quinta-feira, 27 de março de 2025

Filmes

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UMA ADVOGADA BRILHANTE (Avaliação 3/5 - Bom!)

 Leandro Hassum garante boas risadas nessa comédia que, apesar de alguns clichês, diverte bastante. Vamos a análise!
 Costumo dizer que rir é algo muito pessoal. Cada um vê e interpreta algo cômico das formas mais diferentes possíveis. Não há senso comum sobre o riso e filmes de comédia. Então elaborei essa resenha com base em critérios pessoais de comicidade. Hassum é um ator que tem sua veia cômica bem delineada e tenho muito apreço pela forma com que ele faz rir. Dito isso, o longa em questão estrelado por ele é altamente bem humorado e toca em um assunto bem sensível sem ofender. É assim que defino o astral desse longa. Veremos alguns pontos e críticas logo abaixo.

Hassum: hilário.

 Altamente escrachado. O humor desse longa pode ser definido dessa forma por conta de seu principal astro. A ironia, o ar debochado e suas facetas sempre fizeram parte de sua icônica forma de produzir conteúdo. 'Até que a sorte nos separe' é um ótimo exemplo disso. Tem um perfil de 'enlatado americano'? Tem. Mas suas inspirações sempre vem de atores de fora que fazem comedias também. Isso é um fato. O que equilibra a balança aqui é o elenco que alinha outros pontos legais da produção. A atriz que faz sua ex-mulher, o menino que faz o filho - o talentoso ator mirim Gabriel Avellar -, a sua transformação em mulher - que faz sentido na trama e é hilária -, juntamente com a atriz que faz sua amiga advogada criam um ambiente acessível e crível ao riso. A fórmula pode até ser batida, mas funciona no aspecto geral, principalmente porque é a primeira vez que Hassum se veste de forma feminina e essa troca homem/mulher dele é um dos pontos altos da película.
 Temática muito relevante. Além da trama principal, na qual ele luta pra manter o filho por perto, há uma sacada interessante em uma das subtramas, que diz respeito a falta de sensibilidade e respeito com as mulheres no ambiente de trabalho. E por mais que isso seja lançado em tela de forma muito leve e cômica, cabe aqui ressaltar que, de alguma forma, várias práticas abusivas foram retratadas ao longo do filme, criando, de forma suavizada, uma panorâmica conscientização sobre o tema e sua importância desde sempre. Respeito deve ser mútuo e ambos os lados precisam estar de acordo com os preceitos trabalhistas e em como lidar com isso dentro do ambiente no qual está inserido. Isso é pautado claramente durante toda a produção. Ponto muito positivo esse!

Leandro Hassum e Gabriel Avellar: ótima dupla.

 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADO! "Uma advogada brilhante" tem Leandro Hassum garantindo boas gargalhadas e uma mensagem embutida para todas as idades: a de que, em qualquer lugar, todas as mulheres merecem muito respeito e consideração. Talvez seja essa a maior moral que o filme quer nos passar. E isso ao menos o longa o faz com maestria. Vale o ingresso!

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quarta-feira, 19 de março de 2025

Filmes

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FLOW (Avaliação 4,5/5 - Excelente!)

 Animação ganhadora do 'Globo de Ouro' e 'Oscar' 2025 encanta sem dizer uma única palavra. Vamos à análise!
 Filmes em formato de desenho tem aos montes. Mas e quando ele usa apenas do visual como fator narrativo? Assim é esse longa produzido na Letônia e que ganhou o mundo com sua estética de video-game e uma trama nada usual. Você segue os passos de um gato que passa por diversos apuros antes que uma enorme enchente atravesse o local onde ele vive. Na caminhada, vai encontrar outros animais que irão certamente unir visões diferentes de mundo juntamente com o gatinho protagonista. Uma mistura de conceitos estéticos e incrivelmente convincentes com um grupo de bichos com hábitos muito distintos. Vale ressaltar que os personagens desse longa não se comportam totalmente como animais de verdade. Há uma bem humorada licença poética durante a produção, que enriquece ainda mais a interpretação da película. Veremos mais abaixo o porquê dessa história ser tão especial.

