sábado, 10 de maio de 2025

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ABÁ E SUA BANDA (Avaliação 4/5 - Muito bom!)

 Filme nacional dirigido por Humberto Avelar tem diversão com mensagem leve e bem colocada para os pequeninos. Vamos à análise!
 Animações produzidas no Brasil e que ganham boa repercussão são difíceis em terras tupiniquins. Mas essa aqui chama a atenção pelos seus personagens, seu roteiro muito bem escrito - que traz uma mensagem que pode ser lida pelos adultos também -, e um frescor a esse tipo de mídia que não é muito comum nacionalmente falando. O longa tem um texto inteligente, criativo e lúdico para as crianças entenderem como funciona a polêmica ideia de política, disputa de poder, opressão e atos de heroísmo muito bem colocados em tela. Sendo assim, vamos ver abaixo os pontos que fazem valer a pena assistir e prestigiar a produção.

O protagonista e os ótimos codjuvantes.

 Texto e narrativa coesos. O roteiro que conduz a trama principal nos trás 'Abá', um garoto de 13 anos, filho de um rei cujo reinado foi próspero por muitos anos, mas desde que um incidente triste acontece, o rei perdeu o gosto por sua posição, querendo que seu filho 'Abá' assuma no lugar dele. Daí há um desenrolar interessante na história, pois o maior sonho de 'Abá' é, na verdade, ser músico e não rei. E um outro detalhe curioso que chama a atenção sobre este reino é que ele se chama "Pomar" e os seus personagens são divertidas caricaturas de frutas. Por exemplo, 'Abá' vem de abacaxi - e ele é um abacaxi. 'Juca', outro personagem importante, vem de caju. E por aí vai. Isso é de uma singularidade tão grande que abre espaço de forma muito lúdica para as crianças assistirem e perceberem informações e lições de forma muito leve sobre assuntos que não são tão suaves assim. E essa liberdade criativa é que faz desse longa algo grandioso. É uma história bem contada sem ser carregada, mas com simbologias que são facilmente distinguidas pelas crianças e vão chamar a atenção dos adultos também. Uma aula de como ensinar respeitando determinadas faixas etárias. Muito bom!
 Personagens cativantes. Um outro ponto forte é a animação multicolorida com personagens interessantes e que, ao mesmo tempo, criam uma mensagem geral muito bacana para o público. Entre tantas, uma delas é a de que somos capazes de mudar as coisas se quisermos e se nos juntarmos. 'Abá' cria uma ponte inteligente entre a corte e o povo para juntos efetuar as mudanças necessárias no reino e de quebra, ajudar a realizar seu sonho. Mas não pense que será fácil. Todavia o improvável trio 'Abá', 'Juca' e 'Ana' irão unir música boa, conflitos, diversos 'easter-eggs' musicais muito divertidos durante a trama e um bocado de confusão até o ato final. Tudo isso muito refinado até para os mais velhinhos pegarem as incontáveis referências - como disse anteriormente - contidas na película. Comente aqui quais você achou no filme!

Animação de cores vibrantes e belíssima.

 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! "Abá e sua banda" consegue ser divertido, lúdico e interessante para todas as faixas etárias. Tem ação, lições importantes sobre amizade, conviver com as diferenças, se unir em prol de um bem comum e lutar por direitos. Tudo isso em uma bem estruturada animação com um gostinho bem brasileiro. Vale muito o ingresso!

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segunda-feira, 28 de abril de 2025

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UM FILME MINECRAFT (Avaliação 3,5/5 - Muito Bom!)

 Um dos games mais vendidos de todos os tempos acaba de ganhar seu primeiro longa. Vamos a análise!
 Convenhamos: um game de personagens 'quadrados' em pleno 2009 parecia algo meio 'sem sentido' pra uma época onde jogos grandes e bem produzidos já estavam sendo feitos. Mas o que parecia ser mais um 'indie' de pequenas proporções se tornou em um dos sucessos comerciais mais lucrativos dos últimos anos. Certamente quando a experiência de 'Minecraft' foi lançada, a Mojang, empresa responsável pela produção, não imaginaria que ele se tornaria um dos games mais populares de todos os tempos. Tão popular que em 2014 a Microsoft adquiriu a empresa e o jogo por alguns bilhões de dólares aí. Decisões corporativas à parte, a verdade é que as crianças e inúmeros adultos mergulharam naquele cenário onde você é o construtor de sua própria história. Nada de narrativas elaboradas e nem gameplay cheio de mecânicas. Basta um pouquinho de criatividade e pronto. Agora é diversão sem limites - mesmo - para todas as idades. E era certo que em algum momento esse sucesso todo ia ganhar outras mídias. Então, cá estamos com mais um filme baseado em videogames de muito sucesso que, por sinal, está fazendo muito burburinho nas telas. Vamos ver o porquê disse logo mais abaixo.

