quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Filmes

 MULHER-MARAVILHA 1984 (Avaliação 5/5 - Excelente!)


 Com um roteiro suave e história envolvente, novo filme da heroína mais amada dos quadrinhos rende ótimos momentos em tela. Vamos a análise!
 Das características mais marcantes de ‘Mulher-Maravilha’ estão, além da super força, seu senso profundo de justiça e sua integridade. Patty Jenkins (diretora dos dois filmes) conseguiu mais uma vez equilibrar essa fórmula e transpor para as telas um compilado da essência da heroína de forma coesa, mostrando sua vida fora de sua terra natal (Temiscera) e refletindo os sentimentos mistos de uma figura ainda em construção nesse mundo. A expertise em trabalhar com a volatilidade das ações da protagonista (que ainda reflete a dor de ter perdido seu grande amor ‘Steve Trevor’) com a ideia de tê-lo de volta a qualquer custo, mesclou uma gama de possibilidades e fez o longa deslanchar em belos momentos com seu amado, com referências incríveis a apetrechos usados pela personagem no passado que deixariam qualquer fã muito contente com o que foi apresentado em tela.

Diana Prince/Wonder Woman <3

 Gal Gadot mais uma vez brilha apresentando versatilidade e robustez em interpretar uma personagem tão poderosa e que, ao mesmo tempo, pode ser tão frágil como mulher. Um equilíbrio entre sua doce beleza e atuação impecável que geraram mais uma vez a combinação perfeita dessa atriz para esse papel. Desde sua primeira aparição em ‘Batman vs Superman’ como ‘Mulher-Maravilha’, ela já demonstrava todo potencial, mesmo que limitado pelas poucas cenas em que apareceu nesse filme, para interpretar com maestria nossa querida heroína. A química dantes funcional com o ator Chris Pine, tornou a dar bons resultados, incluindo momentos cômicos gerados pela interação dos personagens. Kristen Wiig, que interepreta ‘Barbara Minerva/Mulher-Leopardo’ e Pedro Pascal, que interpreta ‘Maxwell Lord’ são vilões cujas motivações são delineadas ao longo e fazem um bom contraponto com ‘Diana’, visto que a sede do poder desenfreado os tornou em pessoas sem humanidade (característica forte e marcante da personagem principal que, embora possua poder de deuses, não os usa em prol de desejos egoístas e mesquinhos. Antes, aprendeu valores humanos e justos com seu treinamento em sua terra natal). E esse ponto ao meu ver é o que faz os questionamentos da protagonista serem interessantes ao longo da narrativa, tendo de optar entre sua missão e seu grande amor. Muito bem desenvolvida essa balança nela. 

Barbara Minerva/Mulher Leopardo e Maxwell Lord
 
 Outro ponto que me chamou bastante atenção foi ideia de inclusão, apresentada ao longo da trama. A variante de etnias que aparecem no filme e a forma com que cada uma delas é apresentada se torna um ponto muito forte do longa. Ressalta já o fato do filho de ‘Maxwell Lord’ ser asiático, o que por si só já tenta reproduzir a ideia da diversidade, além também da fabulosa ambientação oitentista. Muito bem ornamentada e situada, leva o espectador a uma doce viagem no tempo dentro das mais variadas situações da época. Inclusive ‘Steve’ (Chris Pine) se encanta com as últimas tecnologias das quais ele não teve pleno conhecimento (por questão de sua já citada morte no primeiro longa), produzindo ainda mais deslumbre daquele período. E esses pontos se alinham muito bem com a proposta do longa.
 Mesmo com sua principal trama não condizer com os quadrinhos, muito da essência dos protagonistas e vilões foram bem interpretados pelos atores. Vale ressaltar que as boas cenas de ação e os efeitos especiais são, ao meu ver, satisfatórios e contribuem para manter a narrativa sempre alinhada. A visão de que filme de super-herói tem de ser ação o tempo inteiro não faz jus a um bom roteiro. Já vi filmes de ação desenfreada que pouco exploram seus núcleos narrativos e tornam o filme cansativo e sem direção. História e personagens precisam ser desenvolvidos ao longo para que tudo (até as cenas de ação) façam sentido e tenham bom rumo. E isso a Patty (diretora) o fez, ao meu ver, muito bem. 
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! Patty Jenkins acerta mais uma vez em escalar Gal Gadot para ‘Mulher-Maravilha 1984’. A beleza da protagonista, leveza e sensibilidade de ambas traduzem, no meu ponto de vista, duas horas e meia de muita diversão em tela, além das ótimas referências para fãs das antigas. E a sensacional cena pós-créditos é um deleite para todos os amantes da heroína. Se curtes tudo isso, certeza que é para você esse filme. Vale muito o ingresso!

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Filmes

 TROLLS 2 (Avaliação 4/5 - Muito bom!)

 Animação ‘Trolls’ fala sobre música de forma discontraída mas revela uma crítica ao ritmo ‘pop’ por transcender a linha de seus próprios limites. Vamos a análise!
 Uma história contada sob a perspectiva fofa de pequenos seres que vivem em harmonia com seus ritmos. Um pretexto para revelar todo um pano de fundo crítico-narrativo sobre a indústria global da música e seus efeitos na mente e no cotidiano das pessoas. Um rorteiro genial escrito sob a forma de uma colorida e alegre trama. É assim que consigo enxergar ‘Trolls 2’. Bem além das entrelinhas, o filme faz muitas alusões criativas a esse vasto contexto musical global e deixa explícito as diversas nuances e peculiaridades que cada ritmo possui.
 A impressão logo no início é a de que, no mundo dos ‘trolls’, o único e legítimo ritmo que existe para eles é o ‘pop’. Até descobrirem que eles nunca estiveram sozinhos. E isso traz uma percepção muito bacana de como a música é segmentada e cada gênero musical tem suas ‘tribos’ bem definidas, pois eles logo descobrem que existem outros ‘trolls’ de estilos diversificados e mais ainda, que a rainha do Rock ‘Barb’ está invadindo os outros mundos para unificar todos os segmentos e transformar tudo em um unico ritmo. Daí para para pensar: a subejtividade do roteiro reproduz exatamente o mundo musical como ele mesmo se vê: fragmentado e tematizado cada qual para o seu público. E a produtiva mescla de fatores que transbordam na animação para dar ênfase as críticas são contundentes e palpáveis, tornando seu contexto ainda mais rico e pertinente.

Os protagonistas!

 Bem ali pro fim dos anos cinquenta, o ‘pop’ surgiu e ganhou muita força desde então. E ao longo desses anos todos para cá, o estilo musical foi ganhando formas padronizadas que muito se assemelham em tons e acordes, o que deixa, por exemplo, fãs do Rock e de sua estrutura musical e artística um tanto quanto mais harmoniosa e elaborada contrariados por ver algo que eles consideram ‘musicalmente pobre’ fazer tanto sucesso. E é nesse contexto que animação brilha e faz surgir o tom da crítica, pois em todo tempo a ‘antagonista’ (entre aspas, pois os objetivos dela não são exatamente ruins, visto que sua ‘vilania’ é composta pela ótica orgulhosa de seu olhar) roqueira enfatiza o pop como ‘sem graça’ e ‘grudento’ (em algumas partes da animação ela diz claramente isso), afirmando não ser um estilo realmente bem produzido ou elaborado. E esse produtivo embate é o que faz tudo ter sentido. Se por sua vez o público que de fato curte Rock detesta musica Pop (e eu conheço pessoas assim), quem se agrada da leveza desse ritmo acaba abraçando um pouco de tudo entende? E é exatamente assim que a narrativa conduz a história, permeando sua trama com vários outros ritmos musicais (Country, Funk,  Dance, Erudito, Hip-Hop e até ritmos mais recentes, como K-pop e afins), levando a personagem que é rainha do Pop ‘Poppy’ a querer transcender barreiras e procurar respeitar a diversidade que os estilos musicais reproduzem. Em contrapartida, para a rainha do Rock ‘Barb’, nenhum som é tão relevante quanto seu estilo musical. Percebe aí a grande sacada da animação? Particularmente achei isso genial, tanto na condução quanto na execução do roteiro, pois tanto o segundo ato quanto o desfecho trabalham incessantemente para que essas diferenças sejam exploradas, enriquecendo o conteúdo da animação e a tornando em um belo 'mix' de realidades, diluídas em cada uma das personagens apresentadas na trama, com seus estilos, suas gírias, suas interpretações sobre cada um dos ritmos. Só nesse aspecto a animação já ganhou meu respeito. 

