir. Faltou mais capricho na imersão e nos detalhes. Não vale as moedas a mais. O filme já se sustenta bem por si só pelo todo que ele apresenta.
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! "Transformers - O início" produz muito mais além de uma simples animação de origem. Tem qualidade artística exuberante, roteiro muito bem pautado na realidade atual (política e social a que me refiro) e mistura esses elementos - ficção e realidade - de forma muito bem elaborada. Para as crianças e os mais jovens, uma atração excelente e convincente. Para os adultos, uma reflexão sobre o hoje associado aos primórdios da nostalgia. Para todas as idades, diversão garantida e certa – e não se esqueça das cenas pós-créditos lá no fim! Vale demais o ingresso!

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quarta-feira, 25 de setembro de 2024

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 Vamos falar da obra em animação dos estúdios Ghibli "O menino e a Garça". Tem explicação?
 
Alguns comentários e opiniões com algumas teorias sobre essa magnífica obra do diretor japonês Hayao Miyazaki. Se gostar, por favor compartilhe esse vídeo, curta, comente e se inscreva no meu canal. Obrigado por assistir!


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quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Filmes

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DEADPOOL & WOLVERINE (Avaliação 5/5 - Excelente!)

 Novo longa do 'Mercenário tagarela' acerta o tom mais um vez com seu extremo oposto, 'Wolverine'. Vamos a análise!
 Há sempre quem diga que tal ator 'nasceu para aquele papel'. É. Em alguns casos a premissa pode ser muito verdadeira sim. Seja pela dedicação ao personagem ou pelas características que definem bem ambos, sempre haverá a ideia que temos a composição perfeita em cena. Hugh Jackman, por exemplo, envelheceu 'como vinho' na pele do carcaju mais famoso dos quadrinhos. Sua técnica foi aprimorada ao longo dos anos e hoje ele sabe sobre o personagem como ninguém. Já Ryan Reynolds tinha um sonho e um 'projeto piloto' nas mãos. Na época, a '20th Century Fox' não queria liberar seu projeto. Foi aí que ele jogou o piloto na internet e logo caiu nas graças do povo. O resto é história e hoje já estamos no terceiro filme deste personagem que caiu no gosto popular e que está perfeito nas mãos do ator atualmente. E é sobre o terceiro filme - finalmente nas mãos da 'Marvel' e do 'UCM' - que vamos tratar aqui. A produção é um pouco de tudo sobre esse universo até aqui e muito mais. Teceremos mais sobre esta incrível odisseia abaixo.

Nossos amados protagonistas.

 Roteiro simples, diálogos escrachados. A lógica de 'Deadpool' - se é que ele tem alguma - é ser o mais insano possível tanto nas suas tiradas quanto nas cenas de ação. Isso vai de vários fatores já bem conhecidos do público, tais como 'quebra da quarta parede', seu comportamento ácido e hilário ao mesmo tempo - criticando tudo e todos -, além de outras nuances do personagem. E nesse filme a variância de tom justamente se mede pelo seu extremo oposto, 'Logan', vivido pelo ator Hugh Jackman. Essa total discrepância de personalidades é o que faz desse longa em específico algo único. Nos dois longas passados vemos o 'Mercenário tagarela' brilhar solo com coadjuvantes de peso. Porém nesse são dois protagonistas em tela com características muito opostas. E o grande acerto desse filme está aí. Ele não oferece uma estrutura linear e batida dos filmes de herói. Ele possui sua própria personalidade ao dialogar fortemente com a loucura dos quadrinhos. Não é sobre 'ajustar para a audiência não se espantar com as coisas sem sentido das HQ's'. É exatamente ao contrário. 'Deadpool & Wolverine' subvertem o mundo real e imaginário em tela sem dó nem piedade. E cá pra nós, era o que faltava de verdade nos filmes sobre heróis. Ser excêntrico e sem filtro como os quadrinhos são.
 Participações, homenagens e surpresas excelentes. Nada com um bom 'fan service' em um filme de herói para dar aquela aquecida no coração dos fãs. Mas essa produção atingiu um patamar em outro nível de execução em relação a esse assunto. Desde projetos que nunca saíram do papel até longas que não deram certo, tudo aqui é extremamente tangível e possível nesse filme. Shawn Levy, diretor do longa, juntamente com Reynolds, levaram o conceito de 'fan service' muito a sério. Fora as piadas sobre a derrocada da 'Fox' - que está nos trailers -, dentre outras críticas ácidas e escrachadas que permeiam todos os diálogos, em uma narrativa que abusa da falta de bom senso com extremo vigor e vivacidade, deixando o tom da película a altura da qual seus personagens merecem. Rasgo elogios a direção, produção e atuações, das menores até as mais robustas, que complementam a diversão deste da forma mais impactante e impecável possível. Só os minutos da cena de abertura são de um deleite cômico, visual e teatral dos mais insanos em um filme desse tipo. Coisas que talvez só personagens como 'Deadpool' se permitem fazer. Espetacular!

