sexta-feira, 22 de abril de 2022

Bíblia

 REFLEXÃO BÍBLICA

 "Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras de vida eterna." João 6.68
 O texto em apreço tem um valor espiritual muito profundo para aqueles que seguem a Cristo. Visto em algumas outras traduções como sendo a pergunta de Pedro 'para onde iremos nós' - e em ambos os casos, elas tem basicamente o mesmo significado, não perdendo o valor semântico da sentença, uma vez que as duas falam sobre direção -, o questionamento de Pedro vem logo após Jesus perguntar aos discípulos se queriam mesmo andar com Ele, pois muitos outros que estavam ao Seu lado o haviam deixado. Foi então que Pedro, inspirado pelo Espírito, responde de forma muito sucinta e certeira a Jesus. Ei querido, sabemos bem que Cristo é o caminho. É Ele quem nos norteia, quem nos dá o fôlego de vida, o pão e a provisão e é somente pelo nome dEle que temos acesso ao Pai. Pedro, assim como eu e você, tinha muitas limitações humanas, e escolher seguir a Cristo foi a melhor decisão que Ele e os discípulos puderam tomar naquele período. Escolha a Cristo hoje e decida caminhar ao Seu lado, pois os propósitos das nossas vidas, sejam eles quais forem, só fazem sentido se tivermos a Sua orientação. Sabemos que lutas virão, que situações adversas vez por outra acometer-nos-ão, mas estar agarrado a Jesus nos faz ter a certeza de que não estamos nem estaremos sozinhos nesse mundo cheio de incertezas e dores, pois Ele tem palavras de vida e É a 'água viva' em meio a sequidão e os desertos que passamos. E a canção que complementa nossa mensagem de hoje é a belíssima "Para onde irei? - Mauro Henrique". Medite nessa mensagem, ouça essa linda canção e seja abençoado em nome de Jesus!


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sexta-feira, 15 de abril de 2022

Filmes

SONIC 2 - O FILME (Avaliação 4,5/5 - Excelente!)


 Novo filme da famosa franquia de jogos consegue ser maior, melhor e com ainda mais identidade que o primeiro. Vamos a análise!
 Filmes baseados em games são sempre um desafio para Hollywood. Primeiro porque o material original tem peculiaridades, por serem justamente games, que o cinema não tem. E segundo, boa parte dos roteiristas normalmente abandonam esse material em troca de se fazer algo ‘novo’ – e falham miseravelmente na maioria das tentativas. Isso porque, em muitos casos, abortar o material original é simplesmente destroçar com a memória dos fãs mais ávidos por querer ver seus personagens favoritos sendo retratados com o mínimo de dignidade em tela. E parece, ao que tudo indica – após sucessivas tentativas e diversos fracassos – que algumas pessoas no meio cinematográfico estão começando a entender que, por mais que eles queiram a tal da ‘liberdade criativa’, ela pode sim ser unificada com uma grande dose de ‘fan service’, se souber adequar bem o produto original a nova mídia em questão. E temos então o caso do ouriço azul mais famoso dos games que, após um primeiro filme que quase foi detonado pelos fãs – e inclusive por alguns produtores da Sega – por abusarem um pouco além da conta na liberdade criativa e trazer um Sonic feio e estranho demais na primeira tentativa, vemos, após uma enxurrada de críticas, direção, produção e estúdio se redimirem e compreenderem que, sem o ‘fan service’ adequado, nada realmente funciona. E a redenção se reproduziu no enorme sucesso que foi o primeiro longa, dando a possibilidade real de uma continuação. E diga-se de passagem, uma excelente continuação. Aprenderam com os erros e elaboraram uma sequência primorosa para a franquia. Veremos alguns porquês desse feito logo abaixo.

Sonic e Tails: dupla fofa!