Poppy e Barb!


 Um outro detalhe que me chamou muito a atenção foi o estilo da CGI usado. Lembrando muito jogos como ‘Little Big Planet’ (quem conhecer o game vai se ligar) a textura dos cenários remete muito a esse estilo gráfico: mais cartunesco, porém com uma arte a sua volta lembrando coisas reais (como itens costurados a mão, tais como pelúcias e almofadas). E eu particularmente acho esse estilo artístico muito bonito e impressionante, de certa forma (o game citado aí ganhou muitos prêmios em seu lançamento por conta de toda essa qualidade visual inovadora para época). Parabéns a equipe ‘DreamWorks’ por todo esse cuidado e escolhas na produção e caracterização dos personagens e cenários.
 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! Com uma bela homenagem aos mais variados estilos musicais, “Trolls 2” vai muito além de ser um filme musical e interage com o público de forma peculiar, esbanjando respeito a diversidade desses e declarando que todos eles podem viver harmoniosamente em um mundo fragmentado de estilos. A diversão é garantida em todos os aspectos, tanto para o olhar mais crítico quanto para o mais inocente. Vale muito o ingresso!







sábado, 5 de dezembro de 2020

Bíblia

REFLEXÃO BÍBLICA 

 "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria e o conhecimento do Santo, a prudência." Provérbios 9.10   Temer tem uma definição bem distinta de medo. Até porque o temor a Deus não passa exatamente pelo crivo do medo. Nesse caso específico aqui, significa respeito profundo e obediência. E o texto em apreço demonstra que na produção desse sentimento dentro de nós inicia-se o processo da sabedoria. Quem teme ao Pai sabe que tem dEle cuidado. Sabe amar e respeitar seu irmão em Cristo de verdade. Sabe zelar pelo conhecimento e a prática da Palavra tanto dentro do seu coração quanto na vida cotidiana. Sabe o que a inércia da falta de aprofundamento na Palavra pode trazer. Sabe em seu coração quais consequências isso pode gerar. Portanto, meus amados irmãos, se és falto de sabedoria, peça a Deus. Se o temor já se afastou de você com suas práticas, palavras e atos contra si mesmo ou contra seu próximo, entenda que já é tempo de restabelecê-lo em sua vida. O temor nos faz andar em terras firmes e férteis. O temor nos auxilia a não sermos negligentes ao extremo. O temor nos conecta com Deus. Sede sábio e prudente, como diz o texto. Produza temor através do conhecimento do nosso Senhor e dos Seus desígnios para sua vida. E a canção que complementa nossa mensagem de hoje é a belíssima e reflexiva "Imperfeito - Anderson Freire feat. Paola Carla". Medite nessa mensagem, ouça essa canção maravilhosa e seja abençoado em nome de Jesus!


quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Filmes

BILL & TED: ENCARE A MÚSICA (Avaliação 3/5 - Bom!)



 Longa protagonizado por Keanu Reeves traz um belo ‘revival’ dos anos 90 do século passado com esses personagens ‘descolados’, ‘esquisitões’ e roqueiros. Vamos a análise!
 Fórmulas de filmes normalmente podem dar certo em seu tempo, porém podem fracassar ao trazê-las para o presente. E diversos projetos tem provado isso ao longos dos anos, mostrando que era melhor tê-los deixado no passado mesmo. Mas e quando a fórmula beira o ‘nonsense’, recheado de músicas e ainda com Keanu Reeves no elenco? É exatamente isso que ‘Bill & Ted’ possui: uma diversão descompromissada, completamente deslocada da realidade e que ri de si mesma o tempo todo, provocando com isso uma certa atemporalidade de contexto e de narrativa, pois como todo o filme se desenvolve divertidamente sem nenhum nexo, a transposição para o hoje acaba se tornando funcional. Até porque seu núcleo narrativo traz de volta grande parte da essência dos 2 filmes anteriores, que tanto fizeram sucesso a sua época (inclusive com direito a um desenho animado com os personagens de Alex Winter e Keanu Reeves).

Pais e filhas!

 Naquele momento os 2, ainda jovens, viveram loucas aventuras na escola e passaram maus bocados viajando pelo tempo em busca da música perfeita. Na trama recente - e conclusão da história -, agora eles são casados, cada um tem sua filha e eles vivem suas vidas como pais e maridos. Mas um novo incidente ‘cósmico’ toma conta do nosso mundo e eles precisam viajar novamente no tempo para evitar o ‘colapso’ com uma música que eles ainda vão inventar (rsrs). Esse é o principal enredo e o que norteia toda a narrativa do longa, com insanos e divertidíssimos momentos, novos personagens e outros velhos conhecidos da dupla. Tudo regado a muita música embaladas por diversas aparições de artistas antigos famosos. ^^
 Keanu e Alex ainda permanecem com a mesma essência dos caricatos personagens que outrora lhes renderam a glória. São ótimos atores e é bem hilário ver a dinâmica deles tanto entre si quanto com outros personagens que aparecem ao longo da trama. Possuem uma química muito boa e as piadas funcionam (algumas são auto-explicativas e outras remetem ao contexto remoto dos filmes anteriores). As atrizes que interpretam as respectivas filhas de cada um, ‘Thea’ (Samara Weaving) e ‘Billie’ (Brigite Lundy-Paine) também herdaram a postura caricata de seus respectivos pais, mas não produzem tanto carisma quanto os protagonistas, embora sejam importantes para a trama. ;)
Essa cena é ótima! rsrs

 As épicas tiradas de época – o longa contextualiza passagens no passado, presente e futuro e inclusive hilárias cenas deles se vendo anos a frente – são o que produzem os momentos mais surreais e divertidos. Aliado aos ótimos efeitos e recursos visuais, com direito a uma impressionante gama de instrumentos musicais de ponta lá no fim do terceiro ato - que simplesmente aparecem do nada (rsrs) – o filme mescla bem o atual com o nostálgico e triunfa, no meu ponto de vista, em não rejuvenescer os personagens e sim atualizá-los sem descaracterizá-los. Ponto pra direção nesse aspecto. ;)
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADO! Para aqueles que curtiram a franquia tanto de filmes quanto dos desenhos no passado, “Bill & Ted: encare a música” é fator nostálgico garantido nas telas. E para aqueles que ainda não conheciam os personagens, as divertidas e totalmente sem sentido viagens loucas dos 2 valem boas risadas ao longo. Em ambas as situações, o ingresso e a pipoca sem compromisso são ideal pedida. Vale o ingresso!



sábado, 7 de novembro de 2020

Filmes

TENET (Avaliação 4/5 - Muito bom!)


