segunda-feira, 28 de julho de 2025

Filmes

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SUPERMAN (Avaliação 4,5/5 - Excelente!)

 Novo longa do azulão dirigido por James Gunn aponta novos rumos para a DC. Vamos à análise!
 'Superman' é o maior ícone dos quadrinhos de super-heróis. Primeiro porque dele surgiu tudo o que temos hoje em termos de heróis no geral. E segundo porque sua personalidade bondosa fascina pela ideia de uma pessoa que passa esperança e traduz em termos narrativos uma ideia de mundo melhor. Só isso já alimenta nossa imaginação de uma forma muito positiva. E convenhamos: idealizar, imaginar e fugir da nossa realidade - por alguns momentos só - para pensar em uma realidade ideal é sempre bom. Cria uma sensação boa. Fato. E é exatamente através desse artifício que James Gunn constrói a visão dele pro personagem. A visão que todos nós estávamos aguardando há anos e que homenageia sem sombra de dúvidas o clássico 'Superman' de Christopher Reeve. Não só pela música clássica, mas pelas nuances trazidas pelos quadrinhos e por Reeve ao personagem. Veremos abaixo o porquê desse longa ser tão divertido e direto ao ponto.

David e Rachel: ótimo em cena.

 Um novo universo. Gunn, como 'alma criativa' de toda a DC Studios agora, traz uma nova abordagem para dentro do atual DCU. E essa nova construção estabele rumos interessantes sobre a 'nova DC'. Primeiro que ele partiu não de um ponto inicial, mas em um ponto no tempo onde tudo já está em andamento. Os heróis já existem nesse universo há anos e vão ser apresentados aos poucos em cada filme. Mas não se preocupe. Não sabe quem é 'Sr. Incrível'? Em breve certamente vai saber, por exemplo. Isso pareceu desleixado a princípio, mas na verdade ele - James Gunn - já tem uma visão clara de onde ele quer chegar. Então por favor deixem o homem construir suas ideias e histórias sem medos nem intervenções. Ponto.
 Trio de protagonistas encanta. David Corensweet, Rachel Brosnaham e Nicholas Hoult estão em plena sincronia tanto entre si quanto com seus personagens. A imagem do 'Superman' através da 'Louis Lane' tem uma ótima representação e a mesma imagem do herói por 'Lex Luthor' é deveras incrível também. Há tanta química entre os atores que há uma entrega genuína em cada diálogo, cada cena, cada enquadramento construindo cada personagem do núcleo central de uma forma muito orgânica. Hoult é um 'Luthor' como há muito tempo não víamos - talvez só nas animações e HQ's. A oposição que ele faz é justamente o modo de mostrar o contraponto bondoso e pacífico do personagem central. Essa dinâmica - que já é construída no 'set' de gravação - é replicada muito bem entre eles. Excelentes escolhas!

Nicholas: excelente 'Lex Luthor'.

 Coadjuvantes ótimos. Não só de bons protagonistas vivem os filmes. James Gunn acertou em cheio também no elenco da 'Gangue da Justiça', que são 'heróis' porém na forma de agir não são tão puritanos assim nem usam os métodos mais justos. Dito isso, é mais um outro excelente contraponto, pois suas visões distintas de heroísmo destoam e realmente colocam 'Superman' como símbolo máximo de justiça dentro da narrativa. É notável como James Gunn constrói cada personagem com personalidades fortes para justamente o roteiro fazer transparecer ainda mais as qualidades do nosso azulão. E ainda faz com que todos eles também sejam muito importantes para a trama principal, com participações em momentos chave na história.
 Efeitos mais que especiais. Enfim uma produção de super heróis, após um grande hiato, com efeitos visuais feitos com muito carinho, capricho e atenção aos detalhes. Percebe-se que houve tempo e espaço para as equipes de pós-produção trabalharem e trazerem algo de alto nível para as telas. Já era tempo da indústria entender que qualidade e quantidade não são a mesma coisa. Um produto entregue com esmero gera retorno garantido. E esse é, para a nossa satisfação, um desses produtos.

Muito bons coadjuvantes.

 3D muito bom. Como um grande entusiasta do recurso, dessa vez eu recomendo demais o uso dos óculos. Há imersão e experiências divertidas agregadas ao efeito. Se gosta do recurso como eu, pode assistir que vale as moedas a mais.
 Enfim, vale a pena ver o filme? "RECOMENDADÍSSIMO"! "Superman" entrega um personagem sólido com coadjuvantes interessantes e estabelece uma narrativa renovada para do DCU. Se gosta do 'Clark Kent/Superman' na sua forma mais clássica, assim como eu, vai que a diversão é garantida. Vale demais o ingresso!

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segunda-feira, 21 de julho de 2025

Filmes

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F1 - O FILME (Avaliação 4/5 - Muito bom!)

 Novo longa sobre a Fórmula 1 que tem parceria com a Apple e a Warner é sólido e muito convincente. Vamos a análise!
 O maior e mais elitizado campeonato de corridas automobilísticas do mundo já foi abordado algumas vezes em tela de formas distintas. Mas o interesse do público em geral tem diminuído de forma muito constante e significativa ao longo dos anos por diversos motivos. E falemos a verdade: a geração de Ayrton Senna, Alain Prost e demais corredores daquele período foram as que mais engajaram torcedores na história desse esporte. Quem aí não acordava pela manhã para assistir as corridas? Sendo assim e devido a essa debandada de público, duas das maiores da indústria atual combinado com o veterano consagrado das corridas atuais Lewis Hamilton - ele é o produtor do longa -, transformaram corridas em cinema e não é que funcionou perfeitamente? Vamos destrinchar algumas questões que fazem desse filme algo bem chamativo para o público em geral.

Brad Pitt: impecável.

 Atores consagrados. O ganhador do Oscar Brad Pitt tem moral e muito talento para compartilhar. E apesar de alguns momentos e diálogos bem clichês, ele brilha na pele de um corredor frustrado que precisa encontrar algum sentido para sua vida novamente. Até que ele é orientado por um grande empresário e amigo, vivido por Javier Bardem, a retornar e recontar uma nova história na F1. Esse roteiro tem qualidade pois o protagonista realmente cria uma atmosfera muito cuidadosa através da sua vida e Pitt mantém o ritmo do filme a altura que ele mesmo merece. Bardem é fantástico em sua atuação e cria uma química muito funcional com o personagem principal. Ele colabora muito com a trama e ajuda a trazer mais contexto para a história. E Isso cria uma ponte emocional deveras interessante com o espectador.
 Corridas reais. Foram quatro longos anos de gravações intensas e muito bem filmadas. E sim, todas as corridas foram realizadas nos autódromos que aparecem no filme da forma mais visceral possível. Um trabalho de arte finíssimo que dispensou totalmente o uso de CGI ou qualquer outra forma de produção em algo feito na raça e na prática. E é quase impossível com uma informação dessas não sentir a real sensação de estar dentro do veículo - quando a câmera é interna - e isso não ser passado pro telespectador. A fórmula dos famosos 'efeitos práticos' nunca foi tão funcional aqui. A adrenalina percebida em cada volta é real e deslumbrante. Muito bom!
 Fotografia, edição e trilha sonora. O trabalho de fotografia dispensa comentários. Com exuberantes 'takes' e enquadramentos que criam tensão quando as corridas estão acontecendo, é de se admirar como este corrobora de forma eficaz com o que está sendo contado em tela. Edição e montagem criam uma sensação única não só de estar assistindo a uma super produção, mas de se sentir inserido de alguma forma no meio da ambientação, com cortes muito bem feitos e montados na medida para não enfadar. E para finalizar, a trilha sonora impecável de maestro Hans Zimmer que enobrece a obra e a coloca no patamar de cima das produções de alto custo. As músicas são parte integrante de qualquer longa, e quando são bem colocadas, elevam o nível da ação e da emoção de qualquer película. Bom demais!

