quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Reflexão bíblica

 "Mas os que esperam no Senhor, renovarão as suas forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão" Isaías 40.31
 O capítulo quarenta do livro de Isaías nos revela grandes coisas acerca do contexto de Judá enquanto nação corrigida por Deus através do cativeiro babilônico. Uma delas é que tudo tem um tempo determinado por Deus. Inclusive a correção. Deus estava norteando o profeta a falar com o povo que um novo tempo haveria de vir. Que o tempo da aflição haveria de acabar para Judá. Que eles seriam revigorados e renovados por Deus. E dentro desse capítulo havia duas linhas de profecia: a imediata e a remota. A imediata condizia com o fim do cativeiro babilônico. A remota apontava para Cristo na Sua primeira vinda. Ei querido e amado do Pai. Nossas aflições, por mais longas e demasiadas que possam ser, elas certamente terão um fim. Deus determinou um tempo e estabeleceu um limite para todas elas. Limites esses que Ele compreende e entende até onde vai a nossa força humana. E quando Ele vê que está no tempo, quando Ele entende que o vaso está pronto, Ele mesmo libera a vitória, a paz e o renovo. Não desista de crer se Deus está te moldando. Não desista de orar. Não desista de clamar. Você terá suas forças renovadas, como diz o texto em apreço. E ainda que caia, Deus está e sempre estará presente pronto para nos perdoar e nos fazer recomeçar, pois é rico em misericórdia para conosco, desde que saibamos nos arrepender. E a canção que complementa essa mensagem de hoje é a lindíssima "Só espera - Klev". Deus tem nesse tempo falado muito com este que vos escreve através dessa canção e creio que falará ao vosso coração também. Reflita nesta mensagem, ouça o louvor e seja muito abençoado em nome de Jesus!

domingo, 23 de fevereiro de 2020

Filmes

SONIC - O FILME (Avaliação 4/5 - Muito bom!)

Lindo cartaz nacional! ^^


 Longa do ouriço azul mais querido dos games é divertido, nostálgico e convence os fãs de games. Vamos a análise! ^^
 Para quem ainda não está situado ou nasceu ontem: ‘Sonic the hedgehog’ foi um game criado pela empresa SEGA no ano de 1991 e se tornou a partir daí, além de mascote da empresa, um dos mais populares personagens da cultura pop. Dono de uma velocidade descomunal, uma arte fofa e backgrounds (cenários de fundo) lindíssimos, sua missão era libertar seus amigos do seu mundo das garras do maléfico Dr. Ivo Robotnik (Dr. Eggman no Japão), que planeja sempre transformar tudo e todos em robôs. A árdua tarefa do ouriço lhe rendeu vários games de sucesso (algumas decepções também), mas com o advento da internet, o protagonista foi se popularizando cada vez mais e ganhou, com toda essa notoriedade, a chance de estrelar seu próprio filme solo esse ano. E realmente conseguiu ir muito além das expectativas, sendo o longa baseado em um game que mais arrecadou nos EUA no seu primeiro fim de semana. Ponto para do diretor Jeff Fowler, que a principio havia apresentado uma versão do nosso querido personagem um tanto quanto estranha (nem um dos co-criadores japoneses do Sonic, Yuji Naka, havia gostado e lançou um comentário através do Twitter a época), movendo ao internet com uma enxurrada de críticas em torno do visual apresentado. Mas teve a ombridade e a humildade de aceitar a opinião pública e refazer todo o design para um modelo mais compatível com o original dos games e agora está colhendo os louros de sua nobre atitude, com o imenso sucesso do filme. ;)
Sonic agora está fofíssimo! <3

