segunda-feira, 28 de abril de 2025

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UM FILME MINECRAFT (Avaliação 3,5/5 - Muito Bom!)

 Um dos games mais vendidos de todos os tempos acaba de ganhar seu primeiro longa. Vamos a análise!
 Convenhamos: um game de personagens 'quadrados' em pleno 2009 parecia algo meio 'sem sentido' pra uma época onde jogos grandes e bem produzidos já estavam sendo feitos. Mas o que parecia ser mais um 'indie' de pequenas proporções se tornou em um dos sucessos comerciais mais lucrativos dos últimos anos. Certamente quando a experiência de 'Minecraft' foi lançada, a Mojang, empresa responsável pela produção, não imaginaria que ele se tornaria um dos games mais populares de todos os tempos. Tão popular que em 2014 a Microsoft adquiriu a empresa e o jogo por alguns bilhões de dólares aí. Decisões corporativas à parte, a verdade é que as crianças e inúmeros adultos mergulharam naquele cenário onde você é o construtor de sua própria história. Nada de narrativas elaboradas e nem gameplay cheio de mecânicas. Basta um pouquinho de criatividade e pronto. Agora é diversão sem limites - mesmo - para todas as idades. E era certo que em algum momento esse sucesso todo ia ganhar outras mídias. Então, cá estamos com mais um filme baseado em videogames de muito sucesso que, por sinal, está fazendo muito burburinho nas telas. Vamos ver o porquê disse logo mais abaixo.

Jack Black sendo Jack Black.

 Ótimo elenco. A escolha de Jack Black para protagonizar o longa caiu como uma luva para o roteiro. Grande fã do game, ele brilha mas não centraliza a narrativa nele. Pelo contrário, todo o elenco formado por Jason Momoa, Sebastian Hansen, Danielle Brooks e Emma Myers são muito bem alocados durante toda a produção. Mas não espere roteiro de Oscar. É um trabalho totalmente voltado para crianças e adultos que gostam de vídeo game. É exatamente assim que o filme se apresenta. E ele se sustenta todo sob essa premissa. Ponto. O que vale aqui é a diversão, o entusiasmo e o entrosamento dos atores que é bem peculiar. Parece que estão se divertindo em um óculos de realidade virtual. Bem isso mesmo!
 'Legendary' arrebenta. O estúdio que já produziu grandes filmes com qualidade de CGI altíssimas - como os filmes de 'Godzilla/Kong' -, retorna nesse com mais um acerto. O mundo de "Minecraft" é incrivelmente vivo, rico, detalhado e não fica devendo nada para suas outras produções e até para outras produtoras. Uma empresa que sabe o que faz e como faz. Não só imaginar o mundo criativo do game, mas transpor o mesmo da forma mais satisfatória possível para outra mídia. E esse estúdio tem muita credibilidade nesse quesito.
 Design extremamente criativo. Como o mundo desse game é extremamente inventivo, todo o design dos cenários aos figurinos são muito bem produzidos. Para muitos que jogam assiduamente, há inúmeros 'easter-eggs' e personagens que são populares inseridos na película. É difícil, mesmo para alguém que não conhece bem o jogo, não perceber o cuidadoso trabalho envolvendo arte, criatividade e CGI competente.

Ótimos coadjuvantes.

 3D que vale a pena. Dessa vez eu vou recomendar o recurso por pelo menos fazer o 'dever de casa' e entregar momentos de imersão, construindo uma experiência ainda mais divertida a produção. Vale as moedinhas a mais!
 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! "Um Filme Minecraft" se concentra mais em provocar o público amante de games com um elenco muito bom, características baseadas no game que funcionam e muitos detalhes a perceber para quem curte o produto original. Não espere história grandiosa nem roteiro profundo. Assente-se, dê boas gargalhadas e divirta-se junto com as crianças. Vale muito o ingresso!

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segunda-feira, 14 de abril de 2025

Filmes

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VITÓRIA (Avaliação 5/5 - Excelente!)

 'Vitória' é a melhor maneira de expressar a vida da protagonista desse longa. Vamos a análise!
 Todos nós sabemos dos problemas e situações desagradáveis que vivemos em vários estados do Brasil de maneira geral. A violência é um dos temas mais debatidos durante anos e anos por todo nosso país. Mas e quando a coragem de uma mulher vai muito além das estatísticas dos jornais? E quando somos capazes de fazer o impensável, ou o quase impossível? É isso que D. Nina, a personagem da vida real, interpretada com maestria por Fernanda Montenegro, faz. Ela sai do trivial para fazer história com sua própria vida. Vida essa que virou essa magnífica obra cujo final não é dos melhores, mas deixa uma marca de intrepidez e ousadia que poucos de nós temos. Vamos ver um pouco do porquê disso mais abaixo.

Fernanda Montenegro: grande atuação.

 Arriscando a vida. Mesmo com a vida difícil morando a beira de uma comunidade no Rio de Janeiro, D. Nina muitas das vezes se sentia inconformada com a situação que vivia. O que pra muitos é motivo pra se acuar, para ela foi o gatilho que a fez transpassar seus limites, comprar uma câmera e começar a gravar tudo o que se passava ali (parece 'spoiler' aqui, mas isso é mostrado no cartaz e nos trailers). E não só isso. Ela se fez valer de todos os recursos que tinha na época para ser vista e ouvida pelas autoridades. O nível de resiliência, coragem e medo são pontos que fazem desta senhora alguém que inspira, mesmo sabendo que muitos de nós não teríamos a força necessária para fazer o que ela fez. Fica aqui uma homenagem a esta que, mesmo que não houvesse terminado com todos os problemas do Rio de Janeiro, desafiou-se a si mesma em prol de justiça. Louvável atitude!
 Fernanda Montenegro. Mesmo sabendo somente após seu falecimento sobre a identidade real de D. Nina, que era negra, não desmerece nem um pouco a atriz escolhida para viver esse papel tão forte e tão nobre. Fernanda Montenegro é uma atriz completa que, no auge dos seus mais de 90 anos, continua entregando uma atuação orgânica, impecável e que passa para o espectador todo o sofrimento que a pessoa real viveu diante dos seus olhos. Fernanda marca mais uma vez com seu olhar, suas atitudes e sua emoção, trazendo não só consigo toda sua bagagem, mas contracenando de forma fluida com todos os outros personagens envolvidos nessa obra, como o ator Alan Rocha e o ator mirim Thawan Lucas, coadjuvantes importantes da trama principal vivida pela protagonista.
 Trabalho artístico pleno. É possível notar o cuidado visual desse trabalho em cada cena, nos figurinos, locações, no destaque muitas das vezes no semblante da protagonista, na fotografia impecável - e porque não dizer assustadora da realidade -, que transborda durante o filme inteiro. Até às licenças poéticas (normalmente são cenas que não aconteceram na vida real) são dignas de aplausos. Tudo muito bem elaborado para enriquecer a obra e nos transportar para aquele ano e para todas as sensações e sentimentos que mexeram não só com a personagem principal, mas com toda aquela conjuntura a época. Magnífico!