Jack Black sendo Jack Black.

 Ótimo elenco. A escolha de Jack Black para protagonizar o longa caiu como uma luva para o roteiro. Grande fã do game, ele brilha mas não centraliza a narrativa nele. Pelo contrário, todo o elenco formado por Jason Momoa, Sebastian Hansen, Danielle Brooks e Emma Myers são muito bem alocados durante toda a produção. Mas não espere roteiro de Oscar. É um trabalho totalmente voltado para crianças e adultos que gostam de vídeo game. É exatamente assim que o filme se apresenta. E ele se sustenta todo sob essa premissa. Ponto. O que vale aqui é a diversão, o entusiasmo e o entrosamento dos atores que é bem peculiar. Parece que estão se divertindo em um óculos de realidade virtual. Bem isso mesmo!
 'Legendary' arrebenta. O estúdio que já produziu grandes filmes com qualidade de CGI altíssimas - como os filmes de 'Godzilla/Kong' -, retorna nesse com mais um acerto. O mundo de "Minecraft" é incrivelmente vivo, rico, detalhado e não fica devendo nada para suas outras produções e até para outras produtoras. Uma empresa que sabe o que faz e como faz. Não só imaginar o mundo criativo do game, mas transpor o mesmo da forma mais satisfatória possível para outra mídia. E esse estúdio tem muita credibilidade nesse quesito.
 Design extremamente criativo. Como o mundo desse game é extremamente inventivo, todo o design dos cenários aos figurinos são muito bem produzidos. Para muitos que jogam assiduamente, há inúmeros 'easter-eggs' e personagens que são populares inseridos na película. É difícil, mesmo para alguém que não conhece bem o jogo, não perceber o cuidadoso trabalho envolvendo arte, criatividade e CGI competente.

Ótimos coadjuvantes.

 3D que vale a pena. Dessa vez eu vou recomendar o recurso por pelo menos fazer o 'dever de casa' e entregar momentos de imersão, construindo uma experiência ainda mais divertida a produção. Vale as moedinhas a mais!
 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! "Um Filme Minecraft" se concentra mais em provocar o público amante de games com um elenco muito bom, características baseadas no game que funcionam e muitos detalhes a perceber para quem curte o produto original. Não espere história grandiosa nem roteiro profundo. Assente-se, dê boas gargalhadas e divirta-se junto com as crianças. Vale muito o ingresso!

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segunda-feira, 14 de abril de 2025

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VITÓRIA (Avaliação 5/5 - Excelente!)

 'Vitória' é a melhor maneira de expressar a vida da protagonista desse longa. Vamos a análise!
 Todos nós sabemos dos problemas e situações desagradáveis que vivemos em vários estados do Brasil de maneira geral. A violência é um dos temas mais debatidos durante anos e anos por todo nosso país. Mas e quando a coragem de uma mulher vai muito além das estatísticas dos jornais? E quando somos capazes de fazer o impensável, ou o quase impossível? É isso que D. Nina, a personagem da vida real, interpretada com maestria por Fernanda Montenegro, faz. Ela sai do trivial para fazer história com sua própria vida. Vida essa que virou essa magnífica obra cujo final não é dos melhores, mas deixa uma marca de intrepidez e ousadia que poucos de nós temos. Vamos ver um pouco do porquê disso mais abaixo.

Fernanda Montenegro: grande atuação.