Adrenalina de verdade.

 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! "F1 - o filme" se prova como uma produção definitiva para se contar uma história sobre este segmento esportivo. Creio que virão sim outras, mas difícil vai ser superar essa obra em qualidade tanto técnica quanto visual. O todo aqui é muito bem elaborado. Vale muito o ingresso!

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sábado, 12 de julho de 2025

Filmes

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COMO TREINAR SEU DRAGÃO (Avaliação 4,5/5 - Excelente!)

 'Live-Action' da animação de 2010 acerta em cheio no elenco e nos detalhes. Vamos a análise!
 Filmes baseados em animações tem várias questões envolvidas. Uma é que a liberdade criativa de uma animação é muito maior que a de um filme, por motivos óbvios. Mesmo com a tecnologia de hoje, fazer com que personagens de uma animação se tornem rostos reais na pele de pessoas ainda pode soar estranho aos olhos de muitos. E muito embora seja uma tendência dessa indústria vazia de ideias novas, é um mercado que vem se popularizando ao longo dos anos e tem ganhado força. Alguns acertos aqui, outros erros crassos ali e Hollywood vai seguindo com seus altos e baixos nessa nova e inusitada empreitada. Todavia podemos respirar aliviados quando um desses projetos dá tão certo que virar filme pode melhorar ainda mais o que já era perfeito. E esse é o raro caso desta produção. O filme chega realmente com 'status' de gente grande e mostra como se fazer um longa com excelência e respeito ao material original. Veremos mais abaixo alguns pontos que fazem este ser tão divertido e relevante.

             Dupla fofa e bem construída.

 Escolha de elenco impecável. Desde o anúncio de Mason Thames como 'Soluço' eu já tinha uma boa impressão do que poderia vir. Muito talentoso, fez um excelente personagem no filme 'O telefone preto' (2022) e de lá pra cá foi ganhando a atenção de diretores e produtores. E posso falar com propriedade aqui: ele faz o personagem em carne e osso tão bem, tem uma leveza em entender como esse protagonista funciona que a interpretação dele é orgânica e muito natural. Sem medo de errar, ele foi a melhor escolha para viver o personagem. Nico Parker vive 'Astrid' e, embora tenha uma troca de etinia nítida aqui, a atriz brilha ao lado de Mason e são uma dupla excelente em cena. A química extremamente funcional entre eles dois cria uma boa ambientação de personagens que, juntamente com Gerard Butler como 'Stoico' - que é pai do 'Soluço' e rei daquela terra -, formam um time realmente bem escolhido para elencar essa obra. Muito bom!
 Figurinos e efeitos grandiosos. Pensa em como fazer uma adaptação com os recursos de hoje ficar ainda mais grandiosa do que a de outrora? A Universal Studios não poupou dinheiro em trazer os melhores efeitos possíveis para o longa. Tudo é muito bem posto: desde os cenários épicos, os dragões em CGI impressionantes - principalmente o maior deles, mas sem 'spoilers' aqui -, e os figurinos de época, tudo é visualmente lindo e empolgante. Traz todo um sentimento bom tanto de nostalgia para quem já viu o original quanto para as crianças dessa geração o frescor de assistir pela primeira vez um trabalho muito bem atualizado para esses dias. Excelente!
 Sem medo das consequências. Outro ponto forte do longa é que ele não se resume a ser um filme infanto-juvenil. Ele trás sem medo consequências narrativas para os personagens, criando de forma ousada uma credibilidade mais apurada para a produção. São escolhas que vão surgindo durante os atos e suas subsequentes consequências na trama. No fim, você vê e acredita no que a história se propõe a trazer. Outro ponto forte!

          Mason e Nico: excelente química.

 3D bem legal. Faz parte aqui das minhas resenhas sempre falar sobre o efeito. Dessa vez eu recomendo bastante, pois gostei do que vi e agregou bastante a experiência. Se ainda estiver disponível em sua cidade, vale as moedinhas a mais.
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! "Como treinar seu dragão" é exatamente o que queremos ver em adaptações de animações. Coerência, atores bem escolhidos e efeitos atualizados, mas sem perder a essência do produto original. É para um público novo? Sim. Mas vai agradar em cheio também a todos os que assistiram o original de quinze anos atrás. Vale demais o ingresso!

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quarta-feira, 2 de julho de 2025

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BAILARINA - DO UNIVERSO DE JOHN WICK (Avaliação 3/5 - Bom!)

 Derivado de 'John Wick' tem a belíssima Ana de Armas, todavia peca em querer se parecer com o original. Vamos à análise!
 Que o personagem de Keanu Reeves já caiu no gosto do público há bastante tempo, isso todo mundo já sabe. Sua veia artística carismática e seu protagonista cheio de moral - recheado de cenas de ação plasticamente muito bem elaboradas - fez a audiência ser cativada por sua história, sua dor e seus mistérios. Agora, convenhamos: não era necessário fazer de 'Eve Macarro' (Ana de Armas) uma versão feminina de 'Wick'. Bastava uma história onde a protagonista fosse ela mesma com um toque a mais de feminilidade. E mesmo que 'Eve' seja apenas uma 'sombra' do principal com motivações bem clichês, a produção tem sim seus pontos fortes. Vamos destrinchar mais abaixo as principais questões que envolvem essa ramificação narrativa da trama principal.

Ana de Armas: ótima em cena.

