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Poster bacana! ^^ |
Nova animação da Pixar tem bons momentos, diverte, mas não traz
aquele sentimento forte de afeição aos personagens. Vamos a
análise!
Sabe aquelas animações que grudam no inconsciente coletivo e se tornam incríveis e quase que instantaneamente épicas? Posso citar várias aqui só da Disney: ‘Toy Story’, ‘Frozen’, ‘O Rei Leão’ e por aí vai. O que todas essa tem em comum? Personagens realmente marcantes e todo um contexto narrativo que envolve o público de tal forma a ficarem marcados na mente. E mesmo que ‘Dois irmãos’ crie certos laços de identificação com o público, eles não foram suficientes para sustentar a permanência de seus protagonistas na mente das pessoas. E porque eu vejo dessa forma? Explico o por quê.
Sabe aquelas animações que grudam no inconsciente coletivo e se tornam incríveis e quase que instantaneamente épicas? Posso citar várias aqui só da Disney: ‘Toy Story’, ‘Frozen’, ‘O Rei Leão’ e por aí vai. O que todas essa tem em comum? Personagens realmente marcantes e todo um contexto narrativo que envolve o público de tal forma a ficarem marcados na mente. E mesmo que ‘Dois irmãos’ crie certos laços de identificação com o público, eles não foram suficientes para sustentar a permanência de seus protagonistas na mente das pessoas. E porque eu vejo dessa forma? Explico o por quê.
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A família 'Lightfoot' é fofa! ^^ |
A Pixar tem excelência em animação. Roteiros, trama, modelagens, direção de arte, tudo em suas histórias são ‘um nível acima’ até das demais concorrentes (mesmo com outras animações sendo ótimas também). Isso é um fato. Então tudo o que se espera é um mínimo dessa mesma qualidade. Só que o roteiro desse filme em específico não consegue (ao meu ver, cada um tem a sua opinião) a liga necessária para personagens realmente fortes e icônicos. Mesmo o protagonista ‘Ian Lightfoot’ tendo certa graciosidade, ele não consegue manter essa essência durante todo o tempo. O núcleo da família ‘Lightfoot’ é até interessante e tem um contexto familiar comovente, mas os coadjuvantes não produzem tanto impacto no protagonismo dos principais e nem fazem a trama ser mais relevante no que tange ao entorno dos objetivos traçados pelos tais, o que em certos momentos faz a narrativa esfriar um pouco. E esse é um dos pontos dos quais ele não se torna tão marcante: a narrativa não cria elementos de fato empolgantes e não se propõe em nenhum momento a isso. Parece que a força do objetivo a ser alcançado não se torna tão grandioso quanto ele realmente é. E as escolhas para o desfecho poderiam ser mais emotivas e profundas. Acho que foi isso. Aprofundar mais as relações dos protagonistas e criar mecanismos para que essas relações (que eram muito fortes e mesmo assim comoveram dentro do que foi mostrado) pudessem ter sido melhor exploradas. Foi assim na saga ‘Toy Story’ e em ‘O Rei Leão’. Eu não poderia esperar menos que isso (acho que consegui passar esse entendimento de fato).
Tudo que diz respeito as escolhas criativas também não construíram elementos, situações e personagens que pudessem ser bem absorvidos pelo consciente. Confesso que, além da família ‘Lightfoot’ (que tem um visual fofo), alguns outros personagens me causaram estranhamento a princípio, o que dificultou meu subconsciente a se agradar deles. Você acostuma, mas eles não se tornam relevantes de fato. Pouquíssimos tem o carisma que deveriam. Isso decerto atrapalha a experiência, pois sempre se espera que coadjuvantes brilhem e sejam atraentes ao público em geral (vide o sensacional ‘Olaf’, de ‘Frozen’). Mas aqui infelizmente eles não conseguem fazer bem esse papel. O que é uma pena. Como disse, sempre espero ‘um nível acima’ da Disney. Mas, não foi esse o caso.
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A trama se desenrola a partir desse momento. ;) |
E justamente o que marca na trama, como disse já anteriormente e para estabelecer o lado positivo de tudo, são as relações familiares entre os protagonistas mesmo, que são belas e tocantes. Elas produzem de certa forma o que o entorno deveria. Mas todo o lado bom dessa animação fica por conta deles, e são eles que produzem os melhores momentos como um todo. As partes, por exemplo, onde ‘Ian’ começa a aprender as mágicas necessárias para chegar ao objetivo de trazer o pai de volta e as relações interpessoais entre os irmãos são muito boas. Produzem cativantes e porque não, cômicas cenas. O irmão mais velho de ‘Ian’, que sempre creu que todos aqueles jogos e livros que possuía eram reais (dentro do contexto do filme) também protagoniza boas cenas. ^^
O 3D dessa vez não possui relevância tão intensa que chegue e ser super valorizado por aqui. Esperava mais desse recurso, que sempre acrescenta muito a experiência quando bem trabalhado. Dessa vez, querido leitor, fica de fato a seu critério a escolha. Não agrega de forma satisfatória dessa vez infelizmente.
Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADO! Apesar de todas essas críticas (e uma polêmica que já gerou muito incômodo mundo a fora), “Dois irmãos – uma jornada fantástica” ainda é um bom e divertido entretenimento. Não é das mais grandiosas animações do estúdio. Não mesmo. Mas entrega um material em que se vê o selo da Disney presente nele. Vale o ingresso!
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