O Dogpool não poderia faltar.

 3D faz sua parte, mas podia ser melhor. Logo no início do longa o recurso se mostra muito satisfatório - principalmente pela graça das cenas iniciais também -, todavia ao longo ele se torna meio que 'lugar comum' e não se posiciona para uma experiência mais memorável e mais dinâmica, que é como ele deve ser, ao imergir o público nas camadas e tornar vívida as cenas. Dessa vez vale mais para quem gosta mesmo de se aventurar nesse tipo de imersão - um adendo, eu até gostei da experiência.
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! "Deadpool & Wolverine" é o encontro de heróis que queríamos e esperávamos há muito tempo. O ator Ryan Reynolds por vários anos tentou convencer seu amigo Hugh Jackman a reprisar o papel, sem muito sucesso. Mas o momento certo veio e a oportunidade foi das melhores possíveis, convergindo em uma obra atemporal e extremamente ácida e divertida, valendo também aqui as menções honrosas, uma trilha sonora muito bem escolhida e de extremo respeito e as belas homenagens feitas ao longo da trama que são sensacionais. Vale demais o ingresso!

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terça-feira, 13 de agosto de 2024

Bíblia

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REFLEXÃO BÍBLICA

 "E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder" Lucas 24.49
 Breve explanação sobre o porquê 'devemos estar preparados para fazer missões'. Se gostar, por favor compartilhe esse vídeo, curta, comente e se inscreva. Deus te abençoe!


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sábado, 27 de julho de 2024

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MEU MALVADO FAVORITO 4 (Avaliação 4,5/5 - Excelente!)

 Com uma ideia extremamente leve e divertida, novo longa da franquia continua sendo inventivo e perspicaz. Vamos a análise!
 Está para nascer uma somatória de animações em sequência que deu tão certo quanto "Meu Malvado Favorito". Lançado em 2010, os longas somados já contabilizam 5 bilhões de dólares em bilheteria no mundo inteiro (incluindo os filmes dos 'Minions'). Nem a Disney conseguiu esse feito, mesmo com ótimos filmes no currículo. E isso se deve a dois fatores que chamam bastante atenção: o carisma de todos os protagonistas e a ascensão meteórica dos 'Minions' (esses pequenos seres amarelos bagunceiros e comedores de bananas), que se tornaram hoje um produto sólido e extremamente rentável para a Universal Studios. E tudo bem se você não gosta deles (eu amo e rio horrores com eles rs). Mas a verdade é que a consolidação desses específicos personagens no mercado global certamente é o ápice do sucesso de toda a gama de produções já criadas. Fora a evolução dos protagonistas que, mesmo que seja em uma bem pequena escala, já transformou "Gru" de um vilão a pai de família com bebê no colo. E neste quarto filme ele vai ter de lidar com uma nova ameaça e também dividir o tempo como marido e cuidador de filhos. Veremos um pouco mais abaixo o que rendeu dessa cômica e doce premissa.