Thawan Lucas: atuação excelente.

 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! "Vitória" é o retrato da dor, do sofrimento e do cenário caótico que muitas localidades ao redor do nosso país vivem. 'D. Nina' é o suspiro de um povo inquieto mas que ao mesmo tempo quer ter paz. No entanto não somos capazes de ser como ela. Uma obra para ver, se emocionar e pensar sobre. Vale demais o ingresso!


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quinta-feira, 27 de março de 2025

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UMA ADVOGADA BRILHANTE (Avaliação 3/5 - Bom!)

 Leandro Hassum garante boas risadas nessa comédia que, apesar de alguns clichês, diverte bastante. Vamos a análise!
 Costumo dizer que rir é algo muito pessoal. Cada um vê e interpreta algo cômico das formas mais diferentes possíveis. Não há senso comum sobre o riso e filmes de comédia. Então elaborei essa resenha com base em critérios pessoais de comicidade. Hassum é um ator que tem sua veia cômica bem delineada e tenho muito apreço pela forma com que ele faz rir. Dito isso, o longa em questão estrelado por ele é altamente bem humorado e toca em um assunto bem sensível sem ofender. É assim que defino o astral desse longa. Veremos alguns pontos e críticas logo abaixo.

Hassum: hilário.

 Altamente escrachado. O humor desse longa pode ser definido dessa forma por conta de seu principal astro. A ironia, o ar debochado e suas facetas sempre fizeram parte de sua icônica forma de produzir conteúdo. 'Até que a sorte nos separe' é um ótimo exemplo disso. Tem um perfil de 'enlatado americano'? Tem. Mas suas inspirações sempre vem de atores de fora que fazem comedias também. Isso é um fato. O que equilibra a balança aqui é o elenco que alinha outros pontos legais da produção. A atriz que faz sua ex-mulher, o menino que faz o filho - o talentoso ator mirim Gabriel Avellar -, a sua transformação em mulher - que faz sentido na trama e é hilária -, juntamente com a atriz que faz sua amiga advogada criam um ambiente acessível e crível ao riso. A fórmula pode até ser batida, mas funciona no aspecto geral, principalmente porque é a primeira vez que Hassum se veste de forma feminina e essa troca homem/mulher dele é um dos pontos altos da película.
 Temática muito relevante. Além da trama principal, na qual ele luta pra manter o filho por perto, há uma sacada interessante em uma das subtramas, que diz respeito a falta de sensibilidade e respeito com as mulheres no ambiente de trabalho. E por mais que isso seja lançado em tela de forma muito leve e cômica, cabe aqui ressaltar que, de alguma forma, várias práticas abusivas foram retratadas ao longo do filme, criando, de forma suavizada, uma panorâmica conscientização sobre o tema e sua importância desde sempre. Respeito deve ser mútuo e ambos os lados precisam estar de acordo com os preceitos trabalhistas e em como lidar com isso dentro do ambiente no qual está inserido. Isso é pautado claramente durante toda a produção. Ponto muito positivo esse!

Leandro Hassum e Gabriel Avellar: ótima dupla.

 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADO! "Uma advogada brilhante" tem Leandro Hassum garantindo boas gargalhadas e uma mensagem embutida para todas as idades: a de que, em qualquer lugar, todas as mulheres merecem muito respeito e consideração. Talvez seja essa a maior moral que o filme quer nos passar. E isso ao menos o longa o faz com maestria. Vale o ingresso!

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quarta-feira, 19 de março de 2025

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FLOW (Avaliação 4,5/5 - Excelente!)

 Animação ganhadora do 'Globo de Ouro' e 'Oscar' 2025 encanta sem dizer uma única palavra. Vamos à análise!
 Filmes em formato de desenho tem aos montes. Mas e quando ele usa apenas do visual como fator narrativo? Assim é esse longa produzido na Letônia e que ganhou o mundo com sua estética de video-game e uma trama nada usual. Você segue os passos de um gato que passa por diversos apuros antes que uma enorme enchente atravesse o local onde ele vive. Na caminhada, vai encontrar outros animais que irão certamente unir visões diferentes de mundo juntamente com o gatinho protagonista. Uma mistura de conceitos estéticos e incrivelmente convincentes com um grupo de bichos com hábitos muito distintos. Vale ressaltar que os personagens desse longa não se comportam totalmente como animais de verdade. Há uma bem humorada licença poética durante a produção, que enriquece ainda mais a interpretação da película. Veremos mais abaixo o porquê dessa história ser tão especial.

Gatinho em apuros.

 Conviver com as diferenças. Devido ao evento de proporções gigantescas sucedido ao longo, alguns animais precisam adentrar em um barco para sua própria sobrevivência. E o mais interessante dessa dinâmica é a metáfora do convívio por partes dos bichos. Cada um é de um jeito completamente diferente do outro e todos precisam lidar com as peculiaridades de cada um de algum jeito, por estarem todos na mesma situação. É a convivência humana destacada de forma brilhante durante todo o ciclo envolvendo a catástrofe ambiental do longa. Alguns vão te defender, outros vão te esnobar, muitos pra você não faz diferença, já outros você vai se importar e muito. É literalmente a arte imitando a vida. E isso acaba se tornando muito filosófico, pois há diversas camadas de interpretação por diversas faixas etárias diferentes, justamente pelo fato do filme não ter diálogos. Magnífico!
 Direção extremamente criativa. O diretor letão Gints Zilbalodis simplesmente inova com uma produção simples (feita no programa 'Blender', um software gratuito e de código aberto), mas absurdamente criativa em diversos pontos. Sendo o roteiro também escrito por ele, a sensibilidade e o alto nível das camadas e ideias postas no longa surpreende pela riqueza dos detalhes. Por exemplo, de quem era o gato em questão antes da catástrofe? Havia humanos naquele ambiente anteriormente? Em que período a película se passa? Ele deixa essas pontas soltas justamente para filosofarmos sobre. Mas no que ele se atém o faz de forma impecável. A concentração total da narrativa não falada está no ambiente, na natureza e nos bichos envolvidos na história. E direção e produção brilham muito nesse quesito.
 Licença poética muito bem usada. Mencionei no segundo parágrafo desta resenha o uso da licença poética nesta produção. Então, a forma com que os animais se relacionam não são tão livres quanto animais da vida real. Existem olhares, pedidos, ironias que dão norte a história contada, e são exatamente essas inserções que vão trabalhando a imaginação do espectador e a narrativa do longa, além de dar um belo charme a produção. O uso desse recurso está intrinsecamente ligado ao fato de ser uma animação, obviamente. Os bichos tem sim suas características reais bem polidas e bem utilizadas no longa, mas para ser assertivo na história que o diretor queria passar, era necessário sim esse artifício, senão cada animal faria algo aleatório demais para se conceber em uma produção desse tipo. Todavia essa dinâmica ficou muito bem pontuada, sem passar do ponto e ditando um meio termo que busca até certo ponto ser realista, mas sem perder o encanto do que é a magia de uma animação. Ponto muito positivo esse!

Parte do 'elenco' do longa.

