segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Filmes

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POBRES CRIATURAS (Avaliação 5/5 - Excelente!)

 Longa dirigido por Yorgos Lanthimos tem narrativa agressiva que choca, mas muito pertinente nos dias de hoje. Vamos a análise!
 A dicotomia humana sugere que bem e mal habitam dentro de nós ao mesmo tempo. Sabemos disso pois temos regras na sociedade e aquelas coisas que fazemos que não cumprem tais preceitos, são repudiados ou criamos em nossa consciência um sentimento de 'culpa' pela nossa ignorância (isso de uma maneira geral, pois há casos de pessoas que não sentem nenhum remorso pelo que fazem). Mas sim, falaremos das pessoas que fazem parte da dita 'normalidade'. Esse filme tem por objetivo abordar a inocência humana diante da sujeira que vivemos enquanto sociedade. Ele tem uma realidade distópica que recria certos padrões como se fossem verdades absolutas, mas ao mesmo tempo os destrói mostrando que certas ações são apenas demonstrações de pessoas que se acham tão cheia de pudor, mas se escondem em suas vestes elegantes e seus conceitos hipócritas de 'elegância'. Os personagens de Emma Stone a Mark Ruffalo trazem tão bem essa dualidade que chegam a ser extremos opostos em um mundo tão desigual. E destrinchar essa magnífica obra aqui é uma tarefa ampla, pois suas nuances são tão profundas que pretendo trazer talvez e somente algumas delas por aqui.

Emma Stone: merecidamente premiada.

 Mundo idealista, realidades bruscas. Uma das principais características dessa produção é ser extremamente escrachada e despudorada propositalmente para mostrar ao espectador o tom das realidades que chocam. Tudo no filme tem sentido quando percebemos isso. Ele toca em feridas como ganância, corrupção, abismo social, arrogância, convenções humanas que na prática não servem para nada, a vergonha que o ser humano pode chegar em troca de dinheiro, a 'prisão' do machismo versus a 'prisão' do feminismo, entre uma série de outros pontos mesclados brilhantemente pelo diretor que fazem a gente perceber que o experimento no primeiro ato do filme (sem 'spoilers' aqui) é na verdade uma forma de mostrar o que acontece quando você 'cresce' nessa sociedade da qual vivemos e no que você pode se transformar se não observar o mínimo de cuidados com suas escolhas e caminhos que segue. É uma verdadeira e acirrada crítica a hipocrisia humana sem medo de mexer no que há de mais ardiloso dentro do ser. E o diretor faz isso da forma mais seca e visceral, sem rodeios.
 Atuações brilhantes. Emma Stone já coleciona muitos prêmios por suas atuações (inclusive já ganhou três prêmios com esse longa e está concorrendo ao Oscar 2024 na categoria "Melhor atriz"), porém ela se doa para esse papel de forma insana. As nuances, os aprendizados, as transformações quando ela passa a conhecer o 'mundo' - demonstrado fortemente pelo contraste de cores que vai mudando à medida que o filme se desenrola -, tudo é muito grandioso em suas mãos. Ela busca retratar exatamente os passos que seu papel se propõe. E o faz com maestria. Mark Ruffalo também está tão impecável como um 'canastrão galante' que seus momentos em tela são brilhantes. A desconstrução que ele faz do seu personagem é algo de impressionar (não à toa há pouco tempo ganhou uma estrela na "Calçada da fama". Merecido.), tamanha a profundidade de sua performance. Ambos contracenando juntos formam uma dualidade irretocável, que é justamente onde se dirige toda a crítica do longa. Algo digno de Oscar mesmo.

Mark Ruffalo: performance irretocável.

 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! "Pobres criaturas" é uma crítica rasgada e sem cortes sobre a sociedade com um todo. Faz você sair da sessão com largo sentimento de 'peso' por narrar de forma tão abrupta o caos social que vivemos. Uma obra firme para realmente ir ver de mente muito aberta para compreender tudo o que o filme quer passar. Espetacular. Vale demais o ingresso!