 No longa, logo no primeiro ato vemos um pequeno arco contando um pouco sobre a sua origem. Porém muitos desejam a fonte dos seus poderes e ele veio para a Terra com o intuito de se proteger. Até conhecer por aqui o Dr. Ivo Robotnik (Jim Carrey). A premissa, que parece um tanto quanto simples, se torna extremamente funcional do ponto de vista narrativo uma vez que a forma como isso foi abordado de maneira leve, doce e criativa fez com que a enorme empatia que já possuímos pelo amado personagem se tornasse ainda mais relevante. Decerto que também o novo visual (mais fofinho) também trouxe ao espectador (tantos os mais velhos, que curtiam os primeiros games do Sonic quanto os mais novos) muitas boas lembranças. E todo o clima descontraído, associado a uma inocente forma de retratar sua solidão por aqui, foi o ponto exato para gerar o carisma necessário para a audiência ‘comprar’ o filme. Ponto bastante positivo esse! :)
 James Marsden vive o personagem ‘Tom Wachowski’, um policial que vive em Green Hills (referências rsrs) e que se incomoda com o clima pacato demais de sua cidade, até se deparar com o supersônico amigo. A interação do personagem dele com Sonic é bacana e produz bons momentos em tela. Jim Carrey, que vive o vilão Dr. Ivo Robotnik, brilha no papel do icônico antagonista. Produz momentos de vilania de forma cartunesca e cômica, bem ao seu estilo de atuar. Consegue convencer e entregar um gênio do mal a altura da sua inteligência e interpretação. Sua escolha foi muito acertada para o papel. ^^
Carrey faz um excelente Dr. Ivo Robotnik! ;)

 Os efeitos visuais são muito bons, fazem dezenas de referências ao jogo e isso contribui ainda mais para que o fator nostálgico seja demasiadamente forte. Fases, detalhes, o modo como Sonic se porta quando está em ação (em muitos momentos lembrando fortemente os games) e seu visual bonito, bem feito e acertado ajudam muito a construir e consolidar ainda mais a narrativa de um filme que é baseado em um game. Some a tudo isso também menções e piadas a ícones da cultura pop, memes, atores e por aí vai. O conjunto da obra é bem ajustado, incluindo as canções, que são um outro ponto a favor, por todos os fatores já citados anteriormente. Congratulações a toda a equipe de produção pelo bom arranjo e cuidado com a forma de retratar todo o contexto. ^^
 Enfim vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! “Sonic – o filme” não peca em se apresentar ao público com tudo aquilo que ele realmente se propôs: um filme leve, divertido, bem localizado para os fãs de games e do ouriço e que funciona satisfatoriamente em uma hora e quarenta minutos de produção, com direito a dois pós créditos simplesmente sensacionais. Se és fã de games e curte o personagem, pode ir sem medo que é diversão garantida. Vale muito o ingresso!


domingo, 16 de fevereiro de 2020

Filmes

ARLEQUINA EM AVES DE RAPINA (Avaliação (4/5 - Muito bom!)


Ótimo cartaz nacional! ^^

 Novo filme do universo estendido da DC tem boa performance por conta de seu bom roteiro e das atrizes. Vamos a análise! ^^
 Antes de qualquer pergunta: sim, o universo estendido da DC ainda existe! Decerto que agora de forma bem sutil, sem muitos alardes, só se utilizando de detalhes para observar o comportamento do público e ver como as ideias se comportam daqui pra frente. Embora não pareça, ‘Mulher Maravilha’, ‘Aquaman’ e ‘Shazam’ fazem parte desse universo ainda! Sutis detalhes desses três filmes demonstram isso. Em ‘Mulher Maravilha’, mesmo o longa se localizando no passado, ele faz ligação ao presente no final, mostrando alguma conexão com a ‘Liga da Justiça’. Em ‘Aquaman’, ‘Mera’ (Amber Heard) cita que ‘Arthur Curry’ (Jason Momoa) ‘derrotou o Lobo da Estepe’, fazendo um pequeno elo também. E em Shazam, há várias referências da Liga e a aparição no final do próprio Superman. Ou seja, a DC tá meio que ‘comendo pelas beiradas’ nessa. E dessa vez se utilizou de uma personagem que, apesar de muito divulgada, não ocupa a nata dos personagens DC, mas tem sido trabalhada para se popularizar e ganhou notoriedade ainda maior com a ótima personificação de Margot Robbie em ‘Esquadrão Suicida’. E justamente por essa caracterização elogiada pela crítica (mesmo o filme não sendo lá essas coisas) foi que ela ganhou a oportunidade de se ter seu próprio filme solo. ;)

As protagonistas...

