sábado, 29 de janeiro de 2022

Filmes

RECOMENDAÇÃO: FROZEN 2 (2020)


 Segundo título da franquia é ousado e, ao mesmo tempo, doce, leve e divertido. Vamos a análise! ^^
 As animações da Disney tem alcançado um patamar de qualidade cada dia mais relevante. E o resultado disso normalmente se vê nas telas e no retorno da bilheteria. Parece que os roteiristas sabem o que o público quer ver (raras são as vezes que falham) e sucessivas obras de muito sucesso são produzidas e endereçadas certeiramente aos espectadores. ‘Frozen’ foi uma dessas produções. Sua adorável história aliada a canções extremamente marcantes e muito bem produzidas (como o caso de ‘Let it go’) transformaram as cativantes Elsa e Anna, aliados ao boneco de neve Olaf, Kristoff e a rena Sven em personagens carimbados do grande público. Baseado na obra ‘A rainha da neve’, do autor dinamarquês Hans Chirstian Andersen, do ano de 1844, muitas pesquisas e estudos foram realizados para se chegar ao que seria o mais adequado a se contar e adaptar para que seus personagens fossem críveis nas telonas. E as certeiras escolhas artísticas e narrativas trouxeram a leveza e o carisma no mais alto nível dos padrões da ‘Casa do Mickey’. Não por menos, recebeu o Oscar de 'Melhor animação' e  'Melhor canção original' e o Globo de Ouro de 'Melhor animação' daquele ano.

A turma toda em mais uma aventura!

 Em ‘Frozen 2’, Anna e Elsa vão explorar dois mundos distintos. Um deles é referente ao seu passado e as suas origens. O outro é em relação aos acontecimentos que levaram a dois reinos se dividirem de forma voraz e que eram unidos e pacíficos. E o ‘main plot’ dessa história é narrado de forma inteligente e ao mesmo tempo, cômico. Aliás, quase todo o lado cômico de ‘Frozen 2’ é protagonizado por Olaf. Em muitos momentos, ele rouba a cena com tiradas hilariantes e toma até pra si o holofote da trama em determinadas situações. Mesmo focando em Elsa e Anna o contexto, ele produz grandes momentos em tela. As canções envolventes que permeiam a narrativa – na verdade elas fazem parte de todo o contexto narrativo – fluem de forma orgânica e se diluem naturalmente na animação. Destaque para uma canção que Kristoff faz solo. A letra e a tentativa de ambientação de clipes 'oitentistas' a torna uma das mais cômicas e bem destacadas de toda a produção. Não há como alguns mais velhinhos não rirem e/ou não se remeterem ao passado vendo a cena. É genial e estranho ao mesmo tempo. Mas não é estranho porque é ruim. É porque destoa das demais canções que possuem uma contextualização mais atual. Eu particularmente adorei essa parte por conta do alto nível ‘brega’ (rs).
Olaf rouba a cena em muitos momentos!

 A fluidez, a excelente fotografia e os desconcertantes cenários produzidos em CGI enriquecem e muito o brilho da animação. A elucidação dos poderes de Elsa, os enormes gigantes de pedra, as torrentes de águas, a floresta perdida e o cenáculo congelado são muito bem feitos e visualmente lindíssimos. Consolidam ainda mais todo o roteiro e agrega demais ao contexto do longa. ^^
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! ‘Frozen 2’ ousa em ir mais profundo dentro de sua mitologia e consegue uma tarefa bem difícil: manter o mesmo patamar de interesse do público em seus personagens e suas emocionantes narrativas. E as escolhas para o roteiro neste continuaram a ser muito acertadas. Consegue mexer com ambos os públicos de forma igualitária, tanto crianças, quanto jovens e adultos. O que é bem árduo de se produzir. Mas a Disney sabe bem como interagir com todos os tipos de público que ela precisa alcançar. Se você já conferiu, querido leitor, vale demais a pena rever! ;D

