CAPITÃO AMÉRICA - ADMIRÁVEL MUNDO NOVO (Avaliação 3,5/5 - Muito Bom!)
Novo longa da Marvel tem trama inexpressiva, porém sua história
aponta os rumos pro futuro do UCM. Vamos a análise!
"Capitão
América" já passou por três filmes cujo manto e o escudo
estavam nas mãos de ninguém menos que 'Steve Rogers' e foram tão
emblemáticos quanto, agora, nostálgicos também. A responsabilidade
de passar o escudo para 'Sam Wilson' em 'Vingadores: Ultimato' e sua
consequente transposição em 'Falcão e o Soldado Invernal' trouxe
um senso de comoção e dúvidas se o novo portador iria dar conta de
manter o legado de pé. Pois bem, cá estamos no quarto filme da
franquia - e o primeiro com 'Sam' (Antonie Mackie) como protagonista
- e vemos sim, diferenças pontuais entre os dois estilos. Todavia,
há pontos positivos que precisam ser abraçados e críticas, como
toda obra que a 'Casa das Ideias' produz. Veremos abaixo um pouco
dessas questões com mais detalhes.
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Harrison Ford (Ross) e Antonie Mackie (Sam). |
Trama sem vida. O que faz a trama de um filme atiçar seu público
com certeza são os diálogos que ela carrega. Quanto mais ousados e
bem pontuados, maior é a chance do capricho na hora das falas. E,
mesmo a trama querendo ser de 'gente grande', ela não faz jus
exatamente pelos diálogos que por vezes são rasos e sem aquela
'provocação' que o público em geral gosta. Acertos como falar
sobre o 'Celestial' no meio do oceano e criar autocríticas em 'Sam'
sobre o peso de ser herói e líder foram ofuscados pelos outros que
poderiam ser mais densos e intensos, criando realmente um clima mais
carregado de instabilidade internacional, como o longa se propõe.
Cabia ao roteirista prover essa construção de diálogos melhores
para encorpar mais a trama sem perder o foco - exatamente como
ocorreu em 'Capitão América e o Soldado Invernal'. Faltou coragem
para um texto mais arrojado. Uma pena.
História e relação
com o UCM convencem. Já por outro lado, os rumos do universo
cinematográfico começam a ser redefinidos aqui, mesmo que de forma
abruptamente tardia. Como a fase 4 não entregou praticamente nada
sobre os conceitos de multiverso, a demanda acabou oscilando demais e
quebrou todas as expectativas do público em relação a nova saga.
Vislumbres pontuais aqui e ali - e que eram para ser constantes para
manutenção do engajamento - não foram supridos e o espectador em
geral se esfriou. Só agora nessa película temos finalmente o
retorno da construção dos pilares para o final da saga, algo que já
era para estar bem consolidado aqui, por sinal. Bom, antes tarde do
que nunca. E sobre este ponto o acerto em trazer a memória o
passado, centrar o protagonista no presente e remeter-se ao futuro
dos próximos filmes já foi de um bom senso bem grande do Kevin
Feige, que havia perdido totalmente a mão da 'Saga do Multiverso'.
Isso por si só já elevou bastante o nível do longa e deu ânimo
para estar atento às próximas produções e os rumos que elas vão
tomar até o novo clímax nos dois filmes dos 'Vingadores'. Ponto
positivo esse!
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Carl Lumbly (Isaiah): ótimo em cena. |
3D de baixo padrão. Como sempre, assistir a esses filmes no recurso
é um desafio que eu sempre enfrento por causa de vocês, queridos
leitores (rs). Mais uma vez a tecnologia começa razoável e termina
sem brilho nenhum. Sou um entusiasta do recurso e amo vir aqui dar
essa dica para o público. Mas a Marvel, comumente - nem sempre, às
vezes acerta - não entrega o que se preza nos efeitos. Caso queira assistir sem, pode ir pois não fará diferença no que diz respeito a uma maior
imersão no longa.
Enfim, vale a pena ver? MUITO RECOMENDADO!
"Capitão América: admirável mundo novo" não acerta em
construir uma trama realmente épica, mas é ao menos uma produção decente para os fãs mais ávidos
pelas histórias do UCM. O filme começa a dar diretrizes que irão
certamente - e finalmente - desenhar os caminhos para o clímax e
desfecho dessa confusa nova saga. Antonie Mackie (Sam Wilson),
Harrison Ford (Thaddeus Ross) e Carl Lumbly (Isaiah Bradley) são os
destaques desse longa. Se o UCM é para você, vá e se divirta. Vale
o ingresso!
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