Minions e Gru Jr.: bagunça certa.

 "Gru" agora é pai. Tudo bem que ele já havia assumido esse posto desde o primeiro filme adotando as meninas na sua casa depois de todos os eventos da primeira história. Mas agora ele está casado com "Lucy" e teve seu filhinho "Gru Jr." com ela, aumentando ainda mais sua carga de responsabilidade. Mas "Gru Jr." ainda tem certas birras com o pai e vai dar trabalho para "Gru" e muitas risadas para nós. São momentos impagáveis do filme que vão gerar, junto com a trama principal, um leque de altas gargalhadas com as trapalhadas do protagonista. E o que mais valida esta nova entrada da franquia é a interessante conexão familiar entre todos eles. Mesmo com as tiradas cômicas, o seio familiar é muito gostoso de se ver, até porque a criança chegada muda ainda mais o comportamento de "Gru", tirando ainda o fato de que ele agora é um agente espião que trabalha junto de sua esposa. Elementos sutis que valorizam o tempo de tela do filme e não enfadam nem os adultos e muito menos as crianças, pois agregam e muito ao que já se espera de um longa dessa franquia.
 Narrativa coesa. Interessante notar que há uma subtrama muito peculiar nesse filme e que não é desconexa nem um pouco da trama principal. Às vezes os roteiristas criam subtramas que descentralizam a narrativa e ficam perdidas no meio da ação (um exemplo disso é "Pets 2", cuja trama paralela ficou completamente desconexa da história central). Mas aqui, além dessa que se entrelaça perfeitamente com o contexto primordial do filme, há também a parcela dos "Minions", que são igualmente relevantes, hilários e perfeitamente críveis dentro da narrativa. Ah, e já ia esquecendo: há uma sutil crítica aos filmes de super-heróis e seu desgaste no mercado atual, muito bem ponderada pela produção da 'Illumination', além de cenas icônicas de outros filmes de heróis que são homenageadas ao longo. Um deleite que só vai perceber quem estiver atento, porque aqui não tem 'spoilers' de nada, como é sempre o compromisso do escritor aqui.
 3D de altíssima qualidade. Eu sempre falo do recurso aqui como um agregador de diversão. Mas dessa vez, se você, querido leitor, quiser ter uma experiência divertidíssima e completa, assista no recurso. É a melhor animação feita sob essa proposta em anos. Obrigatório assistir na tecnologia para que a curte. Te garanto que não vai se arrepender.


Gru, Lucy e Gru Jr.: família.

 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! "Meu malvado favorito 4" ainda consegue ser inventivo, criativo, divertido e muito bonito visualmente. "Gru", "Minions" e companhia ainda tem muita história para contar se continuarem trabalhando com tamanha diligência e sensatez em cada roteiro que apresentam ao público. Se for sempre assim, vida longa a esses já queridíssimos e consolidados personagens. Leve a família inteira para assistir, pois é garantia de um tempo de qualidade com os pequenos e boas risadas dos adultos. Vale demais o ingresso!

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quinta-feira, 18 de julho de 2024

Filmes

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UM LUGAR SILENCIOSO - DIA UM (Avaliação 3,5/5 - Muito bom!)

 Novo longa da franquia tem tom mais contido e uma história comovente e singular. Vamos a análise!
 Com uma premissa interessantíssima e, até certo ponto, inovadora, a franquia 'Um Lugar Silencioso' estreou em 2018 com uma proposta de mostrar como seria a Terra se seres de outro planeta que são sensíveis ao som chegassem por aqui. A ideia foi tão boa e deu tão certo que a produção com direção de John Krasinski custou cerca de 20 milhões de dólares - incluindo talvez alguns custos de divulgação - e arrecadou mais de 340 milhões em bilheteria pelo mundo afora. Um estrondoso sucesso como esse - inesperado até pelo próprio diretor - ajudou a render mais dois filmes até agora e cá estamos na terceira parte dessa bem sucedida franquia. Como este é um prólogo, os protagonistas da vez são Lupita Nyong'o e Joseph Quinn e vai mostrar o gosto agridoce do primeiro dia do incidente que calou a Terra para sempre. Vamos ver abaixo algumas questões e excentricidades desta que se tornou uma franquia queridinha para muitos - inclusive eu. 