 Roteiro meio batido. Uma das questões que podem ou não chamar a atenção do público em qualquer obra é o seu roteiro. No caso dos filmes de ação, as vezes a ação é suficiente, as vezes o roteiro precisa ser melhor redigido. Tudo depende da produção. Mas de certa forma, a franquia 'John Wick' construiu um universo baseado no seu simples primeiro filme de ação. Criou-se todo um pretexto para um assassino de aluguel aposentado voltar a ativa e, após isso, construir e redimensionar o tamanho e as consequências do ocorrido no primeiro filme. E mesmo que 'Bailarina' seja uma ramificação desse amplo e vasto universo, sua história e suas motivações ficaram rasas demais dentro do largo contexto da franquia principal. Tudo bem que a protagonista tem seus méritos e a atriz também. Porém como nos acostumamos a ver esse mundo crescer e expandir, gostaríamos de ter essa narrativa mais aprofundada, e não como um mero e batido desejo de vingança. O universo foi tão amplificado que acabou fazendo com que esse filme tivesse um roteiro simples demais.
 Coreografias excelentes. Nesse quesito a franquia nunca erra. Com um time de coreógrafos extremamente profissionais, o melhor que eles fazem está exposto em tela. Ana de Armas se sai muito bem em diversas cenas, inclusive com uma boa ajuda do roteiro e soluções narrativas que colaboram com a ideia do protagonismo feminino nesse tipo de longa. São aulas e muitas técnicas para se chegar a um ótimo consenso de que não só os filmes da franquia avivaram o gênero como moldaram definitivamente a nova geração de filmes de ação em Hollywood. Ponto altíssimo esse!
 Ana de Armas, 'Eve Macarro' e elenco. Um chamariz que sempre foi interessante para esta franquia com certeza foi o acertado elenco de 'John Wick'. Não só por Keanu, mas pelos excelentes Ian McShane, Lawrence Fishburn e Anjelica Houston, entre outros que já apareceram nessa saga. E nesse 'spin-off', além da Ana, temos Keanu, Norman Reedus e o ótimo elenco da trama principal, trazendo o bom gosto do diretor em mesclar a nova narrativa com os atores desse mesmo universo criando ligações mais intrínsecas entre os filmes. Sabemos que nem sempre isso acontece quando sai algum derivado de determinadas franquias. Elas ficam tão de fora do núcleo que acabam sendo desperdiçadas. O bom aqui é que esse não foi o caso pois 'Eve Macarro' já é personagem do filme anterior 'John Wick - Baba Yaga'. Ponto alto também!

Cenas de ação sob medida.

 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADO! "Bailarina - do universo de John Wick" é um bom filme de ação, criando assim uma nova ramificação para a franquia. Todavia não consegue ter a personalidade visível dos filmes principais, muito por seu roteiro ser raso e meio batido. Ainda assim, para quem gosta da franquia - como eu - e gosta de expansões com ótimas coreografias, certeza que o filme vai te agradar. Vale o ingresso!

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sábado, 14 de junho de 2025

Filmes

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MISSÃO IMPOSSÍVEL - O ACERTO FINAL (Avaliação 4,5/5 - Excelente!)

 Mesmo rateando e criando conexões com os outros filmes da franquia, 'Missão Impossível' ainda continua imperdível. Vamos à análise!
 Há trinta anos se consolidava um dos temas mais icônicos dos filmes de ação e espionagem de todos os tempos: 'Theme of Mission Impossible', criado por Lalo Schifrin para a série de TV dos anos 60 do século passado - 1966 para ser mais preciso. No entanto, o tema passou a ter maior proeminência a partir do primeiro filme de 1996 com Tom Cruise. Fato. E de lá para cá não só a música permeou o imaginário popular como também o icônico personagem 'Ethan Hunt' de Cruise que, com extremo charme e missões pra lá de excêntricas, angariou o posto de um dos protagonistas mais notáveis do cinema moderno. A cada novo episódio uma trama maior e ainda mais robusta era acoplada aos personagens, criando um ambiente de espionagem extremamente interessante, persuasivo e intrigante para o espectador. A complexidade de cada filme, aliado às acrobacias cada vez mais insanas de Tom, tornaram a produção em uma das mais divertidas ao longo dos anos. E agora nos despedimos dessa longeva saga de uma forma digna e convincente, mais uma vez mostrando que bons filmes também precisam ter um fim - e um bom fim por sinal. Veremos o porquê disso logo mais abaixo.

As insanas missões de 'Ethan Hunt'.

 Um elenco pra lá de robusto. Ao longo da história da franquia, muitos atores renomados passaram pela produção. E neste não poderia ser diferente. Além de sua estrela principal, temos Simon Pegg, Ving Rhames, Angela Bassett, Pom Klementieff, Hayley Atwel entre outros nomes relevantes da indústria. Isso mostra o quão grande a franquia é e o quanto essa renovação de elenco traz sempre um frescor a produção, fazendo com que cada filme tenha suas relações com os anteriores e, ao mesmo tempo, mantenha uma identidade única e intrínseca em cada longa. Tanto que já passaram pela franquia outros grandes nomes como Henry Cavill, Rebeca Ferguson e Jeremy Renner. Ponto muito positivo esse!
 Inteligência artificial, a nova ameaça. Não tem jeito. Esse é o assunto da vez. E mesmo vendo abordagens em outros filmes sobre o tema - o que pode ser considerado um certo clichê -, nesse longa a proposta funciona de maneira muito visceral. Trocar a vilania humana por uma IA constrói a ideia de que a humanidade aqui fora das telas possa estar construindo 'sua própria cova' com os avanços tecnológicos ininterruptos, constantes e velozes nessa área. Não é só sobre melhoria de vida e avanços importantes para a humanidade. O filme aborda o lado mais truculento e perigoso que um 'descuido' humano pode acarretar se não nos guiarmos por firmes regras em relação a este novo - e assustador - recurso. Será que teremos um 'Ethan Hunt' da vida real que terá coragem de parar uma situação tão penosa vivida no longa? É um questionamento que fica a uma linha tênue entre a ficção e a realidade atual. Pesado.
 Trama firme e bem conduzida. Mesmo tentando criar conexões com os outros filmes - justamente para dar liga ao acerto final -, em alguns momentos podem parecer meio confusos esses enxertos. Todavia cabe e muito o mérito aos roteiristas Christopher McQuarrie - que dirige a produção também - e Erick Jendresen o feito de escrever as duas cenas mais insanas já feitas para esta saga, que é a sequência de 'Ethan Hunt' no submarino e as de ação nos aviões. Mesmo trazendo à memória os longas antigos e personagens também, não impediu que houvesse um fim épico e digno que essa saga merecia. Não entenda mal. As conexões não são mal feitas. Elas só podem talvez confundir o público por terem sido executadas muitos e muitos anos atrás, fazendo com que alguns nem lembrem mais delas. Todavia, isso não atrapalha a narrativa como um todo, que entrega mais uma vez uma obra digna de ação, espionagem, traição e entretenimento do jeito que essa franquia sempre foi e sempre vai ser. Muito bom!

Parte do grandioso elenco do filme.

 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! "Missão Impossível - O acerto final" é uma produção competente que mais uma vez entrega o que promete, sem medo de seus exageros. Tom Cruise mostra mais uma vez que no auge da sua longevidade ainda tem fôlego para muitas outras acrobacias incríveis e o grande elenco como sempre são excelentes coadjuvantes da saga, que contribuem muito para a narrativa. Um filme que, mesmo sabendo seu fim, não ligaria nem um pouco se fosse produzido mais um. Vale demais o ingresso!

