Novo longa da clássica franquia apela para a nostalgia em nova
aventura com novos e antigos heróis. Vamos a análise!
E lá
se vão mais de 40 anos desde que essa amada produção estreou em
seu primeiro longa e arrebatou um sucesso gigante ao redor do globo,
com direito a desenho animado, 'action figures' e muitas outras
licenças para diversos produtos e ações de marketing. De lá para
cá um hiato enorme surgiu após seu segundo filme em 1989. Houve um
'spin-off' em 2016, porém sem conexões com a roteiro original. Só
em 2021, o longa reescreve a história dos queridos personagens
exatamente do ponto onde o segundo filme terminou, gerando uma
legítima sequência e agradando fãs de todo o mundo. Agora chegamos
ao quarto filme canônico da série e temos claramente a 'família
Spengler' como foco principal da narrativa, mas contando com a volta
de todos os originais do século passado, incluindo a 'Janine' (Annie
Potts). E vamos destrinchar abaixo o quanto esse longa pega forte na
diversão e na nostalgia.
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McKenna, Logan e Dan Aykroyd: novo e antigo juntos. |
Elenco caprichado. Para além dos veteranos Dan Aykroyd, Bill
Murray, Ernie Hudson e Annie Potts - esta última uma adição e
recordação maravilhosa -, que estão envolvidos mais diretamente na
trama agora, Paul Rudd, Carrie Coon, McKenna Grace, Finn Wolfhard,
Logan Kim e Celeste O'Connor são excelentes adendos desde o filme
anterior. Estes últimos apresentados em 'Ghostbusters: mais além',
foram muito bem introduzidos em uma história cheia de emoção e
suspense. E agora neste novo já vivem seus personagens de forma mais
espontânea, por assim dizer. O trabalho de colocar todos esses
atores com seus respectivos personagens em tela foi impecável. Isso
porque todos os citados aí tem tempo de tela considerável para
trabalhar melhor seus papéis e se estabelecerem no núcleo central
da narrativa. Ninguém fica de fora e cada um tem seu momento certo
de brilhar. Isso é muito difícil de se executar, uma vez que são
tantos talentos que precisam de tempo para cada um ter suas
personalidades desenvolvidas com sucesso. Soma tudo isso aos novos
personagens que entraram nesse e mesmo assim, o diretor Jason Reitman
(filho de Ivan Reitman, que dirigiu os dois primeiros filmes)
conseguiu a proeza de encaixar cada um com seu tempo sem diminuir
ninguém. Algo bem árduo, diga-se de passagem. Quantos filmes vemos
que atores e personagens são mal trabalhados e mal aparecem (e as
vezes são importantes e ficam em segundo plano)? Aqui o roteiro é
perfeito nesse sentido. Ponto positivo esse.
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Esses são nostalgia pura. |
História nostálgica e efeitos divertidos. Acreditem: eu vejo os
dois filmes antigos e ainda considero que eles envelheceram muito bem
para a época em que foram lançados. Até hoje são produções
divertidas de se assistirem. Com a tecnologia de hoje, esperava-se
que em ambas as continuações (2021 e 2024) fossem melhores
adaptadas com os efeitos. E sim, além desse filme ter bons efeitos,
ele abrange uma parte da essência dos "Caça-fantasmas",
que é desvendar 'mistérios sobrenaturais' e faz valer a
credibilidade que a franquia tem junto ao público que gosta dela e
aos novos fãs também. Tem a medida correta para todos os gostos e
idades. A ideia de trazê-los de volta a Nova York para a sede de
onde tudo começou foi um artifício certeiro também. Poder rever todo
aquele ambiente permeado de vitalidade - com os novos personagens e a
homenagem ao Egon, por serem membros de sua família - e nostalgia,
certamente traz um 'quentinho' no coração de muita gente - eu
inclusive - e muita alegria.
Enfim, vale a pena ver o filme?
MUITO RECOMENDADO! "Ghostbusters - Apocalipse de gelo" mexe
forte com o passado sem perder a essência do seu material original.
Traz fôlego novo para a franquia com um pós crédito já revelado
por Ivan Reitman que garantirá uma continuação. Esperamos um bom
nível no próximo filme também, porque este eu gostei demais. Vale
muito o ingresso!
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