Lupita e Joseph: protagonistas.

 Um dia para esquecer. 'Dia Um' é o ponto de partida, onde tudo começou a desandar. O destaque dessa premissa é que já que o custo de produção foi maior, muitos detalhes a mais foram implementados, tornando o filme visualmente ainda mais caótico. Isso é positivo para entendermos o estrago que foi feito pelos seres do espaço. O rastro de destruição deixado pelos monstros (que são horrendos e estão ainda melhor trabalhados em CGI) é muito bem produzido e filmado como uma guerra entre a humanidade e os seres, porém sem sucesso para os humanos. Krasinski traz o ambiente insólito no qual a Terra se transformou depois do ataque. E com uma história - da protagonista - de cunho muito pessoal envolvida. Como ele disse em uma entrevista, ele tinha ideias de mostrar o ataque sob o ponto de vista de outras pessoas, isto é, outros personagens e criar uma atmosfera em cima dessa visão. E ele estava certo. O clima realmente é outro nesta produção.
 Atuações pontuais. Como a ideia aqui é a tensão pelo silêncio ou, melhor dizendo, em torno dele, a protagonista 'Sammy', vivida pela atriz Lupita Nyong'o cruza uma personalidade arredia pela interligação da sua vida pessoal com a tragédia que transformou aquele mundo em um lugar insustentável para viver. Muito boa atriz, desempenha papel fundamental na condução da trama e da narrativa, com muitas cenas que envolveram coragem e perseverança para prosseguir naquele mundo destruído pelo terror que veio do espaço. (Curiosidade aqui é que ela no filme passa o tempo inteiro com um gato - muito do inteligente por sinal - e a atriz, antes das filmagens, morria de medo dos bichanos. Ela teve que passar por toda uma preparação para se acostumar a lidar com ele e, por fim, gostou tanto que acabou adotando os bichinhos depois das gravações. Fofo não é mesmo?). Joseph Quinn vive o personagem 'Eric', e é a outra ponta que faz ligação com a protagonista. Muito embora eu não tenha visto uma química tão intensa entre os dois no longa, o fato de ser um filme com diálogos praticamente silenciosos realmente não nos dá percepção de relações fortes entre os personagens. Afinal de contas, eles estão ali juntos para sobreviver e não para interagir de forma profunda. Entendo que isso pode ter incomodado alguns, mas a mim não. Vi isso como parte da proposta que o longa oferece. Por fim, Djmon Hounsou retorna para esta prequela como o personagem 'Henry' do segundo filme, mostrando como ele esteve no primeiro dia do ataque e tudo o que aconteceu com ele depois (neste ponto Krasinski acertou em cheio ao delinear a trajetória de um personagem que não sobreviveu no segundo filme da franquia e ainda tem chances até de mostrar uma história só com ele e o que acontece depois do 'Dia Um'. Interessante.).

Coadjuvante de luxo: o gato da protagonista.

 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! "Um Lugar Silencioso - Dia Um" traz a origem do horror de forma comedida e delineada conforme o olhar triste da protagonista vivida por Lupita Nyong'o. Muito embora este esteja um pouco aquém dos dois primeiros, ainda assim a produção de orçamento mais robusto nos entrega o que o longa realmente quer passar: o terror de um ataque extraterrestre e suas consequências para a humanidade. Dentro desse escopo e dessa ideia principal, vale sim a sua conferida nas telas grandes. Vale muito o ingresso!

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domingo, 7 de julho de 2024

Filmes

DIVERTIDA MENTE 2 vídeo com 'spoilers' e teorias aqui: Games, Bibles, Movies & cia

DIVERTIDA MENTE 2 (Avaliação 5/5 - Excelente!)