 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! "Flow" é uma animação simples que extraiu o melhor de dois mundos: uma história complexa, com camadas a cada cena e, ao mesmo tempo, simples para todas as faixas etárias entenderem. Uma mistura charmosa, criativa e com uma mensagem poderosa que mereceu os prêmios que recebeu. Não se esqueça que há uma cena pós-créditos. Vale demais o ingresso!

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sábado, 8 de março de 2025

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CAPITÃO AMÉRICA - ADMIRÁVEL MUNDO NOVO (Avaliação 3,5/5 - Muito Bom!)

 Novo longa da Marvel tem trama inexpressiva, porém sua história aponta os rumos pro futuro do UCM. Vamos a análise!
 "Capitão América" já passou por três filmes cujo manto e o escudo estavam nas mãos de ninguém menos que 'Steve Rogers' e foram tão emblemáticos quanto, agora, nostálgicos também. A responsabilidade de passar o escudo para 'Sam Wilson' em 'Vingadores: Ultimato' e sua consequente transposição em 'Falcão e o Soldado Invernal' trouxe um senso de comoção e dúvidas se o novo portador iria dar conta de manter o legado de pé. Pois bem, cá estamos no quarto filme da franquia - e o primeiro com 'Sam' (Antonie Mackie) como protagonista - e vemos sim, diferenças pontuais entre os dois estilos. Todavia, há pontos positivos que precisam ser abraçados e críticas, como toda obra que a 'Casa das Ideias' produz. Veremos abaixo um pouco dessas questões com mais detalhes.

Harrison Ford (Ross) e Antonie Mackie (Sam).

 Trama sem vida. O que faz a trama de um filme atiçar seu público com certeza são os diálogos que ela carrega. Quanto mais ousados e bem pontuados, maior é a chance do capricho na hora das falas. E, mesmo a trama querendo ser de 'gente grande', ela não faz jus exatamente pelos diálogos que por vezes são rasos e sem aquela 'provocação' que o público em geral gosta. Acertos como falar sobre o 'Celestial' no meio do oceano e criar autocríticas em 'Sam' sobre o peso de ser herói e líder foram ofuscados pelos outros que poderiam ser mais densos e intensos, criando realmente um clima mais carregado de instabilidade internacional, como o longa se propõe. Cabia ao roteirista prover essa construção de diálogos melhores para encorpar mais a trama sem perder o foco - exatamente como ocorreu em 'Capitão América e o Soldado Invernal'. Faltou coragem para um texto mais arrojado. Uma pena.
 História e relação com o UCM convencem. Já por outro lado, os rumos do universo cinematográfico começam a ser redefinidos aqui, mesmo que de forma abruptamente tardia. Como a fase 4 não entregou praticamente nada sobre os conceitos de multiverso, a demanda acabou oscilando demais e quebrou todas as expectativas do público em relação a nova saga. Vislumbres pontuais aqui e ali - e que eram para ser constantes para manutenção do engajamento - não foram supridos e o espectador em geral se esfriou. Só agora nessa película temos finalmente o retorno da construção dos pilares para o final da saga, algo que já era para estar bem consolidado aqui, por sinal. Bom, antes tarde do que nunca. E sobre este ponto o acerto em trazer a memória o passado, centrar o protagonista no presente e remeter-se ao futuro dos próximos filmes já foi de um bom senso bem grande do Kevin Feige, que havia perdido totalmente a mão da 'Saga do Multiverso'. Isso por si só já elevou bastante o nível do longa e deu ânimo para estar atento às próximas produções e os rumos que elas vão tomar até o novo clímax nos dois filmes dos 'Vingadores'. Ponto positivo esse!

Carl Lumbly (Isaiah): ótimo em cena.

 3D de baixo padrão. Como sempre, assistir a esses filmes no recurso é um desafio que eu sempre enfrento por causa de vocês, queridos leitores (rs). Mais uma vez a tecnologia começa razoável e termina sem brilho nenhum. Sou um entusiasta do recurso e amo vir aqui dar essa dica para o público. Mas a Marvel, comumente - nem sempre, às vezes acerta - não entrega o que se preza nos efeitos. Caso queira assistir sem, pode ir pois não fará diferença no que diz respeito a uma maior imersão no longa.
 Enfim, vale a pena ver? MUITO RECOMENDADO! "Capitão América: admirável mundo novo" não acerta em construir uma trama realmente épica, mas é ao menos uma produção decente para os fãs mais ávidos pelas histórias do UCM. O filme começa a dar diretrizes que irão certamente - e finalmente - desenhar os caminhos para o clímax e desfecho dessa confusa nova saga. Antonie Mackie (Sam Wilson), Harrison Ford (Thaddeus Ross) e Carl Lumbly (Isaiah Bradley) são os destaques desse longa. Se o UCM é para você, vá e se divirta. Vale o ingresso!

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domingo, 9 de fevereiro de 2025

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CHICO BENTO E A GOIABEIRA MARAVIOSA (Avaliação 5/5 - Excelente!)

 Longa do caipira mais amado dos quadrinhos é sublime e nostálgico. Vamos a análise!
 Quem aí não conhece os quadrinhos do Maurício de Sousa? Quem em algum momento da vida não se pegou lendo algum dos seus gibis com seus icônicos personagens? Depois do retumbante sucesso de "Turma da Mônica" 'Laços' e 'Lições', nada mais justo que nosso caipira preferido virasse um 'live action'. E para surpresa de zero pessoas, desde a criação, produção, escolha de elenco até os detalhes da 'Vila Abobrinha' e tudo o que diz respeito ao universo do 'Chico', impressiona o resgate da memória dos adultos - como eu -, que amavam as histórias desses personagens e ver que eles estão ali vivos e de forma tão inteligente e peculiar. E não só isso, as crianças de hoje foram agraciadas com um produto feito sob medida para elas, o que revela o quão cuidadoso o diretor Fernando Frahia foi na abordagem entregue no longa. Veremos mais abaixo o porquê de tamanha precisão e o quão assertiva essa obra foi concebida.

Turminha linda!

 Elenco e figurino impecáveis. Nem sempre a escolha de um elenco combina com o propósito da produção. Todavia, nesse caso, do elenco infantil ao adulto as escolhas foram excelentes e muito bem pontudas. Vale muitos elogios aqui para o elenco mirim: do Isaac Amendoim (Chico Bento), Ana Júlia Dias (Rosinha), Pedro Dantas (Zé Lelé), Guilherme Tavares (Zé da Roça), Davi Okabe (Hiro), Enzo Henrique (Genesinho) até a Lorena de Oliveira (Tábata). Quis realmente elencar aqui todos porque eles merecem demais! Extremamente afiados e competentes, dão vida a cada personagem com tanta naturalidade que você realmente identifica a turminha ali, na sua frente, em tela. Maurício de Sousa, equipe de produção e direção souberam escolher com muito afinco as crianças que iam interpretar cada personagem e o resultado é realmente encantador. Fora os figurinos que, mesmo sendo simples, dão o toque final para toda a história que é contada no longa. Mas é exatamente o simples que se tornou o grande trunfo dessa produção. Ser totalmente fiel aos quadrinhos é o grande charme da película e o que faz ela brilhar os nossos olhos de alegria. 'Bom dimais da conta sô'!