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domingo, 1 de junho de 2025

Filmes

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KARATE KID - LENDAS (Avaliação 4/5 - Muito bom!)

 
 Novo longa da franquia traz trio de protagonistas inusitado, mas extremamente funcional. Vamos a análise!
 Uma das franquias mais famosas dos anos 80/90 do século passado abriu um hiato enorme até o ano de 2010, quando uma nova revitalização foi direcionada e coube a Jackie Chan ser o mentor da vez. Apesar das críticas mistas, o filme foi bem em bilheteria e abriu espaço pra mais um galho na genealogia das artes marciais e do vínculo com os valores orientais. Jackie sempre teve carisma de sobra pra sustentar qualquer franquia e, após o enorme sucesso da série 'Cobra Kai' (2018-2025) - que retomou a trama fechada nos filmes do passado -, Chan agora soma forças com Ralph Machio e o novato Ben Wang para unir todas as tradições e dar vida a mais uma sequência dessa nostálgica e divertida história. E com muita competência, o roteiro consegue enquadrar todas as tramas e amarrá-las de forma muito coesa e enxuta. Veremos mais o porquê disso logo abaixo.

Ótimo trio protagonista.

 Roteiro muito bem escrito. Uma das questões mais complicadas certamente seria alinhar o texto dentro de todos os contextos tanto dos filmes antigos, quanto o de 2010 e a série da Netflix. Pra grande surpresa geral, há uma excelente conexão entre tudo e a narrativa entrega uma história muito coerente, com excelentes coreografias de luta e uma trama na medida que não se perde em nenhum momento da produção. Uma aula de como estabelecer laços com produções que, mesmo carregando o nome principal, ainda assim foram trabalhadas para serem únicas. A partir de agora, a cronologia 'Karatê Kid' foi emoldurada e canonizada em tudo o que foi feito até hoje. A 'Marvel' está urgentemente necessitando de umas palestras com esse roteirista que conseguiu criar uma espécie de 'multiverso' sem nem ter se estabelecido um para esse mesmo universo. 'UCM corre aqui rapidão pra ver um negócio' (rsrs). Muito bom!
 Atuações carismáticas. Jackie Chan (Sr. Han) dispensa apresentações. O ator é simplesmente uma lenda dos filmes de ação e artes marciais e tem bom lugar muito bem guardado na memória de muitos, por sua cenas autênticas e sem dublês e suas tiradas cômicas tanto nas lutas quanto nas encenações. Ele é gênio no que gosta de fazer e o faz muito bem. Ralph Machio (Daniel LaRusso) é o componente central, a peça chave que compõe todo esse querido universo de filmes e jamais poderia faltar nesse, até porque o longa se passa logo após os eventos da série e cria o ambiente perfeito para sua participação na produção. Todavia é o novato Ben Wang (Li Fong) que brilha e muito em cena. Tem carisma de sobra, sabe lutar muito bem - inclusive foi uma das exigências para o filme um ator jovem que realmente soubesse artes marciais -, transmite ótima impressão em tela e ainda recriou momentos de lutas pra lá de inusitados bem a moda dos filmes da Jackie Chan. Ele tem muito talento e um ótimo tom cômico também. E juntamente com Wyatt Oleff (Alan) e Sadie Stanley (Mia) entrosam ótimos momentos engraçados. Há uma química notória entre todos e isso é passado de forma muito fluida para os espectadores, que recebem a produção de forma leve e descontraída, mesmo com o peso das lutas. Ponto muito positivo também!

Ben Wang: muito bom em cena.

 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! "Karatê Kid - Lendas" consegue mesclar o antigo e o novo de forma muito satisfatória, com ótimas atuações e uma fotografia 'oitentista' monumental. Conecta a essência oriental e mágica das artes marciais com respeito e homenagens. E ainda tem uma 'ceninha pós créditos' bem legal logo após os créditos iniciais. Vale demais o ingresso!

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quarta-feira, 21 de maio de 2025

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THUNDERBOLTS (Avaliação 4,5/5 - Excelente!)

 Novo longa da Marvel aposta em uma proposta diferenciada para este e acerta em ter um tom mais contido. Vamos a análise!
 A 'Casa das Ideias' vem se debruçando em uma enxurrada de filmes e séries para streaming de qualidade duvidosa nos últimos anos, colocando em cheque o altíssimo nível que o estúdio entregava outrora. Tudo bem que após 'Vingadores: Ultimato' alguns desses produtos tiveram sim boas performances e bom êxito em suas empreitadas. Mas muita coisa lançada nesse período ficou perdida, pois a 'Saga do Multiverso' foi totalmente desdenhada por essas produções, fazendo com que o interesse do público pela nova história caísse vertiginosamente. Todavia, mais uma vez digo isso aqui, tardiamente, o UCM voltou pros trilhos com 'Capitão América: Admirável Mundo Novo' e entregou mais uma produção decente e que dá rumo para os eventos que estão por vir em breve. 'Thunderbolts' consegue conceituar um bom drama cercado de traumas e ao mesmo tempo, nortear mais uma vez o que queríamos há muito tempo: a exploração mais detalhada da nova saga. E a película consegue entregar uma trama coesa com um fim relevante. Veremos o porquê desse positivismo logo mais abaixo.

Elenco entrosadíssimo.

 Elenco de altíssimo nível. Roteiro e elenco estão tão interligados que se um não souber dialogar com o outro, tudo desanda. Mas aqui o caso é bem diferente. Florence Pugh, David Harbour, Lewis Pullman, Sebastian Stan, Wyatt Russell, Julia Louis-Dreyfus, Hannah John-Kamen compõem um elenco extremamente entrosado, coerente com seus personagens e personalidades. Isso gera a troca de comportamentos entre eles muito convincente. São todos anti-heróis que precisam de um alvo, todavia tem de se unir pra se ajudarem. A química funciona muito bem aqui, inclusive na parte dramática, que soa tão crível quanto orgânica, uma vez que cada personagem já tem um histórico complicado no universo da Marvel. Ponto para esse quesito!
 Roteiro bem escrito. Bons diálogos fazem com que o público se engaje melhor com os personagens. E o texto escrito nesse roteiro recompensa muito alguns deles. 'Yelena Belova/Viúva Negra' (Florence Pugh) é um bom exemplo disso. Ela reflete toda sua insatisfação com a vida que está levando e ainda remexe em coisas do passado que a atormentam muito. 'Bob/Sentinela' (Lewis Pullman) também tem um arco muito interessante e contado de forma muito lúdica e inteligente pelo roteiro. Fica evidente todos os porquês de todas as suas crises. E mesmo eles sendo as peças-chave da trama, os outros também são relacionados em seus problemas pessoais, mesmo que de forma um pouco menos trabalhada. Todavia, revela muito sobre as peculiaridades de cada um deles. Ótimo ponto também!
 Trabalhando os traumas. A ideia de mostrar cenas que aprofundam os traumas de cada personagem foi outra sacada bem trabalhada na história. Por relembrarem seus passados obscuros, cada uma remonta sua história até este ponto com maior vivacidade. Se entende melhor cada arco e cria empatia sobre eles. E falar sobre depressão, ansiedade, solidão e outros temas psicossomáticos garante ao longa uma certa profundidade que dificilmente se vê em outros filmes Marvel. Criar textos densos, que produzam e reproduzam os verdadeiros sentimentos dos personagens foi um acerto muito grande para esse filme. Mas não esqueçamos que não é um filme sobre traumas como tema central. É um filme Marvel. Todavia a narrativa passeia sobre o tema, inclusive visualmente - como é visto no terceiro ato -, de forma constante e proveitosa, podendo tirar boas lições acerca da vida e dos porquês tomamos decisões que, por fim, acabam nos prejudicando no futuro. E o quanto estamos dispostos a tentar reverter esse quadro para nosso próprio benefício. Uma abordagem bem ousada para filmes desse formato. Muito bom!