 Sequência do longa de 2015 consegue superar o original em todos os aspectos. Vamos a análise!
 'Divertida mente' tem uma proposta bem curiosa: dar vida aos sentimentos da nossa mente e coração e transformá-los em uma espécie de 'condutores' reais de emoção para o público. E essa ideia deu tão certo que o longa anterior recebeu o Oscar de "Melhor Animação" do ano. Um hiato enorme, muitas decisões equivocadas por parte da Disney e seus estúdios, mas cá estamos nós com o segundo capítulo dessa inventiva produção. E quer saber mais? Poucas são as películas cuja continuação consegue ser melhor que seu original. E o segundo filme, além desse feito, se tornou o fenômeno cultural do ano. Vejamos um pouco mais do porquê desse sucesso todo mais abaixo.

O momento das mudanças de 'Riley'.

 Um acerto gigante no roteiro. Uma das coisas que realmente faltava nas últimas animações e produções da Disney era um roteiro a altura do que a Pixar sempre conseguiu produzir. Faltava aquele charme todo especial e emocional nas histórias que nos fazem tanto chorar quanto se alegrar com elas. E 'Divertida mente 2' resgata a verdadeira identidade do estúdio de forma sublime, lúdica e com uma qualidade absurda de tão bem elaborada. A narrativa segue, de forma ímpar, compreendendo e agradando tanto crianças, quanto adolescentes e adultos. É um enredo que traduz muito bem nuances da mente que podem ser entendidas e interpretadas por todos sem nenhuma restrição. Simplesmente brilhante!
 Novas emoções. 'Riley', a protagonista da história, agora está com 13 anos e no início de sua fase adolescente. E toda a bagagem e mudanças que vem junto a acompanham de forma ímpar. As novas emoções 'casam' perfeitamente com o novo tempo que ela está vivendo e trazem um frescor ao roteiro, sugerindo novas ações da personagem. Tanto que todas elas - ansiedade, medo, inveja, tédio - são muito bem usadas durante todo o tempo e tem todo um considerável significado na nova vida de 'Riley'. Toda a demanda emocional que carrega esse momento da vida é muito bem retratado em tela e traz identificação imediata com muitas pessoas da forma mais divertida possível. 'Riley' se tornou definição instantânea para muitos jovens aqui do lado de fora da tela. Quem aí se reconheceu ou percebeu seus filhos ou entes queridos na personagem? :D
 3D realmente muito bom. Vale ressaltar também que sempre assisto as produções que são trabalhadas nesse recurso para sempre apontar uma direção para os leitores desse blog. E quero dizer que sim, pode ir ver com tranquilidade pois os efeitos são ótimos e muito bem pontuados, como toda boa animação deve ser. Várias cenas bem construídas, o que garante ainda mais diversão e imersão ao filme. Altamente recomendado dessa vez. Vale seu gasto a mais.

A novas emoções de 'Riley'.

 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! "Divertida mente 2" é a Pixar voltando a sua antiga forma de criar histórias para todos os gostos e idades, sem perder a naturalidade das coisas e nem se embaraçar em ideias confusas e histórias sem sal. O longa é a prova de que ainda há imaginação para bons roteiros, que encantem e deixem um ensinamento e um legado que tanto ajudou o estúdio a se tornar grande e conhecido como ele é hoje. Vá com toda a família pois a diversão é certa. Vale demais o ingresso!

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sexta-feira, 21 de junho de 2024

Filmes

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BAD BOYS - ATÉ O FIM (Avaliação 4/5 - Muito bom!)