 E o que se esperar desse tipo de conteúdo? Fato número um: todo o filme se passa sob a perspectiva da personagem ‘Arlequina’. Então, se todo o roteiro gira em torno dela, é justo que cenários, figurinos e a própria Gothan sejam demonstradas sob seu olhar. Sabemos que Gothan City é uma cidade sombria, escura e obscura, onde o crime domina. Mas se analisarmos a personagem transloucada e de aparência extravagante de Margot, veremos que certas paletas coloridas no filme são justamente para consentir com o comportamento excêntrico da personagem. Isso ao meu ver é meio que óbvio. E ajuda também a movimentar a narrativa não só de sua história, mas das outras personagens também, que por sinal são muito bem introduzidas no filme. O roteiro brinca por vezes com os atos voltando no tempo e posicionando o comportamento, a ação e as motivações de cada uma das heroínas apresentadas, fazendo uma deliciosa mixagem bem ao estilo do primeiro filme do ‘Deadpool’. E isso funciona satisfatoriamente para o longa (flerta muito bem com a personalidade da protagonista), deixando-o mais conciso e até certo ponto, mais leve (embora ele seja por aqui classificação 16 anos e tenha cenas que o fazem ser para essa faixa etária).
 Fato número dois: o empenho descomunal de todas as atrizes envolvidas no projeto, somadas as boas coreografias das cenas de luta e ação, e mais o fato de a protagonista ter sido bem retratada na trama, não faz, no meu ponto de vista, o longa ter aspectos feministas. Percebe o comprometimento de todas com o projeto e a dedicação de cada uma ao papel que lhe fora incumbido. É notório e impossível negar isso. Como já disse anteriormente, todas foram muito bem apresentadas e bem inseridas no contexto do filme. Até os motivos pelos quais elas tem de se juntar ficam extremamente claros e verossímeis. Você consegue aceitar que no fim, suas motivações se encontram na mesma direção. E você meio que ‘compra’ isso. Jurnee Smollett-Bell (Canário Negro), Mary Elizabeth Winstead (Caçadora), Rosie Perez (Renee Montoya) e Ella Jay Basco (Cassandra Cain) protagonizam ótimos momentos e boas interpretações ao longo, incluindo a poderosa demonstração dos poderes da Canário. E mesmo que as Aves de Rapina não estejam na sua formação original dos quadrinhos, elas se esforçam (e o roteiro também) bastante para produzir de forma coerente a formação que o cinema apresentou.  

...e os antagonistas! :)

 Falar das atrizes mulheres e não falar dos atores seria também um grande equívoco da minha parte. Ewan McGregor (Máscara Negra) e Chris Messina (Victor Zsasz) protagonizam vilania de primeira linha. São ardilosos, cruéis, impiedosos e violentos. Tornam o estado de Gothan City tradicionalmente sombrio a vista deles. Tanto que no fim de terceiro ato há essa mudança do tom da paleta de cores justamente para que se demonstrasse todo o lado obscuro do vilão. Aliás, isso é algo que me fez gostar na película: ‘Arlequina’ também é uma vilã. Sua característica principal não foi alterada. As circunstâncias é que levaram não só ela mas a todo o restante das meninas aquela determinada situação com ‘Máscara Negra’. Ponto a favor para esse correto contexto no roteiro! ;)
 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! Margot Robbie reprisa seu já consagrado papel de Arlequina e, juntamente com outras atrizes, produz uma boa e divertida película, sob o olhar da psiquiatra louca. “Aves de Rapina – Arlequina e sua emancipação fantabulosa” (título inicialmente oficial dado ao projeto, mudado após o lançamento do filme pela Warner) é uma história bem contada que se dilui bem nas suas duas horas de projeção. Se curtes, vale sim o ingresso! ;D


terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Filmes

JOJO RABBIT (Avaliação 4,5/5 - Excelente!)