Yelena (Florence) e Bob (Lewis): ótima interação.

 3D razoável. O recurso dessa vez consegue imergir de forma satisfatória, com bons 'takes' ao longo tendo certa profundidade. Dessa vez - e dificilmente em filmes da Marvel eu recomendo, por não apresentar nenhuma imersão -, aconselho o gasto a mais.
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! "Thunderbolts*" é um filme Marvel, todavia ousa em não ser mais do mesmo, trazendo um aspecto dramático sobre questões psicossomáticas de forma muito lúdica e coerente. Embora nem todos os personagens sejam abordados e mais aprofundados em seus dramas, o filme se sustenta bem com a temática sobre traumas. Um acerto gigantesco da 'Casa do Ideias'. Vale a pena assistir. Vale muito o ingresso!

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sábado, 10 de maio de 2025

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ABÁ E SUA BANDA (Avaliação 4/5 - Muito bom!)

 Filme nacional dirigido por Humberto Avelar tem diversão com mensagem leve e bem colocada para os pequeninos. Vamos à análise!
 Animações produzidas no Brasil e que ganham boa repercussão são difíceis em terras tupiniquins. Mas essa aqui chama a atenção pelos seus personagens, seu roteiro muito bem escrito - que traz uma mensagem que pode ser lida pelos adultos também -, e um frescor a esse tipo de mídia que não é muito comum nacionalmente falando. O longa tem um texto inteligente, criativo e lúdico para as crianças entenderem como funciona a polêmica ideia de política, disputa de poder, opressão e atos de heroísmo muito bem colocados em tela. Sendo assim, vamos ver abaixo os pontos que fazem valer a pena assistir e prestigiar a produção.

O protagonista e os ótimos codjuvantes.

 Texto e narrativa coesos. O roteiro que conduz a trama principal nos trás 'Abá', um garoto de 13 anos, filho de um rei cujo reinado foi próspero por muitos anos, mas desde que um incidente triste acontece, o rei perdeu o gosto por sua posição, querendo que seu filho 'Abá' assuma no lugar dele. Daí há um desenrolar interessante na história, pois o maior sonho de 'Abá' é, na verdade, ser músico e não rei. E um outro detalhe curioso que chama a atenção sobre este reino é que ele se chama "Pomar" e os seus personagens são divertidas caricaturas de frutas. Por exemplo, 'Abá' vem de abacaxi - e ele é um abacaxi. 'Juca', outro personagem importante, vem de caju. E por aí vai. Isso é de uma singularidade tão grande que abre espaço de forma muito lúdica para as crianças assistirem e perceberem informações e lições de forma muito leve sobre assuntos que não são tão suaves assim. E essa liberdade criativa é que faz desse longa algo grandioso. É uma história bem contada sem ser carregada, mas com simbologias que são facilmente distinguidas pelas crianças e vão chamar a atenção dos adultos também. Uma aula de como ensinar respeitando determinadas faixas etárias. Muito bom!
 Personagens cativantes. Um outro ponto forte é a animação multicolorida com personagens interessantes e que, ao mesmo tempo, criam uma mensagem geral muito bacana para o público. Entre tantas, uma delas é a de que somos capazes de mudar as coisas se quisermos e se nos juntarmos. 'Abá' cria uma ponte inteligente entre a corte e o povo para juntos efetuar as mudanças necessárias no reino e de quebra, ajudar a realizar seu sonho. Mas não pense que será fácil. Todavia o improvável trio 'Abá', 'Juca' e 'Ana' irão unir música boa, conflitos, diversos 'easter-eggs' musicais muito divertidos durante a trama e um bocado de confusão até o ato final. Tudo isso muito refinado até para os mais velhinhos pegarem as incontáveis referências - como disse anteriormente - contidas na película. Comente aqui quais você achou no filme!

Animação de cores vibrantes e belíssima.

 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! "Abá e sua banda" consegue ser divertido, lúdico e interessante para todas as faixas etárias. Tem ação, lições importantes sobre amizade, conviver com as diferenças, se unir em prol de um bem comum e lutar por direitos. Tudo isso em uma bem estruturada animação com um gostinho bem brasileiro. Vale muito o ingresso!

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segunda-feira, 28 de abril de 2025

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UM FILME MINECRAFT (Avaliação 3,5/5 - Muito Bom!)

 Um dos games mais vendidos de todos os tempos acaba de ganhar seu primeiro longa. Vamos a análise!
 Convenhamos: um game de personagens 'quadrados' em pleno 2009 parecia algo meio 'sem sentido' pra uma época onde jogos grandes e bem produzidos já estavam sendo feitos. Mas o que parecia ser mais um 'indie' de pequenas proporções se tornou em um dos sucessos comerciais mais lucrativos dos últimos anos. Certamente quando a experiência de 'Minecraft' foi lançada, a Mojang, empresa responsável pela produção, não imaginaria que ele se tornaria um dos games mais populares de todos os tempos. Tão popular que em 2014 a Microsoft adquiriu a empresa e o jogo por alguns bilhões de dólares aí. Decisões corporativas à parte, a verdade é que as crianças e inúmeros adultos mergulharam naquele cenário onde você é o construtor de sua própria história. Nada de narrativas elaboradas e nem gameplay cheio de mecânicas. Basta um pouquinho de criatividade e pronto. Agora é diversão sem limites - mesmo - para todas as idades. E era certo que em algum momento esse sucesso todo ia ganhar outras mídias. Então, cá estamos com mais um filme baseado em videogames de muito sucesso que, por sinal, está fazendo muito burburinho nas telas. Vamos ver o porquê disse logo mais abaixo.

Jack Black sendo Jack Black.