 Novo longa da franquia mantém a ação e o bom humor sem perder a essência de seus personagens. Vamos a análise!
 ‘Bad Boys’ tem uma história longa nos cinemas. Com seu primeiro filme lançado em 1995, alçou a carreira de Will Simth e de seu parceiro de tela Martin Lawrence a outros patamares. Com uma veia de ‘comédia policial’, as aventuras de
Mike Lowrey (Will) e Marcus Burnett
(Martin) com suas tiradas cômicas e divertidas se tornaram recorrentes na cultura pop. Tanto que o segundo filme foi lançado em 2003 com o mesmo êxito. E após cerca de dezessete anos de pausa, ‘Bad Boys – para sempre’ (2020) introduz novamente a produção para um novo público, mantendo as características que fizeram sucesso a época e culminando em um outro grande trunfo para película. Tanto que temos uma nova entrada dos policiais mais amados das telas. E nesse, a fórmula continua sem desgaste, até porque filmes com essa temática estão bem escassos hoje em dia. Veremos o porquê abaixo da excelente recepção do público a este novo capítulo da saga.

Will e Lawrence: impagáveis.

 Fórmula ainda fresca ao espectador. A década de 80 e 90 do século passado foi permeada de filmes dessa categoria. ‘Máquina mortífera’, ‘Um tira da pesada’, ‘A hora do rush’ são alguns dos nomes de filmes que fizeram muito sucesso naquele período, chegando a ter mais de uma produção alguns deles. E dentro dessa mesma categoria, surge justamente esta franquia da qual vos escrevo. E o que é interessante é a distância de tempo de um longa pra o outro. Além do gênero ter sido deixado um pouco de lado pelas produtoras quando novas tecnologias para efeitos especiais foram lançadas, os filmes dos ‘Bad boys’ tem um espaçamento gigantesco um do outro. E isso é muito positivo para não insistir em uma franquia que dá lucro até sugar o último fio de dinheiro dela. Então, toda vez que uma nova produção é lançada, há sim aquele gosto de novidade que, mesmo tendo vários clichês embutidos, reaviva a memória do espectador para lembrar dos cômicos personagens do passado. E como é um gênero em escassez nesse tempo, é sim a hora ideal de ver mais dessas pérolas que tanto nos divertiram outrora. Sucesso garantido – e as bilheterias da película tem mostrado isso com força.
 Will e Martin ainda carismáticos. Will Smith se tornou um dos atores mais carismáticos ao redor do globo. Isso é inegável (e mesmo com seu destempero durante uma cerimônia do Oscar, parece que isso não mudou a admiração das pessoas em relação a sua pessoa), tanto que a nova entrada da franquia vai muito bem, obrigado (lembrando que essa produção é uma continuação direta do filme anterior). Mas o que caracteriza justamente a graça desse é a dupla Smith e Lawrence. Com uma química em tela invejável, conseguem arrancar risos e cenas de tensão e ação da forma mais fluida possível. É como amigos que decidem fazer um vídeo juntos e viraliza entende? É assim que se tem noção do quão a dupla é importante para toda a trama do longa. Ainda mais agora que eles estão mais velhos e encaram certas doses de ‘problemas da idade avançada’, o que torna tudo ainda mais engraçado e divertido. Mesclar seus dilemas pessoais com momentos de maior impacto na trama deixa tudo mais leve, bem na dose que a película já busca fazer há décadas. Ponto muito positivo esse.
 Um destaque especial. Em uma das cenas – lá pela metade para o fim do segundo ato – o ator Dennis Mcdonald - que interpreta ‘Reggie’, genro de ‘Marcus’ (Martin) - protagoniza uma das cenas de ação mais legais de todo o longa. E não que todas as cenas não sejam boas, pelo contrário. Todavia, tanto a coreografia quanto o lado cômico reverberando durante e lá no final do filme, fazem dessa uma das cenas mais divertidas dessa produção. Will e Martin não teriam escolha melhor para a condução dessa cena em específico. Não vou dar ‘spoilers’ aqui, mas tenho certeza que ela vai soar tão legal para os queridos leitores quanto soou para mim.

Dennis Mcdonald (Reggie): guardem esse rosto.