 Algo que é bem explícito logo de cara é o fato de que o núcleo humano, apesar de serem ótimos coadjuvantes do protagonista, não interferem de maneira incisiva na trama. O que quero dizer é que Sonic, Tails, Knuckles e Robotnik é que são as reais razões pro filme todo acontecer, pois as interferências humanas não desconstroem a narrativa produzida e gerada para atender a demanda desses. O que é muito bom, por sinal. Souberam focar a trama nos personagens que realmente importavam, sem deixar o núcleo humano vazio de significado no filme (e sei que Robotnik é humano; só coloquei aqui para destacar sua importância na trama). E isso parece algo bem difícil para Hollywood em filmes baseados em jogos, pois parece em muitos casos, quando há personagens em CGI – como é o caso dos ‘Transformers’, por exemplo – que, apesar de não se basear em jogos, foca demais nos protagonistas humanos e destitui da narrativa os reais motivadores para todo aquele projeto acontecer. Isso incomoda muito para quem é fã. Porém o diretor Jeff Fowler fez aqui um belo trabalho em contar uma história que fosse realmente centrada no produto que eles queriam vender – e nesse caso, o Sonic. E certamente foi o ponto mais positivo que vi em um longa baseado em game que usa personagens em CGI, isto é, manter a essência do produto original e focar nele como a coisa mais importante. Ponto para o diretor nisso.
 Outro acerto memorável foi a escolha do ator Jim Carrey para o papel do vilão ‘Robotnik’. Versátil e muito caricato, o ator mais uma vez se entrega ao papel com excelência e reproduz em tela um dos mais atrapalhados e icônicos vilões que temos na história dos games. E ver Carrey tão confortável nesse papel nessa segunda etapa, faz-nos ter a convicção de que ele nasceu para ser esse antagonista, pois até o fato do personagem ser mais, digamos, ‘rechonchudo’ nos jogos e magro nas telas, não alterou em nada o produto final no que diz respeito a qualidade técnica apresentada por Carrey em sua atuação. Ele realmente mandou muito bem de novo se mostrando perfeitamente adequado ao personagem.
Jim Carrey (Robotnik) e Knuckles: sensacionais!

 Visto o sucesso do primeiro longa, o estúdio Paramount não economizou esforços nem dinheiro para que esse segundo filme fosse realmente um ‘blockbuster’ muito maior e melhor que seu antecessor. A grandiosidade das cenas de ação e a muito boa qualidade dos efeitos especiais e visuais ditaram, juntamente com o bom roteiro e o ‘fan service’, o alto padrão empregado em todas as escolhas estéticas e criativas dos cenários – dos quais alguns deles remetem a jogos da franquia do ouriço – e são um verdadeiro deleite a todos que curtem não somente o Sonic, mas os games em geral, pois a enorme quantidade de ‘easter-eggs’ e referências inseridas nesses mesmos cenários são um outro ponto altíssimo da produção. Uma verdadeira aula de como se fazer um filme sobre games sem ser piegas e nem extremamente diferente do material original.
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! "Sonic 2 – O filme" é uma aula sobre como filmes sobre games funcionam em Hollywood. Fala sobre valores de família, passa por dentro de alguns clichês já conhecidos – como a famosa ‘jornada do herói’ – mas, além de tudo isso, cria uma atmosfera incrivelmente saudável e tangível no que diz respeito a construção dos personagens, sua evolução e como tudo isso está bem relacionado com o material original. Um filme realmente divertido, empolgante e para toda família assistir junto. Caso curta esse tipo de filme, realmente vale demais o ingresso e sua ida no cinema!

