TUDO EM TODO LUGAR AO MESMO TEMPO (Avaliação 2/5 - Regular!)
Filme com premissa interessante se perde em um
roteiro que não convence em seu fim. Vamos a análise!
Nem sempre uma ideia que é replicada
funciona da forma que a gente espera e do jeito que foi apresentado para nós. É
o caso de ‘Tudo em todo lugar ao mesmo tempo’. Trazer o conceito de multiverso,
que está em alta hoje, para as telas é deveras uma atitude ousada da parte de vários
diretores. Porém a forma como esse conceito foi mostrado nos trailers para este
filme soou como um belo chamariz para o público – eu inclusive –, mas a
derradeira proposta que o longa oferece nas suas cerca de duas horas de duração
não foi condizente com o que fora ofertado (ao menos para mim dentro da visão
que eu havia estabelecido para a produção), mesmo que em alguns aspectos
técnicos ele tenha sido muito bom. Vejamos alguns porquês disso logo abaixo.
Uma das razões pelas quais abracei
inicialmente a película foi justamente o fato dele trazer uma história de uma
grande batalha multiversal na qual a protagonista iria ter de lidar com todas
as versões de si mesma dentro de um contexto de ameaça a todo esse sistema
elaborado para o longa. E até certo ponto o filme destacava isso com uma certa
propriedade – e sim, eu esperava algo realmente no estilo Marvel, só que melhorado
–, no entanto da metade do segundo ato em diante o longa começa a perder a identidade
de sua proposta para dar lugar a situações extremamente ‘nonsense’ – algumas
delas até bem chulas, eu diria – e terminar de uma forma sem graça e
melancólica. Todo o esboço de expectativa para assistir a algo realmente ainda
mais fantasioso, por assim dizer, foi quebrado por não relevar sua forma
apresentada em várias de suas prévias. Uma pena, pois eu tinha em mente algo no
estilo ‘O tigre e o dragão’, filme dos anos 2000 que inclusive é estrelado pela
mesma atriz chinesa Michelle Yeoh.
Contudo posso mencionar aqui alguns aspectos em que o filme é assertivo, como por exemplo o seu elenco. Falar sobre multiverso sem destacar boas atuações é no mínimo desonesto. Até porque as várias camadas de personagens que se desdobram entre os múltiplos universos precisa ser interpretada e reinventada diversas vezes, e isso demanda certo esforço adicional para tal. E nesse ponto nomes como a própria Michelle Yeoh, Jamie Lee Curtis e James Hong conseguiram transportar isso muito bem para a tela. Ter de criar e recriar diversos personagens em diversas possibilidades diferentes e com personalidades diferentes garante sim o mérito pela boa forma com que isso foi mostrado pelos atores. E como são inúmeras possibilidades entregues, creio que há sim mérito nesse quesito.
Outro ponto que entrega algo interessante diz respeito a montagem e edição do longa. Ele traz tantas camadas dos mesmos personagens que seria bem trabalhoso expor isso sem que se tornasse extremamente confuso e inconsistente. Todavia o trabalho de edição nos entrega algo muito competente e funcional. Em certos momentos há tanta informação na tela que seria facilmente intangível se não fosse bem montado. E o caos mental que isso provoca no espectador é suavizado pela boa produção nesse quesito. E mesmo que o contexto geral não condissesse com o que eu realmente esperava sobre a produção, fato é que nesse ponto o longa também acerta e produz muito boa qualidade, por assim dizer.
Enfim, vale a pena ver o filme? Mesmo que em alguns aspectos técnicos o filme tenha um bom desempenho, “Tudo em todo lugar ao mesmo tempo” erra em mostrar um conceito inicial previamente e acabar declinando um pouco em sua proposta (a que eu imaginei, pelo menos). Tudo o que eu realmente esperava que fosse acontecer por fim não se concretizou e fiquei com aquela sensação de que faltou algo que realmente tornasse o filme um grande épico chinês. E ao meu ver a minha experiência, além de não atendida, foi frustrada em um todo pela alta expectativa que criei sobre a película, mesmo ele tendo ali algumas reflexões e um conflito familiar embutido na trama. Uma pena. No entanto deixo claro aqui que essa é apenas a minha humilde concepção e opinião sobre. E ele realmente não funcionou como deveria para mim.
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Atuações convincentes ao menos. |
Contudo posso mencionar aqui alguns aspectos em que o filme é assertivo, como por exemplo o seu elenco. Falar sobre multiverso sem destacar boas atuações é no mínimo desonesto. Até porque as várias camadas de personagens que se desdobram entre os múltiplos universos precisa ser interpretada e reinventada diversas vezes, e isso demanda certo esforço adicional para tal. E nesse ponto nomes como a própria Michelle Yeoh, Jamie Lee Curtis e James Hong conseguiram transportar isso muito bem para a tela. Ter de criar e recriar diversos personagens em diversas possibilidades diferentes e com personalidades diferentes garante sim o mérito pela boa forma com que isso foi mostrado pelos atores. E como são inúmeras possibilidades entregues, creio que há sim mérito nesse quesito.
Outro ponto que entrega algo interessante diz respeito a montagem e edição do longa. Ele traz tantas camadas dos mesmos personagens que seria bem trabalhoso expor isso sem que se tornasse extremamente confuso e inconsistente. Todavia o trabalho de edição nos entrega algo muito competente e funcional. Em certos momentos há tanta informação na tela que seria facilmente intangível se não fosse bem montado. E o caos mental que isso provoca no espectador é suavizado pela boa produção nesse quesito. E mesmo que o contexto geral não condissesse com o que eu realmente esperava sobre a produção, fato é que nesse ponto o longa também acerta e produz muito boa qualidade, por assim dizer.
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Muito boa edição/montagem. |
Enfim, vale a pena ver o filme? Mesmo que em alguns aspectos técnicos o filme tenha um bom desempenho, “Tudo em todo lugar ao mesmo tempo” erra em mostrar um conceito inicial previamente e acabar declinando um pouco em sua proposta (a que eu imaginei, pelo menos). Tudo o que eu realmente esperava que fosse acontecer por fim não se concretizou e fiquei com aquela sensação de que faltou algo que realmente tornasse o filme um grande épico chinês. E ao meu ver a minha experiência, além de não atendida, foi frustrada em um todo pela alta expectativa que criei sobre a película, mesmo ele tendo ali algumas reflexões e um conflito familiar embutido na trama. Uma pena. No entanto deixo claro aqui que essa é apenas a minha humilde concepção e opinião sobre. E ele realmente não funcionou como deveria para mim.
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