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Cailey Fleming e Ryan Reynolds: ótimos. |
Remetendo a infância. A transição da infância para a
adolescência é algo por vezes que mexe com a consciência do
indivíduo. Ele ainda tem certas atitudes que soam como vínculo para
a menor idade, todavia avança rumo a um novo tempo do ser. E a atriz
Cailey Fleming toca nesses extremos com muita doçura e suavidade,
até porque no longa ela tem 12 anos e não quer mais ser chamada de
criança. Porém ela é a única capaz de poder salvar aquele 'mundo
imaginário'. Não vou dar 'spoilers' aqui, mas o formato do longa
encaixa perfeitamente na história que Krasinski quer contar. Cailey
e o outro ator mirim Alan Kim (que interpreta uma criança travessa que está sempre se machucando e indo parar no hospital) são as 'pontes' de diálogo de toda a
trama. O diretor guia os personagens sem perder o rumo da história
e, mesmo que ela pareça um tanto desconexa a princípio, no fim o
texto fecha de forma eficaz e muito sentimental.
Ryan Reynolds
é peça-chave. Dono de um currículo com filmes bem divertidos e
contemporâneos, o ator nesse longa consegue equilibrar bem sua
excelente química atuando com crianças (quem já assistiu 'O
projeto Adam' da Netflix com ele e Walker Scobell atuando sabe como
ele é bom em interagir com os pequenos) e forja um personagem
comedido e misterioso com a finalidade de deixar mesmo o espectador
incomodado por não saber quem ele é exatamente. E é tão
intrigante sua participação que a cada momento parece que o texto
escrito por Krasinski não vai nos mostrar sua verdadeira identidade. E com isso ficamos sem respostas sobre seu personagem até praticamente o final do filme,
quando os momentos mais emocionantes da película acontecem.
Acreditem, no fim tudo é explicado e vai valer muito a pena ter
esperado pelo final dessa inventiva história.
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O fofo do Alan Kim: Quem nunca se machucou? |
Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! "Amigos
imaginários" é John Krasinski dirigindo, roteirizando e
atuando sobre a brevidade da vida e o quanto devemos dar valor a cada
tempo, a cada instante e não perder a essência e o bom humor em
momento algum. Porque nunca é cedo demais para terminar a infância
e nem tarde demais para ser um adulto resiliente e alegre. É uma
produção tão gostosa de assistir e com uma lição tão valiosa em
seu fim que vale sim seu ingresso. E não esqueça de levar as
crianças e também a sua criança interior. Vai fazer todo sentido
do mundo isso. Pode apostar.
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