Chico Bento e Nhô Lau.

 Roteiro simples e eficiente. A simplicidade narrativa é na verdade mais um grande ponto a favor do longa. Não há um momento sequer que não lembre as histórias curiosas, desengonçadas e engraçadas da turma do 'Chico Bento'. E é aí que entra em cena produção e direção que, com uma aura muito sublime, resgatou exatamente como seriam as histórias se transpostas em 'quadrinhos visuais', pois é exatamente esse termo que define o que vemos no filme. Uma verdadeira aula de simplicidade, meticulosidade e excelência em cada quadro, em cada piada - todas muito bem colocadas -, em cada gesto dos personagens, em cada diálogo, além do fato de se explanar sobre a preservação da natureza para as crianças de um jeito muito doce e peculiar, com um argumento leve, saudável e divertido. Um trabalho primoroso e muito gostoso de se assistir!

Genesinho (Enzo Henrique): vilão 'fofo'!

 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! "Chico Bento e a Goiabeira Maraviosa" é Maurício de Sousa na sua mais pura essência. Captar o núcleo de uma história em quadrinhos ou qualquer outro material fonte não é tarefa fácil. Mas aqui é entregue um material rico, de beleza e fotografia incontestáveis e com um elenco lindo de se ver. É uma viagem no tempo para os mais velhos e um doce sopro de vida para os mais novos. Dois públicos distintos contemplados com a mesma sinergia. Vale demais o ingresso!

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terça-feira, 21 de janeiro de 2025

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SONIC 3 - O FILME (Avaliação 4,5/5 - Excelente!)

 Novo longa do 'Ouriço Azul' é divertido e introduz muito bem outros personagens. Vamos a análise!
 Há algum tempo a jornada de filmes e séries sobre games começou. Quarentões como eu temos recebido bastante conteúdo sobre o tema. A grande questão sempre é que quantidade não é qualidade. Mas algumas produções tem se destacado das demais e vem construindo suas próprias escadas de sucesso. Esse é o caso de 'Sonic'. O 'Ouriço Azul' criado pela SEGA no final dos anos 80 do século passado atravessou gerações com seus jogos icônicos e chegou aos dias atuais com uma massiva campanha de 'marketing' para angariar um público mais novo. E conseguiu com muito sucesso por sinal. E ainda digo que com pouco esforço, pois os personagens da saga são fofos e carismáticos o suficiente para se vender para o público infantil. Certo. E porque não consolidar de vez esse acerto com filmes? Perfeito! Cá estamos nós com um grande sucesso de público e bilheteria no seu terceiro longa e ainda cabe espaço para muito mais. Veremos o porquê mais abaixo de mais um grande acerto da Paramount/SEGA neste terceiro filme.

O trio carismático de protagonistas.

 Roteiro mais uma vez assertivo. O que move a qualidade de qualquer produção são seus roteiros. Inegável essa premissa. O filme pode ter os efeitos especiais mais impressionantes, todavia se o roteiro for fraco e não tornar os personagens relevantes para o público, dificilmente o sucesso vem. Não é o caso aqui. A introdução de 'Shadow', por exemplo, é muito bem narrada e o público cria empatia pelo personagem mesmo ele sendo um vilão. É exatamente isso que bons roteiros fazem - e nem precisa ser um roteiro de filme de 'Oscar'. É só construir personagens cativantes e com personalidade para os espectador. E mais uma vez acertaram o tom do filme nesse quesito.

Jim Carrey: excelente ator.

 O carisma gigantesco de Jim Carrey. Reconheçamos: Jim Carrey é um ator completo do ponto de vista dramatúrgico. Seja drama, comédia ou qualquer outra categoria ele consegue prender seu público com suas facetas. Seus filmes até hoje tem apelo nostálgico e isso faz dele merecedor de todos os aplausos. Inclusive neste papel de 'Robotnik/Eggman'. Ele cria e recria a caricatura do icônico vilão do 'Ouriço' com uma maestria e comicidade que só ele poderia fazer nesse papel. E encarar de forma plena dois personagens no mesmo filme não é para qualquer um. Seu 'timing' cômico é perfeito quando os dois estão juntos. O que faz um grande ator ser o que é, além do seu incontestável carisma, é a capacidade de se reinventar em seus papéis. E prazer. Esse é Jim Carrey!
 Shadow, o vilão emblemático. O enigmático antagonista aparece pela primeira vez nos longas e é construído com personalidade forte e uma história de fundo bem interessante. Mesmo ainda não tendo os detalhes completos de sua origem, a produção do longa conseguiu recriar muito bem sua força e dramaticidade. Encontra um ótimo equilíbrio entre o trio protagonista e a sua veia amargurada. Mais um belo acerto na identidade de mais um personagem da franquia.

Ótimo antagonista.

 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! "Sonic 3" tem as qualidades exatas para um bom filme sobre games: história e efeitos visuais que fazem você se remeter aos jogos e atores qualificados para seus papéis. Até nas dublagens originais em inglês tem feras como Keanu Reeves (Shadow) e Idris Elba (Knuckles). Um filme excelente para toda a família e para os mais nostálgicos. Ah, e não se esqueça que há duas cenas pós créditos. Vale demais o ingresso!

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sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

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MUFASA - O REI LEÃO (Avaliação 3/5 - Bom!)

 Novo longa da aclamada franquia da Disney não soube dizer ao certo a que veio. Vamos a análise!
 'O Rei Leão' é uma das franquias de maior sucesso da 'Casa do Mickey'. Com vários animações - incluindo a versão realista de 2019 -, a história de 'Simba' já cativou milhões de pessoas ao redor do mundo desde então. Consequentemente, porque não contar sobre o passado de seu pai, 'Mufasa', para que todos conheçam a sua origem? Ótima ideia, não acha? Todavia os roteiristas não estavam em seu auge quando resolveram escrever essa história e adaptá-la para as telonas. Narrativa que não se estabelece bem com a parte musical - músicas também não muito emblemáticas - e uma trama que não empolga são alguns dos equívocos deste. Mas nem tudo aqui é de todo ruim. Veremos abaixo alguns pontos - positivos ou negativos - desta nova empreitada da empresa.

                   Taka e Mufasa.