 Arriscando a vida. Mesmo com a vida difícil morando a beira de uma comunidade no Rio de Janeiro, D. Nina muitas das vezes se sentia inconformada com a situação que vivia. O que pra muitos é motivo pra se acuar, para ela foi o gatilho que a fez transpassar seus limites, comprar uma câmera e começar a gravar tudo o que se passava ali (parece 'spoiler' aqui, mas isso é mostrado no cartaz e nos trailers). E não só isso. Ela se fez valer de todos os recursos que tinha na época para ser vista e ouvida pelas autoridades. O nível de resiliência, coragem e medo são pontos que fazem desta senhora alguém que inspira, mesmo sabendo que muitos de nós não teríamos a força necessária para fazer o que ela fez. Fica aqui uma homenagem a esta que, mesmo que não houvesse terminado com todos os problemas do Rio de Janeiro, desafiou-se a si mesma em prol de justiça. Louvável atitude!
 Fernanda Montenegro. Mesmo sabendo somente após seu falecimento sobre a identidade real de D. Nina, que era negra, não desmerece nem um pouco a atriz escolhida para viver esse papel tão forte e tão nobre. Fernanda Montenegro é uma atriz completa que, no auge dos seus mais de 90 anos, continua entregando uma atuação orgânica, impecável e que passa para o espectador todo o sofrimento que a pessoa real viveu diante dos seus olhos. Fernanda marca mais uma vez com seu olhar, suas atitudes e sua emoção, trazendo não só consigo toda sua bagagem, mas contracenando de forma fluida com todos os outros personagens envolvidos nessa obra, como o ator Alan Rocha e o ator mirim Thawan Lucas, coadjuvantes importantes da trama principal vivida pela protagonista.
 Trabalho artístico pleno. É possível notar o cuidado visual desse trabalho em cada cena, nos figurinos, locações, no destaque muitas das vezes no semblante da protagonista, na fotografia impecável - e porque não dizer assustadora da realidade -, que transborda durante o filme inteiro. Até às licenças poéticas (normalmente são cenas que não aconteceram na vida real) são dignas de aplausos. Tudo muito bem elaborado para enriquecer a obra e nos transportar para aquele ano e para todas as sensações e sentimentos que mexeram não só com a personagem principal, mas com toda aquela conjuntura a época. Magnífico!

Thawan Lucas: atuação excelente.

 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! "Vitória" é o retrato da dor, do sofrimento e do cenário caótico que muitas localidades ao redor do nosso país vivem. 'D. Nina' é o suspiro de um povo inquieto mas que ao mesmo tempo quer ter paz. No entanto não somos capazes de ser como ela. Uma obra para ver, se emocionar e pensar sobre. Vale demais o ingresso!


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quinta-feira, 27 de março de 2025

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UMA ADVOGADA BRILHANTE (Avaliação 3/5 - Bom!)

 Leandro Hassum garante boas risadas nessa comédia que, apesar de alguns clichês, diverte bastante. Vamos a análise!
 Costumo dizer que rir é algo muito pessoal. Cada um vê e interpreta algo cômico das formas mais diferentes possíveis. Não há senso comum sobre o riso e filmes de comédia. Então elaborei essa resenha com base em critérios pessoais de comicidade. Hassum é um ator que tem sua veia cômica bem delineada e tenho muito apreço pela forma com que ele faz rir. Dito isso, o longa em questão estrelado por ele é altamente bem humorado e toca em um assunto bem sensível sem ofender. É assim que defino o astral desse longa. Veremos alguns pontos e críticas logo abaixo.

Hassum: hilário.

 Altamente escrachado. O humor desse longa pode ser definido dessa forma por conta de seu principal astro. A ironia, o ar debochado e suas facetas sempre fizeram parte de sua icônica forma de produzir conteúdo. 'Até que a sorte nos separe' é um ótimo exemplo disso. Tem um perfil de 'enlatado americano'? Tem. Mas suas inspirações sempre vem de atores de fora que fazem comedias também. Isso é um fato. O que equilibra a balança aqui é o elenco que alinha outros pontos legais da produção. A atriz que faz sua ex-mulher, o menino que faz o filho - o talentoso ator mirim Gabriel Avellar -, a sua transformação em mulher - que faz sentido na trama e é hilária -, juntamente com a atriz que faz sua amiga advogada criam um ambiente acessível e crível ao riso. A fórmula pode até ser batida, mas funciona no aspecto geral, principalmente porque é a primeira vez que Hassum se veste de forma feminina e essa troca homem/mulher dele é um dos pontos altos da película.
 Temática muito relevante. Além da trama principal, na qual ele luta pra manter o filho por perto, há uma sacada interessante em uma das subtramas, que diz respeito a falta de sensibilidade e respeito com as mulheres no ambiente de trabalho. E por mais que isso seja lançado em tela de forma muito leve e cômica, cabe aqui ressaltar que, de alguma forma, várias práticas abusivas foram retratadas ao longo do filme, criando, de forma suavizada, uma panorâmica conscientização sobre o tema e sua importância desde sempre. Respeito deve ser mútuo e ambos os lados precisam estar de acordo com os preceitos trabalhistas e em como lidar com isso dentro do ambiente no qual está inserido. Isso é pautado claramente durante toda a produção. Ponto muito positivo esse!