Gatinho em apuros.

 Conviver com as diferenças. Devido ao evento de proporções gigantescas sucedido ao longo, alguns animais precisam adentrar em um barco para sua própria sobrevivência. E o mais interessante dessa dinâmica é a metáfora do convívio por partes dos bichos. Cada um é de um jeito completamente diferente do outro e todos precisam lidar com as peculiaridades de cada um de algum jeito, por estarem todos na mesma situação. É a convivência humana destacada de forma brilhante durante todo o ciclo envolvendo a catástrofe ambiental do longa. Alguns vão te defender, outros vão te esnobar, muitos pra você não faz diferença, já outros você vai se importar e muito. É literalmente a arte imitando a vida. E isso acaba se tornando muito filosófico, pois há diversas camadas de interpretação por diversas faixas etárias diferentes, justamente pelo fato do filme não ter diálogos. Magnífico!
 Direção extremamente criativa. O diretor letão Gints Zilbalodis simplesmente inova com uma produção simples (feita no programa 'Blender', um software gratuito e de código aberto), mas absurdamente criativa em diversos pontos. Sendo o roteiro também escrito por ele, a sensibilidade e o alto nível das camadas e ideias postas no longa surpreende pela riqueza dos detalhes. Por exemplo, de quem era o gato em questão antes da catástrofe? Havia humanos naquele ambiente anteriormente? Em que período a película se passa? Ele deixa essas pontas soltas justamente para filosofarmos sobre. Mas no que ele se atém o faz de forma impecável. A concentração total da narrativa não falada está no ambiente, na natureza e nos bichos envolvidos na história. E direção e produção brilham muito nesse quesito.
 Licença poética muito bem usada. Mencionei no segundo parágrafo desta resenha o uso da licença poética nesta produção. Então, a forma com que os animais se relacionam não são tão livres quanto animais da vida real. Existem olhares, pedidos, ironias que dão norte a história contada, e são exatamente essas inserções que vão trabalhando a imaginação do espectador e a narrativa do longa, além de dar um belo charme a produção. O uso desse recurso está intrinsecamente ligado ao fato de ser uma animação, obviamente. Os bichos tem sim suas características reais bem polidas e bem utilizadas no longa, mas para ser assertivo na história que o diretor queria passar, era necessário sim esse artifício, senão cada animal faria algo aleatório demais para se conceber em uma produção desse tipo. Todavia essa dinâmica ficou muito bem pontuada, sem passar do ponto e ditando um meio termo que busca até certo ponto ser realista, mas sem perder o encanto do que é a magia de uma animação. Ponto muito positivo esse!

Parte do 'elenco' do longa.

 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! "Flow" é uma animação simples que extraiu o melhor de dois mundos: uma história complexa, com camadas a cada cena e, ao mesmo tempo, simples para todas as faixas etárias entenderem. Uma mistura charmosa, criativa e com uma mensagem poderosa que mereceu os prêmios que recebeu. Não se esqueça que há uma cena pós-créditos. Vale demais o ingresso!

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sábado, 8 de março de 2025

Filmes

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CAPITÃO AMÉRICA - ADMIRÁVEL MUNDO NOVO (Avaliação 3,5/5 - Muito Bom!)