 Ótimo elenco. A escolha de Jack Black para protagonizar o longa caiu como uma luva para o roteiro. Grande fã do game, ele brilha mas não centraliza a narrativa nele. Pelo contrário, todo o elenco formado por Jason Momoa, Sebastian Hansen, Danielle Brooks e Emma Myers são muito bem alocados durante toda a produção. Mas não espere roteiro de Oscar. É um trabalho totalmente voltado para crianças e adultos que gostam de vídeo game. É exatamente assim que o filme se apresenta. E ele se sustenta todo sob essa premissa. Ponto. O que vale aqui é a diversão, o entusiasmo e o entrosamento dos atores que é bem peculiar. Parece que estão se divertindo em um óculos de realidade virtual. Bem isso mesmo!
 'Legendary' arrebenta. O estúdio que já produziu grandes filmes com qualidade de CGI altíssimas - como os filmes de 'Godzilla/Kong' -, retorna nesse com mais um acerto. O mundo de "Minecraft" é incrivelmente vivo, rico, detalhado e não fica devendo nada para suas outras produções e até para outras produtoras. Uma empresa que sabe o que faz e como faz. Não só imaginar o mundo criativo do game, mas transpor o mesmo da forma mais satisfatória possível para outra mídia. E esse estúdio tem muita credibilidade nesse quesito.
 Design extremamente criativo. Como o mundo desse game é extremamente inventivo, todo o design dos cenários aos figurinos são muito bem produzidos. Para muitos que jogam assiduamente, há inúmeros 'easter-eggs' e personagens que são populares inseridos na película. É difícil, mesmo para alguém que não conhece bem o jogo, não perceber o cuidadoso trabalho envolvendo arte, criatividade e CGI competente.

Ótimos coadjuvantes.

 3D que vale a pena. Dessa vez eu vou recomendar o recurso por pelo menos fazer o 'dever de casa' e entregar momentos de imersão, construindo uma experiência ainda mais divertida a produção. Vale as moedinhas a mais!
 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! "Um Filme Minecraft" se concentra mais em provocar o público amante de games com um elenco muito bom, características baseadas no game que funcionam e muitos detalhes a perceber para quem curte o produto original. Não espere história grandiosa nem roteiro profundo. Assente-se, dê boas gargalhadas e divirta-se junto com as crianças. Vale muito o ingresso!

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segunda-feira, 14 de abril de 2025

Filmes

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VITÓRIA (Avaliação 5/5 - Excelente!)

 'Vitória' é a melhor maneira de expressar a vida da protagonista desse longa. Vamos a análise!
 Todos nós sabemos dos problemas e situações desagradáveis que vivemos em vários estados do Brasil de maneira geral. A violência é um dos temas mais debatidos durante anos e anos por todo nosso país. Mas e quando a coragem de uma mulher vai muito além das estatísticas dos jornais? E quando somos capazes de fazer o impensável, ou o quase impossível? É isso que D. Nina, a personagem da vida real, interpretada com maestria por Fernanda Montenegro, faz. Ela sai do trivial para fazer história com sua própria vida. Vida essa que virou essa magnífica obra cujo final não é dos melhores, mas deixa uma marca de intrepidez e ousadia que poucos de nós temos. Vamos ver um pouco do porquê disso mais abaixo.

Fernanda Montenegro: grande atuação.

 Arriscando a vida. Mesmo com a vida difícil morando a beira de uma comunidade no Rio de Janeiro, D. Nina muitas das vezes se sentia inconformada com a situação que vivia. O que pra muitos é motivo pra se acuar, para ela foi o gatilho que a fez transpassar seus limites, comprar uma câmera e começar a gravar tudo o que se passava ali (parece 'spoiler' aqui, mas isso é mostrado no cartaz e nos trailers). E não só isso. Ela se fez valer de todos os recursos que tinha na época para ser vista e ouvida pelas autoridades. O nível de resiliência, coragem e medo são pontos que fazem desta senhora alguém que inspira, mesmo sabendo que muitos de nós não teríamos a força necessária para fazer o que ela fez. Fica aqui uma homenagem a esta que, mesmo que não houvesse terminado com todos os problemas do Rio de Janeiro, desafiou-se a si mesma em prol de justiça. Louvável atitude!
 Fernanda Montenegro. Mesmo sabendo somente após seu falecimento sobre a identidade real de D. Nina, que era negra, não desmerece nem um pouco a atriz escolhida para viver esse papel tão forte e tão nobre. Fernanda Montenegro é uma atriz completa que, no auge dos seus mais de 90 anos, continua entregando uma atuação orgânica, impecável e que passa para o espectador todo o sofrimento que a pessoa real viveu diante dos seus olhos. Fernanda marca mais uma vez com seu olhar, suas atitudes e sua emoção, trazendo não só consigo toda sua bagagem, mas contracenando de forma fluida com todos os outros personagens envolvidos nessa obra, como o ator Alan Rocha e o ator mirim Thawan Lucas, coadjuvantes importantes da trama principal vivida pela protagonista.
 Trabalho artístico pleno. É possível notar o cuidado visual desse trabalho em cada cena, nos figurinos, locações, no destaque muitas das vezes no semblante da protagonista, na fotografia impecável - e porque não dizer assustadora da realidade -, que transborda durante o filme inteiro. Até às licenças poéticas (normalmente são cenas que não aconteceram na vida real) são dignas de aplausos. Tudo muito bem elaborado para enriquecer a obra e nos transportar para aquele ano e para todas as sensações e sentimentos que mexeram não só com a personagem principal, mas com toda aquela conjuntura a época. Magnífico!

Thawan Lucas: atuação excelente.

 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! "Vitória" é o retrato da dor, do sofrimento e do cenário caótico que muitas localidades ao redor do nosso país vivem. 'D. Nina' é o suspiro de um povo inquieto mas que ao mesmo tempo quer ter paz. No entanto não somos capazes de ser como ela. Uma obra para ver, se emocionar e pensar sobre. Vale demais o ingresso!


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quinta-feira, 27 de março de 2025

Filmes

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UMA ADVOGADA BRILHANTE (Avaliação 3/5 - Bom!)

 Leandro Hassum garante boas risadas nessa comédia que, apesar de alguns clichês, diverte bastante. Vamos a análise!
 Costumo dizer que rir é algo muito pessoal. Cada um vê e interpreta algo cômico das formas mais diferentes possíveis. Não há senso comum sobre o riso e filmes de comédia. Então elaborei essa resenha com base em critérios pessoais de comicidade. Hassum é um ator que tem sua veia cômica bem delineada e tenho muito apreço pela forma com que ele faz rir. Dito isso, o longa em questão estrelado por ele é altamente bem humorado e toca em um assunto bem sensível sem ofender. É assim que defino o astral desse longa. Veremos alguns pontos e críticas logo abaixo.

Hassum: hilário.