 Novo filme de Christopher Nolan é um Sci-Fi que supera suas expectativas e entrega um produto com muita qualidade, mesmo com algumas pontas soltas. Vamos a análise!
 Cada diretor tem uma visão e sempre uma direção na qual segue para produzir seus filmes. Observando a trilogia do ‘Batman’, podemos perceber que o tom e a perspectiva com a qual ele (Christopher Nolan) trabalha é bastante singular. E Nolan opta por fazer também neste algo mais enigmático, com paletas mais escuras e em um tom mais pitoresco. Isso porque ‘Tenet’ aborda uma questão bem curiosa sobre viagens no tempo, utilizando engenharia advinda do futuro para criar vórtices temporais no presente, desconcertando e mexendo nas estruturas afim de que fatos sejam premeditados e solucionados com antecedência. Inclusive essa tecnologia que gera a desconstrução do ‘hoje’ é o que dá título ao filme e é também o nome da organização que recruta o personagem principal. Isso seria rázoável caso não tivesse caído nas mãos erradas. E nesse contexto um lunático que tem por nome ‘Andrei Sator’ (Keneth Branagh) adquire o controle dessas informações e tem um poder quase que ilimitado em suas mãos, tornando a vida de ‘O Protagonista’ – nome constantemente dado ao personagem de Jhon David Washington e ‘Neil’ (Robert Pattinson) – praticamente um caos urbano, pois a cada nova investida para apuração de cada fato, o presente já havia sido modificado pelo antagonista. Parece complicado de entender não é mesmo? E de fato é um pouco complexo sim, mas gratificante no fim.
Vilão convincente! 

 Até porque o que dá tom a toda narrativa do longa é essa constante ‘desconstrução do hoje’, que mexe com as estruturas temporais e causam no espectador a desconfortante sensação de que não há solução prévia para a trama, visto que cada passo é ‘desmontado’ a todo momento pelo incômodo vilão da história. Que inclusive merece todos os méritos pela ótima atuação de Keneth Branagh, quer por sua caricatura impositiva, quer por sua façanha de ter em mãos uma tecnologia tão conveniente. Isso lhe confere uma profundidade vilanesca bastante peculiar. Pensa: o cara tem o controle do passado, presente e futuro todo em suas mãos, articulando-os como bem entende. Parou para pensar o que é esse domínio todo para si? Então. É isso que faz ele ser um ótimo e convincente antagonista, aliado a ótima performance do ator. ;)
 Tanto ‘O Protagonista’ (John David Washington) e ‘Neil’ (Robert Pattinson) formam uma dupla de investigadores qualificados e distintamente inteligentes. Até porque estão lidando constantemente com o inesperado e o desconhecido. E suas atuações são prazerosas e convincentes. Cada salto no tempo, cada questionamento enigmático, cada ‘passo a frente’ do vilão consegue produzir uma trama cheia de reviravoltas e vários momentos de ‘explodir a cabeça’. Os efeitos especiais são primorosos, muito bem trabalhados e capturam perfeitamente, através da bem postada fotografia do filme, os momentos mais insanos (digo que sim, alguns eu fiquei completamente sem entender) em que a distorção da narrativa mexe de forma peculiar com nossas mentes, embaralhadas pelos diálogos explicativos e cenas com toques surreais. É uma excelente ‘tempestade cerebral’ que me remete aos filmes da série ‘Matrix’ (o primeiro ‘Matrix’ eu tive que assistir umas 2 vezes pra entender rs). Mas como disse, há algo de prazeroso nisso no fim. ^^

Ótimos protagonistas!

 E mesmo com toda essa parafernália filosófico-tecnológica sendo jogada constantemente em seu cérebro (filosófica porque sim, o poder desenfreado quase de um deus nas mãos de alguém com má indole pode ter consequências tão desastrosas que podem colapsar toda a humanidade com isso, visto que isso quase acontece no seu desfecho agoniante), o filme tropeça em não dispor ao espectador sua fundamental ferramenta, que é justamete dispor a verdade sobre quem são as pessoas do futuro distópico que estão ou que enviaram essas informações para o presente. O filme não transcende a esse patamar e isso me frustrou consideravelmente bem, pois há todo momento o próprio longa gera essa expectativa de que, em algum momento, essas pessoas iriam aparecer. Talvez, ao meu ver, essa seja uma das falhas mais relevantes do longa. O que ainda assim, não o desmerece em seu todo.
 Enfim vale a pena ver? MUITO RECOMENDADO! ‘Tenet’ busca ir muito além de sua narrativa com uma produção ousada, contemplativa e intrigante. Com um elenco consistente, trama sólida e ação de muito bom gosto, certamente irá agradar um público que curte filmes um pouco mais engenhosos. Se algum ponto desta análise gerou curiosidade em você, querido leitor, pode ir assistir pois a diversão é garantida. Vale muito o ingresso! ;D


sábado, 31 de outubro de 2020

Bíblia

REFLEXÃO BÍBLICA

 ''Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu Seu filho unigênito para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna'' João 3.16
 Conhecido pelos estudiosos como o 'versículo central da Bíblia', este memorável texto fala do amor maior. 'Porque Deus amou o mundo de tal maneira'. Podes tu entender isso? Quão grande era, foi e sempre será esse amor? 'De tal maneira' reflete uma grandeza ímpar, nunca antes sentida por ninguém. Ele me amou. Ele te amou. A ponto de fazer descer Seu único Filho a Terra. Como desmerecedores desse sublime ato, Jesus se pôs no meio de nós, se despiu de toda Sua glória só para nos conectar ao Pai novamente. E nos reconectou justamente pela graça, que é um 'favor imerecido'. 'Pela graça sois salvos', diz um outro texto. Nós não merecemos tanto zelo e cuidado. Porque por vezes somos ingratos. Por vezes erramos. Por vezes criticamos. Por vezes até, como pessoas sem noção de temor, blasfemamos. Mas ainda assim, Ele continua nos amando. Ele continua nos chamando. Ele continua nos perdoando. No alto da Cruz, no momento de Sua mais perfurante dor, Ele disse: 'Pai, perdoai-os porque não sabem o que fazem'. Queridos, se você não consegue se surpreender ou se sentir realmente tocado com tamanha compaixão, é hora de você abrir seu coração e deixar Ele entrar e fazer morada. Pois quanto mais nos entregamos a Ele, mais Ele revela Seu amor e estabelece o Seu caráter em nós. E a canção que complementa nossa mensagem de hoje é "Eyshila - De tal maneira". Seja impactado por essa mensagem e agraciado por essa maravilhosa canção. Que Deus te abençoe em nome de Jesus! 


segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Bíblia

 REFLEXÃO BÍBLICA

 ''Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo seus molhos'' Salmos 126.6
 Sementes são como pequenos sonhos depositados debaixo da terra. Começa pequenina, tímida, por vezes insiste em demorar a brotar, precisa ser regada com água limpa, protegida do sol, alimentada. Precisa de atenção, carinho e cuidados especiais, pois cada semente tem seu tempo e reage de diferentes formas de acordo com a temperatura do ar e do solo. Requer condições ideais em muitos casos para um crescimento sadio. Assim são os projetos de Deus para as nossas vidas. São pequenos sonhos que o Senhor vai regando com a Palavra. Traz proteção dos perigos e males por ainda estar em formação e imaturo. Alimenta nosso coração com fé e esperança mesmo em meio as intempéries da vida. Mas, assim como a árvore que cresce no tempo certo e de maneira frondosa, assim somos nós nas mãos do Grande Oleiro. A árvore cresce de maneira penosa, com sua raiz frágil e seus galhos mirrados, do mesmo jeito que nós. E o medo do vento e da tempestade - que pode fazer a pequena árvore ser tragada pelas fortes correntes de ar - nos faz pequenos e inconstantes muitas das vezes diante deles. Mas a palavra de Deus em apreço vai nos revelar que, mesmo chorando, prossiga. Mesmo andando com receio de parar, vença o medo. Os molhos serão obtidos assim que o Senhor notar que seu interior está pronto para isso. E como a árvore, os frutos aparecerão e serão colhidos não só por você, mas por todos os que estiverem a sua volta. Receberão o testemunho e verão a glória de Deus que se fez sobre você. Creia nisso. Se deixe moldar por Deus. Não murmure. Não se exalte. Não se ache o dono da razão com o Pai. Nem muito menos que sabe mais do que Ele. Só se entregue e deixe as lágrimas rolarem. Elas serão o que regarão sua semente de vitória. E a canção que complementa nossa mensagem de hoje é a belíssima "Elaine Martins - Deus te viu". Entregue todo o teu caminho ao Senhor, confia só nEle e o mais Ele fará pela tua vida. Que Deus te abençoe em nome de Jesus! 



sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Filmes

SCOOBY! O FILME (Avaliação 3,5/5 - Muito bom!)


 Apesar de sua narrativa ser, em alguns momentos, inconsistente, Scooby! diverte e traz consigo uma carga de nostalgia muito boa. Vamos a análise!
 A matriz do Scooby-Doo originou-se ainda na década de 60 do século passado, mais precisamente em 1969, quando Willian Hanna e Joseph Barbera apresentaram ao grande público pelo canal CBS a época a ‘Mistery machine’ e seus fiéis investigadores, incluindo Fred, Daphne, Velma, Salsicha e Scooby-Doo, um cachorro falante, carismático e medroso que, junto com seus outros amigos, enfrentam os perigos de investigações sobrenaturais. Tamanho sucesso fez com que a franquia expandisse ainda mais e se mantivesse viva na mente dos espectadores até o dia de hoje. Trouxe consigo o charme e o carisma que os desenhos de Hanna-Barbera tem. E essa atualização mistura um pouco de tecnologia com um pedaço da essência dos desenhos que tanto curtimos e gostamos na infância. Mas será que deu certo a ideia? É o que veremos mais adiante.

Salsicha e Scooby minis! <3

 A começar pelo roteiro, ele produz nostalgia em inúmeros diálogos, em inúmeras cenas onde o pastelão domina, porém peca em não oferecer o frescor do novo com tanta qualidade. Há sim, ótimos momentos em que tudo se remete ao desenho nostálgico, porém alguns elementos pós modernos, algumas escolhas narrativas não fizeram tanto sentido e podem deixar os mais puristas um tanto quanto frustrados, vamos assim dizer, pois há outros personagens do universo Hanna-Barbera que aparecem em momentos especiais que explodem com o fator nostálgico, mas, narrativamente falando, não combinam muito bem com a estética dos epísódios paranormais de Scooby-Doo. Isso estraga de todo o longa? Não. Até porque o fator surpresa foi muito relevante para mim, por exemplo, que não sabia da aparição de alguns personagens nesse sentido. E nesse caso da narrativa em específico, mesmo com roteiro vacilante, a nostalgia é predominante e tudo fica meio que na ‘balança’, por assim dizer.
 Falando em qualidade de animação, a estética usada para a recriação dos personagens é bem produzida e muito bonita. Há uma sutil atualização nos traços porém não há descaracterização discrepante dos personagens nem de suas personalidades, inclusive em suas versões infantis. O que me traz um certo alívio. Algumas atualizações de desenhos antigos para os dias de hoje beiram o bizarro, apesar de entender que o público não é o mesmo daquela época. Mas mesmo assim, desfacelar por completo a obra original com roteiros pífios e rostos tortos é uma verdadeira afronta ao bom senso e até aos novos espectadores. Que bom que escolheram apenas suavizar os rostos e transpor para o CGI algo mais fidedigno, com direito a cenários multicoloridos, vivos e bem orientados. Tem nesse acerto algo positivo.

Equipe reunida! ;)

 A dublagem nacional – e eu não posso deixar de falar sobre ela – mais uma vez nos concede um show a parte. A territorialização dos diálogos, das piadas, das referências e das interações são mais um ponto a favor nesse. O dublador do Salsicha criança tentando reproduzir o sotaque típico dele adulto. O Scooby e o próprio Salsicha já adultos com suas vozes bem parecidas com as originais (mesmo já não sendo mais os dubladores antigos, temos por exemplo o talentoso Guilherme Briggs na voz do Scooby). Tudo isso só favorece ainda mais o árduo trabalho de dubagem que, com muito carinho, se esforça para nos presentear e entregar algo de qualidade da qual o público tanto espera e merece.
 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! Apesar do tropeço da narrativa e do roteiro, “Scooby! O filme” produz altíssima nostalgia do início ao fim. Os easter-eggs, as diversas participações surpresa e referências são o ponto alto da animação, que tende sim a divertir tanto crianças (que estão conhecendo os personagens agora) quanto adultos (que já são bem familiarizados com a equipe). Vale a recomendação, a pipoca e a diversão. Vale sim o ingresso! ;)

terça-feira, 29 de setembro de 2020

Bíblia

REFLEXÃO BÍBLICA

 ''Em paz também me deitarei e dormirei, porque só Tu, Senhor, me fazes habitar em segurança'' Salmos 4.8
 Nesses dias que temos vivido de incertezas e dúvidas com relação ao futuro, como tem estado seu coração? Será que está temeroso com o porvir? Onde tem sido depositada sua confiança? Na sua força, nas autoridades, no medo? Entenda que todas estas coisas que nos sucedem nesses dias atuais tem cunho bíblico e estão descritas na Palavra. Perceba que durante nossa vida aqui nessa Terra as dores e os intempéries sempre sucederão. Então querido, deposite sua confiança no Senhor e estabeleça com Ele uma intimidade. Até podes pensar que em algum momento Ele não te vê ou não te contempla. Mas quando a sua voz ecoa em oração há um Deus nos altos céus que se levanta para te guardar e te livrar de todo perigo e mal. Ele só quer que você confie nEle e creia que Ele existe e é poderoso para te abrigar e proteger. Se verdadeiramente estiveres em comunhão com Ele - com seu coração aberto, sincero e totalmente entregue - e Ele contigo o Senhor dos Exércitos vai se manifestar para você, pois Ele é o 'guarda de Israel' (a igreja é simbolicamente o Israel espiritual de Deus). Se te apresentares ao Pai hoje, Ele se responsabiliza por tudo em sua vida e concederás descanso para sua alma, pois só Ele sabe fazer isso muito bem. E a canção que complementa nossa mensagem de hoje é a belíssima "Em Teus braços - Laura Souguellis". Medite nessa mensagem, guarde essa Palavra na tábua do seu coração e seja abençoado em nome de Jesus!


quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Bíblia

ESTUDO BÍBLICO: 'ISAÍAS - O PROFETA MESSIÂNICO'