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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Filmes

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SÉRIES

 'Percy Jackson e Os Olimpianos' da Disney Plus. Funcionou?
 Alguns comentários e opiniões sobre a primeira temporada desta série. Se gostar, por favor compartilhe este vídeo, curta, comente e se inscreva. Obrigado por assistir!


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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

Filmes

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ARGYLLE - O SUPER ESPIÃO (Avaliação 3/5 - Bom!)

 Novo filme de Matthew Vaughn tem roteiro inventivo, mas peca um pouco em sua execução. Vamos a análise!
 A ideia de unir espionagem e comédia não é nem um pouco nova. No entanto, a história desse longa tem momentos tão inusitados que rompem várias vezes as barreiras narrativas para quebrar a percepção do espectador sobre a produção. Quer seja para o bem ou para o mal, ela surpreende por tentar ser ousada e nem um pouco lúcida a princípio. E isso funciona de certa forma durante o longa. O problema é que na hora de concentrar esforços para executar tudo a que o filme se propõe, ele nega a existência do consenso e da coesão e dá lugar por vezes a fantasia escrachada e até certa maneira, meio piegas. E tudo isso que disse aí era sim ideia do diretor do filme, pois está bem escancarado na proposta. Mas funcionou de verdade? É o que veremos nos parágrafos abaixo.
 Uma viagem 'alucinógena'. Que todo roteiro precisa fazer sentido, mesmo ele sendo difícil de entender ou muito bem elaborado, isso todo mundo já sabe. Mas o diretor desse resolveu criar uma dinâmica meio que de 'ficção dentro da ficção' e abusa de elementos subjetivos para dar a ideia de 'grandiosidade' do filme. Ele lá até tem seus méritos, porém a condução da trama começa a ficar cansativa a partir da metade do segundo ato em diante, quando ele resolve trabalhar mais ainda com o 'cartunesco' e com cores vibrantes, dando um aspecto extremamente piegas a produção. Não me leve a mal, caro leitor, mas direção e produção começam muito bem sua execução, mas no fim escorregam em prolongar demais algumas cenas e descaracterizar a seriedade que poderia ter sido o final e a ideia central da película. Uma pena.


Trio subaproveitado.

 Muitos nomes, poucas cenas e mudanças não muito convincentes. Temos para este filme um elenco para lá de interessante. Henry Cavill, Samuel L. Jackson, Dua Lipa, John Cena, Bryce Dallas Howard, Sam Rockwell. Ótimos nomes, porém uns aparecem demais e outros, nem tanto. Na verdade, a 'salada' visual e dinâmica da trama faz com que você pense algo a respeito do longa propositalmente e após descamba para o inusitado, onde alguns atores é que de fato são os protagonistas dessa história (sem 'spoilers' aqui). O que pode jogar 'um balde de água fria' no espectador ou surpreender de forma positiva. Vai depender do seu ponto de vista. A questão aqui, no caso das atuações, são as nuances da atriz Bryce Dallas Howard, que faz essa ruptura de expectativas ser tão forte que em um segundo momento de sua personagem ela não funciona. Na 'primeira fase', digamos assim, ela está perfeitamente 'casada' com a ideia proposta para o seu papel. Já no outro momento (que é justamente após a metade do segundo ato), ela desanda e não entrega muito bem a sua 'segunda fase'. Além das cenas longas demais, essa outra fase da personagem não ilustra muito bem o perfil da atriz e ela não convence em suas performances. Fica tudo muito sem emoção e ela não consegue transferir isso para o público. É uma ótima atriz, mas não combinou com a mudança que fizeram com ela.

Dupla um tanto inusitada.

 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADO! "Argylle - O Super Espião" tem um conceito bacana, mas falha em alguns aspectos. No geral, é um bom filme justamente pela sua proposta não linear. Mas o terceiro ato precisava de uns ajustes para ficar realmente excelente. No entanto, a ideia de 'quebrar expectativas' me agradou bastante. Vale o ingresso!

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segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

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 Filmes de Super-Heróis. Tem Futuro?
 Alguns comentários e opiniões sobre este gênero que virou febre dos anos 2000 para cá. Se gostar, por favor compartilhe esse vídeo, curta, comente e se inscreva. Obrigado por assistir!