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Bíblia

REFLEXÃO BÍBLICA 

 "Não to mandei eu? Esforça-te e tem bom ânimo; não pasmes, nem te espantes, porque o Senhor teu Deus é contigo por onde quer que andares" Josué 1.9  Quando Josué assumiu o posto que fora de Moisés na liderança do povo, o homem de Deus sabia que teria muito trabalho pela frente. E sob esse escopo de mudança, Josué talvez tenha sentido o peso da novidade que iria carregar em seus ombros. Afinal de contas, se tornar líder poderia até ter suas vantagens, mas o exercício da função ia ser muito mais carregado a partir de agora. E convenhamos, toda mudança para uma responsabilidade maior pode sim assustar em um primeiro momento. Porém quando sabemos que foi o próprio Deus que nos ordenou, capacitou e incumbiu para tal feito, podemos descansar nosso coração com a certeza de que não estaremos sozinhos. E é exatamente isso que o texto em apreço descreve. O próprio Senhor ordena Josué e o encoraja a prosseguir com seu chamado, pois Deus seria com Ele por onde fosse em seu novo caminho a ser trilhado. Ei querido, quando nosso chamado vem de Deus, é Ele mesmo que nos direciona e nos encoraja a prosseguir. Principalmente quando Ele mesmo começa algo novo em nós. Algo que pode necessitar de um tempo para se adaptar, pois toda adequação ao novo pode assustar a princípio. Mas não temas, nem te espantes com o que Ele está fazendo em sua vida, pois se foi Ele mesmo que ordenou, Ele será contigo por onde fores e a Sua boa mão estará estendida em sua vida para o que vieres a fazer para Ele. Se te entristeceres no caminho, Ele fortalecer-te-á. Se por acaso errares, Ele corrigir-te-á e perdoar-te-á. Só se lembre que em todo tempo da sua caminhada aqui nessa terra, Ele sempre estará contigo para te ajudar e jamais te deixará só. E a canção que complementa nossa mensagem de hoje é a lindíssima "Eu sei que não estou só - Bruna Karla / Anderson Freire". Medite nessa mensagem, ouça essa bela canção e seja abençoado em nome de Jesus!


sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Filmes

 TURMA DA MÔNICA - LIÇÕES (Avaliação 5/5 - Excelente!)


 Novo título da franquia de personagens criados por Maurício de Sousa é extremamente cativante, nostálgico e traz momentos muito emocionantes. Vamos a análise!
 ‘Turma da Mônica’ é uma marca que atravessou gerações. Desde 1959, quando foi publicada sua primeira tirinha nos jornais da época, os nomes dos personagens que foram criados vem ecoando na mente e no imaginário de várias épocas e inúmeras crianças – e adultos também – até hoje, inclusive passando muito forte pela minha infância. Lembro-me muito bem do amontoado de revistinhas que possuía e as lia com um gosto muito grande – inclusive me ajudando no processo de aprendizado da leitura. Tinha e tenho até hoje um enorme apreço por esses personagens tão icônicos e marcantes que permearam minha geração dos anos 80/90 do século passado. E esperava ver algo que fosse tão fascinante quanto o que eu vivi lendo essas revistas. E para minha sorte e alegria, o diretor Daniel Rezende tem conseguido transpor para as telas toda a essência mais pura desses e pude então rever e reviver esse sentimento mais uma vez assistindo a essa nova obra dos estúdios MSP.
A turminha está de volta!

