BAD BOYS - ATÉ O FIM (Avaliação 4/5 - Muito bom!)
Novo
longa da franquia mantém a ação e o bom humor sem perder a
essência de seus personagens. Vamos a análise!
‘Bad
Boys’ tem uma história longa nos cinemas. Com seu primeiro filme
lançado em 1995, alçou a carreira de Will Simth e de seu parceiro
de tela Martin Lawrence a outros patamares. Com uma veia de ‘comédia
policial’, as aventuras de Mike
Lowrey (Will)
e Marcus Burnett
(Martin)
com suas tiradas cômicas e divertidas se tornaram recorrentes na
cultura pop. Tanto que o segundo filme foi lançado em 2003 com o
mesmo êxito. E após cerca de dezessete anos de pausa, ‘Bad Boys –
para sempre’ (2020) introduz novamente a produção para um novo público,
mantendo as características que fizeram sucesso a época e
culminando em um outro grande trunfo para película. Tanto que temos
uma nova entrada dos policiais mais amados das telas. E nesse, a
fórmula continua sem desgaste, até porque filmes com essa temática
estão bem escassos hoje em dia. Veremos o porquê abaixo da
excelente recepção do público a este novo capítulo da saga.
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Will e Lawrence: impagáveis. |
Fórmula
ainda fresca ao espectador. A década de 80 e 90 do século passado
foi permeada de filmes dessa categoria. ‘Máquina mortífera’,
‘Um tira da pesada’, ‘A hora do rush’ são alguns dos nomes
de filmes que fizeram muito sucesso naquele período, chegando a ter
mais de uma produção alguns deles. E dentro dessa mesma categoria,
surge justamente esta franquia da qual vos escrevo. E o que é
interessante é a distância de tempo de um longa pra o outro. Além
do gênero ter sido deixado um pouco de lado pelas produtoras quando
novas tecnologias para efeitos especiais foram lançadas, os filmes
dos ‘Bad boys’ tem um espaçamento gigantesco um do outro. E isso
é muito positivo para não insistir em uma franquia que dá lucro
até sugar o último fio de dinheiro dela. Então, toda vez que uma
nova produção é lançada, há sim aquele gosto de novidade que,
mesmo tendo vários clichês embutidos, reaviva a memória do
espectador para lembrar dos cômicos personagens do passado. E como é
um gênero em escassez nesse tempo, é sim a hora ideal de ver mais
dessas pérolas que tanto nos divertiram outrora. Sucesso
garantido – e as bilheterias da película tem mostrado isso com
força.
Will e Martin ainda carismáticos. Will Smith se tornou
um dos atores mais carismáticos ao redor do globo. Isso é inegável
(e mesmo com seu destempero durante uma cerimônia do Oscar, parece
que isso não mudou a admiração das pessoas em relação a sua
pessoa), tanto que a nova entrada da franquia vai muito bem, obrigado
(lembrando que essa produção é uma continuação direta do filme
anterior). Mas o que caracteriza justamente a graça desse é a dupla
Smith e Lawrence. Com uma química em tela invejável, conseguem
arrancar risos e cenas de tensão e ação da forma mais fluida
possível. É como amigos que decidem fazer um vídeo juntos e
viraliza entende? É assim que se tem noção do quão a dupla é
importante para toda a trama do longa. Ainda mais agora que eles
estão mais velhos e encaram certas doses de ‘problemas da idade
avançada’, o que torna tudo ainda mais engraçado e divertido.
Mesclar seus dilemas pessoais com momentos de maior impacto na trama
deixa tudo mais leve, bem na dose que a película já busca fazer há
décadas. Ponto muito positivo esse.
Um destaque especial. Em uma das cenas – lá pela
metade para o fim do segundo ato – o ator Dennis Mcdonald - que
interpreta ‘Reggie’, genro de ‘Marcus’ (Martin) - protagoniza
uma das cenas de ação mais legais de todo o longa. E não que todas
as cenas não sejam boas, pelo contrário. Todavia, tanto a
coreografia quanto o lado cômico reverberando durante e lá no final
do filme, fazem dessa uma das cenas mais divertidas dessa produção.
Will e Martin não teriam escolha melhor para a condução dessa cena em
específico. Não vou dar ‘spoilers’ aqui, mas tenho certeza que
ela vai soar tão legal para os queridos leitores quanto soou para
mim.
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Dennis Mcdonald (Reggie): guardem esse rosto. |
Enfim,
vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! “Bad Boys – até o
fim” revive gênero deixado de lado pela indústria que ainda
diverte e rende boas risadas. Nada de temas filosóficos ou
pensamento sobre a vida (muito embora eles tratem com certa
comicidade a questão da idade avançada e seus efeitos no que tange
os cuidados médicos e com o corpo. Todavia é algo bem sutil
e de forma mais hilária do que substancial), o que vale aqui são os
momentos de diversão pipoca desses personagens ícones da cultura
pop. Will e Martin ainda tem gás para muitas outras produções como
essa. Vale muito assistir. Vale demais o ingresso!