sexta-feira, 25 de março de 2022

Filmes

NETFLIX: O PROJETO ADAM (Avaliação 3,5/5 - Muito bom!)


 Longa da Netflix que trata sobre viagem no tempo tem Ryan Reynolds e grande elenco em uma aventura divertida e funcional. Vamos a análise!
 Existem inúmeras teorias e pesquisas que trabalham ainda em campos hipotéticos sobre como realmente se daria voltar ao passado – ou avançar no futuro, como queira. E nessas teorias, alguns filmes se baseiam para dar suporte a seu roteiro e elaborar sua trama de forma que o espectador seja levado talvez, de forma subjetiva, através de uma câmera, a perceber como seria feita de fato essas viagens. E a Netflix trouxe, em mais um produto que aborda esse tema, uma trama leve que usa de uma dessas teses na qual alterando eventos no passado, o futuro pode ser mudado através desses novos acontecimentos. Usando a mesma dinâmica de filmes como ‘De volta para o futuro’ (que usa dessa teoria), o longa brinca com essa possibilidade e faz uma divertida analogia entre o que sou hoje e o que me tornarei daqui a alguns anos, pois a trama traz implicitamente essa projeção, bem como um foco interessante nas interações familiares e como elas afetam o passado, presente e o futuro de forma bem profunda e relevante.
Ótima dupla de protagonistas!

 Como disse no início, Ryan Reynolds protagoniza o longa como esse cara que vem do futuro e aterrissa no tempo presente (erroneamente, pois ele queria ir mais no passado) em busca do paradeiro de alguém muito especial na vida dele e com quem possui uma estreita relação. O que ele não contava era se deparar com um garoto de 12 anos – vivido pelo ator Walker Scobell – e a partir desse ponto (não vou dar ‘spoilers’ por aqui), algo bem inesperado acontece e o personagem de Reynolds tem de correr contra o tempo para solucionar o problema de sua nave e todo o entorno dos dilemas que o cercam. Seria uma narrativa talvez um pouco batida se não fosse pela incrível interação entre Reynolds e o pequeno Walker, que protagonizam ótimos momentos em tela e possuem uma química muito boa. Sabemos que Ryan Reynolds é um ótimo ator e tem um timing muito bom pra comédia. Porém é Walker Scobell que brilha em cena, movido pela trama e seus dilemas adolescentes afetados pela repentina perda do pai, vivido pelo ator Mark Ruffalo. Aliás, os coadjuvantes também são relevantes para a trama e conduzem bem a principal narrativa. Como já citado, Mark, Jennifer Garner - que vive a mãe do pequeno Walker – e Zoe Saldaña são a outra parte do ‘cast’ que, embora sejam coadjuvantes, trabalham bem ajustados a todo o contexto do longa e fornecem bom suporte aos protagonistas.

Diretor Shawn Levy e o ótimo elenco.

 Shawn Levy é quem assina a direção do longa – em uma parceria com Reynolds que já deu muito certo em outros filmes, tais como ‘Free Guy: assumindo o controle’ e a repete aqui –  e o bom orçamento fez com que o mesmo juntamente com a equipe de pós-produção pudessem caprichar nos efeitos visuais/especiais, tanto os futuristas quanto os do presente. Com uma boa fotografia e cenas de ação satisfatórias, o longa tem sim uma positiva comparação com os grandes filmes ‘hollywoodianos’ e nos mostras bonitos cenários com belas naves futuristas, incluindo até a bem feita dinâmica visual da viagem em si, abordando o tema tanto em sua parte teórica (ou seja, quais as equações e mecanismos para tal feito), quanto na prática (o evento em si). Tudo realmente muito bem direcionado com a proposta que o longa oferece.
 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! De fato, “O projeto Adam” poderia ser mais um filme que aborda esse tema já por tantas vezes narrado e um tanto batido, mas o talento de Ryan Reynolds e do pequeno Walker Scobell ditaram o tom da produção e eles conseguiram sim elevar o nível da mesma. Além de Jennifer Garner, Mark Ruffalo e Zoe Saldaña que complementam positivamente o ótimo elenco. Se estás a procura de um filme leve e divertido e com um emocionante fim, pode assistir que esse é para você, caro leitor. Vale muito a pena!

terça-feira, 15 de março de 2022

Filmes

BATMAN (Avaliação 4,5/5 - Excelente!)


 Com uma visão diferenciada das demais obras já produzidas do personagem, longa consegue a façanha de se renovar e se reinventar em meio a tantos filmes já lançados. Vamos a análise!
 Se existe um personagem que a Warner/DC tenta explorar a exaustão, esse certamente é o ‘Homem-Morcego’. Dono de uma intelectualidade e personalidade ímpares, o herói já foi retratado de diversas maneiras por diversos atores e diretores ao longo desde a sua criação em 1939. E era de se esperar um certo desgaste por conta da exposição desenfreada de um mesmo protagonista mostrada a esmo em um período muito curto de tempo (referindo-me neste caso cerca de vinte anos para cá, onde já tivemos cerca de três versões diferentes). Porém ‘Bruce Wayne’ tem força em todas as mídias em que ele já esteve presente. Suas múltiplas facetas nunca são sempre totalmente exploradas. E o diretor Matt Reeves tratou de pegar algumas dessas características inexploradas nos filmes e produziu, por mais incrível que possa parecer, um longa com frescor e ares de novidade como ainda não se tinha visto nas telonas. Com uma trama voltada muito mais para o lado investigativo do herói, o diretor conseguiu introduzir conceitos interessantes e renovados para ‘Batman’ e revitalizar mais uma vez o personagem em tela, o que abre portas para uma nova leva de filmes do querido protagonista.
Pattinson e Zoe: boa química.