Ótimo poster! ^^


 Filme de Taika Waititi aborda o horror da guerra sob a ótica pura e inocente de um garotinho de 10 anos. Vamos a análise! ^^
 A temática dos conflitos da Alemanha nazista já foi mostrada em inúmeros filmes de diversos modos. Porém o diretor Taika Waititi, conhecido pelo seu conteúdo mais colorido e lúdico, nos entrega esta pérola em forma de conteúdo audiovisual que transporta o olhar do início do fim da segunda guerra na perspectiva de Jojo, um menino de apenas 10 anos que, motivado pelo seu ‘führer’ Adolph Hitler (Taika Waititi), sonha em ingressar para o exército alemão a fim de colaborar com seu país para vencer a guerra. Ele só não contava o quanto ele teria dificuldades para tal feito. E muito menos sabia que sua mãe escondia algo que mudaria sua vida para sempre. Essa premissa simples a princípio soa fácil demais do ponto de vista narrativo, porém quando o filme se aprofunda nas questões morais e psicossociais que a guerra traz, ele nos imerge num intenso questionamento que permeia todo o longa: qual o real valor do conflito?
Os 3 atores em ótima sintonia e excelentes performances! ;)

 Roman Grifiin Davis, que interpreta Jojo - o protagonista da história -, consegue produzir uma empatia natural, esbanjando carisma, competência, brandura e ternura na sua impressionante atuação. Todo o longa é projetado para refletir sua visão doce e pura de mundo, norteando suas convicções baseado em um amigo imaginário, que é o próprio Hitler (interpretado de forma cômica por Taika), que ele não conhece pessoalmente, porém irriga sua fértil mente com palavras de encorajamento e provocando o instinto voraz do menino em meio as circunstâncias apresentadas. E no decorrer da perturbadora cena da guerra, o menino se vê a margem de variadas questões e começa a notar um outro lado do mundo que ele mesmo criou e que não conhecia, que são as dificílimas posturas que ele precisa tomar com tão tenra idade. O nível da imersão dessa película é tão profundo que cria um forte choque de realidades entre o que é certo e o que na verdade deveria ser o certo. A forte e cativante performance do jovem ator de apenas 12 anos lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro 2020 na categoria ‘Melhor ator em filme musical e/ou comédia’. Incrível, não? ^^
 Scarlett Johanson interpreta a mãe de Jojo, ‘Rosie Betzler’, e faz um contraponto rico e interessante dentro do ambiente hostil em que se encontrava. Doce e de postura firme, se opunha completamente a ideia do conflito. Sua brandura, atuação precisa e a boa química com o jovem ator também lhe rendeu uma indicação ao Oscar 2020 na categoria ‘Melhor atriz coadjuvante’.
 Taika Waititi é um diretor que tem por característica principal abusar da sátira e do sarcasmo. Além de seu personagem, que é ninguém menos que o próprio Hitler (fomentado pelo imaginário do menino, pois Jojo não o conhecia pessoalmente), vemos no teor da comédia o ponto crítico necessário para apresentar, com muito respeito, sua visão pessoal do que a guerra realmente traz. Sua interação com Roman Griffin é simplesmente sensacional e cria momentos hilários ao longo. Mas quando o longa precisa repentinamente sair do tom mais leve, é aí que o diretor brilha. A mistura de sentimentos gerados é de se encantar e emocionar pela leveza e postura de se tratar de um assunto tão sério de forma tão cuidadosa, sem ofender ninguém e indo no ponto exato onde ele queria chegar, que é o questionamento: alguém realmente sai vitorioso com esse conflito? As nuances dessa reflexão no filme certamente mexeram com os membros da academia (mexeu comigo também), a ponto de indicarem o longa ao Oscar 2020 na categoria ‘Melhor filme’. Além disso, o capricho visual na bem posicionada fotografia e um roteiro extremamente bem humorado e caprichosamente elaborado permitiram a obra a concorrer em outras categorias também, como a de ‘Melhor roteiro adaptado’, por exemplo.
Essa 'duplinha' funciona muito bem: Roman Griffin e Archie Yates. ^^ 