 Considerado o maior livro (em tamanho mesmo) relacionado aos profetas do Antigo Testamento (AT), o livro de Isaías carrega em sua mensagem um fortíssimo relato da vinda do Messias a Terra. Neste pequeno estudo vamos abordar fatos, curiosidades e as principais mensagens descritas desta obra tão rica para os cristãos.
 O nome Isaías significa 'O Senhor salva' e como alguns nomes tem enorme importância no contexto bíblico tanto no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento (principalmente no AT), esse não foi diferente: em todo o livro, que foi escrito por volta de 700 anos antes da primeira vinda de Cristo a Terra, é narrado sobre a promessa da chegada do Salvador ao mundo. Seus 66 capítulos contextualizam Cristo do início ao fim e traduzem o plano de Salvação para a humanidade. Mas antes de falarmos sobre os aspectos literários vamos conhecer mais sobre o autor do mesmo. 
 Isaías pertencia a casa real de Judá, provando que ser chamado pelo Pai independe de ‘status’ ou condição social. Foi um servo obediente, era casado e tinha filhos (Isaías 7.3; 8.3,4). Profetizou durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias (Isaías 1.1). Conclamou o povo de Israel a se voltar para Deus e arrepender-se de seus pecados, fato esse que lhe causou muita oposição por parte daqueles que não queriam ouvir a verdade. Mas a convicção do seu chamado de profeta foi dada pelo próprio Deus (Isaías 6.1-8). Também dentro deste contexto foi o único dos profetas que viu Jesus assentado em Seu Trono de Glória (Isaías 6.1,5 - João 12.41). Um privilégio de poucos! Seu ministério profético durou cerca de 60 anos e segundo a tradição (ou seja, não há fatos que comprovem) foi morto serrado ao meio durante o reinado de Manassés por amor a Deus e a Sua Palavra. 
 Seu livro se divide em 2 seções: a primeira começa no cap. 1 até o 39 (onde se narra o cativeiro e julgamento do povo) e após do cap. 40 ao 66 (onde é narrado o pós-cativeiro e a salvação). Também é considerado por alguns estudiosos como a ''Bíblia em miniatura'', por conter 66 capítulos, que resumem os 66 livros das Escrituras Sagradas. Sua dupla divisão, segundo eles, remetem aos principais temas do AT e NT (Novo Testamento). Interessante não? :) 
 Sua obra também reflete seu nível de conhecimento. Segundos pesquisadores, Isaías, por pertencer a realeza, tinha conhecimentos em Literatura e escreveu o livro em forma de prosa e poesia. Ou seja, além da inspiração divina, Deus ainda usou os conhecimentos do profeta para construir um texto que fosse ao mesmo tempo culto e divino. Sua palavras inspiradas trazem textos como encontrados em Isaías 9.6: "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre seus ombros; e o Seu Nome será Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz", fazendo referência ao nosso Senhor Jesus. Lindo, não é mesmo? ;) 
 É uma obra literária marcada por uma trajetória de lutas, sofrimento, pregação de salvação e concerto. Sua mensagem central encontra-se em Isaías 53.5: ''Mas Ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele e, pelas Suas pisaduras, fomos sarados''.  

Algumas curiosidades: 

1. Isaías profetizou acerca de João Batista, aquele que seria o precursor do Messias (ler Isaías 40.3-5 e comparar com Mateus 3.1-3). 

2. Há, conforme já mencionado no texto acima, muitas passagens que demonstram a caminhada de Cristo aqui na Terra. Irei mostrar aqui algumas: 
- O Cristo em carne e Sua divindade (ler Isaías 7.14 e comparar com Mateus 1.22,23) 
- A missão de Jesus aqui (ler Isaías 11.2-5 e comparar com Lucas 4.17-19,21) 
- Os Seus milagres (ler Isaías 35.5,6 e comparar com Mateus 11.2-5) 
- Sua morte em expiação dos nossos pecados (ler Isaías 53.4-12 e comparar com Romanos 5.6) 
- Sua segunda vinda (ler Isaías 26.20,21 e comparar com Judas 1.14,15) 

3. Esses textos citados são alguns exemplos que comprovam mais uma vez a veracidade da Bíblia. Como Isaías em uma época tão distante (700 anos antes do Messias vir) menciona Cristo e sua vida? Se você, leitor, não tinha se apercebido disso...se atente! Fica essa dica. ;) 

4. Alguns estudiosos questionam que a segunda parte do livro de Isaías não foi escrita por ele. Não existem nas Escrituras nada que se adeque a esses questionamentos, concedendo ainda a autoria toda do texto ao profeta. Mas fica aí a curiosidade desses questionamentos, sendo que, volto a dizer, não existe nada comprovado acerca disso e nem quem seria o outro autor. São só especulações mesmo. :) 

 Espero que esse pequeno estudo edifique sua vida desperte em você o desejo de conhecer cada dia mais sobre as Sagradas Escrituras (nesse caso em específico o livro de Isaías), porque ela vai gerar vida e paz no seu coração. Deus abençoe sua vida! ;D

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Filmes

RECOMENDAÇÃO: PANTERA NEGRA (2018)


 Com uma temática diferenciada, longa dos estúdios Marvel atesta mais uma vez sua competência em contar boas histórias. Vamos a análise! ^^
 Desde sua aparição em ‘Capitão América: Guerra Civil’ com uma sub-trama proposta para inserir o personagem no contexto daquele filme, o herói negro já despontava como uma aposta sólida de uma boa produção sobre valores, sejam eles sociais, políticos ou culturais. E é exatamente isso que o diretor Ryan Coogler quis trazer: muito mais que o retrato de um personagem de quadrinhos, ele desejou sutilmente trabalhar com os outros temas relacionados do que só com a origem em si.
 Com uma fabulosa quebra de paradigmas do cinema – pois Hollywood fazia (e ainda faz) clara segregação racial em seus filmes, independente de etnias – ‘Pantera Negra’ é a resposta mítica e saudável de que ‘somos todos iguais e temos os mesmos direitos’. Sua composição artística é orientada na construção da país fictício de Wakanda que, escondido do mundo exterior no coração da África, tem sua vida transformada pela tecnologia do ‘vibranium’, material criado nas HQ’s vindo do espaço e que tem grande potencial e resistência. A vida de seus habitantes é totalmente transformada por esse componente. E só dentro talvez desse contexto já podemos perceber que existe um movimento, mesmo que em um território fictício, de se alçar/almejar dignidade ao povo africano, visto que a maior parte de seus países reais são extremamente pobres e disparatadamente carentes. O fato de estrelarem um filme também só com protagonistas negros – que diga-se de passagem é um baita elenco – e do personagem principal ser muito rico e rei de uma nação já reforça tudo o que estou dizendo nesse parágrafo. Mostrar para o mundo um pouco da cultura e alinhar tantos seus pontos favoráveis quanto os desfavoráveis, no contexto político e social, transforma esse certamente em um grande marco da sétima arte e o início de uma possível igualdade étnica em Hollywood. Trazer esse contexto representativo, sem ser forçado (e nesse caso o longa faz isso muito bem), em uma mídia abrangente pode suscitar algo positivo em um futuro não muito distante dentro do contexto social que vivemos. Não quero ver ‘brancos’ interpretando ‘negros’ e nem muito menos ‘asiáticos’ por exemplo, com tons de ironia. Quero ver de fato o que é pra se ver num filme como esses, com etnias equivalentes à origem de onde foram tirados. E nisso eu posso bater palmas mais uma vez para a Marvel, que teve a coragem e ousadia para gerar esse debate dentro de um filme de super-heróis, sem ser apelativo, mas com a coerência necessária para elucidar um tema desses tão delicado e difícil. Simplesmente fenomenal! ;) 

Ótimo elenco!
Ótimo elenco!

