domingo, 26 de junho de 2022

Bíblia

REFLEXÃO BÍBLICA

 "Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na Terra?" Lucas 18.8
 Em uma da Suas muitas parábolas, Jesus inicia a mesma destacando o dever do ser humano em orar, que nada mais é do que falar com Deus e ter um relacionamento com o Pai. E durante todo esse texto Ele narra uma viúva que importunava um juiz que não temia ninguém, nem a Deus. Contudo, por muito a mulher insistir, foi-lhe atendido o pedido pelo injusto juiz. Mas o que categoricamente nos chama atenção é justamente o Seu discurso final, no qual Cristo encerra com um grande e intrigante questionamento: será que, quando Ele voltar, vai achar ainda pessoas fiéis, que oram? Irmãos, nos dias de hoje, com o claro esfriamento do amor e, consequentemente do temor a Deus, exponho diante de todos nós um incômodo fato: que sim, a pergunta que Cristo fez ao final de Sua parábola está se cumprindo. E se cumprindo de forma plena, pois o que de fato move o coração do Pai são as palavras que saem constantemente da nossa boca em clamor e súplicas. E estamos vendo um real descaso sobre o poder e a eficácia da oração e da real necessidade de falar com o Pai. Ei querido, o termo que Cristo usa no texto em apreço diz respeito a fé no sentido de fidelidade. Como anda sua fidelidade para com Ele? Será que realmente queremos ser aqueles que estão entrando no questionamento de Jesus e se enquadrando nele, nos tornando infiéis? Ou será que ainda somos fiéis no temor e na oração? Para quem ainda não se apercebeu: já é chegada a última hora. O soar das trombetas está cada vez mais perto. E se isto já não gera mais temor em nós, está mais do que na hora de rever nossos conceitos, nossa acomodação espiritual e endireitar as veredas, para que a justiça do filho do homem se cumpra plenamente em nossas vidas quando Ele voltar. Pense nisso. E a canção que complementa nossa mensagem de hoje é "Leandro Borges - Prefiro ser fiel". Que os irmãos meditem séria e profundamente nessa reflexão, ouçam esse edificante louvor e sejam abençoados em nome de Jesus!


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sábado, 18 de junho de 2022

Filmes

DISNEY PLUS: TICO E TECO - DEFENSORES DA LEI (Avaliação 5/5 - Excelente!)

 
 Com um roteiro fabuloso, longa que traz de volta os queridos heróis esquilos dos anos 90 subverte a própria indústria com humor refinado e críticas ousadas. Vamos a análise!
 Para quem nasceu antes dos anos 2000 (décadas de 80 e 90 principalmente), existe um conjunto de animações e séries que certamente são grandes pérolas escondidas e que por alguma razão sociocultural ou por questões criativas deixaram de ser exibidas, ficando apenas na memória dos fãs e dos adultos que foram crianças naquele período. “Tico e Teco – Defensores da lei” (o antigo desenho também tinha esse nome) foi bem esse exemplo. Seu enorme sucesso durante sua existência rendeu inúmeras aparições em outras mídias: bonecos, games e todo tipo de produto que poderia servir de marketing para os personagens e para a série. Mas o tempo passou e aqueles queridos protagonistas deixaram de ser relevantes para a indústria de maneira geral. E agora em 2022 a Disney decidiu reviver e revitalizar essa franquia trazendo um longa que, além de sua estética diferenciada, produz uma dose sofisticada e analítica sobre a indústria do cinema em geral. E alguns pontos que fazem dessa mistura de live-action com animação ser tão fantástica é o que quero demonstrar nos parágrafos abaixo.
Personagens clássicos de volta!

 Primeiramente vamos a parte estética do longa. Além de atores reais, parte da animação mescla várias vertentes de traços usados nesse tipo de mídia ao longa das décadas. É incrível como essa mistura funciona demasiadamente bem e o que ela nos diz a respeito de diversidade, seja ela cultural ou étnica, e o quanto esse ecossistema pode funcionar respeitosamente no meio em que vivemos. Além disso ter sido feito de maneira muito charmosa, revela que todos nós podemos viver respeitosamente, cada um com suas diferenças, pois todos estão ali vivendo harmoniosamente (de certa forma) naquele mundo criado para o longa. E também mostra que há espaço para o antigo e o novo no mesmo ambiente e no mundo atual. Muito interessante esse ponto de vista!
 Outro ponto fascinante e agregador fala sobre como a narrativa atravessa, de forma bem abrangente mesmo, a toda indústria cinematográfica e o quanto ela pode ser repressiva, opressiva, crítica e clichê ao mesmo tempo, usando e abusando de metalinguagem para tecer comentários e construir posições ácidas sobre a própria indústria, sobre como a pirataria é repugnante e pode ser prejudicial a todo o processo criativo (inclusive o nome 'Defensores da lei' tem tudo a ver com a proposta do longa) e situações cômicas sobre o passado e o atual conceito dos protagonistas. Tudo isso recheado de menções a cultura pop como um todo e em determinados momentos usando conceitos que não funcionaram para o grande público para rir de si mesma e das suas própria falhas. Os diálogos muito bem construídos oscilando os tons na hora certa flertam com a excelente dinâmica com a qual a história se desenrola. Definitivamente uma grata surpresa ver tamanho primor na produção do roteiro e no timing perfeito de sua execução para o espectador. Brilhante!

