TURMA DA MÔNICA - LIÇÕES (Avaliação 5/5 - Excelente!)
Novo
título da franquia de personagens criados por Maurício de Sousa é extremamente
cativante, nostálgico e traz momentos muito emocionantes. Vamos a análise!
‘Turma da Mônica’ é uma marca que
atravessou gerações. Desde 1959, quando foi publicada sua primeira tirinha nos
jornais da época, os nomes dos personagens que foram criados vem ecoando na
mente e no imaginário de várias épocas e inúmeras crianças – e adultos também –
até hoje, inclusive passando muito forte pela minha infância. Lembro-me muito
bem do amontoado de revistinhas que possuía e as lia com um gosto muito grande
– inclusive me ajudando no processo de aprendizado da leitura. Tinha e tenho
até hoje um enorme apreço por esses personagens tão icônicos e marcantes que
permearam minha geração dos anos 80/90 do século passado. E esperava ver algo
que fosse tão fascinante quanto o que eu vivi lendo essas revistas. E para
minha sorte e alegria, o diretor Daniel Rezende tem conseguido transpor para as
telas toda a essência mais pura desses e pude então rever e reviver esse
sentimento mais uma vez assistindo a essa nova obra dos estúdios MSP.
A turminha está de volta! |
No primeiro longa intitulado ‘Laços’, o foco
do longa era contar uma história mais simples e manter a ideia de apresentar os
personagens de carne e osso para que pudessem ser absorvidos pelos
espectadores. Isso foi tão certeiro e bem visto que o longa foi um enorme
sucesso comercial, possibilitando sua continuação. Já nesse, com os
protagonistas já estabelecidos, era momento de buscar algo mais intimista, que
pudesse unir o fato das crianças estarem realmente crescendo com os
questionamentos sobre o que é crescer e amadurecer, trazendo uma profundidade
muito maior aos personagens e explorando ainda mais as capacidades de cada um
deles – seja dos atores ou da turminha propriamente dita dos quadrinhos. E o
resultado em tela são ótimas atuações (com o quarteto protagonista se superando
e estando ainda mais confortáveis em seu papéis) aliados a um ótimo roteiro
que, de maneira enxuta e muito coesa, consegue trabalhar a história sem enfadar
e trazer ao público uma série de pequenos pensamentos e reflexões que vão se
amarrando em uma trama que, ao mesmo tempo que emociona, produz crescimento e
desenvolvimento aos protagonistas. O fato de cada um deles ter de enfrentar
seus problemas e seus medos (como por exemplo, o medo de água do Cascão, a
autodefesa da Mônica como mecanismo para driblar sua insegurança, a troca do
‘R’ pelo ‘L’ do Cebolinha traduzindo as dificuldades e debilidades na fala e a
vontade compulsiva de comer da Magali, da qual ligam com excesso de ansiedade)
traz camadas mais interessantes e acaba quebrando certos paradigmas, mostrando
não somente a parte cômica disso, mas os grandes dilemas que essas crianças
enfrentam. E isso é levado as telas com muita doçura e cuidado, mostrando que
direção e produção estavam melhor cientes do produto que tinham nas mãos, pelo
fato de já terem feito outro anteriormente, e conseguem conduzir e mostrar
esses temas de forma inovadora dentro da franquia, mas sem se perder em todo o
seu contexto. Formidável.
A enxurrada de personagens novos que aparecem e o nível de qualidade de cada um deles é de se impressionar. As caracterizações estão tão bem feitas e a altura que toda a turminha merece que é difícil não tecer elogios quanto as escolhas dos atores e dos figurinos. Mais difícil ainda é não se encantar pelo esforço das atuações de cada um deles. Dudu (o priminho da Magali está idêntico ao dos quadrinhos, dada as devidas proporções), Franjinha, Humberto, Do Contra (que é sem dúvidas umas das pérolas do filme, de tão bom que ficou), entre tantos outros que aparecem que, igualmente, estão muito bem feitos, como é o caso da Tina (vivida pela atriz Isabelle Drummond). Ela, Rolo e companhia (que fazem parte de um outro núcleo mais jovem das histórias do Maurício) estão igualmente impecáveis e também brilham tanto quanto Rodrigo Santoro como ‘Louco’ no primeiro longa. A gama extensa de personagens do portfólio do pai da turminha foi igualmente muito bem usada nesse. E o conceito de cada um dos personagens está lá, facilmente identificável pelo espectador que conhece minimamente cada um deles. Mais uma vez o cuidado na escolha dos atores e o comprometimento de cada uma dessas crianças em fazer o melhor foi decisivo para tal feito. Sem contar com inúmeros ‘easter-eggs’ de outros personagens, como Penadinho, Bugu e outros, que também abrilhantaram e trouxeram ainda mais nostalgia a película.
Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! Daniel Rezende consegue o improvável em “Turma da Mônica: Lições”: fazer com que o segundo filme conseguisse superar o primeiro (que já foi ótimo). Com um trabalho novamente muito primoroso, o diretor está ciente e consciente do que está fazendo e dirigindo o núcleo da turminha para um excelente caminho, se continuar com esse cuidado e nível de qualidade apresentado nesse. Uma nostalgia para ver, rever e levar toda família junto. Tantos adultos quanto crianças vão estar bem servidos de muito bons sentimentos. Vale demais o ingresso!
Várias aparições legais. Aqui, Tina e Rolo. |
A enxurrada de personagens novos que aparecem e o nível de qualidade de cada um deles é de se impressionar. As caracterizações estão tão bem feitas e a altura que toda a turminha merece que é difícil não tecer elogios quanto as escolhas dos atores e dos figurinos. Mais difícil ainda é não se encantar pelo esforço das atuações de cada um deles. Dudu (o priminho da Magali está idêntico ao dos quadrinhos, dada as devidas proporções), Franjinha, Humberto, Do Contra (que é sem dúvidas umas das pérolas do filme, de tão bom que ficou), entre tantos outros que aparecem que, igualmente, estão muito bem feitos, como é o caso da Tina (vivida pela atriz Isabelle Drummond). Ela, Rolo e companhia (que fazem parte de um outro núcleo mais jovem das histórias do Maurício) estão igualmente impecáveis e também brilham tanto quanto Rodrigo Santoro como ‘Louco’ no primeiro longa. A gama extensa de personagens do portfólio do pai da turminha foi igualmente muito bem usada nesse. E o conceito de cada um dos personagens está lá, facilmente identificável pelo espectador que conhece minimamente cada um deles. Mais uma vez o cuidado na escolha dos atores e o comprometimento de cada uma dessas crianças em fazer o melhor foi decisivo para tal feito. Sem contar com inúmeros ‘easter-eggs’ de outros personagens, como Penadinho, Bugu e outros, que também abrilhantaram e trouxeram ainda mais nostalgia a película.
Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! Daniel Rezende consegue o improvável em “Turma da Mônica: Lições”: fazer com que o segundo filme conseguisse superar o primeiro (que já foi ótimo). Com um trabalho novamente muito primoroso, o diretor está ciente e consciente do que está fazendo e dirigindo o núcleo da turminha para um excelente caminho, se continuar com esse cuidado e nível de qualidade apresentado nesse. Uma nostalgia para ver, rever e levar toda família junto. Tantos adultos quanto crianças vão estar bem servidos de muito bons sentimentos. Vale demais o ingresso!
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