 Novo longa da Marvel tem trama inexpressiva, porém sua história aponta os rumos pro futuro do UCM. Vamos a análise!
 "Capitão América" já passou por três filmes cujo manto e o escudo estavam nas mãos de ninguém menos que 'Steve Rogers' e foram tão emblemáticos quanto, agora, nostálgicos também. A responsabilidade de passar o escudo para 'Sam Wilson' em 'Vingadores: Ultimato' e sua consequente transposição em 'Falcão e o Soldado Invernal' trouxe um senso de comoção e dúvidas se o novo portador iria dar conta de manter o legado de pé. Pois bem, cá estamos no quarto filme da franquia - e o primeiro com 'Sam' (Antonie Mackie) como protagonista - e vemos sim, diferenças pontuais entre os dois estilos. Todavia, há pontos positivos que precisam ser abraçados e críticas, como toda obra que a 'Casa das Ideias' produz. Veremos abaixo um pouco dessas questões com mais detalhes.

Harrison Ford (Ross) e Antonie Mackie (Sam).

 Trama sem vida. O que faz a trama de um filme atiçar seu público com certeza são os diálogos que ela carrega. Quanto mais ousados e bem pontuados, maior é a chance do capricho na hora das falas. E, mesmo a trama querendo ser de 'gente grande', ela não faz jus exatamente pelos diálogos que por vezes são rasos e sem aquela 'provocação' que o público em geral gosta. Acertos como falar sobre o 'Celestial' no meio do oceano e criar autocríticas em 'Sam' sobre o peso de ser herói e líder foram ofuscados pelos outros que poderiam ser mais densos e intensos, criando realmente um clima mais carregado de instabilidade internacional, como o longa se propõe. Cabia ao roteirista prover essa construção de diálogos melhores para encorpar mais a trama sem perder o foco - exatamente como ocorreu em 'Capitão América e o Soldado Invernal'. Faltou coragem para um texto mais arrojado. Uma pena.
 História e relação com o UCM convencem. Já por outro lado, os rumos do universo cinematográfico começam a ser redefinidos aqui, mesmo que de forma abruptamente tardia. Como a fase 4 não entregou praticamente nada sobre os conceitos de multiverso, a demanda acabou oscilando demais e quebrou todas as expectativas do público em relação a nova saga. Vislumbres pontuais aqui e ali - e que eram para ser constantes para manutenção do engajamento - não foram supridos e o espectador em geral se esfriou. Só agora nessa película temos finalmente o retorno da construção dos pilares para o final da saga, algo que já era para estar bem consolidado aqui, por sinal. Bom, antes tarde do que nunca. E sobre este ponto o acerto em trazer a memória o passado, centrar o protagonista no presente e remeter-se ao futuro dos próximos filmes já foi de um bom senso bem grande do Kevin Feige, que havia perdido totalmente a mão da 'Saga do Multiverso'. Isso por si só já elevou bastante o nível do longa e deu ânimo para estar atento às próximas produções e os rumos que elas vão tomar até o novo clímax nos dois filmes dos 'Vingadores'. Ponto positivo esse!

Carl Lumbly (Isaiah): ótimo em cena.

 3D de baixo padrão. Como sempre, assistir a esses filmes no recurso é um desafio que eu sempre enfrento por causa de vocês, queridos leitores (rs). Mais uma vez a tecnologia começa razoável e termina sem brilho nenhum. Sou um entusiasta do recurso e amo vir aqui dar essa dica para o público. Mas a Marvel, comumente - nem sempre, às vezes acerta - não entrega o que se preza nos efeitos. Caso queira assistir sem, pode ir pois não fará diferença no que diz respeito a uma maior imersão no longa.
 Enfim, vale a pena ver? MUITO RECOMENDADO! "Capitão América: admirável mundo novo" não acerta em construir uma trama realmente épica, mas é ao menos uma produção decente para os fãs mais ávidos pelas histórias do UCM. O filme começa a dar diretrizes que irão certamente - e finalmente - desenhar os caminhos para o clímax e desfecho dessa confusa nova saga. Antonie Mackie (Sam Wilson), Harrison Ford (Thaddeus Ross) e Carl Lumbly (Isaiah Bradley) são os destaques desse longa. Se o UCM é para você, vá e se divirta. Vale o ingresso!

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