 Conforme já mencionei, o primoroso e extremamente bem alinhado elenco só demonstra, de tudo o que descrevemos, também a competência do diretor em suas escolhas. Chadwick Boseman (Pantera Negra), Lupita Nyong’o (Nakia), Danai Gurira (Okoye), Michael B. Jordan (Killmonger), Forest Whitaker (Zuri) são alguns dos nomes que compõem essa fantástica obra. A dedicação, esforço e singularidade marcam essa película. Adorei a atuação de Lupita, amei a interação entre os personagens e o esmero na interpretação de cada um. O vilão de Jordan também é forte, bem desenvolvido, com motivações racionais e bem delineadas. Sua performance também confirma sua competência como ator, depois do também esplêndido ‘Creed – nascido para lutar’.  E Chadwick produz um personagem tão único e diferenciado que ele adicionou um sotaque característico para fornecer mais profundidade a seu personagem ‘T’Challa/Pantera Negra’ (esse detalhe pode ser melhor observado no áudio original do filme em inglês). Realmente expressivo e muito bem escolhido esse elenco. ;)
 Com uma trama extremamente bem fundamentada e bem executada, a fluidez narrativa do filme é de impressionar. Logo no início temos uma cena aparentemente inacabada que vai se desenvolvendo ao longo com maestria e amarrando o enredo de forma singular. Sem perdas narrativas ou algum furo gritante. Tudo dentro de seu contexto e bem roteirizado durante os três atos. O desenvolvimento das temáticas abordadas estão bem ajustadas com a história, fazendo com que tudo seja decodificado pelo espectador com leveza e bom senso, sem ‘panfletagem’. Show!  

Ótimo ator. Excelente interpretação!

 A incrível vista de Wakanda certifica mais uma vez a qualidade Marvel no quesito efeitos especiais. É realmente muito bonito tanto no contexto geral quanto no específico, como no caso dos poderes do Pantera, por exemplo. Mais uma vez foi bem acertada tanto a direção de fotografia, com ‘takes’ belíssimos das cenas quanto a direção de efeitos visuais/especiais, que sempre faz um harmonioso trabalho com o melhor que temos hoje em termos de CGI. Outro ponto mais que positivo do longa.^^
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! “Pantera Negra” pode ser considerado, ao meu ver, como um divisor de águas das produções de Hollywood. As várias nuances que compõem essa película, que vão desde o protagonismo negro, sua trama bem composta com questões vigentes bem abordadas e sua riqueza cultural são motivos de sobra para prestigiar essa obra. Concorreu ao Oscar 2019 em seis categorias, incluindo ‘Melhor filme’ (o que é dificílimo acontecer em um filme de heróis), e venceu três das seis. Se com tudo isso você ainda não se convenceu da importância desse filme, recomendo demais assisti-lo. ‘Wakanda fovever!’

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Bíblia

 REFLEXÃO BÍBLICA

 "Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)" Efésios 2.5
 Há verdades bíblicas que são imutáveis e quase sempre (ou sempre) nos confrontam e nos fazem pensar (ou para quem não recebe essa verdade, se contrariar). Outrora, antes de aceitarmos Cristo como Senhor e Salvador de nossas vidas, éramos como pessoas sem vida, sem rumo e condenados pelas nossas transgressões. E uma verdade universal tange esse texto: a de que 'estávamos mortos em nossas ofensas'. Mas, o que significa isso? Significa dizer que Deus criou padrões claros e bem direcionados para o nosso modo de viver aqui nessa terra e que, fora desses 'padrões', ficamos sem vida perante Ele. As transgressões cegam o homem. O torna incapaz de enxergar a verdade que está estampada na Palavra. E uma das transgressões que mais cegam o homem, dentre várias que posso citar aqui, é o seu próprio ego. É achar que sua autossuficiência está em si mesmo. Até ditos 'cristãos' hoje, estão mais centrados em si mesmo e no seu conhecimento do que na dependência total de Deus. E assim o homem se afastou ou se afasta do Pai. Mas aqueles que estão em Cristo nova criatura são. Pois se Jesus, sendo Senhor, se curvou completamente a dependência do Pai, nos ensinando a ser 'mansos e humildes de coração' e a vivermos em constante oração e sujeição, porque nós hoje não fazemos exatamente o mesmo, sendo servos ou não? Eu te respondo: por conta do ego. Reconhecer a soberania de Deus, seu senhorio em nossas vidas e aplicar na sua vida diária as práticas que Cristo nos exemplificou é o que nos torna capazes de renunciar o nosso ego e ser dependente dEle. Amados, ao final desse versículo diz que é pela graça que somos salvos. Se estás vivificado em Cristo, vais entender que não é mérito, é graça. Nenhum dos excelentes dons que temos concedidos por Deus nos salva. 'Havendo profecias, cessarão', cita um outro texto bíblico. Então querido, deixe seu ego de lado e busque mais a Deus. 'Orai sem cessar', como cita também uma outra Palavra. É ela - a oração - que fará gerar em nós a real noção de dependência e servidão a Cristo. Pense nisso. E a canção que complementa nossa mensagem de hoje é a belíssima "Geraldo Guimarães - Deus acima de tudo". Medite profundamente nessa mensagem e seja abençoado por ela em nome de Jesus! 

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quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Filmes

RECOMENDAÇÃO: OS INCRÍVEIS 2 (2018)


 Com uma temática ligeiramente mais adulta e um roteiro bem elaborado, a sequência de “Os incríveis” convence e diverte tanto crianças quanto adultos. Vamos a análise! ^^
 Há cerca de quatorze anos (contados a partir do lançamento do segundo filme) a Disney lançava o primeiro longa da família de super-heróis e foi um grande sucesso de crítica e público a época, por sua proposta ousada e, ao mesmo tempo, familiar, pois mostrava o cotidiano normal de um casal com seus três filhos e, ao mesmo tempo, suas vidas heroicas salvando pessoas e combatendo o crime. A premissa achou graça no público em geral e nos tornamos ‘órfãos’ de um sequência por muito tempo. Mas a longa espera terminou e a Pixar não fez feio: entregou uma nova aventura da família Pêra a altura de seus personagens e qualidade das animações que possui. ^^
 Com um roteiro inteligente e uma história envolvente, seu tempo de duração de cerca de duas horas de animação – o que é fora do padrão desse tipo de filme, que é de cerca de uma hora e trinta minutos – consegue prender o espectador em uma trama coerente, momentos cômicos realmente hilários e uma dose de fofura extra com o bebezinho da família, o Zezé. Tudo dentro dos padrões ‘Disney’ de qualidade, trazendo novos elementos, como a adição dos poderes do bebê e um contexto onde Roberto dessa vez é que tem de se virar com os filhos dentro do lar enquanto sua esposa está em missão. Tudo muito bem colocado, sem ser apelativo e nem um pouco forçado, como só o estúdio sabe fazer. ^^

Zezé e o papai!

 A falar dos personagens, apesar do foco do filme ser Helena/Mulher-Elástica, quem rouba a cena durante todo o tempo é o Zezé. Dono das cenas mais hilárias do longa, além de conseguir manter o riso do público com suas tiradas sensacionais e imprevisíveis, é um doce de tamanha fofura pelo fato de justamente ser um bebê e ao longo do filme se tornar um super-herói também. Essa mistura funciona extremamente bem com ele e traz alguns momentos deleitosos de se ver dentro do seu arco no filme – que diga-se de passagem, é bem grande e fundamental para toda a trama. Violeta também tem um pequeno arco próprio mostrando os conflitos da sua fase adolescente e como Roberto vai ter de lidar com isso. A Pixar soube trabalhar bem essa dinâmica entre os dois e tem extrema verossimilhança com a realidade entre pai e filha. E mesmo Helena sendo o destaque e seu arco também funcionar de forma inteligente – pois é ela que conduz a trama e a faz andar, vamos assim dizer – todos tem fundamental e equilibrada participação, incluindo Flecha, Gelado e Edna Moda, com seu momentos ‘fashion’ no filme (rsrs). Sendo sincero, a Disney/Pixar sabe realmente como roteirizar e transpor para as telas suas produções. ^^

Família unida!

 Falar da qualidade das animações chega a ser ‘mais do mesmo’. Com cores vivas e efeitos belíssimos, aliados com uma dose de ação bem posicionada e uma movimentação fina e precisa, podemos categoricamente dizer que o longa é mais umas das ricas adições do estúdio em termos de qualidade visual, destacando também sua qualidade sonora, que permeia a projeção com músicas ao estilo “James Bond” e filmes do gênero. Muito bem ajustado todo esse conjunto. ^^ 
 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! A família Pera retorna em altíssimo nível e grande estilo nessa sequência. História bem construída, contextos familiares muito bem executados, trama sólida com cenas de ação muito bem feitas e um toque de humor e fofura com Zezé. Tudo isso já é motivo para conferir novamente uma das famílias de super-heróis mais divertidas de todos os tempos – eu mesmo já quero ver de novo (rsrs). Vale a pena dar uma revisitada! ;)

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Bíblia

REFLEXÃO BÍBLICA
 
 "Haveria coisa alguma difícil ao Senhor? Ao tempo determinado tornarei a ti por este tempo de vida, e Sara terá um filho" Gênesis 18.14
 O Senhor, em um dado momento da vida de Abraão, aparece para ele para palestrar algo com nosso 'pai na fé'. E no meio dessa conversa, o Senhor revela ao amigo Abraão seu propósito e sua promessa na vida do patriarca. Propósito porque tudo o que Deus promete tem um sentido bem definido. Promessa porque Deus é aquele que tem prazer em abençoar os seus. E mesmo com Abraão e Sara sendo já de idade avançada, o Eterno diz para eles que eles teriam um filho. A descrença de Sara foi quase que natural pela sua idade. Mas, perceba: mesmo ela duvidando, o Senhor não deixou de cumprir aquilo que Ele havia prometido. E porque? Isaque não seria só a alegria de seus pais. Seria também o filho da promessa que geraria a futura nação de Israel com o propósito de preparar a vinda do Redentor Jesus Cristo. Ei querido, Deus não faz promessa sem propósito. Mesmo que em alguns momentos de sua vida você chegue a duvidar de que Ele irá cumprir algo em você e para você, perceba que Deus sobrepõe sua dúvida com fé. E no que Ele renova a fé, também trará Consigo todas as respostas que você precisa para acreditar, caminhar e continuar. Basta fazer como Abraão fez: adorar, orar e se entregar para Ele, ouvindo Sua voz, reconhecendo suas limitações e mostrando para Ele que você tem o desejo de continuar, de ver a promessa se cumprir e de caminhar para o Céu de glória. Pois a palavra que Ele te deu se cumprirá no tempo determinado para estabelecer o propósito que Ele tem para você através da realização dessa promessa. Mesmo abatido, persista. Mesmo chorando, semeie. Mesmo triste, adore! Um novo tempo nascerá em sua vida pelo poder que há em Cristo Jesus. E a canção que complementa nossa mensagem de hoje é a lindíssima 'Incansável - Jozyanne'. Medite nesta Palavra, ouça este belíssimo hino e seja abençoado em nome de Jesus! 


sexta-feira, 24 de julho de 2020

Bíblia

REFLEXÃO BÍBLICA 

 "O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem" Romanos 12.9
 Somos constantemente orientados pela Palavra a amar uns aos outros. Porém o texto em apreço vai declarar algo que nos faz parar pra pensar: existe amor fingido? Meus caros irmãos em Cristo, existe sim. Se o versículo nos pede que 'o amor seja não fingido', é porque claramente Paulo está nos orientando a não proceder de tal forma. E fingir amor é muito pior que simplesmente não demonstrar amor. Sabe porque? Quando não se demonstra amor, você já sabe o que esperar de determinada pessoa e não cria expectativas frustradas sobre a mesma. Agora, quando se finge amar, mas ao mesmo tempo, pelas costas zomba, critica, deseja mal ou todas essas coisas juntas, você está gerando no outro uma futura decepção que pode levá-la a morte - sentimental, espiritual ou até mesmo física. O verdadeiro amor não é tóxico, é incentivador e não destrói a vida do outro. 'Tudo suporta, tudo espera, tudo crê', diz um outro texto bíblico. Amados, saibamos amar não só com palavras vãs, mas de coração. Compreender o próximo e ter empatia - ou seja, se colocar no lugar do outro e tentar entender sua história e o porque ele é daquele jeito - é um grande sinal de amor. Cristo nos ensinou exatamente isso de forma sublime e majestosa. Alguém precisa de socorro ou libertação? Ajude o irmão a se levantar. Alguém errou? Não use o erro do outro como 'arma' ou como 'degrau' para si, porque pode ser você o próximo a errar. E principalmente, não determine suas presunções em relação ao outro por aquilo que você vê. Certamente terá uma visão equivocada do próximo. A aparência não diz quem a pessoa realmente é. Sua história e essência sim. E a canção que complementa nossa mensagem de hoje é a lindíssima letra 'O cirineu - Elaine Martins'. Que possamos meditar nessa palavra, na letra desse hino e entendermos que precisamos a cada dia mais olharmos para o outro com o olhar que Cristo nos olhou. Que Deus te abençoe em nome de Jesus!


terça-feira, 14 de julho de 2020

Filmes

RECOMENDAÇÃO: PAULO, APÓSTOLO DE CRISTO (2018)


 Com muita coerência, novo filme bíblico atesta competência e ainda me faz crer que se pode produzir obras desse tipo com qualidade e muito esmero. Vamos a análise! ^^ 
 As cartas de Paulo são um dos manuscritos mais belos e ricos que possuímos e estão no compêndio bíblico não é a toa. Sua profunda devoção a Cristo e história são exemplos de fé e perseverança. E este filme vai tratar muito ricamente dos últimos momentos do Apóstolo na prisão em Roma, quando ele estava pra ser morto e escreve ali muitas outras cartas redigidas por Lucas, o ‘médico amado’. E tirando os diálogos que produzem o contexto da narrativa do filme e sua licença poética em alguns pontos, posso considerar sem medo de errar um filme extremamente bíblico e altamente qualificado para aqueles que conhecem o Evangelho e gostariam de ver registrado em obra audiovisual algo digno das Escrituras. E o longa consegue esse feito de realmente passar essa mensagem com o cuidado que convinha para não deturpar gravemente a Palavra de Deus.
 Em um dos aspectos que mais me chamou a atenção e que faz parte da licença poética do filme sem provocar talvez algum desconforto ou polêmica, a humanidade tanto de Paulo quanto de Lucas e dos demais servos é retratada de uma forma na qual o espectador consegue identificar ali as pessoas com seu hábitos, valores, medos e até certas peculiaridades pessoais. E isso, além de dar mais credibilidade a obra, reforça ao espectador que ali não são super humanos, mas homens comuns orientados por Deus para um propósito. Eu achei isso deveras fantástico e tocou-me bastante todo esse cuidado e carinho em demonstrar a humanidade desses personagens bíblicos, revelando muito além de suas falas e feitos, suas fraquezas e fragilidades também. Muito bom! 