Leandro Hassum e Gabriel Avellar: ótima dupla.

 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADO! "Uma advogada brilhante" tem Leandro Hassum garantindo boas gargalhadas e uma mensagem embutida para todas as idades: a de que, em qualquer lugar, todas as mulheres merecem muito respeito e consideração. Talvez seja essa a maior moral que o filme quer nos passar. E isso ao menos o longa o faz com maestria. Vale o ingresso!

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quarta-feira, 19 de março de 2025

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FLOW (Avaliação 4,5/5 - Excelente!)

 Animação ganhadora do 'Globo de Ouro' e 'Oscar' 2025 encanta sem dizer uma única palavra. Vamos à análise!
 Filmes em formato de desenho tem aos montes. Mas e quando ele usa apenas do visual como fator narrativo? Assim é esse longa produzido na Letônia e que ganhou o mundo com sua estética de video-game e uma trama nada usual. Você segue os passos de um gato que passa por diversos apuros antes que uma enorme enchente atravesse o local onde ele vive. Na caminhada, vai encontrar outros animais que irão certamente unir visões diferentes de mundo juntamente com o gatinho protagonista. Uma mistura de conceitos estéticos e incrivelmente convincentes com um grupo de bichos com hábitos muito distintos. Vale ressaltar que os personagens desse longa não se comportam totalmente como animais de verdade. Há uma bem humorada licença poética durante a produção, que enriquece ainda mais a interpretação da película. Veremos mais abaixo o porquê dessa história ser tão especial.

Gatinho em apuros.

 Conviver com as diferenças. Devido ao evento de proporções gigantescas sucedido ao longo, alguns animais precisam adentrar em um barco para sua própria sobrevivência. E o mais interessante dessa dinâmica é a metáfora do convívio por partes dos bichos. Cada um é de um jeito completamente diferente do outro e todos precisam lidar com as peculiaridades de cada um de algum jeito, por estarem todos na mesma situação. É a convivência humana destacada de forma brilhante durante todo o ciclo envolvendo a catástrofe ambiental do longa. Alguns vão te defender, outros vão te esnobar, muitos pra você não faz diferença, já outros você vai se importar e muito. É literalmente a arte imitando a vida. E isso acaba se tornando muito filosófico, pois há diversas camadas de interpretação por diversas faixas etárias diferentes, justamente pelo fato do filme não ter diálogos. Magnífico!
 Direção extremamente criativa. O diretor letão Gints Zilbalodis simplesmente inova com uma produção simples (feita no programa 'Blender', um software gratuito e de código aberto), mas absurdamente criativa em diversos pontos. Sendo o roteiro também escrito por ele, a sensibilidade e o alto nível das camadas e ideias postas no longa surpreende pela riqueza dos detalhes. Por exemplo, de quem era o gato em questão antes da catástrofe? Havia humanos naquele ambiente anteriormente? Em que período a película se passa? Ele deixa essas pontas soltas justamente para filosofarmos sobre. Mas no que ele se atém o faz de forma impecável. A concentração total da narrativa não falada está no ambiente, na natureza e nos bichos envolvidos na história. E direção e produção brilham muito nesse quesito.
 Licença poética muito bem usada. Mencionei no segundo parágrafo desta resenha o uso da licença poética nesta produção. Então, a forma com que os animais se relacionam não são tão livres quanto animais da vida real. Existem olhares, pedidos, ironias que dão norte a história contada, e são exatamente essas inserções que vão trabalhando a imaginação do espectador e a narrativa do longa, além de dar um belo charme a produção. O uso desse recurso está intrinsecamente ligado ao fato de ser uma animação, obviamente. Os bichos tem sim suas características reais bem polidas e bem utilizadas no longa, mas para ser assertivo na história que o diretor queria passar, era necessário sim esse artifício, senão cada animal faria algo aleatório demais para se conceber em uma produção desse tipo. Todavia essa dinâmica ficou muito bem pontuada, sem passar do ponto e ditando um meio termo que busca até certo ponto ser realista, mas sem perder o encanto do que é a magia de uma animação. Ponto muito positivo esse!