 Altamente escrachado. O humor desse longa pode ser definido dessa forma por conta de seu principal astro. A ironia, o ar debochado e suas facetas sempre fizeram parte de sua icônica forma de produzir conteúdo. 'Até que a sorte nos separe' é um ótimo exemplo disso. Tem um perfil de 'enlatado americano'? Tem. Mas suas inspirações sempre vem de atores de fora que fazem comedias também. Isso é um fato. O que equilibra a balança aqui é o elenco que alinha outros pontos legais da produção. A atriz que faz sua ex-mulher, o menino que faz o filho - o talentoso ator mirim Gabriel Avellar -, a sua transformação em mulher - que faz sentido na trama e é hilária -, juntamente com a atriz que faz sua amiga advogada criam um ambiente acessível e crível ao riso. A fórmula pode até ser batida, mas funciona no aspecto geral, principalmente porque é a primeira vez que Hassum se veste de forma feminina e essa troca homem/mulher dele é um dos pontos altos da película.
 Temática muito relevante. Além da trama principal, na qual ele luta pra manter o filho por perto, há uma sacada interessante em uma das subtramas, que diz respeito a falta de sensibilidade e respeito com as mulheres no ambiente de trabalho. E por mais que isso seja lançado em tela de forma muito leve e cômica, cabe aqui ressaltar que, de alguma forma, várias práticas abusivas foram retratadas ao longo do filme, criando, de forma suavizada, uma panorâmica conscientização sobre o tema e sua importância desde sempre. Respeito deve ser mútuo e ambos os lados precisam estar de acordo com os preceitos trabalhistas e em como lidar com isso dentro do ambiente no qual está inserido. Isso é pautado claramente durante toda a produção. Ponto muito positivo esse!

Leandro Hassum e Gabriel Avellar: ótima dupla.

 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADO! "Uma advogada brilhante" tem Leandro Hassum garantindo boas gargalhadas e uma mensagem embutida para todas as idades: a de que, em qualquer lugar, todas as mulheres merecem muito respeito e consideração. Talvez seja essa a maior moral que o filme quer nos passar. E isso ao menos o longa o faz com maestria. Vale o ingresso!

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quarta-feira, 19 de março de 2025

Filmes

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FLOW (Avaliação 4,5/5 - Excelente!)

 Animação ganhadora do 'Globo de Ouro' e 'Oscar' 2025 encanta sem dizer uma única palavra. Vamos à análise!
 Filmes em formato de desenho tem aos montes. Mas e quando ele usa apenas do visual como fator narrativo? Assim é esse longa produzido na Letônia e que ganhou o mundo com sua estética de video-game e uma trama nada usual. Você segue os passos de um gato que passa por diversos apuros antes que uma enorme enchente atravesse o local onde ele vive. Na caminhada, vai encontrar outros animais que irão certamente unir visões diferentes de mundo juntamente com o gatinho protagonista. Uma mistura de conceitos estéticos e incrivelmente convincentes com um grupo de bichos com hábitos muito distintos. Vale ressaltar que os personagens desse longa não se comportam totalmente como animais de verdade. Há uma bem humorada licença poética durante a produção, que enriquece ainda mais a interpretação da película. Veremos mais abaixo o porquê dessa história ser tão especial.

Gatinho em apuros.

 Conviver com as diferenças. Devido ao evento de proporções gigantescas sucedido ao longo, alguns animais precisam adentrar em um barco para sua própria sobrevivência. E o mais interessante dessa dinâmica é a metáfora do convívio por partes dos bichos. Cada um é de um jeito completamente diferente do outro e todos precisam lidar com as peculiaridades de cada um de algum jeito, por estarem todos na mesma situação. É a convivência humana destacada de forma brilhante durante todo o ciclo envolvendo a catástrofe ambiental do longa. Alguns vão te defender, outros vão te esnobar, muitos pra você não faz diferença, já outros você vai se importar e muito. É literalmente a arte imitando a vida. E isso acaba se tornando muito filosófico, pois há diversas camadas de interpretação por diversas faixas etárias diferentes, justamente pelo fato do filme não ter diálogos. Magnífico!
 Direção extremamente criativa. O diretor letão Gints Zilbalodis simplesmente inova com uma produção simples (feita no programa 'Blender', um software gratuito e de código aberto), mas absurdamente criativa em diversos pontos. Sendo o roteiro também escrito por ele, a sensibilidade e o alto nível das camadas e ideias postas no longa surpreende pela riqueza dos detalhes. Por exemplo, de quem era o gato em questão antes da catástrofe? Havia humanos naquele ambiente anteriormente? Em que período a película se passa? Ele deixa essas pontas soltas justamente para filosofarmos sobre. Mas no que ele se atém o faz de forma impecável. A concentração total da narrativa não falada está no ambiente, na natureza e nos bichos envolvidos na história. E direção e produção brilham muito nesse quesito.
 Licença poética muito bem usada. Mencionei no segundo parágrafo desta resenha o uso da licença poética nesta produção. Então, a forma com que os animais se relacionam não são tão livres quanto animais da vida real. Existem olhares, pedidos, ironias que dão norte a história contada, e são exatamente essas inserções que vão trabalhando a imaginação do espectador e a narrativa do longa, além de dar um belo charme a produção. O uso desse recurso está intrinsecamente ligado ao fato de ser uma animação, obviamente. Os bichos tem sim suas características reais bem polidas e bem utilizadas no longa, mas para ser assertivo na história que o diretor queria passar, era necessário sim esse artifício, senão cada animal faria algo aleatório demais para se conceber em uma produção desse tipo. Todavia essa dinâmica ficou muito bem pontuada, sem passar do ponto e ditando um meio termo que busca até certo ponto ser realista, mas sem perder o encanto do que é a magia de uma animação. Ponto muito positivo esse!

Parte do 'elenco' do longa.

 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! "Flow" é uma animação simples que extraiu o melhor de dois mundos: uma história complexa, com camadas a cada cena e, ao mesmo tempo, simples para todas as faixas etárias entenderem. Uma mistura charmosa, criativa e com uma mensagem poderosa que mereceu os prêmios que recebeu. Não se esqueça que há uma cena pós-créditos. Vale demais o ingresso!

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sábado, 8 de março de 2025

Filmes

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CAPITÃO AMÉRICA - ADMIRÁVEL MUNDO NOVO (Avaliação 3,5/5 - Muito Bom!)

 Novo longa da Marvel tem trama inexpressiva, porém sua história aponta os rumos pro futuro do UCM. Vamos a análise!
 "Capitão América" já passou por três filmes cujo manto e o escudo estavam nas mãos de ninguém menos que 'Steve Rogers' e foram tão emblemáticos quanto, agora, nostálgicos também. A responsabilidade de passar o escudo para 'Sam Wilson' em 'Vingadores: Ultimato' e sua consequente transposição em 'Falcão e o Soldado Invernal' trouxe um senso de comoção e dúvidas se o novo portador iria dar conta de manter o legado de pé. Pois bem, cá estamos no quarto filme da franquia - e o primeiro com 'Sam' (Antonie Mackie) como protagonista - e vemos sim, diferenças pontuais entre os dois estilos. Todavia, há pontos positivos que precisam ser abraçados e críticas, como toda obra que a 'Casa das Ideias' produz. Veremos abaixo um pouco dessas questões com mais detalhes.

Harrison Ford (Ross) e Antonie Mackie (Sam).