 Contexto musical não embala. Uma das maiores características da Disney são as belíssimas composições que, em muitos casos, ficam guardadas na memória de todo o público. Quem não lembra de "Hakuna Matata" não teve infância (rs). Brincadeiras à parte, o fato é que aqui as canções claramente estão fora do enquadramento das cenas, fazendo com que em alguns pontos da narrativa, elas não façam nem sentido. Quer um exemplo? Cantar antes de eliminar alguém - aqui no caso a família de Taka e Mufasa - não combina muito. Para falar a verdade, a música descontextualizou a cena por completo, uma vez que algo terrível ia acontecer e antes foi embalado por uma...canção? Não só essa, mas tantas outras que não tiveram nenhum apelo ao público e nem determinaram aquela cena especial que praticamente todos os filmes assim tem. Não colou dessa vez Disney, infelizmente.
 Trama mal conduzida e pouco carisma. A icônica trama do primeiro longa tem uma força em si em que se transfere a alma do longa para o espectador. Você cria empatia até com os vilões - ou raiva mesmo. Mas de todo jeito eles tem seu encanto, mesmo que não sejam os mocinhos. Aqui os vilões são 'ocos', sem vida e muito menos carisma. O que mais chama a atenção é a forma como Rafiki conta a história para a filha de Simba, Timão e Pumba - que continuam carismáticos como sempre e são a melhor parte da película. O tempo 'presente' do longa consegue ser melhor do que as cenas de Mufasa no passado. Pra tirar ainda mais o gostinho da produção, a luta final e seu desfecho foram extremamente conveniência de roteiro. A 'conta não estava fechando' e resolveram decidir tudo colocando uma 'pedra no assunto'. Literalmente.
 Técnica cada vez mais apurada. Há de se convir que o longa passado, mesmo sendo uma novidade em termos tecnológicos, tinha expressões esquisitas e duras. Aqui o trabalho foi aprimorado de forma magistral ao ponto de suavizar tudo o que outrora causasse estranheza. Um salto de qualidade tão impressionante que realmente se vislumbra o quanto esse estilo evoluiu de lá para cá. E o quão inconsistente é saber que o roteiro não se sustentou junto com a qualidade técnica. Uma pena.

     Esses sim tem carisma de sobra.

 3D vale demais. Por incrível que pareça, o recurso é muito imersivo, vibrante e agrega de forma muito satisfatória a experiência do longa. Se achares uma sala, caro leitor, vale muito as moedas a mais dessa vez. Vai enriquecer demais.  Muito bom!
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADO! "Mufasa - O Rei Leão" não funciona em termos narrativos por ser quase que uma repetição de seu antecessor com roteiro pífio, personagens novos que são legais, mas não icônicos e uma trilha sonora de se esquecer. Agora, se você gostar de Timão, Pumba e Rafiki contando a história e aprontando, vai valer assistir com certeza. E volto a dizer, em 3D fica mais divertido. Vale o ingresso!

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terça-feira, 24 de dezembro de 2024

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MOANA 2 (Avaliação 4,5/5 - Excelente!)

 Novo longa da franquia tem uma história maior e mais aventuresca que o primeiro. Vamos a análise!
 A "Casa do Mickey" tem tropeçado bastante há algum tempo com suas produções. Problemas no roteiro, na narrativa, na trama e nos personagens que não geram carisma ao espectador são algumas das questões - principalmente de novas franquias - que ela vem enfrentando ao longo de alguns anos para cá. Com a troca novamente de CEO, foi decidido um rumo um pouco diferente de outrora: menos produções originais e mais sequências. E cá estamos nós com uma de muito sucesso que veio com um grau de grandiosidade bem acentuado em relação ao anterior. Uma história rica, cheia de emoção e uma ótima sensação de recompensa ao público que comprou fortemente esse novo capítulo da querida personagem. Veremos mais abaixo alguns porquês disso.

Moana e sua irmã: lindinhas!

 Protagonistas carismáticos. 'Moana' e 'Maui' são personagens de personalidade forte e bem definida. Foram muito bem introduzidos no primeiro longa e agora, já enraizados no gosto popular - acredito também que o fato do longa ser produzido por Dwayne Johnson, ter um pouco de sua origem e cultura e 'Maui' ser dublado por ele no original tenha sido um fator que alavancou a animação -, já podem ampliar seus horizontes, uma vez que já tem o espectador a favor dos personagens. O que ajuda, além do carisma, a contar novas histórias sem precisar mais de apresentações. E isso esse longa o faz muito bem!
 Canções excelentes e bem colocadadas. Filmes musicais se tornam um problema quando o público não consegue se conectar as suas canções ou quando elas não estão a altura do que o filme quer entregar. No caso específico de "Moana 2", as canções são brilhantes - inclusive as versões dubladas -, são extremamente bem posicionadas no filme, não atrapalhando a narrativa, mas sendo um agregador a ela e com isso trazendo ainda mais aquele gostinho artístico que só a Disney sabe fazer em suas películas. Quando roteiro e canções se alinham, temos um produto final de qualidade e extremamente divertido. E esse o fez com muito esmero.
 O lado cultural da produção. Alguém aí sabia que o fato de Dwayne Johnson produzir e atuar no longa vai muito mais além de ser famoso? Em uma entrevista, Johnson relata que é descendente desse povo e que inclusive, o avô dele inspirou a criação do 'Maui' - uma breve pesquisa, caro leitor, vai te surpreender. Isso dá a produção uma característica muito mais digna e interessante sobre esses povos e torna a produção muito mais genuína, muito mais crível, pelo fato dela se relacionar com pessoas reais nos seus conceitos iniciais. Uma curiosidade bem notável, não acham?

Maui, Pua e Hei Hei

 3D entrega pouco. Lembro de ter visto o longa no recurso - sempre faço isso, pois além da dica por aqui, sou um grande entusiasta dele -, porém não agrega o suficiente para recomendar. A experiência sempre pode ser mais divertida com os óculos, todavia o longa tem bases sólidas o suficiente para se assistir sem essa complementação. Fica a seu cargo, querido leitor, dessa vez.
 Afinal, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! "Moana 2" entrega visuais lindíssimos, trilha sonora de primeira e uma grande aventura em níveis mais épicos. Consegue trazer de volta aquela Disney que tanto amamos e curtimos outrora. E dá a vitalidade necessária para a empresa continuar a fazer produtos de qualidade sem precisar ser apelativo ao consumidor final. Uma filme família com traços culturais belíssimos. Vale demais o ingresso!

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terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Filmes

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AINDA ESTOU AQUI (Avaliação 5/5 - Excelente!)

 Novo longa de Walter Salles é a mais nova obra-prima do cinema brasileiro. Vamos a análise!
 O diretor Walter Salles é bastante reconhecido e renomado em sua carreira artística. Dono de pérolas como "Central do Brasil", sua veia de fazer dramas com excelência ficou mais uma vez bem marcada neste novo filme de sua autoria. Situado na década de 70 do século passado, a produção remonta um momento triste da família Paiva, onde 'Rubens Paiva' (Selton Mello) e 'Eunice Paiva' (Fernanda Torres) são protagonistas de um capítulo sombrio da história do Brasil. Sem conotações políticas aqui, a película se esforça em retratar o drama de uma família que perde seu principal alicerce e luta pra sobreviver em meio ao caos que se instaurou nesse seio familiar. Uma situação que acontece ainda hoje com muitas famílias brasileiras, mesmo que de maneiras diferentes. O foco narrativo no drama é muito bem dirigido, escrito e talentosamente bem atuado por Selton e Fernanda, condecorando suas performances com indicações a vários prêmios. Veremos um pouco mais abaixo o porquê desta obra ser tão especial.

