RECOMENDAÇÃO: FROZEN 2 (2020)
Segundo título da franquia é ousado e, ao mesmo tempo, doce, leve e divertido. Vamos a análise! ^^
As animações da Disney tem alcançado um patamar de qualidade cada dia mais relevante. E o resultado disso normalmente se vê nas telas e no retorno da bilheteria. Parece que os roteiristas sabem o que o público quer ver (raras são as vezes que falham) e sucessivas obras de muito sucesso são produzidas e endereçadas certeiramente aos espectadores. ‘Frozen’ foi uma dessas produções. Sua adorável história aliada a canções extremamente marcantes e muito bem produzidas (como o caso de ‘Let it go’) transformaram as cativantes Elsa e Anna, aliados ao boneco de neve Olaf, Kristoff e a rena Sven em personagens carimbados do grande público. Baseado na obra ‘A rainha da neve’, do autor dinamarquês Hans Chirstian Andersen, do ano de 1844, muitas pesquisas e estudos foram realizados para se chegar ao que seria o mais adequado a se contar e adaptar para que seus personagens fossem críveis nas telonas. E as certeiras escolhas artísticas e narrativas trouxeram a leveza e o carisma no mais alto nível dos padrões da ‘Casa do Mickey’. Não por menos, recebeu o Oscar de 'Melhor animação' e 'Melhor canção original' e o Globo de Ouro de 'Melhor animação' daquele ano.
A turma toda em mais uma aventura! |
Em ‘Frozen 2’, Anna e Elsa vão explorar dois mundos distintos. Um deles é referente ao seu passado e as suas origens. O outro é em relação aos acontecimentos que levaram a dois reinos se dividirem de forma voraz e que eram unidos e pacíficos. E o ‘main plot’ dessa história é narrado de forma inteligente e ao mesmo tempo, cômico. Aliás, quase todo o lado cômico de ‘Frozen 2’ é protagonizado por Olaf. Em muitos momentos, ele rouba a cena com tiradas hilariantes e toma até pra si o holofote da trama em determinadas situações. Mesmo focando em Elsa e Anna o contexto, ele produz grandes momentos em tela. As canções envolventes que permeiam a narrativa – na verdade elas fazem parte de todo o contexto narrativo – fluem de forma orgânica e se diluem naturalmente na animação. Destaque para uma canção que Kristoff faz solo. A letra e a tentativa de ambientação de clipes 'oitentistas' a torna uma das mais cômicas e bem destacadas de toda a produção. Não há como alguns mais velhinhos não rirem e/ou não se remeterem ao passado vendo a cena. É genial e estranho ao mesmo tempo. Mas não é estranho porque é ruim. É porque destoa das demais canções que possuem uma contextualização mais atual. Eu particularmente adorei essa parte por conta do alto nível ‘brega’ (rs).
Olaf rouba a cena em muitos momentos! |
A fluidez, a excelente fotografia e os desconcertantes cenários produzidos em CGI enriquecem e muito o brilho da animação. A elucidação dos poderes de Elsa, os enormes gigantes de pedra, as torrentes de águas, a floresta perdida e o cenáculo congelado são muito bem feitos e visualmente lindíssimos. Consolidam ainda mais todo o roteiro e agrega demais ao contexto do longa. ^^
Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! ‘Frozen 2’ ousa em ir mais profundo dentro de sua mitologia e consegue uma tarefa bem difícil: manter o mesmo patamar de interesse do público em seus personagens e suas emocionantes narrativas. E as escolhas para o roteiro neste continuaram a ser muito acertadas. Consegue mexer com ambos os públicos de forma igualitária, tanto crianças, quanto jovens e adultos. O que é bem árduo de se produzir. Mas a Disney sabe bem como interagir com todos os tipos de público que ela precisa alcançar. Se você já conferiu, querido leitor, vale demais a pena rever! ;D