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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

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ANATOMIA DE UMA QUEDA (Avaliação 5/5 - Excelente!)

 Longa francês que aborda tema relevante é denso e com atuações incríveis. Vamos a análise!
 Filmes que abordam casos de julgamento de valores tem aos montes. Todavia o que faz a diferença nesse é como essa abordagem é contada. O desenvolvimento pernicioso e proposital da narrativa faz com que o espectador não encontre respostas de maneira mais tangível. O clima da produção é ambientado para que tudo seja obscuro, pesado, sem praticamente chegar a um denominador comum durante toda a película. E é isso que faz dessa jornada algo tão preciso e emocional. Não a toa concorre a cinco categorias do Oscar 2024, incluindo "Melhor filme". E veremos um pouco mais do porquê de tanto entusiasmo pela produção.
 Um drama intenso. Se filmes desse tipo já carregam certo peso, esse aqui o leva a patamares ainda mais altos. O público nunca sabe em quem acreditar, ou em que acreditar. Tudo o que temos em mãos é um marido falecido, uma esposa/mãe dolorida, um filho em desespero e o advogado contratado para o caso. A partir daí as incertezas provocadas pela diretora Justine Triet são o ponto-chave de toda a trama. Não julgue ser uma narrativa simples, caro leitor. Os diálogos intensos e os mais árduos sentimentos são postos a prova nessa história. E o que o filme se propõe em todo tempo é mostrar a nossa fragilidade enquanto ser humano em todos os aspectos da vida, incluindo a falta dela. Magistral!

Sandra Hüller: atuação brilhante.

 Vidas destroçadas pela tragédia. Não há nada mais incômodo e duradouro que a dor de uma perda. Por mais que os conflitos da vida se acumulem, perder um ente querido nunca é tarefa das mais fáceis de se lidar. Principalmente se houver uma criança envolvida no caso. Camadas se tornam mais profundas e incômodas de se dialogar. Como uma criança lida com a perda de um parente próximo como um pai ou uma mãe? Como explicar e verbalizar o ocorrido com todas as palavras se nem sempre elas podem ser totalmente ditas aos pequenos? O filme elucida este tema de uma maneira tão pertinente e, até certo ponto, tão dura, que desnuda realidades frequentes do cotidiano de uma família. E conduz o espectador ao seio familiar rasgado de acúmulos, dores e situações não ou mal resolvidas ao longo do tempo. E toda a narrativa se volta para essas questões tão verossímeis e sensíveis do ser humano. Muito bom!
 Atuações incríveis e muito elogiadas. O drama vivido por 'Sandra' (Sandra Hüller) faz com que a atriz se empenhe de forma excepcional no papel. Sua performance é tão intensa e tão emotiva que lhe rendeu também uma indicação de "Melhor atriz" no Oscar 2024. As nuances, incertezas e dissabores daquele momento de sua vida são traçados nos menores gestos, expressões e palavras. Outro que tem direito a muitos elogios é o ator mirim que faz 'Daniel' (Milo Machado-Graner). O garoto simplesmente esbanja talento com uma sintonia fina, crua e delicada de uma infância difícil, pelo fato de não enxergar completamente, e pela complexidade em como o pequeno ator dá ao falecimento do pai e a outros excessos do casal. Ele trafega pela dor e pelo sentimento de forma tão sublime que é difícil não se emocionar com sua atuação. Não fica devendo nada para o elenco adulto. Magnífico!

Milo Machado Graner: Talentoso e carismático.

 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! "Anatomia de uma queda" pode parecer comum concernente ao seu tema, porém sua dramaticidade e singularidade está justamente na forma como foi conduzido pela diretora Justine Triet e pelos atores Sandra Hüller e o pequeno Milo. Com um fim muito bem elaborado, é grande concorrente a ter algum prêmio nas categorias do Oscar 2024 nas quais está concorrendo. Vale muito o ingresso!