 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! “Bad Boys – até o fim” revive gênero deixado de lado pela indústria que ainda diverte e rende boas risadas. Nada de temas filosóficos ou pensamento sobre a vida (muito embora eles tratem com certa comicidade a questão da idade avançada e seus efeitos no que tange os cuidados médicos e com o corpo. Todavia é algo bem sutil e de forma mais hilária do que substancial), o que vale aqui são os momentos de diversão pipoca desses personagens ícones da cultura pop. Will e Martin ainda tem gás para muitas outras produções como essa. Vale muito assistir. Vale demais o ingresso!

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sábado, 15 de junho de 2024

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FURIOSA - UMA SAGA MAD MAX (Avaliação 5/5 - Excelente!)


 Novo longa de George Miller traduz muito bem o olhar do diretor sobre esta famosíssima saga. Vamos à análise!
 Lançado em 2015, "Mad Max: Estrada da Fúria" foi a produção de retorno ao clássico dos anos 80 do século passado. Com visuais incríveis, cenas de ação de tirar o fôlego e um elenco estelar (Nicholas Hout, Charlize Theron, Tom Hardy), o longa foi sucesso de público e crítica e alçou novos patamares para a franquia. Alguns anos se passaram e cá estamos nós com esse prelúdio que nos traz um perfil da personagem 'Furiosa' antes dos acontecimentos do longa anterior. E mais uma vez Miller trabalha brilhantemente o roteiro com uma fotografia soberba e cenas de ação impecavelmente bem coreografadas. Veremos mais abaixo um pouco do porquê de sua genialidade ao longo dos suas mais de 8 décadas de vida.

Anya Taylor-Joy: impecavelmente furiosa.

 Roteiro bem formulado. Miller traçou meticulosamente a história deste para entrar em perfeita sintonia e conformidade com sua pregressa produção. Cada detalhe se alinha perfeitamente com as nuances e os pontos específicos que levaram a protagonista (vivida desta vez por Anya Taylor-Joy) a estar exatamente no patamar dramático do filme anterior. É surpreendente ver como Miller não se atrapalha em momento algum na produção e construção da narrativa e, no fim da estrada, vamos encontrar exatamente o início do outro. Há sim certa genialidade nisso, pois em muitos longas de prelúdio roteiristas falham em algo ou faltam com o zelo de entrelaçar com o mesmo esmero as histórias. Ponto positivo para o diretor que não deixou isso acontecer.
 Visuais e fotografia deslumbrantes. É inegável o quanto o filme é absurdamente grandioso em todos os aspectos. A produção não economizou em realizar o melhor em câmeras e 'takes' dignos de ganhadores de Oscars. Tudo é muito gigante nas cenas: desde os veículos imensos até a fotografia que salta os olhos por ver aquele mundo desértico sendo tão bem posicionado, com cenas aéreas (possivelmente com drones) que são o mais puro deleite para os fãs da sétima arte. Acredite, caro leitor, cada momento impressiona pela técnica e pelo cuidado em termos de explorar da melhor maneira a ação do longa. E a excelente execução de tudo torna a experiência ainda mais fluida e divertida.
 Trama muito bem conduzida. Anya Taylor-Joy e Chris Hemsworth são as estrelas da vez deste longa. Uma como protagonista e o outro com o sarcástico e caricato vilão "Dementus". E ambos, cada um em seus personagens, buscam oferecer o que suas personas são: uma feroz e voraz por suas perdas e que quer vingança a todo custo (cujas motivações na infância são extremamente bem contadas até a metade do segundo ato, quando há a transição para sua fase adulta), muito bem pontuadas por Taylor-Joy e o outro, mesmo com todo o desprezo que o seu personagem oferece, ainda assim tem motivações que vão além de sua vilania. E que também foram bem interpretadas por Hemsworth. Mas tudo isso não funcionaria se o roteiro e a narrativa não condissessem. E obviamente a perfeição mora justamente no conjunto da obra, que é brilhante em diversos dos aspectos citados neste texto.

Chris Hemsworth: vilão caricato.

