domingo, 5 de janeiro de 2020

Filmes

MINHA MÃE É UMA PEÇA 3 (Avaliação 4/5 - Muito bom!)


Cartaz ótimo e cômico. rs

 Novo longa da franquia continua irreverente e divertido, mantendo basicamente o mesmo padrão dos outros dois filmes. Vamos a análise!
 Desde que Paulo Gustavo criou a personagem ‘Dona Hermínia’, nossa maneira de olhar o comportamento das mães certamente mudou. Isso porque, além de a personagem ser uma caricatura da própria mãe dele, há também um pouquinho de cada atitude de uma mãe em cada fala, cada gesto, cada bronca. É impossível negar isso. E ele conseguiu de forma hilária contextualizar o enredo 'família' e o colocou em outro patamar. E é justamente isso que faz os três longas da franquia serem tão bacanas: a identificação do público com as situações hilariantes e, em certos momentos, até comoventes da protagonista e seus três filhos.
O figurino já te faz rir...rsrsrs

 A química entre Paulo Gustavo, Mariana Xavier e Rodrigo Pandolfo dão o tom e funcionam muito bem durante a projeção. É extremamente cômico ver os três em tela contracenando e trabalhando as situações familiares com tanta relevância e verossimilhança. O cotidiano é transformado em um delicioso ‘show’ de piadas e fluem até de forma orgânica. Não vejo tentativa de forçar nada. Tudo acontece da forma mais natural possível dentro do bom e coerente roteiro. Incluindo a transposição contextual de sua própria vida relatada ao longo da franquia. Muito bom! ;)
 Dessa vez ‘Dona Hermínia’ vai ter de lidar definitivamente com a saída dos seus dois filhos (o terceiro mais velho já morava longe desde o primeiro filme) de casa e isso vai mexer profundamente com sua estrutura. Controladora e exigente, quer que as coisas sejam e aconteçam sempre do seu jeito (Alguma mãe aí se identifica? rsrs). Mas as ‘crianças’ crescem e cada um quer alçar seus próprios voos. Impedir essa evolução natural é muitas das vezes limitar e ‘cortar as asas’ das próprias crias. Apesar de hilário em seu contexto, é uma verdade universal. E é lógico que nem ‘Dona Hermínia’ vai conseguir lidar com isso fácil. Mas quando se entende isso, que os filhos precisam crescer e amadurecer, isso é a real forma de amar os seus. Não proíba seus filhos de saírem da ‘barra de sua saia’, mas aprenda a ser ponderada(o) e coerente. Isso pode prejudicar muito a construção cognitiva de maturidade neles. E quem vai arcar com os prejuízos são os próprios pais mais tarde, se não se aperceberem disso. Pense nisso e reflita. :)
Esse trio é ótimo e funcional! ;)

 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! O hilariante Paulo Gustavo nos dá mais uma vez um ‘show’ de performance construindo uma interessante personagem que, mesmo se identificando com sua própria vida, consegue se remeter a todos os contextos de família sem perder o rumo da história que ele mesmo quer contar. Nas entrelinhas, a família ainda é essencial para a construção – ou não, vai depender da forma de criação de cada um – do caráter e da personalidade dos filhos. E a visão desse contexto no filme é clara e muito, mas muito divertida e emocionante. Vale a pena sim cada centavo investido. Vale muito o ingresso! ;D

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