sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

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ARGYLLE - O SUPER ESPIÃO (Avaliação 3/5 - Bom!)

 Novo filme de Matthew Vaughn tem roteiro inventivo, mas peca um pouco em sua execução. Vamos a análise!
 A ideia de unir espionagem e comédia não é nem um pouco nova. No entanto, a história desse longa tem momentos tão inusitados que rompem várias vezes as barreiras narrativas para quebrar a percepção do espectador sobre a produção. Quer seja para o bem ou para o mal, ela surpreende por tentar ser ousada e nem um pouco lúcida a princípio. E isso funciona de certa forma durante o longa. O problema é que na hora de concentrar esforços para executar tudo a que o filme se propõe, ele nega a existência do consenso e da coesão e dá lugar por vezes a fantasia escrachada e até certa maneira, meio piegas. E tudo isso que disse aí era sim ideia do diretor do filme, pois está bem escancarado na proposta. Mas funcionou de verdade? É o que veremos nos parágrafos abaixo.
 Uma viagem 'alucinógena'. Que todo roteiro precisa fazer sentido, mesmo ele sendo difícil de entender ou muito bem elaborado, isso todo mundo já sabe. Mas o diretor desse resolveu criar uma dinâmica meio que de 'ficção dentro da ficção' e abusa de elementos subjetivos para dar a ideia de 'grandiosidade' do filme. Ele lá até tem seus méritos, porém a condução da trama começa a ficar cansativa a partir da metade do segundo ato em diante, quando ele resolve trabalhar mais ainda com o 'cartunesco' e com cores vibrantes, dando um aspecto extremamente piegas a produção. Não me leve a mal, caro leitor, mas direção e produção começam muito bem sua execução, mas no fim escorregam em prolongar demais algumas cenas e descaracterizar a seriedade que poderia ter sido o final e a ideia central da película. Uma pena.


Trio subaproveitado.

 Muitos nomes, poucas cenas e mudanças não muito convincentes. Temos para este filme um elenco para lá de interessante. Henry Cavill, Samuel L. Jackson, Dua Lipa, John Cena, Bryce Dallas Howard, Sam Rockwell. Ótimos nomes, porém uns aparecem demais e outros, nem tanto. Na verdade, a 'salada' visual e dinâmica da trama faz com que você pense algo a respeito do longa propositalmente e após descamba para o inusitado, onde alguns atores é que de fato são os protagonistas dessa história (sem 'spoilers' aqui). O que pode jogar 'um balde de água fria' no espectador ou surpreender de forma positiva. Vai depender do seu ponto de vista. A questão aqui, no caso das atuações, são as nuances da atriz Bryce Dallas Howard, que faz essa ruptura de expectativas ser tão forte que em um segundo momento de sua personagem ela não funciona. Na 'primeira fase', digamos assim, ela está perfeitamente 'casada' com a ideia proposta para o seu papel. Já no outro momento (que é justamente após a metade do segundo ato), ela desanda e não entrega muito bem a sua 'segunda fase'. Além das cenas longas demais, essa outra fase da personagem não ilustra muito bem o perfil da atriz e ela não convence em suas performances. Fica tudo muito sem emoção e ela não consegue transferir isso para o público. É uma ótima atriz, mas não combinou com a mudança que fizeram com ela.

Dupla um tanto inusitada.

 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADO! "Argylle - O Super Espião" tem um conceito bacana, mas falha em alguns aspectos. No geral, é um bom filme justamente pela sua proposta não linear. Mas o terceiro ato precisava de uns ajustes para ficar realmente excelente. No entanto, a ideia de 'quebrar expectativas' me agradou bastante. Vale o ingresso!

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