 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! 'Furiosa - Uma saga Mad Max' faz uma construção de personagem incrível enquanto viaja pelas cenas e momentos icônicos dessa bela franquia. Anya Taylor-Joy e Chris Hemsworth são grandes acertos de elenco, porém sem um roteiro consistente e uma direção primorosa nada funcionaria tão bem como o que foi visto em tela. George Miller no auge dos seus 80 anos ainda sabe dirigir grandiosos e bons filmes. Vale demais o ingresso!

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quinta-feira, 6 de junho de 2024

Filmes

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AMIGOS IMAGINÁRIOS (Avaliação 3,5/5 - Muito Bom!)

 Longa dirigido e escrito por John Krasinski tem doce mensagem sobre a vida e suas nuances. Vamos a análise!
 Quem nunca teve um 'amigo imaginário'? Ou se inspirou em algum personagem que gosta e deu 'vida' a ele, imitando seu estilo? (Eu já fiz isso rsrs). Nesse longa Krasinski vai um pouco mais fundo na emoção e nos traz, através de doces figuras, uma boa leitura sobre o nosso passado e o que nos tornamos no futuro. A distinção que ele faz da vida adulta e infantil - e o quanto ambas podem e devem ser vividas dentro de seu próprio tempo - é algo leve e suave. Se por um lado o filme emociona, por outro dá ao espectador uma sensação de lembranças muito satisfatórias, pois a ideia que a produção quer passar é exatamente essa. E vamos então ver o porquê disso logo abaixo.

Cailey Fleming e Ryan Reynolds: ótimos.

 Remetendo a infância. A transição da infância para a adolescência é algo por vezes que mexe com a consciência do indivíduo. Ele ainda tem certas atitudes que soam como vínculo para a menor idade, todavia avança rumo a um novo tempo do ser. E a atriz Cailey Fleming toca nesses extremos com muita doçura e suavidade, até porque no longa ela tem 12 anos e não quer mais ser chamada de criança. Porém ela é a única capaz de poder salvar aquele 'mundo imaginário'. Não vou dar 'spoilers' aqui, mas o formato do longa encaixa perfeitamente na história que Krasinski quer contar. Cailey e o outro ator mirim Alan Kim (que interpreta uma criança travessa que está sempre se machucando e indo parar no hospital) são as 'pontes' de diálogo de toda a trama. O diretor guia os personagens sem perder o rumo da história e, mesmo que ela pareça um tanto desconexa a princípio, no fim o texto fecha de forma eficaz e muito sentimental.
 Ryan Reynolds é peça-chave. Dono de um currículo com filmes bem divertidos e contemporâneos, o ator nesse longa consegue equilibrar bem sua excelente química atuando com crianças (quem já assistiu 'O projeto Adam' da Netflix com ele e Walker Scobell atuando sabe como ele é bom em interagir com os pequenos) e forja um personagem comedido e misterioso com a finalidade de deixar mesmo o espectador incomodado por não saber quem ele é exatamente. E é tão intrigante sua participação que a cada momento parece que o texto escrito por Krasinski não vai nos mostrar sua verdadeira identidade. E com isso ficamos sem respostas sobre seu personagem até praticamente o final do filme, quando os momentos mais emocionantes da película acontecem. Acreditem, no fim tudo é explicado e vai valer muito a pena ter esperado pelo final dessa inventiva história.

O fofo do Alan Kim: Quem nunca se machucou?

 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! "Amigos imaginários" é John Krasinski dirigindo, roteirizando e atuando sobre a brevidade da vida e o quanto devemos dar valor a cada tempo, a cada instante e não perder a essência e o bom humor em momento algum. Porque nunca é cedo demais para terminar a infância e nem tarde demais para ser um adulto resiliente e alegre. É uma produção tão gostosa de assistir e com uma lição tão valiosa em seu fim que vale sim seu ingresso. E não esqueça de levar as crianças e também a sua criança interior. Vai fazer todo sentido do mundo isso. Pode apostar.

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