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quinta-feira, 7 de abril de 2022

Bíblia

 REFLEXÃO BÍBLICA

 "No principio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus'' João 1.1
  A narrativa bíblica relatada no início do Evangelho de João nos revela algo muito poderoso: Cristo existe juntamente com o Pai pela eternidade. A mesma frase proferida no início do livro de Gênesis, 'no principio', é exatamente igual aqui. Isso demonstra a soberania, o poder e a majestade de Jesus muito antes dele se tornar carne e habitar entre nós. Na continuidade desse texto diz que 'o Verbo estava com Deus', confirmando que o Senhor na pessoa de Jesus já habitava nas regiões celestiais da bondade. E por fim, vemos a manifestação do poder de Deus em Jesus quando o texto nos diz 'e o Verbo era Deus'. Ei queridos, o Verbo já existia, tomou forma humana, habitou entre nós, venceu a Cruz e hoje está a direita do Pai com todo poder e autoridade para ouvir nossas orações e nos mediar em Deus. Ele é a peça fundamental para nos achegarmos ao Pai. Tecendo uma ilustração sobre a dimensão dessa importância, na Língua Portuguesa, quando você vai construir uma oração qualquer, para que seja denominado ''oração'' a mesma precisa ter um verbo, senão caracteriza-se como frase. O ato da oração, ou seja, o falar com Deus, é a mesma coisa: nós carecemos do Verbo para que seja realmente caracterizado uma oração, senão tornar-se-ão apenas palavras ao vento. Amados, nós precisamos do Verbo, e o Verbo é Cristo! Sem Ele ''nada podemos fazer'', como cita um outro texto bíblico. Clame pelo Verbo Vivo e certamente Ele ouvirá sua súplica e acolherá a sua dor, pois Ele já viveu tudo isso aqui por nós e sabe exatamente como é ser humano nessa Terra. E a canção que complementa nossa mensagem de hoje é "Pensou em mim - Bruna Karla/Fernandinho". Medite nessa profunda mensagem, ouça essa maravilhosa canção e seja muito abençoado em nome de Jesus!


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sábado, 2 de abril de 2022

Filmes

DISNEY PLUS: RED - CRESCER É UMA FERA (Avaliação 5/5 - Excelente!)


 Com uma narrativa que inicia simplória e se torna muito complexa, nova animação da Disney estabelece um novo padrão de produção para as mesmas. Vamos a análise!
 Os estúdios ‘Pixar’ de algum tempo para cá tem tentado de forma bastante significativa trazer conteúdos e produções que, além de originais, geram algum frescor em seu contexto geral, tendo em vista o investimento árduo em procurar outras culturas para abordar em suas animações. ‘Viva – a vida é uma festa’ e ‘Luca’ são exemplos bem recentes disso. Visto que essa nova visão da empresa aumenta e muito a diversidade no seu portfólio e pode abrir precedentes para explorar aspectos culturais em diversos níveis, o estúdio mais uma vez impressiona de uma forma extremamente impactante com esta nova animação, que retrata aspectos da cultura chinesa, só que fora do seu habitat natural. Com uma estrutura narrativa que leva o espectador a camadas muito profundas de seus protagonistas – algumas por vezes até bem chocantes –, o longa carrega consigo a proeza de ser, ao mesmo tempo, sério, leve, dramático e amplamente metafórico em sua argumentação. E vamos destrinchar um pouco dessas camadas nos parágrafos abaixo.
Momentos fofos de desespero rsrs