Parte do 'elenco' do longa.

 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! "Flow" é uma animação simples que extraiu o melhor de dois mundos: uma história complexa, com camadas a cada cena e, ao mesmo tempo, simples para todas as faixas etárias entenderem. Uma mistura charmosa, criativa e com uma mensagem poderosa que mereceu os prêmios que recebeu. Não se esqueça que há uma cena pós-créditos. Vale demais o ingresso!

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sábado, 8 de março de 2025

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CAPITÃO AMÉRICA - ADMIRÁVEL MUNDO NOVO (Avaliação 3,5/5 - Muito Bom!)

 Novo longa da Marvel tem trama inexpressiva, porém sua história aponta os rumos pro futuro do UCM. Vamos a análise!
 "Capitão América" já passou por três filmes cujo manto e o escudo estavam nas mãos de ninguém menos que 'Steve Rogers' e foram tão emblemáticos quanto, agora, nostálgicos também. A responsabilidade de passar o escudo para 'Sam Wilson' em 'Vingadores: Ultimato' e sua consequente transposição em 'Falcão e o Soldado Invernal' trouxe um senso de comoção e dúvidas se o novo portador iria dar conta de manter o legado de pé. Pois bem, cá estamos no quarto filme da franquia - e o primeiro com 'Sam' (Antonie Mackie) como protagonista - e vemos sim, diferenças pontuais entre os dois estilos. Todavia, há pontos positivos que precisam ser abraçados e críticas, como toda obra que a 'Casa das Ideias' produz. Veremos abaixo um pouco dessas questões com mais detalhes.

Harrison Ford (Ross) e Antonie Mackie (Sam).

 Trama sem vida. O que faz a trama de um filme atiçar seu público com certeza são os diálogos que ela carrega. Quanto mais ousados e bem pontuados, maior é a chance do capricho na hora das falas. E, mesmo a trama querendo ser de 'gente grande', ela não faz jus exatamente pelos diálogos que por vezes são rasos e sem aquela 'provocação' que o público em geral gosta. Acertos como falar sobre o 'Celestial' no meio do oceano e criar autocríticas em 'Sam' sobre o peso de ser herói e líder foram ofuscados pelos outros que poderiam ser mais densos e intensos, criando realmente um clima mais carregado de instabilidade internacional, como o longa se propõe. Cabia ao roteirista prover essa construção de diálogos melhores para encorpar mais a trama sem perder o foco - exatamente como ocorreu em 'Capitão América e o Soldado Invernal'. Faltou coragem para um texto mais arrojado. Uma pena.
 História e relação com o UCM convencem. Já por outro lado, os rumos do universo cinematográfico começam a ser redefinidos aqui, mesmo que de forma abruptamente tardia. Como a fase 4 não entregou praticamente nada sobre os conceitos de multiverso, a demanda acabou oscilando demais e quebrou todas as expectativas do público em relação a nova saga. Vislumbres pontuais aqui e ali - e que eram para ser constantes para manutenção do engajamento - não foram supridos e o espectador em geral se esfriou. Só agora nessa película temos finalmente o retorno da construção dos pilares para o final da saga, algo que já era para estar bem consolidado aqui, por sinal. Bom, antes tarde do que nunca. E sobre este ponto o acerto em trazer a memória o passado, centrar o protagonista no presente e remeter-se ao futuro dos próximos filmes já foi de um bom senso bem grande do Kevin Feige, que havia perdido totalmente a mão da 'Saga do Multiverso'. Isso por si só já elevou bastante o nível do longa e deu ânimo para estar atento às próximas produções e os rumos que elas vão tomar até o novo clímax nos dois filmes dos 'Vingadores'. Ponto positivo esse!

Carl Lumbly (Isaiah): ótimo em cena.