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domingo, 4 de fevereiro de 2024

Bíblia

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REFLEXÃO BÍBLICA

 'Porque foi subindo como Renovo perante Ele, e como raiz de uma terra seca' (Isaías 53.2)
 
Uma breve explanação sobre o porquê Deus nos chama 'terra seca'. Confira o vídeo e seja abençoado em nome de Jesus!


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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Filmes

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TURMA DA MÔNICA JOVEM - REFLEXOS DO MEDO (Avaliação 3,5/5 - Muito bom!)

 Novo longa dos queridos personagens de Maurício de Sousa conseguem renovar e divertir, mesmo com um novo elenco. Vamos a análise.
 Há de se convir que os 2 primeiros filmes infanto-juvenis da turminha tem um elenco acertadíssimo, com roteiros relevantes e histórias divertidas. No entanto, os quadrinhos para jovens da turma tem uma orientação completamente diferente das versões infantis. São histórias mais espirituosas, cheias de mistérios, encontros, desencontros e muita animação justamente por serem mais crescidos. Com isso, a proposta desse novo projeto não conseguiria acompanhar o elenco anterior, pois a abordagem é outra e não se aplicaria nesse momento os antigos atores. Adoro todos eles, mas para essa produção a alteração do 'cast' era necessária. Vamos destrinchar um pouco sobre isso mais abaixo.
 Roteiro diferenciado. Nos projetos anteriores, os longas se focaram muito nos relacionamentos interpessoais dos protagonistas, dando a eles camadas mais profundas de sentimentos. Já neste, o foco principal está mais na trama central do que nos personagens em si, uma vez que certamente a direção optou por já saber que o público conhece os personagens. E a história abordada tem um cunho muito mais relevante para a idade jovem da turminha do que para os mais novos. Por esse motivo, achei a troca de elenco necessária e extremamente importante. Eles têm melhor encaixe com as ideias trazidas no roteiro, que envolve uma trama meio 'sobrenatural', como acontecem nos quadrinhos jovens deles.

A nova e bela 'Turma': ótimos atores.

 Troca de elenco necessária. Como disse anteriormente, o elenco principal tinha de ser alterado, não só pela idade dos personagens, como também pelo tipo de proposta que o longa tem a oferecer. Mesmo assim, as nuances dos personagens infantis estão lá: 'Cebola' (Xande Valois) traz seus planos quase 'infalíveis', 'Mônica' (Sophia Valverde) ainda tem seu forte temperamento estampado, 'Magali' (Bianca Paiva) continua gostando muito de comida, 'DC' - Do contra (Yuma Ono) ainda é do contra (rs) e 'Milena' (Carol Roberto) ainda é bem curiosa e amiga. Agora, destaco aqui o 'Cascão' de Théo Salomão que, pela sua versão jovem não ter sua principal característica, que é o medo de água, ele traz uma abordagem diferenciada para o mesmo da qual me agradou bastante. Ele é medroso, porém em uma outra vertente e isso o diferencia bastante da sua versão infantil. E eu gostei bastante da sua transposição e de sua atuação.
 Efeitos visuais brasileiros ainda engatinham. O longa requer algumas cenas e alguns momentos que exigem efeitos especiais. Falando de cinema nacional e do cenário do país a esse respeito, ainda estamos longe de uma qualidade tão boa quanto os filmes de 'Hollywood'. Todavia pensando em como evoluímos bem devagar por aqui, e tendo em mente isto, posso afirmo que há certa razoabilidade no que é proposto e mostrado em tela. Volto a dizer, estou me posicionando como mercado interno. E estamos tentando melhorar aos poucos nesse aspecto. E acredito ser relevável isso no filme como um todo.

Efeitos visuais razoáveis.

 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! "Turma da Mônica Jovem - Reflexos do medo" traz uma outra proposta baseado nos quadrinhos de mesmo nome e tem um elenco legal e renovado que oferece uma nova dinâmica para os personagens. Acredito no potencial dessa nova equipe e seus novos integrantes. Se curtir e quiser conferir, acredito que vai se divertir sim, querido leitor. Vale muito o ingresso!

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