Jim Caviezel (Lucas) e James Faulkner (Paulo)

 O ator James Faulkner interpreta Paulo e reforça tudo o que disse anteriormente. Emocionante e impagável sua atuação. Você sente aquele amor, cria empatia instantânea com o personagem e vislumbra os feitos do Apóstolo como se fosse o próprio em tela. É como uma fina moldura com a imagem de alguém que está ali mas não está mais vivo entende? A profundidade da imagem nos faz pensar em como essa pessoa era. E é isso que o ator consegue fazer. Refletir mesmo em como Paulo de fato foi. Jim Caviezel interpreta Lucas também com a mesma força e intensidade e mostra o ‘médico amado’ também com muita propriedade, assim como Olivier Martinez, que interpreta o principal encarregado de cuidar da prisão de Paulo, demonstra toda sua insensatez e arrogância em não compreender o Deus que o Apóstolo servia. Simplesmente fantásticas e fortes as representações em tela! ;)

Ótimos figurinos de época!

 O igualmente cuidadoso trabalho artístico da ambientação, figurino, direção de fotografia e cenografia, mesmo com o baixo orçamento (o longa custou cerca de 5 milhões de dólares), são a prova de que bons projetos como esse só dependem de se saber como contextualizar uma obra escrita sem perder sua essência e sem provocar danos ou heresias ao trabalho original. É realmente interessante e prazeroso ver que houve esse zelo em procurar não ofender a Bíblia, mesmo com a toda a liberdade artística que a sétima arte oferece. Excelente! ^^
 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! Com atuações bem pontuadas e emocionantes, contexto coerente dentro do possível e declamações literais do texto bíblico que me fizeram chorar, “Paulo, o Apóstolo de Cristo” cumpre majestosamente bem o papel de contar um pouco da história desse que foi simplesmente o homem que levou a Palavra de Deus aos ‘confins da Terra’ e deu o pontapé inicial para que nós tivéssemos acesso a ela hoje. Só não consegue se comover se não perceber a dignidade e magnitude desse feito. Vale muito dar uma conferida! :D


sábado, 4 de julho de 2020

Bíblia

 REFLEXÃO BÍBLICA

 "Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão, e julga seu irmão, fala mal da lei, e julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz" Tiago 4.11
 Irmãos amados, o livro de Tiago tem sido pouco observado em nosso meio nos dias atuais. Mas ele tem palavras verdadeiras e realistas acerca do comportamento humano e também no que diz respeito aos nossos pecados. Talvez seja por isso a sua pouca relevância no meio cristão. Somos rápidos em levantar a bandeira da vitória para todos, mas refreamos nossas palavras para pregar o evangelho que cura a alma das nossas mazelas. Vivemos em um tempo de dissensão, esfriamento espiritual, invejas constantes, pessoas concordando com o errado e jogando para fora da igreja o certo. Falo por este que vos escreve. Já discerni pessoas soberbas dentro dos templos sendo reverenciadas por ministros derrubando outros irmãos pelo poder da fala. Mas o Deus de Israel não dorme. Ele julga cada um segundo seu comportamento. 'Deus não se deixa escarnecer, porque tudo o que o homem semear, isto também ceifará', diz um outro texto bíblico. Semeia o bem e o amor? Amém. Haverá colheita. Semeia discórdia e divisão? Da mesma forma colherá. E não pensemos nós que o Senhor olha como o homem vê. De maneira nenhuma. O Pai observa a intenção do coração, não a ação e nem o teor das suas palavras. O rei Davi por exemplo não matou Urias. Não houve a ação de matar. Mas suas intenções covardes e mesquinhas foram observadas pelo Senhor do céu e da terra e ele recebeu duro juízo por isso. Ei querido, plante o bem. Seja luz. Rejeite os julgamentos levantados precipitadamente e não julgue também com o mesmo teor. E, principalmente, se quiser mesmo saber a verdade dos fatos, ore. Deus é mestre em mostrar quem é verdadeiro e quem não é. Julgar não é constatar fatos. É argumentar irresponsavelmente sem saber. Fica a dica. E a canção que complementa nossa mensagem de hoje é a belíssima "Vasos quebrados - Elaine Martins & Willian Nascimento". Que você possa meditar nessa palavra profundamente e que Deus te abençoe através dela em nome de Jesus!






quarta-feira, 24 de junho de 2020

Filmes

RECOMENDAÇÃO: OS JOVENS TITÃS EM AÇÃO! NOS CINEMAS (2018)


 Com muito humor e piadas sobre o universo DC e adjacentes, os ‘Jovens Titãs em ação! nos cinemas’ cativam o espectador com sua irreverência e certa ingenuidade. Vamos a análise! ^^ 
 Ao longo dos anos, o portfólio DC Comics foi bem recheado de seriedade e certo ar sombrio em muitas de suas mídias. Isso é até legal, porém uma dose de humor quando bem aplicada, pode temperar – ou destemperar também – qualquer produção, tornando-a aprazível ou não para o público. Excesso de tudo em filmes sempre é inconveniente, isso é fato. Só que no caso dos nossos heróis da vez, essa questão do exagero passa despercebido e, além de não se tornar um fardo, traz sobre a produção um ar de comédia sob uma ótica que comumente não se vê em produções da empresa. 
 A arte de rir de suas próprias mazelas e falhas produz um frescor a essa produção e uma leveza deveras sem igual. Pois tudo – ou uma boa parte – do que já foi produzido até aqui é satirizado a níveis insanos e isso produz no espectador a sensação de que o próprio estúdio está revendo seus conceitos em relação ao seu conteúdo e a forma de abordagem de suas franquias. É como se víssemos e ouvíssemos alguém dizer na DC que nem tudo é tão ‘nebuloso’ quanto parece ser. E é aí que a animação lança sobre nós o seu charme e brilha. ^^
Cena hilária. (rs)
 Na história, Robin, que é o líder do grupo, sonha em ter seu próprio filme e luta em vários momentos para conseguir tal feito, acompanhado sempre de seus outros amigos Titãs. Porém aquilo que ele pensa ser o auge de sua carreira acaba se tornando um pesadelo. E soma-se a tudo isso momentos únicos, fofos e extremamente engraçados durante o percurso dessa jornada, com ótima construção/evolução dos personagens ao longo e uma boa dose de ação inserida também. ;)
 O volume alucinado de piadas autocríticas, referências hilárias – inclusive da concorrente Marvel em vários momentos – e a capacidade de reinventar uma história de super-heróis do modo leve, doce e comovente como foi com esse filme são, sem dúvidas, pontos altos que traduzem o tom da produção nos três atos, incluindo um plot twist bem curioso no final, pois se pensa uma coisa sobre a trama e ela se desencadeia em um outro fim. Aliás, o roteiro dessa animação é extremamente competente, bem produzido e consegue ser muito melhor que muitos filmes com personagens da DC de ‘carne e osso’. O estúdio tem boas produções desse tipo e mantém aqui o bom nível de qualidade nesse também! ^^ 

Heróis em ação!
 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! As descaradas críticas subversivas ao seu próprio universo – e até mesmo ao universo dos filmes de super-heróis em geral e suas produções, a trama peculiar, os diversos easter-eggs e a ceninha pós crédito reveladora, atrelado a capacidade do riso leve, solto e divertido, fazem de "Os Jovens Titãs em ação! nos cinemas" uma ótima produção do estúdio e figura até como certa mudança de postura dentro da ótica da DC hoje especificamente em suas franquias. Recomendo muito! Boas gargalhadas o aguardam! :D