 3D de baixo padrão. Como sempre, assistir a esses filmes no recurso é um desafio que eu sempre enfrento por causa de vocês, queridos leitores (rs). Mais uma vez a tecnologia começa razoável e termina sem brilho nenhum. Sou um entusiasta do recurso e amo vir aqui dar essa dica para o público. Mas a Marvel, comumente - nem sempre, às vezes acerta - não entrega o que se preza nos efeitos. Caso queira assistir sem, pode ir pois não fará diferença no que diz respeito a uma maior imersão no longa.
 Enfim, vale a pena ver? MUITO RECOMENDADO! "Capitão América: admirável mundo novo" não acerta em construir uma trama realmente épica, mas é ao menos uma produção decente para os fãs mais ávidos pelas histórias do UCM. O filme começa a dar diretrizes que irão certamente - e finalmente - desenhar os caminhos para o clímax e desfecho dessa confusa nova saga. Antonie Mackie (Sam Wilson), Harrison Ford (Thaddeus Ross) e Carl Lumbly (Isaiah Bradley) são os destaques desse longa. Se o UCM é para você, vá e se divirta. Vale o ingresso!

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domingo, 9 de fevereiro de 2025

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CHICO BENTO E A GOIABEIRA MARAVIOSA (Avaliação 5/5 - Excelente!)

 Longa do caipira mais amado dos quadrinhos é sublime e nostálgico. Vamos a análise!
 Quem aí não conhece os quadrinhos do Maurício de Sousa? Quem em algum momento da vida não se pegou lendo algum dos seus gibis com seus icônicos personagens? Depois do retumbante sucesso de "Turma da Mônica" 'Laços' e 'Lições', nada mais justo que nosso caipira preferido virasse um 'live action'. E para surpresa de zero pessoas, desde a criação, produção, escolha de elenco até os detalhes da 'Vila Abobrinha' e tudo o que diz respeito ao universo do 'Chico', impressiona o resgate da memória dos adultos - como eu -, que amavam as histórias desses personagens e ver que eles estão ali vivos e de forma tão inteligente e peculiar. E não só isso, as crianças de hoje foram agraciadas com um produto feito sob medida para elas, o que revela o quão cuidadoso o diretor Fernando Frahia foi na abordagem entregue no longa. Veremos mais abaixo o porquê de tamanha precisão e o quão assertiva essa obra foi concebida.

Turminha linda!

 Elenco e figurino impecáveis. Nem sempre a escolha de um elenco combina com o propósito da produção. Todavia, nesse caso, do elenco infantil ao adulto as escolhas foram excelentes e muito bem pontudas. Vale muitos elogios aqui para o elenco mirim: do Isaac Amendoim (Chico Bento), Ana Júlia Dias (Rosinha), Pedro Dantas (Zé Lelé), Guilherme Tavares (Zé da Roça), Davi Okabe (Hiro), Enzo Henrique (Genesinho) até a Lorena de Oliveira (Tábata). Quis realmente elencar aqui todos porque eles merecem demais! Extremamente afiados e competentes, dão vida a cada personagem com tanta naturalidade que você realmente identifica a turminha ali, na sua frente, em tela. Maurício de Sousa, equipe de produção e direção souberam escolher com muito afinco as crianças que iam interpretar cada personagem e o resultado é realmente encantador. Fora os figurinos que, mesmo sendo simples, dão o toque final para toda a história que é contada no longa. Mas é exatamente o simples que se tornou o grande trunfo dessa produção. Ser totalmente fiel aos quadrinhos é o grande charme da película e o que faz ela brilhar os nossos olhos de alegria. 'Bom dimais da conta sô'!

Chico Bento e Nhô Lau.

 Roteiro simples e eficiente. A simplicidade narrativa é na verdade mais um grande ponto a favor do longa. Não há um momento sequer que não lembre as histórias curiosas, desengonçadas e engraçadas da turma do 'Chico Bento'. E é aí que entra em cena produção e direção que, com uma aura muito sublime, resgatou exatamente como seriam as histórias se transpostas em 'quadrinhos visuais', pois é exatamente esse termo que define o que vemos no filme. Uma verdadeira aula de simplicidade, meticulosidade e excelência em cada quadro, em cada piada - todas muito bem colocadas -, em cada gesto dos personagens, em cada diálogo, além do fato de se explanar sobre a preservação da natureza para as crianças de um jeito muito doce e peculiar, com um argumento leve, saudável e divertido. Um trabalho primoroso e muito gostoso de se assistir!

