RECOMENDAÇÃO: PAULO, APÓSTOLO DE CRISTO (2018)
Com muita coerência, novo filme bíblico atesta competência e ainda me faz crer que se pode produzir obras desse tipo com qualidade e muito esmero. Vamos a análise! ^^
As cartas de Paulo são um dos manuscritos mais belos e ricos que possuímos e estão no compêndio bíblico não é a toa. Sua profunda devoção a Cristo e história são exemplos de fé e perseverança. E este filme vai tratar muito ricamente dos últimos momentos do Apóstolo na prisão em Roma, quando ele estava pra ser morto e escreve ali muitas outras cartas redigidas por Lucas, o ‘médico amado’. E tirando os diálogos que produzem o contexto da narrativa do filme e sua licença poética em alguns pontos, posso considerar sem medo de errar um filme extremamente bíblico e altamente qualificado para aqueles que conhecem o Evangelho e gostariam de ver registrado em obra audiovisual algo digno das Escrituras. E o longa consegue esse feito de realmente passar essa mensagem com o cuidado que convinha para não deturpar gravemente a Palavra de Deus.
Em um dos aspectos que mais me chamou a atenção e que faz parte da licença poética do filme sem provocar talvez algum desconforto ou polêmica, a humanidade tanto de Paulo quanto de Lucas e dos demais servos é retratada de uma forma na qual o espectador consegue identificar ali as pessoas com seu hábitos, valores, medos e até certas peculiaridades pessoais. E isso, além de dar mais credibilidade a obra, reforça ao espectador que ali não são super humanos, mas homens comuns orientados por Deus para um propósito. Eu achei isso deveras fantástico e tocou-me bastante todo esse cuidado e carinho em demonstrar a humanidade desses personagens bíblicos, revelando muito além de suas falas e feitos, suas fraquezas e fragilidades também. Muito bom!
O ator James Faulkner interpreta Paulo e reforça tudo o que disse anteriormente. Emocionante e impagável sua atuação. Você sente aquele amor, cria empatia instantânea com o personagem e vislumbra os feitos do Apóstolo como se fosse o próprio em tela. É como uma fina moldura com a imagem de alguém que está ali mas não está mais vivo entende? A profundidade da imagem nos faz pensar em como essa pessoa era. E é isso que o ator consegue fazer. Refletir mesmo em como Paulo de fato foi. Jim Caviezel interpreta Lucas também com a mesma força e intensidade e mostra o ‘médico amado’ também com muita propriedade, assim como Olivier Martinez, que interpreta o principal encarregado de cuidar da prisão de Paulo, demonstra toda sua insensatez e arrogância em não compreender o Deus que o Apóstolo servia. Simplesmente fantásticas e fortes as representações em tela! ;)
O igualmente cuidadoso trabalho artístico da ambientação, figurino, direção de fotografia e cenografia, mesmo com o baixo orçamento (o longa custou cerca de 5 milhões de dólares), são a prova de que bons projetos como esse só dependem de se saber como contextualizar uma obra escrita sem perder sua essência e sem provocar danos ou heresias ao trabalho original. É realmente interessante e prazeroso ver que houve esse zelo em procurar não ofender a Bíblia, mesmo com a toda a liberdade artística que a sétima arte oferece. Excelente! ^^
Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! Com atuações bem pontuadas e emocionantes, contexto coerente dentro do possível e declamações literais do texto bíblico que me fizeram chorar, “Paulo, o Apóstolo de Cristo” cumpre majestosamente bem o papel de contar um pouco da história desse que foi simplesmente o homem que levou a Palavra de Deus aos ‘confins da Terra’ e deu o pontapé inicial para que nós tivéssemos acesso a ela hoje. Só não consegue se comover se não perceber a dignidade e magnitude desse feito. Vale muito dar uma conferida! :D
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