 No primeiro longa intitulado ‘Laços’, o foco do longa era contar uma história mais simples e manter a ideia de apresentar os personagens de carne e osso para que pudessem ser absorvidos pelos espectadores. Isso foi tão certeiro e bem visto que o longa foi um enorme sucesso comercial, possibilitando sua continuação. Já nesse, com os protagonistas já estabelecidos, era momento de buscar algo mais intimista, que pudesse unir o fato das crianças estarem realmente crescendo com os questionamentos sobre o que é crescer e amadurecer, trazendo uma profundidade muito maior aos personagens e explorando ainda mais as capacidades de cada um deles – seja dos atores ou da turminha propriamente dita dos quadrinhos. E o resultado em tela são ótimas atuações (com o quarteto protagonista se superando e estando ainda mais confortáveis em seu papéis) aliados a um ótimo roteiro que, de maneira enxuta e muito coesa, consegue trabalhar a história sem enfadar e trazer ao público uma série de pequenos pensamentos e reflexões que vão se amarrando em uma trama que, ao mesmo tempo que emociona, produz crescimento e desenvolvimento aos protagonistas. O fato de cada um deles ter de enfrentar seus problemas e seus medos (como por exemplo, o medo de água do Cascão, a autodefesa da Mônica como mecanismo para driblar sua insegurança, a troca do ‘R’ pelo ‘L’ do Cebolinha traduzindo as dificuldades e debilidades na fala e a vontade compulsiva de comer da Magali, da qual ligam com excesso de ansiedade) traz camadas mais interessantes e acaba quebrando certos paradigmas, mostrando não somente a parte cômica disso, mas os grandes dilemas que essas crianças enfrentam. E isso é levado as telas com muita doçura e cuidado, mostrando que direção e produção estavam melhor cientes do produto que tinham nas mãos, pelo fato de já terem feito outro anteriormente, e conseguem conduzir e mostrar esses temas de forma inovadora dentro da franquia, mas sem se perder em todo o seu contexto. Formidável.


Várias aparições legais. Aqui, Tina e Rolo.

 A enxurrada de personagens novos que aparecem e o nível de qualidade de cada um deles é de se impressionar. As caracterizações estão tão bem feitas e a altura que toda a turminha merece que é difícil não tecer elogios quanto as escolhas dos atores e dos figurinos. Mais difícil ainda é não se encantar pelo esforço das atuações de cada um deles. Dudu (o priminho da Magali está idêntico ao dos quadrinhos, dada as devidas proporções), Franjinha, Humberto, Do Contra (que é sem dúvidas umas das pérolas do filme, de tão bom que ficou), entre tantos outros que aparecem que, igualmente, estão muito bem feitos, como é o caso da Tina (vivida pela atriz Isabelle Drummond). Ela, Rolo e companhia (que fazem parte de um outro núcleo mais jovem das histórias do Maurício) estão igualmente impecáveis e também brilham tanto quanto Rodrigo Santoro como ‘Louco’ no primeiro longa. A gama extensa de personagens do portfólio do pai da turminha foi igualmente muito bem usada nesse. E o conceito de cada um dos personagens está lá, facilmente identificável pelo espectador que conhece minimamente cada um deles. Mais uma vez o cuidado na escolha dos atores e o comprometimento de cada uma dessas crianças em fazer o melhor foi decisivo para tal feito. Sem contar com inúmeros ‘easter-eggs’ de outros personagens, como Penadinho, Bugu e outros, que também abrilhantaram e trouxeram ainda mais nostalgia a película.
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! Daniel Rezende consegue o improvável em “Turma da Mônica: Lições”: fazer com que o segundo filme conseguisse superar o primeiro (que já foi ótimo). Com um trabalho novamente muito primoroso, o diretor está ciente e consciente do que está fazendo e dirigindo o núcleo da turminha para um excelente caminho, se continuar com esse cuidado e nível de qualidade apresentado nesse. Uma nostalgia para ver, rever e levar toda família junto. Tantos adultos quanto crianças vão estar bem servidos de muito bons sentimentos. Vale demais o ingresso!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Filmes

MATRIX: RESSURRECTIONS (Avaliação 3/5 - Bom!)