Genesinho (Enzo Henrique): vilão 'fofo'!

 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! "Chico Bento e a Goiabeira Maraviosa" é Maurício de Sousa na sua mais pura essência. Captar o núcleo de uma história em quadrinhos ou qualquer outro material fonte não é tarefa fácil. Mas aqui é entregue um material rico, de beleza e fotografia incontestáveis e com um elenco lindo de se ver. É uma viagem no tempo para os mais velhos e um doce sopro de vida para os mais novos. Dois públicos distintos contemplados com a mesma sinergia. Vale demais o ingresso!

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terça-feira, 21 de janeiro de 2025

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SONIC 3 - O FILME (Avaliação 4,5/5 - Excelente!)

 Novo longa do 'Ouriço Azul' é divertido e introduz muito bem outros personagens. Vamos a análise!
 Há algum tempo a jornada de filmes e séries sobre games começou. Quarentões como eu temos recebido bastante conteúdo sobre o tema. A grande questão sempre é que quantidade não é qualidade. Mas algumas produções tem se destacado das demais e vem construindo suas próprias escadas de sucesso. Esse é o caso de 'Sonic'. O 'Ouriço Azul' criado pela SEGA no final dos anos 80 do século passado atravessou gerações com seus jogos icônicos e chegou aos dias atuais com uma massiva campanha de 'marketing' para angariar um público mais novo. E conseguiu com muito sucesso por sinal. E ainda digo que com pouco esforço, pois os personagens da saga são fofos e carismáticos o suficiente para se vender para o público infantil. Certo. E porque não consolidar de vez esse acerto com filmes? Perfeito! Cá estamos nós com um grande sucesso de público e bilheteria no seu terceiro longa e ainda cabe espaço para muito mais. Veremos o porquê mais abaixo de mais um grande acerto da Paramount/SEGA neste terceiro filme.

O trio carismático de protagonistas.

 Roteiro mais uma vez assertivo. O que move a qualidade de qualquer produção são seus roteiros. Inegável essa premissa. O filme pode ter os efeitos especiais mais impressionantes, todavia se o roteiro for fraco e não tornar os personagens relevantes para o público, dificilmente o sucesso vem. Não é o caso aqui. A introdução de 'Shadow', por exemplo, é muito bem narrada e o público cria empatia pelo personagem mesmo ele sendo um vilão. É exatamente isso que bons roteiros fazem - e nem precisa ser um roteiro de filme de 'Oscar'. É só construir personagens cativantes e com personalidade para os espectador. E mais uma vez acertaram o tom do filme nesse quesito.

Jim Carrey: excelente ator.

 O carisma gigantesco de Jim Carrey. Reconheçamos: Jim Carrey é um ator completo do ponto de vista dramatúrgico. Seja drama, comédia ou qualquer outra categoria ele consegue prender seu público com suas facetas. Seus filmes até hoje tem apelo nostálgico e isso faz dele merecedor de todos os aplausos. Inclusive neste papel de 'Robotnik/Eggman'. Ele cria e recria a caricatura do icônico vilão do 'Ouriço' com uma maestria e comicidade que só ele poderia fazer nesse papel. E encarar de forma plena dois personagens no mesmo filme não é para qualquer um. Seu 'timing' cômico é perfeito quando os dois estão juntos. O que faz um grande ator ser o que é, além do seu incontestável carisma, é a capacidade de se reinventar em seus papéis. E prazer. Esse é Jim Carrey!
 Shadow, o vilão emblemático. O enigmático antagonista aparece pela primeira vez nos longas e é construído com personalidade forte e uma história de fundo bem interessante. Mesmo ainda não tendo os detalhes completos de sua origem, a produção do longa conseguiu recriar muito bem sua força e dramaticidade. Encontra um ótimo equilíbrio entre o trio protagonista e a sua veia amargurada. Mais um belo acerto na identidade de mais um personagem da franquia.

Ótimo antagonista.