 Nenhum lado na verdade vence plenamente uma guerra. O nazismo inconsequente de seu maior líder dizimou milhares de vidas. E não só esse regime como também o pavor da Segunda Guerra só trouxe malefícios e mortes ao mundo. Taika soube transpor plenamente seu argumento para a tela. Soube dissertar e trazer essa discussão ao espectador com maestria. No fim desse período tenebroso, famílias foram separadas, vidas destruídas e vítimas psicossocialmente abaladas que nunca mais seriam as mesmas. Não foram milhões de soldados em estatística. Foram milhões de pais, filhos, esposos, netos. Não foram milhões de judeus. Foram vidas únicas que nunca mais iriam poder voltar. Nunca veriam novamente a luz do dia. Não veriam seus filhos crescerem. Não veriam mais seus pais. A comunhão interrompida pela covardia. O ódio destilado até no coração dos mais inocentes. E Jojo foi a representação brilhante dessa inocência. Até se lhe abrirem os olhos para a verdade que estava velada em sua frente. Quem for ver, vai entender.
 Enfim vale a oena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! O diretor Taika Waititi faz de “Jojo Rabbit” uma jóia que reflete todo seu brilho e pureza, mas ao mesmo tempo possui toda sua dureza e vigor declarados em um mesmo objeto. É daqueles filmes que trazem sentimentos e produz reflexão das mais variadas formas. Como disse lá no início, uma pérola rara encontrada ao mar. Vale demais o ingresso!

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Filmes

BAD BOYS PARA SEMPRE (Avaliação 4/5 - Muito bom!)

Ótimo poster nacional! ;)

 Novo longa da conhecida franquia tem história bacana e é recheado de bons momentos de ação e tensão. Vamos a análise! ^^
A franquia ‘Bad boys’ fez sua estreia em 1995 e foi o filme responsável por alavancar a carreira de seu principal astro, Will Smith. Dirigido na época por ninguém menos que Michael Bay, o trabalho obteve um enorme sucesso de público e bilheteria e ganhou uma continuação tardia no ano de 2003, porém não menos relevante. Desde então um enrome hiato se fez em torno da marca. Até que esse ano (2020) uma nova continuação da tradicional história desses famosos personagens policiais/detetives ganhou nova vida em um roteiro extremamente envolvente e cativante, trazendo de volta todo o universo desses icônicos personagens.
Icônicos atores e personagens! ^^
 Agora em versões mais maduras - o filme se passa de fato 25 anos após o original -, ‘Mike Lowrey’ (Will Smith) e ‘Marcus Burnett’ (Martin Lawrence) já estão com certa idade para aposentadoria, mas ainda estão na ativa combatendo o crime. ‘Marcus’ (Lawerence) já conta com seu descanso permanente, mas ‘Mike’ (Smith) ainda quer se manter como um cara durão. Porém um grave incidente deixa as coisas complicadas para os dois policiais e eles novamente estarão as voltas com mais um caso para resolver. O que de cara me chama atenção é o cuidado em trazer para a realidade o tempo e a idade de cada um deles. Ambos já passaram dos cinquenta anos e não combinaria mais manter a juventude de outrora. Isso demonstra, por parte da produção, coerência e dá certo charme ao roteiro que por sinal é muito bem escrito. A envolvente história contada prende o espectador firme na tela e tem um desfecho descomunal com alguns ‘plot-twists’ (reviravoltas) interessantes durante. Tudo isso somado ao carisma inconfundível tanto de Will quanto de Martin e a química que entre os dois funciona impecavelmente bem. Detalhe para os diálogos bem construídos e extremamente cômicos do personagem de Martin Lawrence. A pegada mais ‘vovô’ de Lawrence combinou perfeitamente com o papel e ele dá um show de tiradas hilárias e bem postas durante a projeção. A ação e a comédia se misturam prazerosamente bem e ambos esbanjam competência e bom humor. A atmosfera mais ‘carregada’ do filme não é ofuscada em momento algum pela leveza das piadas e toda a engrenagem gira ‘redondinha’ ao longo das duas horas de projeção. ^^
Ótimo vilão!
 Quero também dar destaque ao bem construído vilão vivido pelo ator Jacob Scipio. A perspicácia, sagacidade, agilidade e robustez da juventude fizeram com que esse fosse um antagonista temido e perigoso, já que faz uma bela oposição a idade já avançada dos policiais. A atuação de Jacob, ao meu ver, também foi muito primorosa no que diz repeito dar vida a um personagem tão frio e calculista, sedento por vingança em meio a um passado amplamente obscuro. Tem minha menção honrosa e seu mérito também por sua ótima interpretação ajudado, como já disse, pelo bem elaborado roteiro. ;)
 Há também um outro ponto que quero destacar no que diz respeito a questões não resolvidas ou mal resolvidas do passado que podem influenciar toda nossa trajetória futura. Esse pequeno mas importante detalhe me chamou muita atenção, pois a trama vai falar de uma forma mais intima sobre isso. Não dando ‘spoilers’, o desfecho narrativo abordado revela que decisões erradas - principalmente as da juventude, nesse caso -, podem levar a conflitos desgastantes no futuro. E o filme aborda isso muito de forma inventiva e criativa e deixa-nos uma relevante reflexão sobre nossas escolhas. A abordagem da película fará você entender que, pensar bem antes de se envolver em situações pode te fazer evitar muitas coisas. E justamente por esse contexto ter sido bem explorado e bem construído, achei relevante abordar. Quem ver, vai entender. ;)
 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! “Bad Boys para sempre” tem Will Smith e Martin Lawrence em suas melhores performances e faz a fórmula dos ‘filmes policiais’ funcionarem extremamente bem. Vilão bem feito, boa narrativa e diálogos hilários permeiam essa ótima e divertida produção. Vale realmente o ingresso! ;D


terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Reflexão bíblica

 "Então vi eu que a sabedoria é mais excelente do que a estultícia, quanto a luz é mais excelente do que as trevas" Eclesiastes 2.13
 Nossa incessante busca pelo sucesso e prazeres da vida pode vir a nos conduzir para um caminho perverso, que é o caminho da insensatez. Somos constantemente levados a crer que de tudo necessitamos e precisamos de forma quase que bruta. E não que adquirir bens seja errado ou pecado aos olhos de Deus. De maneira nenhuma. O que na verdade em muitos e muitos casos falta é sabedoria vinda do Céu para lidar com nossos excessivos desejos e conveniências humanas. Somos capazes de acumular dividendos só pela necessidade de adquirirmos o celular mais caro pelo 'status' que aquilo nos proporciona. Adquirimos bens que por vezes nossos recursos não o podem manter ou pagar. E Salomão, em toda sua trajetória de vida - e dentro de seu contexto de época - viveu, de forma muito ampla, uma vida regada de prazeres. Em todo esse texto de Eclesiastes 2 ele demonstra o quanto teve condições de realizar todas as suas vontades enquanto ser humano e rei. Mas percebeu que vontades sem responsabilidade era 'vaidade e aflição de espírito'. Notou que adquirir sabedoria para lidar com o que tinha era 'mais excelente que a estultícia' (estupidez), que a luz (do entendimento, do conhecimento e da moderação) era 'mais excelente que a trevas'. Ei querido, Deus está te convidando a entender que a porção que Ele nos dá é para administrarmos com sabedoria, sem exageros e com moderação. Somos 'mordomos' do Pai, no sentido de cuidarmos tanto da nossa vida quanto dos nossos incontáveis e incessantes impulsos. Precisamos buscar na leitura e na oração o bom entendimento de Cristo para não sermos tragados pela nossa constante vontade de consumo excessivo. E entender que o bocado do 'maná' que Deus nos dá hoje é para saber se conseguiremos ser 'fiéis no pouco'. Pense nisso, reflita e seja abençoado pela meditação destas palavras em nome de Jesus!