 A história vai abordar uma família de tradições chinesas muito fortes e peculiares que vive no Canadá, e tem como protagonista uma menina de 13 anos chamada Mei Lee que segue a risca todos os ritos, posturas e costumes dessa parte da cultura asiática. Porém, por viver em um país estrangeiro e estar se tornando adolescente, o misto entre as mudanças do corpo somados aos fatores externos de uma vida completamente diferenciada daquela que ela está acostumada a viver em casa pulsam dentro de si e aquela menininha quer incessantemente crescer com isso a todo custo. E toda a forma como esses conflitos são abordados (incluindo sua transformação em panda vermelho, que irei mencionar mais abaixo), com um apelo enternecedor em uma boa parte de sua narrativa, conduz o espectador a uma profunda história sobre quebrar certos paradigmas muito entranhados na rigidez quase que petrificada de uma cultura em favor de escolhas que farão ser quem você realmente gostaria de ser. E confesso que nem todos os métodos que Mei Lee usa para isso são louváveis e aprovados para tal feito (e por mais incrível que isso possa parecer, está dentro de uma animação da Disney). Porém o nível do contraste entre uma mãe extremamente inflexível e uma filha que pulsa por querer ‘sair da bolha’ vão gerar uma das maiores tensões que eu jamais pude imaginar em algo que se remete de certa forma as crianças. O nível da abordagem da diretora Domee Shi – que por sinal é chinesa, cresceu no Canadá e isso diz muito sobre a profundidade do longa – é tão gritante que você chega no terceiro ato, já praticamente no clímax da trama, com vários sentimentos mistos entranhados que só vão se diluir na efetiva conclusão quando ‘espelhos’ são quebrados (isso é uma metáfora) e verdades são descortinadas para trazer a tona todas as motivações dos protagonistas. Sim, querido leitor, é algo que eu ainda não vi, nessa escala, em uma produção do estúdio. E a profundidade da dramaticidade deste roteiro pode gerar sentimentos dos mais variados no espectador, justamente pelo fato das camadas de severa seriedade em alguns pontos cruciais do filme. E falando do ponto de vista técnico, é sobremaneira genial tudo isso, pois é uma argumentação muito sólida e reflexiva sobre mudanças e sobre como entender que cada ser humano tem direito de ser sua própria persona, e não viver preso ao que se lhe é estabelecido seja por uma cultura ou o que for. É realmente impactante e o longa vai sim te ‘chacoalhar’ constantemente para isso, caro amigo que lê este texto (e acredito que este era sim o desejo da diretora, produção e roteiro quando tudo foi concebido).

A rígida mãe de Mei Lee.

 Outro ponto altamente metafórico no longa diz respeito ao momento em que ela descobre que suas fortes emoções a fazem se transformar em um panda gigante vermelho. Esse ponto aqui tem várias interpretações diferentes. Uma delas é o fato de a volatilidade das fortes mudanças causadas pelo início da adolescência estão representadas na figura do cômico panda. E por mais que isso seja explicado como algo ancestral e que passou por gerações, não há dúvidas quanto ao fato de que isso representa a complexidade das mudanças de Mei Lee das quais elas simplesmente não está sabendo lidar. E é aí que um outro ponto entra. Mudanças as vezes podem ser duras e doloridas. E em um primeiro momento percebe-se claramente o quanto Mei Lee sofre com isso, provando que um outro conceito metafórico existente no panda é que a aceitação da sua realidade, seja ela qual for, não é tão simples quanto parece e que a forma mais satisfatória de lutar é compreendendo melhor o que está de fato acontecendo. Acho esses conceitos por parte de toda a produção de uma sublimidade e percepção tão profundas que fica difícil não tecer muitos elogios a forma minuciosa em que isso foi inserido na narrativa. E justamente o clímax acaba corroborando com tudo isso que narrei aqui, pois no fim é tudo sobre escolhas e aceitação da realidade (quem ver o filme vai entender exatamente o que falo aqui).
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! Não vá esperando que "Red – crescer é uma fera" é uma animação tradicional entre bem e mal, heróis e vilões. Nada disso. Ela é profunda, coesa em sua argumentação e narrativa e toca em pontos extremamente peculiares sobre família (em especial aqui uma tradicional chinesa, mas servindo para todos nesse caso). Ela vai sim te chocar em alguns momentos, vai gerar fofura e ternura em outros – justamente para quebrar a tensão dos momentos mais intensos –, mas no fim vai trazer lições valiosíssimas sobre como o nosso meio influencia diretamente em nosso desenvolvimento como ser humano aqui nessa terra. Uma animação maravilhosa que merece ser apreciada com bastante carinho e atenção. Vale demais dar uma conferida.


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