TROLLS 3 (Avaliação 3/5 - Bom!)
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Tronco, Poppy e seu irmão. |
Altos e baixos do mundo pop. A narrativa conta de um grupo – no
longa – que se formou e criou uma ‘boy band’ há muitos anos
atrás (alguém já identifica referências aqui? rsrs). Porém o
sucesso e os limites de cada um os tornaram praticamente intolerantes
um com o outro e a banda se separou, gravando um só disco durante
toda sua carreira (sem citar os nomes dos personagens da animação
para não dar ‘spoilers’, mas já comparando, pensa aí quantas
dessas no mundo real tiveram ascensão no final dos anos 80,
início/final dos anos 90 do século passado e aconteceu exatamente
isso? Só essa introdução já me deixou surpreso sobre o teor do
longa). Acontece que agora um deles foi ‘sequestrado’ por uma
dupla de ‘cantores de autotunes’, pois eles precisam sempre do
talento de um desses Trolls para poder cantar bem. E aí já tecem
outra bela crítica àqueles que fazem sucesso pelo nome que carrega,
porém quando cantam ao vivo não dão conta do recado e precisam de
‘ajustes’ para não mostrar que são definitivamente ruins - e que na verdade só tem o sucesso porque são seguidos pela 'massa', mesmo sabendo que não tem aptidão nenhuma. Todo
esse contexto é super bem pontuado no filme e norteia a trama que é
exatamente o epicentro dessa narrativa, dando destaque para as
nuances que apresentei aqui e dissertando fortemente que o mundo da
música não é tão ‘glamouroso’ quanto parece. Tem farsas,
dilemas, disfarces e muito, mas muito marketing e dinheiro envolvido,
mesmo quando não há talento de fato. Genial!
Ideia boa, filme
arrastado. Apesar do boa argumentação da animação, ela deixa um
pouco a desejar no seu ritmo. Em certos momentos ela não parece
prender o espectador tanto quanto o seu antecessor. Há descobertas
ao longo, mas em certas ocasiões ela desacelera e não mantém sua
estrutura cadenciada. Se perde um pouco em diálogos que não
movimentam a narrativa e só estão ali para sustentar seus noventa
minutos de tempo em tela. Mesmo no original tendo a participação do
grupo N’Sync e chamando a atenção e a responsabilidade para si
sobre o tema que foi abordado nessa terceira parte da franquia, há
certas ‘quebras’ e lentidão de acontecimentos que incomodaram um
pouco. Pelo menos para mim.
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Mais surpresas ao longo da jornada dos Trolls. |
3D mediano/bom como quase sempre acontece. Adoro assistir as
películas com os óculos. Dessa vez o início parecia ser promissor
(a abertura foi bem elaborada em 3D), porém ao longo você tem a
sensação de profundidade, mas sem se ater a melhores detalhes, como
deveria ser. Acredite, caro leitor, ela é boa, mas poderia ter sido
bem melhor. Chegar perto da experiência de um ‘Avatar’ é só
uma questão de boa vontade dos estúdios em querer trabalhar melhor
a tecnologia. Mas está legal. Acho que vale a diversão dessa vez.
Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADO! “Trolls 3” tem seus
problemas devido seus diálogos arrastados e sua estrutura narrativa
ser comprometida com isso, todavia encanta as crianças com seus
personagens carismáticos e seus protagonistas fofíssimos ‘Tronco’
e ‘Poppy’. A crítica sugerida também pode agradar os adultos
mais atentos aos detalhes relevantes que o longa apresenta. No fim,
ainda acho que a diversão e umas boas risadas estão garantidas
tanto para os pequenos quanto para os mais velhos. Vale sim o
ingresso!