terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Filmes

 HOMEM-FORMIGA E A VESPA: QUANTUMANIA (Avaliação 4/5 - Muito bom!)

 Com uma trama peculiar, novo longa do UCM abusa novamente da ‘fórmula Marvel’, mas estabelece, ao meu ver, de forma eficaz, o novo grande vilão do estúdio. Vamos a análise!
Que ‘Kang’ e ‘Jovens Vingadores’ já estão entre nós, isso é fato, pois mais uma integrante dessa equipe foi apresentada nesse filme. Mas o que destaca a produção de fato é a apresentação do novo vilão do arco maior dessa saga. Tivemos uma espécie de ‘debut’ do novo antagonista nesse (em ‘Loki’ ele aparece bem mais comedido - aliás, recomendo muito assistir essa série antes de ver o longa). Mas, cá entre nós, ainda é muito cedo para termos e vermos quais as reais intenções e o quão poderoso é esse personagem que tem um arco bem complicado nos quadrinhos, pois vários roteiristas diferentes escreveram sobre o vilão e tudo é muito amplo e por vezes, até desconexo nas HQ’s. Mas um breve vislumbre na película e já podemos ter um pouco do que virá por aí nos cinemas. E, em minha humilde opinião, acertaram em como apresentaram a história do personagem. Explico um pouco mais sobre isso abaixo.

Trio de heróis: antigos e novos rostos.

 Um roteiro que trabalha pensando no futuro. Com grande destaque para Janet Van Dyne (Michelle Pfeiffer), o longa mergulhou mais a fundo dentro do reino quântico e trouxe um arco de personagem sólido e bem interessante para a personagem. Tudo o que aconteceu durante o tempo que ela ficou lá foi explicado e a forma como Kang (Jonathan Majors) é introduzido na trama – para entrar na trama maior do UCM – é, sim, ao meu ver, muito bem explanada. E digo isso porque roteiros como a série da ‘Ms. Marvel’ e ‘Thor: Amor e Trovão’ (eu gostei da Kamala Kahn e da atriz que foi escolhida mesmo assim) são extremamente meia boca, um com vários furos e o outro, exagerado demais. Contudo, a ‘fórmula Marvel’ também está presente nesse, mas de forma mais atenuada, com uma história coesa e, para mim, convincente. O que eu não vi nessas outras duas produções anteriores, eu enxerguei nessa um cuidado maior. Afinal de contas, está iniciando finalmente de forma mais amplificada a ‘Saga do Multiverso’ e ‘A Dinastia Kang’ e era preciso uma apresentação coerente do seu principal antagonista. E, para mim, ficou muito bom.
 Atuações e atores confortáveis em seus papéis. Paul Rudd, que interpreta ‘Scott Lang/Homem-Formiga’ e Evangeline Lilly (Hope Van Dyne/Vespa) estão há bastante tempo trabalhando com seus respectivos protagonistas, assim como os veteranos Michaell Douglas (Hank Pym) e Michelle Pfeiffer (Janet Van Dyne). Todos esses são muito experientes em atuação e, por estarem se dedicando a esses projetos da Marvel já de longa data, apresentam ao público boa performance e demonstram solidez na interpretação dos personagens (mesmo que vez por outra a tal ‘fórmula Marvel’ tragam os atores para aquém do que eles podem). Mas no geral, avalio principalmente Michaell e Michelle – que, embora sejam coadjuvantes, são os grandes fios condutores de toda a trama – como sempre impecáveis, em minha humilde opinião. Jonathan Majors (Kang) mostra muito bem como será o futuro do grande vilão e faz ótima performance de seu personagem. Bill Murray (Lord Krylar) tem pouco espaço de tela e seu arco de personagem não foi bem exposto. Um diálogo aqui e ali entre ‘Janet’ e ‘Krylar’ dão só uma ideia do que realmente houve no passado e isso, para um ator desse calibre, podia ter ganhado mais espaço e ser melhor explicado. Já a atriz que faz ‘Cassie Lang/Estatura’ (Kathryn Newton), mesmo sendo importante para a história e ter um bom começo, é necessário avaliar um pouco mais. Mas ela é promissora também.

Michaell e Michelle: veteranos em atuação.

 Bons efeitos e fotografia bem posicionada. Não haveria outro jeito de criar um mundo que não existe sem efeitos especiais. E, embora quase não são usados efeitos práticos, o resultado final não me trouxe incômodo não. Digo isso porque o CGI está decente nesse filme e os planos de fotografia, muito bons. Não é uma produção televisiva (embora Kevin Fiege tenha afirmado certa vez que queria menos episódios para que as séries tivessem a qualidade de filme e, pelo menos nas últimas 3 produções, isso não foi muito bem executado não), então precisa ter adequação e orçamento de um filme de cinema. O reino quântico é riquíssimo e cheio de vida, com vários seres e mini cidades vivendo em certa coletividade – exceto pelo fato do vilão estar lá. Há certos conceitos que lembram muito ‘Star Wars’, mas tudo está bem equilibrado ao meu ver.

A nova grande ameaça do UCM.

 O 3D é sempre um adendo que costumo agregar nas minhas análises, pois por vezes, até grandes canais não falam sobre o efeito. Dessa vez eu avalio como bom. Nada grandioso como em ‘Avatar – o caminho da água’, mas modesto o suficiente para caso você goste do recurso, ter alguma imersão bacana e um ‘tempero’ a mais para assistir. No mais, para quem não curte a tecnologia, acredito que você se divirta sem ela. No final eu, que sou um entusiasta deste, achei bom (e digo isso com certa experiência pois, por exemplo, ‘Jurassic World – Domínio’ o 3D é horroroso e gastei dinheiro para ver a tela toda chapada, com efeito zero).
 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! “Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania” traz Jonathan Majors em excelente forma e um vilão sombrio, com camadas que serão aprofundadas mais a frente e que certamente dará muito trabalho aos Vingadores – tanto novos quanto antigos. É um filme divertido, com uma trama interessante e que abre larga margem para o futuro do UCM. Eu gostei e me diverti, querido leitor. Vale muito o ingresso!

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