Roupas clássicas também aparecem no longa.

 Outro fator muito relevante diz respeito a parte nostálgica do longa. Como ele foi construído para ao mesmo tempo ser um reboot e uma homenagem a toda a trajetória dos queridos esquilos, há uma tonelada de referências e easter-eggs que dão aquele ‘quentinho no coração’ de quem viveu naquela época e produzem uma das maiores satisfações que um fã ou quem assistiu o produto original pode ter, que é trazer algo novo mantendo a essência e a caracterização dos personagens intacta. Soma-se tudo isso a uma fotografia bem planejada e um núcleo humano coadjuvante que é muito relevante e funcional, agregando muito a construção do núcleo principal e então temos uma das experiências mais divertidas e bem elaboradas deste novo momento de ressurgimento dessa franquia. Magnífico!
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! “Tico e Teco – Defensores da lei” é um doce presente tanto para os fãs mais nostálgicos quanto para o público de hoje, pois apresenta nuances e conceitos que vão agradar todas as gerações. A crítica pesada a vários segmentos suavizada em uma narrativa leve, concisa e muito coerente fazem desse um gigante acerto da Disney para a revitalização dessa franquia. É tão bom e relevante que merecia ter ido pros cinemas ao invés de ir direto pro streaming. Vale demais dar uma conferida. Muito mesmo!

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quinta-feira, 9 de junho de 2022

Filmes

 JURASSIC WORLD - DOMÍNIO (Avaliação 2,5/5 - Bom!)


 Com um roteiro confuso e não condizente com o final do filme anterior, fim da trilogia é razoável e não empolga como os demais fizeram. Vamos a análise!
 A franquia jurássica tem motivos de sobra para se manter viva até os dias de hoje. Desde a sua reformulação, em 2015, e a sua continuação em 2018, ambos juntos já faturaram mais de 3 bilhões de dólares e somam, juntamente com a trilogia anterior, uma quantia muito rentável para seus estúdios. E certamente o tão aguardado desfecho dessa nova empreitada parecia seguir uma direção exatamente no mesmo sentido de seus antecessores. Porém algumas decisões de roteiro e desenrolar da trama parecem não fazer conexão ao que fora visto no final do longa de 2018. Principalmente nas cenas pós créditos daquele em que os eventos desencadeados ao longo fizeram com que os dinossauros saíssem de seu habitat e invadissem as cidades, provocando até certo alvoroço tanto nos personagens quanto no público de forma geral. Inclusive os trailers desse novo filme estavam muito empolgantes mostrando de fato o que seria a derradeira continuação da produção de 2018. Mas não foi exatamente o que foi apresentado em tela e a história no fim das contas se mostrou genérica em demasia com um desfecho quase que desconexo dos demais. O que houve e porquê não seguiram o que vinha sendo trabalhado? Confesso que fiquei um pouco decepcionado com o resultado final desse. Veremos alguns motivos abaixo.

Veteranos e novos se encontram nesse.

