quarta-feira, 21 de julho de 2021

Filmes

 VIÚVA NEGRA (Avaliação 4/5 - Muito bom!)


 Longa que faz de certa forma uma homenagem a personagem icônica de Scarlett Johansson é divertido e bem explicativo sobre o passado de sua personagem. Vamos a análise!
 Não há como negar: ao longo das três primeiras fases da UCM (Universo Cinematográfico da Marvel) a Vingadora ‘Natasha Romanoff’ foi um dos grandes destaques de toda essa saga que contou a trajetória das ‘Jóias do Infinito’. E sua excelente intérprete, que já concorreu e venceu alguns Oscars, se dedicou com muito amor e carinho a essa que se tornou, além de um dos ‘Vingadores’ originais, um ícone com grande ‘status’ tanto para esse universo quanto para o público em geral. Pedir um longa solo que contasse um pouco de sua história e que fizesse jus ao seu legado era o mínimo que elas (a atriz e a protagonista) mereciam. Dona de um charme e um carisma ímpar, Scarlett não só imprimia essas características na personagem, como também uma versatilidade de realmente se aplaudir de pé. Sua performances foram tão bem conduzidas que haverá sempre espaço na memória de todos para se lembrar de sua tão adorada espiã na Marvel. E como grande mérito e muitos pedidos de fãs durante anos, estamos aí diante de seu filme para deleite de todos e fazendo justiça de longa data a essa trajetória.

Scarlett e Florence: ótima química!

 Levando-se em consideração que esse universo dos cinemas é paralelo ao dos quadrinhos, quero aqui deixar claro que vou expressar minha opinião sobre o filme em si. E para começar quero destacar, além da já citada versatilidade de Johansson, dois dos três protagonistas novos que, ao meu ver, trouxeram importantes contribuições para o desenvolvimento da história e podem ser bem aproveitados no futuro no UCM. Me refiro, em um dos casos, a ‘Yelena Belova’, interpretada pela atriz Florence Pugh. Além de charmosa, conseguiu transpor presença em tela e personalidade a sua espiã. Fez bonito apresentando ao público a mais nova integrante desse universo e certamente aparecerá nas próximas fases dessa saga, não só pela continuidade da personagem na história, mas também por conta de seu carisma transparente. E quero considerar aqui também o segundo, que é o personagem de David Harbour, ‘Guardião vermelho’. Bem posicionado em tela, deixa a curiosidade de se conhecer mais sobre os passos desse tanto em seu passado quanto no futuro da Marvel nos cinemas. O ator conseguiu ampliar seu carisma com sua ótima e bem exposta interpretação, que faz considerar sim vê-lo em alguma série ou até mesmo em algum futuro filme. Acho a hipótese tanto plausível quanto com conteúdo para mais. É aguardar pra ver o que pode ser feito mais pra frente. ^^

Vilão 'Treinador': mal aproveitado.

 As cenas de ação contínua e realizada em sua maioria com efeitos práticos (lê-se sem muita computação gráfica) transpuseram e muito a lembrança (no meu entendimento, boa por sinal) ao longa da fase dois do MCU ‘Capitão América e o Soldado Invernal’. Com lutas bem viscerais, os combates são bem coreografados e remetem sempre ao bom padrão da Marvel em seus filmes. A fotografia nos momentos mais desconcertantes (como nas cenas em CGI) produzem um ótimo visual também. No entanto, uma das minhas ressalvas talvez seja por conta do vilão ‘Taskmaster’ (Treinador, em português). O fato dele ser um tanto quanto diferente dos quadrinhos não foi o que me incomodou de fato. O seu grau de periculosidade sim. Como é um vilão ameaçador, por conhecer e guardar as características de luta de todos os seus adversários, acredito que a solução que deram para o personagem foi fácil demais para o seu nível. Certamente ele poderia ter dado um pouco mais de trabalho a ‘Natasha’, para fazer jus ao seu intelecto e sagacidade. Um pouco mais de película mostrando mais de suas habilidades nesse caso ajudariam muito a trazer esse conteúdo para o antagonista. Uma pena. Queria mesmo que ele fosse mais ‘difícil’, por assim dizer.
 Uma outra falta relevante que considero destacar é o fato de não termos um desfecho adequado para a sub-trama iniciada logo nos primeiros minutos do longa de ‘Natasha’ com ‘General Ross’ (vivido pelo ator Willian Hurt). Narrativa essa derivada dos eventos de ‘Capitão América: Guerra Civil’, o final nos remete a uma enorme lacuna que não foi encerrada. Não houve explicação de como a protagonista escapou do comboio de Ross e nem muito menos o que aconteceu após esse evento, deixando em aberto uma importante explicação sobre essa parte da história da nossa querida espiã. E assim como disse no parágrafo anterior, alguns minutos a mais no filme talvez trouxessem um desenvolvimento melhor tanto ao antagonista quanto a esse desfecho.
 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! Mesmo com a ressalva do vilão e da sub-trama, “Viúva Negra” fecha com maestria o arco de Natasha Romanoff no UCM e abre inúmeros caminhos para os novos protagonistas. Uma real e bela homenagem - não vista em ‘Vingadores: Ultimato’ - tanto para essa incrível personagem quanto para a atriz que viveu por tantos anos o papel. A cena pós-créditos é melancólica e, ao mesmo tempo, olha para o futuro da saga Marvel nas telonas. Se curte esse universo estendido, é diversão certa para você. Vale muito o ingresso!


Um comentário: