VIÚVA NEGRA (Avaliação 4/5 - Muito bom!)
Longa que faz de certa forma uma homenagem a personagem icônica de
Scarlett Johansson é divertido e bem explicativo sobre o passado de
sua personagem. Vamos a análise!
Não há como negar: ao longo
das três primeiras fases da UCM (Universo Cinematográfico da
Marvel) a Vingadora ‘Natasha Romanoff’ foi um dos grandes
destaques de toda essa saga que contou a trajetória das ‘Jóias do
Infinito’. E sua excelente intérprete, que já concorreu e venceu
alguns Oscars, se dedicou com muito amor e carinho a essa que se
tornou, além de um dos ‘Vingadores’ originais, um ícone com
grande ‘status’ tanto para esse universo quanto para o público
em geral. Pedir um longa solo que contasse um pouco de sua história
e que fizesse jus ao seu legado era o mínimo que elas (a atriz e a
protagonista) mereciam. Dona de um charme e um carisma ímpar,
Scarlett não só imprimia essas características na personagem, como
também uma versatilidade de realmente se aplaudir de pé. Sua
performances foram tão bem conduzidas que haverá sempre espaço na
memória de todos para se lembrar de sua tão adorada espiã na
Marvel. E como grande mérito e muitos pedidos de fãs durante anos,
estamos aí diante de seu filme para deleite de todos e fazendo
justiça de longa data a essa trajetória.
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Scarlett e Florence: ótima química! |
Levando-se em consideração que esse universo dos cinemas é
paralelo ao dos quadrinhos, quero aqui deixar claro que vou expressar
minha opinião sobre o filme em si. E para começar quero destacar,
além da já citada versatilidade de Johansson, dois dos três
protagonistas novos que, ao meu ver, trouxeram importantes
contribuições para o desenvolvimento da história e podem ser bem
aproveitados no futuro no UCM. Me refiro, em um dos casos, a ‘Yelena
Belova’, interpretada pela atriz Florence Pugh. Além de charmosa,
conseguiu transpor presença em tela e personalidade a sua espiã.
Fez bonito apresentando ao público a mais nova integrante desse
universo e certamente aparecerá nas próximas fases dessa saga, não
só pela continuidade da personagem na história, mas também por
conta de seu carisma transparente. E quero considerar aqui também o
segundo, que é o personagem de David Harbour, ‘Guardião
vermelho’. Bem posicionado em tela, deixa a curiosidade de se
conhecer mais sobre os passos desse tanto em seu passado quanto no
futuro da Marvel nos cinemas. O ator conseguiu ampliar seu carisma com
sua ótima e bem exposta interpretação, que faz considerar sim
vê-lo em alguma série ou até mesmo em algum futuro filme. Acho a
hipótese tanto plausível quanto com conteúdo para mais. É
aguardar pra ver o que pode ser feito mais pra frente. ^^
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Vilão 'Treinador': mal aproveitado. |
As cenas de ação contínua e realizada em sua maioria com efeitos
práticos (lê-se sem muita computação gráfica) transpuseram e
muito a lembrança (no meu entendimento, boa por sinal) ao longa da
fase dois do MCU ‘Capitão América e o Soldado Invernal’. Com
lutas bem viscerais, os combates são bem coreografados e remetem
sempre ao bom padrão da Marvel em seus filmes. A fotografia nos
momentos mais desconcertantes (como nas cenas em CGI) produzem um
ótimo visual também. No entanto, uma das minhas ressalvas talvez seja por conta do vilão
‘Taskmaster’ (Treinador, em português). O fato dele ser um tanto
quanto diferente dos quadrinhos não foi o que me incomodou de fato.
O seu grau de periculosidade sim. Como é um vilão ameaçador, por
conhecer e guardar as características de luta de todos os seus
adversários, acredito que a solução que deram para o personagem
foi fácil demais para o seu nível. Certamente ele poderia ter dado
um pouco mais de trabalho a ‘Natasha’, para fazer jus ao seu
intelecto e sagacidade. Um pouco mais de película mostrando mais de
suas habilidades nesse caso ajudariam muito a trazer esse conteúdo
para o antagonista. Uma pena. Queria mesmo que ele fosse mais
‘difícil’, por assim dizer.
Uma outra falta relevante que
considero destacar é o fato de não termos um desfecho adequado para
a sub-trama iniciada logo nos primeiros minutos do longa de ‘Natasha’
com ‘General Ross’ (vivido pelo ator Willian Hurt). Narrativa
essa derivada dos eventos de ‘Capitão América: Guerra Civil’, o
final nos remete a uma enorme lacuna que não foi encerrada. Não
houve explicação de como a protagonista escapou do comboio de Ross
e nem muito menos o que aconteceu após esse evento, deixando em
aberto uma importante explicação sobre essa parte da história da
nossa querida espiã. E assim como disse no parágrafo anterior,
alguns minutos a mais no filme talvez trouxessem um desenvolvimento
melhor tanto ao antagonista quanto a esse desfecho.
Enfim,
vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! Mesmo com a ressalva do
vilão e da sub-trama, “Viúva Negra” fecha com maestria o arco de Natasha
Romanoff no UCM e abre inúmeros caminhos para os novos
protagonistas. Uma real e bela homenagem - não vista em ‘Vingadores:
Ultimato’ - tanto para essa incrível personagem quanto para a
atriz que viveu por tantos anos o papel. A cena pós-créditos é
melancólica e, ao mesmo tempo, olha para o futuro da saga Marvel nas
telonas. Se curte esse universo estendido, é diversão certa para
você. Vale muito o ingresso!
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