 A começar pela escolha do elenco, trazer de volta os 3 personagens clássicos da franquia teve sua parcela de acerto sim. Poder rever Sam Neill, Laura Dern e Jeff Goldblum juntos novamente foi a pitada de sabor que esse novo longa precisava. Mas estranhamente parece que o roteiro segue por 2 caminhos distintos. São 2 subtramas, uma para cada núcleo de personagens e os veteranos só vão interagir com os novos já praticamente no terceiro ato da película e com um vácuo gigantesco de histórias espaçadas e sem coerência nenhuma. Confesso que não entendi a razão dessas escolhas narrativas se todos, pelo filme anterior, estariam envolvidos em teoria em uma única situação quase que certa sobre uma ameaça muito maior – que seria a invasão dos dinossauros ao domínio humano –  do que a transcorrida durante as mais de 2 horas e trinta minutos desse. Isso acabou deixando a trama e o decorrer do longa oscilando em diversos momentos, justamente por conta essa constante transição das subtramas e em certos momentos tornando a produção muito cansativa por todas essas idas e vindas. Além de não funcionar narrativamente falando, perdeu a incrível oportunidade de maior interação entre todos e não deu espaço para que os atores pudessem realmente mostrar a que vieram. Nenhum deles engata muita empatia – a não ser por todos os filmes anteriores – e as circunstâncias que são elaboradas para o desencadear dos acontecimentos acabaram se tornando lineares demais e sem de certa forma trazer o real caráter de urgência visto no final do longa anterior. Ainda estou processando em minha mente o que eu vi – ou esperei e deixei de ver – de fato e isso me fez sair do cinema bem frustrado, meu caro amigo leitor.
 Além dos protagonistas veteranos, o elenco principal conta com Chris Pratt e Bryce Dallas Howard em retorno e ainda mais alguns coadjuvantes que, ao meu ver, não foram tão bem elaborados. No núcleo que corresponde a subtrama dos protagonistas recentes, há uma personagem interpretada pela atriz Isabella Sermon que, apesar dela ser importante para a trama, o enfoque em sua história que vai trabalhar com questões envolvendo mudanças no código genético humano agrega muito pouco ao contexto e só serviu para dar muito mais tempo para os núcleos das pessoas sem produzir absolutamente nada que realmente se traduzisse em uma grande reviravolta, por exemplo. Como já disse acima, o todo que engloba o roteiro é linear demais e se perdeu muito tempo dividindo personagens em 2 subtramas distintas com soluções fáceis demais – algumas até meio ridículas diga-se de passagem. E com isso boa parte do propósito real do longa – que seria a grande ameaça dos dinossauros – acabou se perdendo e se tornando algo meio que secundário, inconsistente e sem vida. O que é realmente uma pena.

Os dinossauros ainda continuam incríveis!

 O padrão do nível técnico e que engloba tantos os efeitos especiais e visuais, como também a direção de fotografia, conseguem se manter em um mesmo patamar nesse. A qualidade tanto dos efeitos práticos quanto os de CGI ainda seguem o bom resultado dos filmes anteriores. Em raras situações nota-se alguma impressão mais aguçada dos efeitos. No geral as tomadas são belíssimas e o enquadramento das câmeras ainda conseguiu produzir certa tensão e certo nervosismo, construindo assim um ambiente mais denso em algumas poucas partes. Nesse quesito pode-se observar a manutenção da excelência vista nos anteriores, com ressalvas. No mínimo esse acerto pelo menos.
 Pude também testar o filme em 3D em uma ocasião muito oportuna e posso dizer com clareza que o efeito não é de qualidade. Para dizer a verdade, em nenhum momento pude observar nem um objeto sequer se movimentando em tela, o que fora deveras frustrante também, pois sou um entusiasta dessa tecnologia. Em suma, totalmente descartável, não trazendo imersão ou agregando algo para dentro da película. Sem medo de errar, apenas um caça níquel para o caso desse filme.
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADO! “Jurassic World – Domínio” peca grosseiramente em seu roteiro por criar uma direção para seu desfecho e terminar contando outro. O longa se arrisca muito mais em tentar criar, dentro de sua fantasia, lições de moral para os seres humanos, porém falha tanto em aprofundá-las quanto em terminar o que realmente se havia começado nos outros filmes. Mas vale a recomendação por duas razões: primeira, para que você, meu caro leitor, tire suas próprias conclusões e segunda, pelo belo trabalho visual que o filme oferece e já fornecia nos longas passados. Se gerou certa expectativa – como eu gerei – por todo o conteúdo passado mostrado, aconselho ir um pouco menos entusiasmado para não gerar a frustração que me gerou. Mas ainda assim, acho que vale a pipoca e o ingresso.

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sexta-feira, 3 de junho de 2022

Filmes

TOP GUN: MAVERICK (Avaliação 4,5/5 - Excelente!)



