MUFASA - O REI LEÃO (Avaliação 3/5 - Bom!)
Novo longa da aclamada franquia da Disney não soube dizer ao certo a
que veio. Vamos a análise!
'O Rei Leão' é uma das franquias
de maior sucesso da 'Casa do Mickey'. Com vários animações -
incluindo a versão realista de 2019 -, a história de 'Simba' já
cativou milhões de pessoas ao redor do mundo desde então. Consequentemente, porque não contar sobre o passado de seu pai, 'Mufasa', para que todos
conheçam a sua origem? Ótima ideia, não acha? Todavia os
roteiristas não estavam em seu auge quando resolveram escrever essa
história e adaptá-la para as telonas. Narrativa que não se
estabelece bem com a parte musical - músicas também não muito
emblemáticas - e uma trama que não empolga são alguns dos
equívocos deste. Mas nem tudo aqui é de todo ruim. Veremos abaixo
alguns pontos - positivos ou negativos - desta nova empreitada da
empresa.
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Taka e Mufasa. |
Contexto musical não embala. Uma das maiores características da
Disney são as belíssimas composições que, em muitos casos, ficam
guardadas na memória de todo o público. Quem não lembra de "Hakuna
Matata" não teve infância (rs). Brincadeiras à parte, o fato
é que aqui as canções claramente estão fora do enquadramento das
cenas, fazendo com que em alguns pontos da narrativa, elas não façam
nem sentido. Quer um exemplo? Cantar antes de eliminar alguém - aqui
no caso a família de Taka e Mufasa - não combina muito. Para falar
a verdade, a música descontextualizou a cena por completo, uma vez
que algo terrível ia acontecer e antes foi embalado por
uma...canção? Não só essa, mas tantas outras que não tiveram
nenhum apelo ao público e nem determinaram aquela cena especial que
praticamente todos os filmes assim tem. Não colou dessa vez Disney,
infelizmente.
Trama mal conduzida e pouco carisma. A icônica
trama do primeiro longa tem uma força em si em que se transfere a
alma do longa para o espectador. Você cria empatia até com os
vilões - ou raiva mesmo. Mas de todo jeito eles tem seu encanto,
mesmo que não sejam os mocinhos. Aqui os vilões são 'ocos', sem
vida e muito menos carisma. O que mais chama a atenção é a forma
como Rafiki conta a história para a filha de Simba, Timão e Pumba -
que continuam carismáticos como sempre e são a melhor parte da
película. O tempo 'presente' do longa consegue ser melhor do que as
cenas de Mufasa no passado. Pra tirar ainda mais o gostinho da
produção, a luta final e seu desfecho foram extremamente
conveniência de roteiro. A 'conta não estava fechando' e resolveram
decidir tudo colocando uma 'pedra no assunto'. Literalmente.
Técnica cada vez mais apurada. Há de se convir que o longa passado,
mesmo sendo uma novidade em termos tecnológicos, tinha expressões
esquisitas e duras. Aqui o trabalho foi aprimorado de forma magistral
ao ponto de suavizar tudo o que outrora causasse estranheza. Um salto
de qualidade tão impressionante que realmente se vislumbra o quanto
esse estilo evoluiu de lá para cá. E o quão inconsistente é saber
que o roteiro não se sustentou junto com a qualidade técnica. Uma
pena.
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Esses sim tem carisma de sobra. |
3D vale demais. Por incrível que pareça, o recurso é muito
imersivo, vibrante e agrega de forma muito satisfatória a
experiência do longa. Se achares uma sala, caro leitor, vale muito
as moedas a mais dessa vez. Vai enriquecer demais. Muito bom!
Enfim, vale a pena ver o
filme? RECOMENDADO! "Mufasa - O Rei Leão" não funciona em
termos narrativos por ser quase que uma repetição de seu antecessor
com roteiro pífio, personagens novos que são legais, mas não
icônicos e uma trilha sonora de se esquecer. Agora, se você gostar
de Timão, Pumba e Rafiki contando a história e aprontando, vai
valer assistir com certeza. E volto a dizer, em 3D fica mais
divertido. Vale o ingresso!
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