Selton e Fernanda: impecáveis.

 Atuações magníficas. Vale ressaltar que, além das caracterizações excelentes de 'Eunice' por Fernanda e 'Rubens' por Selton, há todo o elenco infantojuvenil que se debruça em tornar a narrativa ainda mais profunda e bem amarrada. Guilherme Silveira, Bárbara Luz, Valentina Herszage, Luiza Kosovski e Cora Mora abrilhantam seus personagens e trazem mais força a carga dramática que o longa oferece. O que demonstra a força dos atores brasileiros diante de um bem trabalhado roteiro. Muito bom!
 Direção impecável. Salles conhece bem seu ofício e sabe como transformar um trabalho em arte. Baseado no livro de filho de Rubens Paiva, Walter consegue mexer com as emoções do espectador com um roteiro enxuto (um livro não cabe em duas horas de filme), porém focado exatamente no cerne do que a história quer contar e passar. Mesmo dentro do tempo que um longa fornece, ele consegue entregar exatamente o que a história precisa para ser engenhosa e comovente. E isso só um diretor do calibre dele saberia fazer. Excelente!
 A aura dos anos 70 totalmente em foco. Com uma fotografia em leves tons de sépia muito bem elaborada e figurinos de época primorosos, o primeiro ato mostra de forma exuberante o contexto dos anos setenta do século passado. Todo aquele esplendor da vida naquela época estão ali muito bem representados. A partir do segundo ato, tons mais escuros são usados para dar mais contexto ao drama e tudo tem um enquadramento muito preciso e detalhado. Há um equilíbrio certeiro entre o início alegre e o exato momento onde a carga dramática vai se afunilando. Você sente junto com os personagens o ambiente mudar e vai se entrelaçando com a história deles de forma muito convincente sem que se perca a essência do que se quer passar.

O primoroso elenco infantojuvenil.

 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! "Ainda estou aqui" já se tornou uma obra atemporal, quer por sua excelente carga dramática de um período da nossa história, quer por suas atuações de peso e muito bem delineadas. Além disso, o diretor Walter Salles conseguiu traduzir em perfeitas condições o retrato de uma história verídica de forma ímpar, com direito a nossa dama da teledramaturgia Fernanda Montenegro sendo homenageada de certa forma com cenas no terceiro ato. Um excelente arquivo de nosso passado. Vale demais o ingresso!

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terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Bíblia

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REFLEXÃO BÍBLICA

 'Ora, sem fé é impossível agradar-lhe' Hebreus 11.6a
 Breve explanação sobre o porquê 'podemos vencer a nossa dor pela nossa fé'. Se gostar, por favor compartilhe esse vídeo, curta, comente e se inscreva no meu canal do YouTube. Deus te abençoe!


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segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Filmes

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VENOM - A ÚLTIMA RODADA (Avaliação 3/5 - Bom!)

 Terceiro longa do anti-herói mais amado dos quadrinhos se mostra apenas uma 'galhofa divertida' nas mãos da Sony. Vamos a análise!
 Desde a primeira aventura de 'Venom' em 2018 com Tom Hardy, muito se especulou sobre o que a Sony abordaria dentro da premissa que a produtora tinha em mãos. Afinal de contas, a 'real prata da casa' já estava com os direitos divididos com a Disney/Marvel tempos antes. Pois bem, fazer um longa de um personagem que tem ligações intrínsecas e diretas com o 'Cabeça de Teia' era uma jogada arriscada, por assim dizer. Ainda assim, o primeiro longa se demonstrou firme em suas próprias convicções e faturou uma bela bilheteria a época. Mas não se mostrou bom o suficiente para se carregar sozinho. Qual a saída então? Não há dúvidas quanto à direção narrativa vendo o segundo e o terceiro longa. Fazendo uma breve ponte com o Universo Cinematográfico da Marvel e agora, em sua terceira via, retornando ao seu próprio universo, a Sony quis deixar claro que não, não será feito como nas HQ's e que esse universo criado é paralelo e totalmente autoral. Vendo por este espectro, dá pra estabelecer diferenças, desapegar de alguns conceitos e 'fingir' mesmo que a Sony criou sua própria trama peculiar com o simbionte negro. A partir daqui e de todo esse contexto, farei minhas impressões de acordo com o terceiro filme em sua 'própria bolha'.

Essa 'dupla do barulho'.

 Narrativa livre até demais. Uma vez desconectado de qualquer responsabilidade em seguir sua dinâmica natural, isto é, os quadrinhos, este terceiro filme escancara aquilo que já se esperava sobre esse roteiro. Se nem o primeiro ou o segundo filme se levaram a sério e nunca tentaram se demonstrar realmente adultos ou para adultos, porque o terceiro o faria? A grande sacada em perceber os rumos de direção e produção é que você já tem uma ideia do que esperar do produto final. E aqui é piada misturada com galhofa que se mistura com uma subtrama que luta para fazer algum sentido, mas mesmo a duras penas não consegue, porque os diálogos, principalmente entre 'Eddie' e 'Venom' não permitem que isso ocorra. Qual a melhor opção então? O que está descrito no segundo parágrafo desta resenha. Ver, assistir, se deleitar com esta obra como uma produção à parte, desligar o cérebro e procurar se divertir da melhor maneira possível. Nada de ficar criando teorias mirabolantes que levem ao UCM. Nada de pensar que 'Homem-Aranha' vai aparecer. Desconecte-se desses detalhes e tenha uma interação divertida e boas cenas de ação. É sobre isso.
 Tom Hardy mais uma vez carrega o longa. Hardy e seu 'Eddie Brock' meio abobalhado conseguem trazer um pouco do brilho do ator em tela. Pelo simples fato que o personagem representa uma versão paralela ao original dos quadrinhos. Sendo assim, Hardy teve de criar a personalidade de 'Eddie' baseado na construção do roteiro para o filme, e não no que as HQ's mostram. E ele faz essa dualidade valer por sua boa atuação. Os momentos cômicos, as tiradas e interações com 'Venom' fazem ele ainda ser o ponto mais alto do filme, até porque, como já disse antes, os outros conceitos paralelos à trama principal não se sustentam. Até o temido 'Knull, o deus dos simbiontes' fica aquém. E foi bom ficar assim, para não estragar um vilão tão interessante e que pode ser até melhor construído no futuro. É esperar para ver.

Cavalo 'Venom'.

 3D razoável, mas nada relevante. Tive a oportunidade de assistir no recurso e mais uma vez é dispensável do ponto de vista de alguém que não tenha tanto interesse nesse aprimoramento. Para entusiastas como eu, valeu a tentativa. Mas ver sem os óculos certamente não prejudicará a experiência como um todo.
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADO! "Venom - a última rodada" pode claramente ser assistido como um delírio a parte em algum multiverso muito louco da Sony - até porque ela mesma reitera essa ideia quando traz o 'Eddie' pro UCM e volta -, tornando factível ver sem se revoltar tanto. Considerei a galhofa, me iludi com ela e me diverti bastante assistindo. É isso, caro leitor. Vale o ingresso!