 Com um roteiro simples e funcional e uma qualidade técnica impecável, novo longa da franquia “Top Gun” acerta em cheio na nostalgia. Vamos a análise!
 Atualmente Tom Cruise tem se tornado cada vez mais sinônimo de sucesso. A longeva franquia ‘Missão: Impossível’ está aí há anos para provar o que falo. Tom é um ator extremamente competente e versátil, tendo como um costume seu muito peculiar realizar todas as cenas  - principalmente as de ação -, de seus filmes por ele mesmo. Sim, nada de dublês nem de truques de montagem. E é certamente esse o seu grande diferencial e o que o faz ser tão bem quisto por todos. Enquanto uns só atuam em poucas cenas de um filme, ele transcende essa máxima mostrando suas qualidades e habilidades em tela. E esse novo filme da franquia vem ainda mais corroborar todo esse sucesso e reconhecimento. Vejamos o porquê abaixo.
Cruise no auge dos seus 60 anos em pleno voo!

 A começar pela qualidade técnica do longa, o mesmo apresenta uma fotografia exuberante com cenas de aviação e combate aéreo reais (isso mesmo, em nenhuma das partes do filme há telas verdes, azuis ou coisa desse tipo; todos os aviões do longa são verdadeiros e Tom e os demais estão em pleno ar mesmo). O acerto das belíssimas locações alinhado ao enquadramento de câmera e uma montagem digna dos melhores filmes de Hollywood tornam esse um trabalho de arte memorável. E não só isso: mais uma vez repito que o fato de todo o trabalho que tiveram de certamente pedir permissão a marinha americana para usar vários de seus caças no filme e tudo ser feito da forma mais fidedigna possível aos reais treinamentos e combates de guerra já transpira aí um frescor a todos os filmes dessa indústria que só priorizam efeitos especiais e ambientes de estúdio. Locações reais são custosas para as empresas – e muitas das vezes o tempo das gravações apontam um valor que essas não querem gastar –, porém elas revelam um charme ímpar a película quando utilizadas da maneira correta. E nesse filme, além de toda a aura dos anos oitenta do século passado estarem presentes no contexto com força (e já vamos falar sobre isso), o nível de realismo das cenas ultrapassa um novo nível, bem acima dos principais filmes de hoje. Espetacular!
 A ideia de escrever um roteiro simples, direto e coeso também colaborou e muito para fornecer todo o ar de nostalgia ao longa. Desde sua bem elaborada trilha sonora – com diversas canções daquele tempo – até sua estrutura narrativa envolvente que passeia e permeia todo aquele período está lá e foi revisitada com sucesso. Nada de tramas engenhosas e nem reviravoltas mirabolantes. O foco aqui não é um evento apoteótico de proporções colossais. Diferentemente disso, o que torna esse filme épico é a sua simplicidade. E nem um personagem central antagonista a produção fez questão de mostrar. A maior proposta aqui é transitar por todo aquele ambiente nostálgico dos anos oitenta sem ser piegas e mantendo ritos e tradições que funcionavam prazerosamente bem outrora, além de produzirem um verdadeiro show de acrobacias priorizando os voos, as manobras (algumas até arriscadas) e belos aviões de caça cheios de tecnologia. E sim, meu caro leitor, toda essa naturalidade que o filme entrega é o fator chave responsável para todo o seu sucesso.

Cruise e alguns dos jovens pilotos.

 Como já citei lá no início, Tom é um ator muito competente. Se entrega muito em seus papéis e nesse ele também o faz com maestria. E não só ele. Todo o elenco de apoio também se revela coerente e muito bem afinado com a proposta oitentista do longa. Inclusive foram treinados pelo próprio ator, que é piloto licenciado na vida real, para elaborarem todas as cenas da forma mais intensa e relevante possível. Além de dar mais profundidade, trouxe um entrosamento do elenco que culmina em uma ótima química entre eles. Todos os astros que fazem parte da elite americana da aviação no filme só foram selecionados caso realmente quisessem voar de verdade. E isso trouxe comprometimento e a sensação boa ao espectador de que tudo ali foi produzido com qualidade não só técnica, mas nas atuações também, com uma destaque maior para Milles Teller, que vive um importante personagem na trama. Menções honrosas a Jennifer Connelly, que dá vida a uma personagem que foi só citada no filme anterior e ao ator Val Kilmer, que retorna com seu personagem em um momento extremamente emocionante, principalmente pelo fato do ator estar debilitado devido a um câncer na garganta. Muito bom!
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! “Top Gun: Maverick” é uma revisitação nostálgica e maravilhosa dos anos oitenta com ares de tecnologia e modernidade, porém sem perder a essência da obra original. Um elenco entrosado, cenas de ação magnificas e Tom Cruise abrilhantando anda mais o seu trabalho do passado. Uma obra memorável que vale ser vista em telas bem grandes para todos os fãs dos filmes daquele tempo. Vale demais o ingresso!

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