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Cartaz nacional do filme. |
Longa protagonizado por grandes
estrelas do cinema traz a tona um lado sombrio do mundo das
celebridades jornalísticas. Vamos a análise!
Tudo o que a gente vê em qualquer tipo de mídia esconde o lado mais difícil de se perceber que são os bastidores daquele conteúdo. São as entrelinhas daquilo que não conseguimos enxergar que fazem toda aquela roda midiática funcionar. Mas nem sempre tudo é ‘glamour’. Nem sempre o que é mostrado é de fato fruto de competência e estudos. As vezes, há casos e situações que precisam ser analisados mais a fundo para se perceber que o mundo não é só o que nos é mostrado sem defeitos em tela. E é exatamente isso que esse filme se propõe. Ele visa não só mostrar a escuridão de quem está por trás das câmeras (no sentido literal e figurado) como também denunciar de certa forma todo o aparato psicossocial dos envolvidos no grande jogo do poder daqueles que comandam para aqueles que são comandados. E o que se vê nesse é um preço a se pagar muito caro por sinal.
Tudo o que a gente vê em qualquer tipo de mídia esconde o lado mais difícil de se perceber que são os bastidores daquele conteúdo. São as entrelinhas daquilo que não conseguimos enxergar que fazem toda aquela roda midiática funcionar. Mas nem sempre tudo é ‘glamour’. Nem sempre o que é mostrado é de fato fruto de competência e estudos. As vezes, há casos e situações que precisam ser analisados mais a fundo para se perceber que o mundo não é só o que nos é mostrado sem defeitos em tela. E é exatamente isso que esse filme se propõe. Ele visa não só mostrar a escuridão de quem está por trás das câmeras (no sentido literal e figurado) como também denunciar de certa forma todo o aparato psicossocial dos envolvidos no grande jogo do poder daqueles que comandam para aqueles que são comandados. E o que se vê nesse é um preço a se pagar muito caro por sinal.
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Trio perfeito! ;) |
O filme aborda, de forma muito profunda e dramática, um fato ocorrido em 2016 com o então presidente da Fox News, Roger Alies, que agia de forma inescrupulosa assediando mulheres em favor de mantê-las em seus postos de trabalho. E as atrizes Charlize Theron, Nicole Kidman e Margot Robbie cumprem de forma brilhante seus papéis em demonstrar toda a dura situação que viveram essas pessoas reais nas mãos de um homem de poder. Charlize e Nicole vivem as jornalistas reais Megyn Kelly e Gretchen Carlson, ambas funcionarias do canal na época e Margot vive uma personagem fictícia que representa tantas outras que sofreram com esse tipo de abuso. A liberdade narrativa entregue a Margot fez com que ela demonstrasse de forma muito assertiva e comovente todo o choque produzido por aquela constrangedora situação. Não por menos, rendeu-lhe uma indicação ao Oscar 2020 na categoria de ‘Melhor atriz coadjuvante’. Em contrapartida, Gretchen Carlson (Nicole Kidman) foi a pessoa que teve a coragem de encarar e iniciar a onda de denúncias contra o poderoso chefe de TV. Megyn Kelly (Charlize Theron) aproveita esse momento para também elucidar e encorajar outras a se expor mediante tal contexto. E ambas as atrizes são igualmente convincentes em demonstrar os fatos com muita competência. Igualmente, Charlize Theron também está indicada ao Oscar 2020 na categoria ‘Melhor atriz’.
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John Lithgow interpreta Roger Alies. |
Embora o roteiro seja justo, há alguns momentos em que ele ‘peca’ por não direcionar bem o espectador durante as cenas - por vezes se torna até meio confuso -, mesmo sendo eficaz o suficiente para as protagonistas brilharem. Mas dentro de um contexto geral, ele é funcional e nos mostra uma incômoda verdade que persiste em boa parte do meio televisivo em geral. Traduz em uma profunda reflexão de quem nós somos no meio de pessoas grandes. Servimos como seres humanos ou somos objetificados pela ganância e pelo ego? Abrindo o leque para um debate mais amplo: quantos de nós fomos ou somos capazes de se deixar ser humilhados em prol de se manter em alguma espécie de ‘status’ ou simplesmente porque aquele trabalho é o que garante o pagamento de suas contas? Fechando o leque e voltando ao assunto abordado no filme: quantas outras tantas mulheres em outros inúmeros lugares não se identificaram com essa situação? São muitas questões envolvidas e a discussão é ampla e firme sobre esse tão delicado assunto.
Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! “O escândalo” produz reações das mais diversas e incômodas no espectador e é justamente por isso que ele é tão interessante e produtivo. Faz-nos pensar em como muitas das vezes nossos olhos nos enganam. Faz-nos refletir no real valor da vida humana como um todo e no valor da mulher nesse caso. E no quanto o poder vindo de forma bruta pode ser um perigo para aquelas pessoas que não o sabem administrar. É um ótimo filme para ser visto e estudado. Vale muito o ingresso!
Legal gostei
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