 Uma das características mais fortes de Reeves em relação a estética adotada nas filmagens foi a execução de tons escurecidos envolvidos com camadas de cores bem destacadas, no melhor estilo cinema ‘Noir’ (mais detalhes sobre esse conceito aqui). E o grande acerto dessa estética diz respeito ao tom do filme. Como todo o longa soa muito como um filme policial de investigação, nada mais justo e aceitável que se percebesse a trama e o roteiro pelo olhar imaginativo do espectador. Pela estética do filme o público já percebe quais camadas a produção vai ter e boa parte do suspense e do teor do longa estão impregnados em tela com essa característica. E é nessa abordagem visual muito peculiar que o filme vai se revelando dentro de suas quase três horas de duração.
 Juntamente com a narrativa visual que a produção oferece, ela também conta com uma trama envolvente e que trafega pelo mar da complexidade vez por outra, aplicando muitas camadas tanto na história do protagonista quanto do antagonista da vez, que é o vilão ‘Charada’ (que, inclusive, consegue ser bem assustador e tão pesado quanto o ‘Coringa’ dos filmes do diretor Christopher Nolan). Ambos são extremamente bem trabalhados no quesito construção de personagens e fazem o espectador terem a real noção de como cada um é de fato (inclusive mostrando um ‘Batman’ novato e em início de carreira, quando muitos ainda não o conheciam como de fato ele é), suas motivações e suas reais intenções. E não só eles, a personagem ‘Mulher-Gato’, vivida pela atriz Zoe Kravitz, também tem diversas camadas na sua personagem e reproduz muito bem todas as faces da anti-heroína para o espectador, gerando alguma empatia em relação a ela também. A única questão aqui em torno desse trio – trama, roteiro e narrativa – é a condução da forma como o filme foi editado e produzido. Há certos momentos que claramente ele perde o ritmo e os diálogos – principalmente os de tom investigativo – acabam se estendendo demais e diminuindo a cadência do filme. Nesse ponto achei que faltou só um pouquinho mais de objetividade e dinamismo para que esse contexto de investigação – que ficou ótimo ao meu ver – não ficasse um tanto quanto prejudicado por conta das prolongadas cenas e ‘takes’ demorados ao longo. Não tira o brilho de todo o filme, mas gera certo incômodo em alguns momentos da projeção.

Charada: assustador e brutal.

 Da espetacular e escura fotografia aos efeitos práticos e CGIs, tudo acontece em tela de forma fluida e estabelece uma boa conexão com todo o contexto narrativo do filme. Os figurinos também estão muito bem trabalhados e a ambientação melancólica de Gothan City urge em meio ao caos em que a cidade sempre foi e se encontra naquele ambiente. A própria visão fechada de Bruce, muito bem interpretada por Robert Pattinson, corrobora com tudo o que está sendo referenciado neste parágrafo, pois todos os aspectos técnicos da produção se encontram juntamente com a dramatização dos personagens centrais, o que realmente faz-se entender o porquê de todas as escolhas visuais do diretor para o longa.
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! Matt Reeves conseguiu fazer desse novo ‘Batman’ algo realmente relevante nas telas para a mitologia do ‘Homem-Morcego’. Um filme bem mais intimista, com belíssimas atuações, um roteiro extremamente impecável com camadas profundas para cada personagem envolvido e um desfecho que foge a lógica dos tradicionais desfechos de filmes de super-heróis, subvertendo a narrativa e surpreendendo o espectador com sua conclusão magistral e, porque não dizer, apoteótica. Um filme para ser apreciado como que se estivesse folheando calmamente uma história em quadrinhos do personagem. Vale demais o ingresso!

sábado, 5 de março de 2022

Bíblia

REFLEXÃO BÍBLICA

 "Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está em oculto; e o teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará" Mateus 6.6
 Há lacunas em nossas vidas que não podem ser preenchidas com utensílios que obtemos aqui nesta terra. E por vezes há necessidades que nunca vão ser resolvidas por estes. Mas Deus, em Seu infinito amor e graça, nos deu um dos maiores privilégios que o ser humano pode ter: o poder de falar com Ele. Sim, porque falar com Deus muitas das vezes é remédio. Muitas das vezes é consolo. Muitas das vezes é desabafo com quem realmente te entende. É a maior e melhor forma de termos real contato com Deus. E no texto em apreço diz que não precisamos estar perto de ninguém e nem próximo a ídolos para fazer nossas petições. A Bíblia é bem clara: fecha a tua porta, ou seja, fale somente com Deus o que estás necessitando que Ele vê, te ouve e te recompensa. Ele é tão bom e tão amoroso que até quem não está na presença dEle, se O clamar, Ele pode ouvir, abençoar e se revelar a essa pessoa como Deus. Ei querido, temos um Deus que não vê dificuldade em parar e ouvir o ser humano, pois até nossos erros e falhas se nós confessarmos em oração, Ele tem nas mãos a misericórdia e o perdão para O liberar. Algo que muitas vezes as pessoas - e até cristãos também - não tem conosco. Mas o Deus que servimos pode fazer muito mais além do que pedimos ou pensamos, pois Ele tem todas as respostas em Suas mãos, aguardando para liberá-las para todo aquele que O chamar. Pense nisso e comece agora um relacionamento com Ele. Ou se estás com dificuldades para orar, que o Deus dos Céus te conceda a força e a motivação necessárias para que você volte a conversar com Ele. E a canção de hoje que complementa nossa mensagem é "Marquinhos Gomes - Quarto secreto". Que você possa meditar nessa mensagem e ser muito abençoado por essa lindíssima canção em nome do Senhor Jesus!