 Novo longa da aclamada trilogia do início dos anos 2000 não faz jus ao seu original e não reproduz o mesmo impacto de outrora. Vamos a análise!
 O primeiro ‘Matrix’ trouxe para os cinemas alguns conceitos (incluindo os filosóficos) que foram tão fortes, tão marcantes e tão bem introduzidos em uma era de ascensão dos computadores e de todo esses aparatos tecnológicos que vivemos hoje que sua visão (que trazia através das pílulas azuis e vermelhas um questionamento amplo sobre o que é de fato real e o que não é e fazia uma profunda reflexão sobre isso durante o filme) e inovações são até hoje tratadas com um divisor de águas do cinema mundial. Sua história complexa e ao mesmo tempo um tanto quanto surreal (pois narrava um futuro distópico onde as máquinas conseguiram dominar sobre os humanos) fez de sua premissa um gigantesco sucesso e inclusive inseriu o nome do filme no cotidiano das pessoas como um termo usado para definir determinadas situações e certas utopias, tamanho o impacto cultural que a obra original trouxe e carrega até hoje.
Novo 'Morpheus' e novos personagens na trama.

 Com tudo isso e todo esse peso comercial que o título tem, era de se esperar que o novo longa conseguisse ao menos estabelecer uma nova conexão entre o momento que vivemos hoje (e o filme até faz essa ligação, mas mal executada ao meu ver), o público de outrora e o público atual. Porém uma das sugestões narrativas do filme, que traz a ideia do videogame para a estrutura da Matrix – não exatamente como um conceito, mas não quero dar ‘spoilers’ por aqui – não soou muito bem e achei até essa parte da trama um pouco forçada, dado o andamento da narrativa e todos os desencadeamentos da história. Além do que o roteiro, que pode ser um tanto quanto arrastado e até confuso em alguns momentos – principalmente para quem não viu os filmes anteriores –, não reproduz o efeito que foi tão marcante e tão bem delineado nos títulos passados. E ainda pode se somar a isso momentos em que alguns personagens (como é o caso do novo ‘Morpheus’, interpretado por Yahya Abdul-Mateen II) não conseguem fazer a narrativa se mover de forma apropriada e isso cria ainda mais desconexão com o público em relação a esses personagens. Inclusive Keanu Reeves e Carrie-Anne Moss ficam um tanto quanto morosos em boa parte do longa e só engatam suas tramas da metade do segundo ato para frente, onde o longa começa a ganhar seus contornos finais e seu clímax. A parte realmente boa ao meu ver foi a bem estabelecida interligação com os filmes anteriores, inclusive explicando muito bem todos os porquês deles estarem em volta e quais a implicações disso para o novo conceito da ‘Matrix’ que foi estabelecido nesse filme. Está aí um bom caso que os ‘flashbacks’ foram bem utilizados e contribuíram positivamente para entender tudo o que estava acontecendo atualmente dentro da história do longa.

Neo e Trinity: nostalgia certa.

 Com os novos tempos e o advento de um CGI de ainda maior qualidade, tudo o que impressiona nos filmes antigos da trilogia original se revela ainda mais grandioso aqui, porém ainda assim não traz nada de novo entende? Nada que já não tenhamos percebido ou sentido em outros filmes com muita tecnologia embutida. E isso não faz de 'Matrix: Ressurrections’ um filme de baixa qualidade, pelo contrário. É um filme gigante, com um baita orçamento, mas que não acha em seu contexto atual as inovações que foram tão bem executadas a época dos outros longas. É muito bonito visualmente. E ponto. Em nada acrescentando na parte técnica a esse vasto mundo novo que vivemos hoje, mais de vinte anos depois do lançamento do primeiro. O que é uma pena.
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADO! Apesar das minhas críticas, “Matrix: Ressurrections” tem seus méritos em poder rever Keanu Reeves e Carrie-Anne Moss em seus icônicos papéis trazendo certa nostalgia aos fãs. Talvez os mais puristas possam se sentir um tanto quanto ludibriados com essa nova narrativa. Mas, mesmo assim, isso não faz ela ser de todo ruim. Embora ela avance muitíssimo pouco com a história original, acredito sim que valha o ingresso e a diversão.