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terça-feira, 5 de novembro de 2024

Filmes

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ROBÔ SELVAGEM (Avaliação 5/5 - Excelente!)

 Nova animação da DreamWorks é de uma sublimidade de trama e roteiro sem igual. Vamos a análise!
 Há algum tempo o estúdio da 'Universal' tem nos trazido ótimas animações como os recentes 'Gato de Botas 2' e 'Kung Fu Panda 4'. Todavia vejo a produtora apostando alto e indo bem mais longe com este novo longa. Até porque ele não é uma história convencional. O núcleo principal da trama não é sobre 'mocinhos' e 'vilões'. Não é sobre quem 'vence' ou quem 'perde'. É uma jornada rumo a descobertas diárias da vida. Convívio, conhecimento, amizades, pertencimento, relacionamentos. É uma aula sobre a filosofia da vida interpretada por animais e robôs. E é exatamente isso que faz ela ser tão deslumbrante e peculiar. Veremos um pouco mais dos porquês nos parágrafos abaixo.

'Roz' e o pequeno 'Bico-Vivo': improváveis.

 A vida é o que sentimos. 'Roz', uma robô complexa náufraga em uma floresta decide se colocar em funcionamento programado para ajudar os 'habitantes' daquele lugar. Mas ela logo percebe que seus ajustes de nada funcionam por ali, tendo a própria robô que se adequar ao novo ambiente. Sem dar ‘spoilers’, essa é sem dúvida a primeira questão filosófica interessante: a de que nem sempre o ambiente nos favorece em nossas habilidades e muitas das vezes precisamos sim, em alguns casos, nos ajustar para poder conviver. Não falo de ambientes tóxicos e nem o filme em momento algum é sobre esse assunto. O que ele aborda é que mudanças em nós são necessárias em determinados ambientes, como por exemplo você sair da sua cultura local e ir morar em um outro local de cultura diferente da sua. É sobre isso que a narrativa discorre sobre a robô 'Roz'. Para o que ela foi programada, não havia utilidade ali. E ela teve que se reinventar para sobreviver. Texto sublime para extrair várias lições.
 O meio pode mudar você. Uma segunda questão filosófica riquíssima é como a 'Roz' se adapta ao meio por perceber que, ao resguardar um ovo de ganso, ela cria uma conexão com aquele animal de tal forma que entende que precisa protegê-lo, mesmo que em um plano inicial ela fique sem entender o porquê. Gansos tem a tendência de seguir quem os acompanhou desde antes do chocar dos ovos, e isso fez com que o ganso 'Bico-Vivo' achasse que 'Roz' era sua mãe. E uma outra grande jornada de descobertas se escala a partir daí. 'Roz' resiste, mas percebe que a vida é feita sim de laços improváveis que porventura podem se tornar grandes fontes de companheirismo e amizade no futuro. Somos o produto do meio em que vivemos. A ideia do filme é mostrar que o meio também é fator relevante na hora de separar quem amamos ou deixamos de amar. Tanto que 'Astuto', a raposa que a princípio começa com um determinado propósito, acaba sendo um excelente exemplo do quanto o meio pode nos transformar. É magnífica e singular essa interpretação.
 Convivendo com as diferenças em prol de um objetivo único. Cada animal da floresta tem seu próprio instinto de sobrevivência. Mas filosoficamente falando em uma terceira ideia do filme, as vezes se unir é melhor do que morrer. Sem 'spoilers' aqui mais uma vez, o senso comum faz com que as pessoas lutem em prol de um mesmo ideal, mesmo sendo tão diferentes umas das outras. É isso que faz um povo forte. É isso que 'Roz' fez no longa. (Um adendo: Ela 'descobriu' um novo meio ao qual ela pertencia e se sentiu acolhida por ele em um dado momento. Nem sempre 'pertencimento' é sinônimo de 'lugar comum'. E o desfecho do longa faz pensar bastante sobre isso). E é essa a mensagem claramente transmitida para a audiência: de que sim, somos capazes de enfrentarmos e vencermos dificuldades gigantes quando nos movemos em conjunto (mudanças em vertentes sociais, políticas, trabalhistas, falando sobre o mundo real) mesmo sendo nós tão diferentes em posturas, histórias e opiniões. O alvo maior em comum pode fazer, se quisermos e aceitarmos, nos unir em prol de uma vitória maior. Visceral essa mensagem do longa.

'Roz' e 'Astuto': ainda mais improváveis.

 3D entrega muito pouco pela incrível história que a película oferece. O recurso só aprofunda o belíssimo e encantador visual da animação. E nada mais. Acho que esse longa merecia um tratamento muito mais adequado pelo que o roteiro e a narrativa a que se propõe. Seus visuais e história são suficientemente belos e os óculos não acrescentam muito dessa vez. Fica a seu critério, caro leitor, dessa vez.
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! "Robô Selvagem" é uma animação sensível e tocante, pois poucas tratam de assuntos tão profundos e tão complexos com tamanha maestria. Além do deleite visual, o enredo oferece ainda mais questões filosóficas a se pensar. Eu destaquei algumas, meu amigo leitor. E aí, o que mais pode se acrescentar? Escreva aqui nos comentários. Belíssimo trabalho. Candidato fortíssimo a uma indicação ao Oscar 2025. Vale demais o ingresso!

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quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Filmes

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CORINGA - DELÍRIO A DOIS (Avaliação 3/5 - Bom!)

 Novo longa de Todd Phillips não acerta o tom e entrega um visual artístico impecável com uma história totalmente avessa ao original. Vamos a análise!
 O filme "Coringa" de 2019 foi um feito histórico para a Warner/DC, pois foi o primeiro filme que conta a história de um vilão com teor adulto a ultrapassar a marca do bilhão de dólares. Muitos elogios, prêmios e um Oscar merecido para Joaquin Phoenix na pele do mais conhecido antagonista do Batman. Muito se especulou se havia mesmo a necessidade de uma continuação, até porque o longa anterior se fecha muito bem em si mesmo, de forma que não haveria mais nenhuma narrativa subsequente para contar. Mas a insistência do estúdio e a ganância por dinheiro deram livre acesso ao diretor para construir um segundo capítulo dessa saga. Pois bem, cinco anos depois e estamos aqui vendo que nem sempre o belo ou o artístico funciona. Mesmo com Lady Gaga compondo o astronômico elenco, "Delírio a Dois" falha no básico: ser relevante para o público em geral. Vamos ver um pouco dos acertos e erros dessa película nos parágrafos abaixo.

Gaga e Phoenix: ótimos em cena.