 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! "Sonic 3" tem as qualidades exatas para um bom filme sobre games: história e efeitos visuais que fazem você se remeter aos jogos e atores qualificados para seus papéis. Até nas dublagens originais em inglês tem feras como Keanu Reeves (Shadow) e Idris Elba (Knuckles). Um filme excelente para toda a família e para os mais nostálgicos. Ah, e não se esqueça que há duas cenas pós créditos. Vale demais o ingresso!

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sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

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MUFASA - O REI LEÃO (Avaliação 3/5 - Bom!)

 Novo longa da aclamada franquia da Disney não soube dizer ao certo a que veio. Vamos a análise!
 'O Rei Leão' é uma das franquias de maior sucesso da 'Casa do Mickey'. Com vários animações - incluindo a versão realista de 2019 -, a história de 'Simba' já cativou milhões de pessoas ao redor do mundo desde então. Consequentemente, porque não contar sobre o passado de seu pai, 'Mufasa', para que todos conheçam a sua origem? Ótima ideia, não acha? Todavia os roteiristas não estavam em seu auge quando resolveram escrever essa história e adaptá-la para as telonas. Narrativa que não se estabelece bem com a parte musical - músicas também não muito emblemáticas - e uma trama que não empolga são alguns dos equívocos deste. Mas nem tudo aqui é de todo ruim. Veremos abaixo alguns pontos - positivos ou negativos - desta nova empreitada da empresa.

                   Taka e Mufasa.

 Contexto musical não embala. Uma das maiores características da Disney são as belíssimas composições que, em muitos casos, ficam guardadas na memória de todo o público. Quem não lembra de "Hakuna Matata" não teve infância (rs). Brincadeiras à parte, o fato é que aqui as canções claramente estão fora do enquadramento das cenas, fazendo com que em alguns pontos da narrativa, elas não façam nem sentido. Quer um exemplo? Cantar antes de eliminar alguém - aqui no caso a família de Taka e Mufasa - não combina muito. Para falar a verdade, a música descontextualizou a cena por completo, uma vez que algo terrível ia acontecer e antes foi embalado por uma...canção? Não só essa, mas tantas outras que não tiveram nenhum apelo ao público e nem determinaram aquela cena especial que praticamente todos os filmes assim tem. Não colou dessa vez Disney, infelizmente.
 Trama mal conduzida e pouco carisma. A icônica trama do primeiro longa tem uma força em si em que se transfere a alma do longa para o espectador. Você cria empatia até com os vilões - ou raiva mesmo. Mas de todo jeito eles tem seu encanto, mesmo que não sejam os mocinhos. Aqui os vilões são 'ocos', sem vida e muito menos carisma. O que mais chama a atenção é a forma como Rafiki conta a história para a filha de Simba, Timão e Pumba - que continuam carismáticos como sempre e são a melhor parte da película. O tempo 'presente' do longa consegue ser melhor do que as cenas de Mufasa no passado. Pra tirar ainda mais o gostinho da produção, a luta final e seu desfecho foram extremamente conveniência de roteiro. A 'conta não estava fechando' e resolveram decidir tudo colocando uma 'pedra no assunto'. Literalmente.
 Técnica cada vez mais apurada. Há de se convir que o longa passado, mesmo sendo uma novidade em termos tecnológicos, tinha expressões esquisitas e duras. Aqui o trabalho foi aprimorado de forma magistral ao ponto de suavizar tudo o que outrora causasse estranheza. Um salto de qualidade tão impressionante que realmente se vislumbra o quanto esse estilo evoluiu de lá para cá. E o quão inconsistente é saber que o roteiro não se sustentou junto com a qualidade técnica. Uma pena.

     Esses sim tem carisma de sobra.

 3D vale demais. Por incrível que pareça, o recurso é muito imersivo, vibrante e agrega de forma muito satisfatória a experiência do longa. Se achares uma sala, caro leitor, vale muito as moedas a mais dessa vez. Vai enriquecer demais.  Muito bom!
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADO! "Mufasa - O Rei Leão" não funciona em termos narrativos por ser quase que uma repetição de seu antecessor com roteiro pífio, personagens novos que são legais, mas não icônicos e uma trilha sonora de se esquecer. Agora, se você gostar de Timão, Pumba e Rafiki contando a história e aprontando, vai valer assistir com certeza. E volto a dizer, em 3D fica mais divertido. Vale o ingresso!

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