 Trama sem vida. O que faz a trama de um filme atiçar seu público com certeza são os diálogos que ela carrega. Quanto mais ousados e bem pontuados, maior é a chance do capricho na hora das falas. E, mesmo a trama querendo ser de 'gente grande', ela não faz jus exatamente pelos diálogos que por vezes são rasos e sem aquela 'provocação' que o público em geral gosta. Acertos como falar sobre o 'Celestial' no meio do oceano e criar autocríticas em 'Sam' sobre o peso de ser herói e líder foram ofuscados pelos outros que poderiam ser mais densos e intensos, criando realmente um clima mais carregado de instabilidade internacional, como o longa se propõe. Cabia ao roteirista prover essa construção de diálogos melhores para encorpar mais a trama sem perder o foco - exatamente como ocorreu em 'Capitão América e o Soldado Invernal'. Faltou coragem para um texto mais arrojado. Uma pena.
 História e relação com o UCM convencem. Já por outro lado, os rumos do universo cinematográfico começam a ser redefinidos aqui, mesmo que de forma abruptamente tardia. Como a fase 4 não entregou praticamente nada sobre os conceitos de multiverso, a demanda acabou oscilando demais e quebrou todas as expectativas do público em relação a nova saga. Vislumbres pontuais aqui e ali - e que eram para ser constantes para manutenção do engajamento - não foram supridos e o espectador em geral se esfriou. Só agora nessa película temos finalmente o retorno da construção dos pilares para o final da saga, algo que já era para estar bem consolidado aqui, por sinal. Bom, antes tarde do que nunca. E sobre este ponto o acerto em trazer a memória o passado, centrar o protagonista no presente e remeter-se ao futuro dos próximos filmes já foi de um bom senso bem grande do Kevin Feige, que havia perdido totalmente a mão da 'Saga do Multiverso'. Isso por si só já elevou bastante o nível do longa e deu ânimo para estar atento às próximas produções e os rumos que elas vão tomar até o novo clímax nos dois filmes dos 'Vingadores'. Ponto positivo esse!

Carl Lumbly (Isaiah): ótimo em cena.

 3D de baixo padrão. Como sempre, assistir a esses filmes no recurso é um desafio que eu sempre enfrento por causa de vocês, queridos leitores (rs). Mais uma vez a tecnologia começa razoável e termina sem brilho nenhum. Sou um entusiasta do recurso e amo vir aqui dar essa dica para o público. Mas a Marvel, comumente - nem sempre, às vezes acerta - não entrega o que se preza nos efeitos. Caso queira assistir sem, pode ir pois não fará diferença no que diz respeito a uma maior imersão no longa.
 Enfim, vale a pena ver? MUITO RECOMENDADO! "Capitão América: admirável mundo novo" não acerta em construir uma trama realmente épica, mas é ao menos uma produção decente para os fãs mais ávidos pelas histórias do UCM. O filme começa a dar diretrizes que irão certamente - e finalmente - desenhar os caminhos para o clímax e desfecho dessa confusa nova saga. Antonie Mackie (Sam Wilson), Harrison Ford (Thaddeus Ross) e Carl Lumbly (Isaiah Bradley) são os destaques desse longa. Se o UCM é para você, vá e se divirta. Vale o ingresso!

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domingo, 9 de fevereiro de 2025

Filmes

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CHICO BENTO E A GOIABEIRA MARAVIOSA (Avaliação 5/5 - Excelente!)

 Longa do caipira mais amado dos quadrinhos é sublime e nostálgico. Vamos a análise!
 Quem aí não conhece os quadrinhos do Maurício de Sousa? Quem em algum momento da vida não se pegou lendo algum dos seus gibis com seus icônicos personagens? Depois do retumbante sucesso de "Turma da Mônica" 'Laços' e 'Lições', nada mais justo que nosso caipira preferido virasse um 'live action'. E para surpresa de zero pessoas, desde a criação, produção, escolha de elenco até os detalhes da 'Vila Abobrinha' e tudo o que diz respeito ao universo do 'Chico', impressiona o resgate da memória dos adultos - como eu -, que amavam as histórias desses personagens e ver que eles estão ali vivos e de forma tão inteligente e peculiar. E não só isso, as crianças de hoje foram agraciadas com um produto feito sob medida para elas, o que revela o quão cuidadoso o diretor Fernando Frahia foi na abordagem entregue no longa. Veremos mais abaixo o porquê de tamanha precisão e o quão assertiva essa obra foi concebida.

Turminha linda!

 Elenco e figurino impecáveis. Nem sempre a escolha de um elenco combina com o propósito da produção. Todavia, nesse caso, do elenco infantil ao adulto as escolhas foram excelentes e muito bem pontudas. Vale muitos elogios aqui para o elenco mirim: do Isaac Amendoim (Chico Bento), Ana Júlia Dias (Rosinha), Pedro Dantas (Zé Lelé), Guilherme Tavares (Zé da Roça), Davi Okabe (Hiro), Enzo Henrique (Genesinho) até a Lorena de Oliveira (Tábata). Quis realmente elencar aqui todos porque eles merecem demais! Extremamente afiados e competentes, dão vida a cada personagem com tanta naturalidade que você realmente identifica a turminha ali, na sua frente, em tela. Maurício de Sousa, equipe de produção e direção souberam escolher com muito afinco as crianças que iam interpretar cada personagem e o resultado é realmente encantador. Fora os figurinos que, mesmo sendo simples, dão o toque final para toda a história que é contada no longa. Mas é exatamente o simples que se tornou o grande trunfo dessa produção. Ser totalmente fiel aos quadrinhos é o grande charme da película e o que faz ela brilhar os nossos olhos de alegria. 'Bom dimais da conta sô'!

Chico Bento e Nhô Lau.

 Roteiro simples e eficiente. A simplicidade narrativa é na verdade mais um grande ponto a favor do longa. Não há um momento sequer que não lembre as histórias curiosas, desengonçadas e engraçadas da turma do 'Chico Bento'. E é aí que entra em cena produção e direção que, com uma aura muito sublime, resgatou exatamente como seriam as histórias se transpostas em 'quadrinhos visuais', pois é exatamente esse termo que define o que vemos no filme. Uma verdadeira aula de simplicidade, meticulosidade e excelência em cada quadro, em cada piada - todas muito bem colocadas -, em cada gesto dos personagens, em cada diálogo, além do fato de se explanar sobre a preservação da natureza para as crianças de um jeito muito doce e peculiar, com um argumento leve, saudável e divertido. Um trabalho primoroso e muito gostoso de se assistir!

Genesinho (Enzo Henrique): vilão 'fofo'!

 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! "Chico Bento e a Goiabeira Maraviosa" é Maurício de Sousa na sua mais pura essência. Captar o núcleo de uma história em quadrinhos ou qualquer outro material fonte não é tarefa fácil. Mas aqui é entregue um material rico, de beleza e fotografia incontestáveis e com um elenco lindo de se ver. É uma viagem no tempo para os mais velhos e um doce sopro de vida para os mais novos. Dois públicos distintos contemplados com a mesma sinergia. Vale demais o ingresso!

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