 Ideias mal contadas. Não me leve a mal, mas eu não vejo nenhum problema em musicais. Desde que eles se conectem narrativamente com a trama principal, acho que se torna um evento artístico belíssimo ao longo ("Wonka" está aí para provar isso). Todavia o que choca o tempo todo é o porquê e o para quê esticar uma narrativa tão bem amarrada sob a demanda de querer contar o que já não havia mais para se contar? Tudo bem que o longa traz o julgamento de Arthur Fleck de forma brilhante, principalmente pela atuação impecável do ator protagonista. Mas, as nuances que levam ao desfecho do longa são tão mal encaixadas que você fica a pensar o porquê do primeiro filme ter existido. Não há justificativas que construam pontes seguras entre o primeiro e o segundo filme. Parecem continuações de um mesmo personagem que não se relacionam entre si, principalmente no que diz respeito a sua personalidade. Por mais que o diretor tenha uma visão concreta do rumos que ele queria para o protagonista, na execução vemos o quanto isso não teve valor literário nenhum, uma vez que, por mais que ele quisesse dar seu contorno a história, parece que ele se esqueceu de que estamos falando de um personagem de quadrinhos com uma personalidade muito bem definida e muito bem delineada na literatura de onde ele vem. E esse é o grande ponto de desencontro do segundo longa. Tentar construir a 'visão do diretor' desconstruindo tudo o que o antagonista representa em sua essência. Uma falha que o espectador em geral não recebeu e nem aceitou.
 Narrativa musical. Sei que muitos não gostam desse gênero, mas aqui estão mais alguns comentários sobre a premissa musical do filme. Sempre que uma produção aborda esse tema, ela precisa ter uma perfeita execução com a história que está sendo contada. E nesse ponto, o filme tem sim seus pontos positivos, pois a narrativa também é contada nas canções encontradas no longa. O advento da música se conecta com a trama e o roteiro e trazem mais entendimento ao contexto narrativo. Mesmo que o longa não tenha funcionado como deveria e não tenha entregado o que o espectador gostaria, concedo-me ao luxo de elogiar a parte musical muito bem trabalhada, coreografada e com uma fotografia impecável ao longo. O que faltou foi mais sensibilidade para entregar ao público quem o personagem realmente é, pois infelizmente não há como negar a discrepância de personalidade do protagonista do primeiro para o segundo filme. Uma pena.

Fotografia linda e bem produzida.

 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADO! "Coringa - Delírio a Dois" pode até ser um bom filme para quem gosta do gênero musical ou conhece muito pouco sobre seu protagonista. Mas certamente para a a base de fãs que procuravam encontrar mais do carismático vilão, não houve conexão. É por isso que se torna tão difícil estabelecer a linha entre o assistir ou não. Pode ser que goste, caro leitor, ou pode ser que não. Dessa vez deixo sob sua responsabilidade decidir, pois já expus meus prós e contras por aqui. Até!

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quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Filmes

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TRANSFORMERS - O INÍCIO (Avaliação 4,5/5 - Excelente!)

 Novo longa dos robôs gigantes acerta o tom e conta uma interessante introdução sobre os personagens desse vasto universo. Vamos a análise!
 A franquia 'Transformers' deu-se início lá pelos anos 80 do século passado e tinha por finalidade um único objetivo: vender brinquedos através de peças publicitárias, sejam elas televisivas ou em qualquer outra mídia. O que não se esperava era o sucesso que foi essa saga e muitas outras naquela época, culminando em adultos nostálgicos hoje pelo bom momento da TV naquele período. Pois bem, revigorada e reinventada em 2007 com o filme 'Transformers' do diretor Michael Bay, os robôs gigantes voltaram ao centro das atenções com muita pompa, pois os efeitos especiais criados para a época foram tão revolucionários que realmente impressionaram quem viu a primeira vez. Passaram-se sete longas desde então, uns com roteiros pífios, outros melhores escritos - como foi o caso de 'Bumblebee' -, todavia estamos agora com uma animação totalmente voltada para a terra natal dos robôs, onde está sendo contado toda a origem das inúmeras batalhas que se sucederam após esses eventos da animação em questão. 'Transformers - O início' é muito superior aos outros filmes em termos de narrativa, diálogos, roteiro e trama. E vou endossar melhor ainda o porquê desse elogio nos parágrafos mais abaixo.

De melhores amigos a lados opostos.

 Texto muito bem escrito. Há algum tempo a franquia vem remodelando sua forma de contar as histórias para um contexto mais coeso. Para quem viu o quarto e o quinto filme da franquia - onde só tinha barulho de latas se batendo com um oco roteiro por dentro -, o sexto e o sétimo filme - que levaram tudo a um 'soft reboot' - ao menos tem bom funcionamento para o grande público. Em 'O início', há enorme conexão e empatia pelos personagens ao longo, quer sejam pelas suas lutas ou pelo que eles acreditam ser o certo. Tudo muito bem trabalhado para que o espectador conheça os principais conceitos e valores daquele mundo. E há uma premissa forte sobre como um povo manipulado, calado e contido sob a famosa alcunha do 'pão e circo' podem ser facilmente dominados por aqueles que tem o domínio, mas que ainda assim não são os verdadeiros dominadores (alguma alusão ao mundo real por aqui?). Essa minuciosa forma de contar a história é o que faz esse longa ser tão bem escrito e narrado. As reviravoltas políticas e sociais envolvendo os personagens são puro deleite para aqueles adultos que já sabem como o 'sistema' funciona aqui fora. É uma trama muito bem montada para levar o espectador ao cume dos acontecimentos, dos protagonistas e antagonistas mais importantes dessa história. E esse é um dos maiores acertos dessa animação. Ponto.
 CGI realmente de ponta. A qualidade das animações nos últimos anos tem se mostrado de altíssimo nível de fato, devido as constantes inovações tecnológicas ao longo das gerações do cinema. Mas cabe um adendo relevante aqui. A direção de arte desse longa é de um cuidado absurdo. Tudo é muito grandioso no planeta dos 'Transformers'. E quando a câmera se afasta, vemos o quão deslumbrante esse planeta é, cheio de nuances e riquíssimo em detalhes em cada parte da animação. Lembra um mapa de mundo aberto em um game - com exploração livre para qualquer lugar - em forma de computação gráfica. Tudo carinhosamente e artisticamente bem dirigido para ambientar da forma mais natural possível um planeta inteiro, com todos os seus aspectos e interações. Não pouparam esforços na criação de cada parte daquele mundo exuberante e vasto. Outro ponto altíssimo do longa.

Em busca da verdade sombria.

 3D entrega muito pouco. Tive a oportunidade de assistir o longa no recurso e posso dizer que não é tão vivo e eficaz quanto deveria ser. Um animação desse porte merecia um tratamento bem mais adequado e aprofundado nas técnicas que fazem esse recurso ser tão prazeroso de assistir. Faltou mais capricho na imersão e nos detalhes. Não vale as moedas a mais. O filme já se sustenta bem por si só pelo todo que ele apresenta.
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! "Transformers - O início" produz muito mais além de uma simples animação de origem. Tem qualidade artística exuberante, roteiro muito bem pautado na realidade atual (política e social a que me refiro) e mistura esses elementos - ficção e realidade - de forma muito bem elaborada. Para as crianças e os mais jovens, uma atração excelente e convincente. Para os adultos, uma reflexão sobre o hoje associado aos primórdios da nostalgia. Para todas as idades, diversão garantida e certa – e não se esqueça das cenas pós-créditos lá no fim! Vale demais o ingresso!

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