UNCHARTED - FORA DO MAPA (Avaliação 3,5/5 - Muito Bom!)
Tom e Mark: ótimo entrosamento em tela. |
Tom Holland, muito conhecido pelos filmes do ‘Homem-Aranha’, foi o ator escolhido para protagonizar ‘Nathan’, só que em uma versão bem mais jovem do que a vista nos jogos. E já há um certo contraste só na percepção do porque ele foi o escolhido para tal. Primeiro, e acho que o mais óbvio, o excelente momento que o ator está vivendo por protagonizar uma franquia de extremo sucesso (que é o caso do Spider-Man) e a boa imagem e visibilidade que ele obteve por estrelar esses filmes. Sem sombra de dúvidas, a escolha dele chamaria grande atenção do público de maneira geral. Porém o contraste está aí, nessa escolha. Tom em nada se parece com o ‘Nathan’ dos jogos e muito menos tem a idade que o personagem possui dentro do game, gerando um certo desconforto quando tentamos aproximar o ator do personagem. E isso talvez possa desconectar os fãs mais ‘hardcore’ e mais puristas do longa, pelo fato de haver essa real discrepância entre as duas mídias. No entanto, o que Tom não tem fisicamente, tem em talento como ator. Ele ainda consegue, com seu esforço, traduzir ‘Nathan’ com certa propriedade. Não de todo, mas se consegue sim, perceber o personagem na pele do jovem ator. Tom demonstra capacidade em, nos próximos filmes, conseguir melhorar ainda mais a performance de seu protagonista, assim como Mark Wahlberg, na pele e na personalidade do parceiro da ‘Nathan’, ‘Sully’. Experiente, Wahlberg, além de delinear as facetas de ‘Sully’, tem enorme química e entrosamento com Tom Holland, o que produz ótimos momentos em tela de ação e, ao meu ver, convence o espectador como dupla para os próximos filmes da franquia. Acredito que essa parceria irá melhorar ainda mais com o tempo.
Muitas cenas lembram momentos dos jogos. |
O longa não segue exatamente a história sequencial dos jogos, mas faz um apanhado geral e se baseia, em sua essência, no contexto geral deles. Tanto que personagens como ‘Chloe’ (Sophia Taylor Ali) aparecem e somam até de forma positiva com o elenco principal. É uma real ‘faca de dois gumes’, pode-se assim dizer. Da forma que o texto foi escrito, ao meu ver, ficou mais relevante do que seguir fielmente o roteiro dos jogos (a Marvel nunca faz filmes literais dos quadrinhos, mas pega a essência e se baseia no arco em questão; e tem dado certo na maioria das vezes), pois o longa poderia ficar previsível demais para quem jogou o game e isso acho que não seria oportuno. Da forma como foi roteirizado (e vale voltar a dizer que pessoas envolvidas no game da própria Naughty Dog colaboraram) acredito que sim, conseguiu, em diversas cenas, se remeter e muito aos jogos e traduzir o cerne do que é essa franquia no PlayStation para as telas de cinema. E isso para mim foi muito positivo, pois pude enxergar o que jogamos em um outro tipo de mídia, sem precisar ser exatamente idêntica a narrativa, mas mantendo o que realmente importa para não se perder o rumo da produção. As acrobacias (feitas e coreografadas em sua grande maioria pelo próprio Tom Holland, diga-se de passagem), os intensos momentos de ação, os exorbitantes achados (como navios, lugares inóspitos e de difícil acesso) estão todos lá, bem colocados e referenciados com o que se reflete nos games (com direito a boas cenas e bons efeitos especiais). E esse todo, ao meu ver, de fato produziu algo assertivo em minha humilde opinião.
Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! “Uncharted – fora do mapa” pode gerar opiniões mistas entre os mais puristas. Mas a verdade é que, para o grande público em geral, o longa é extremamente funcional e abriu cominhos para outras continuações em um futuro não muito distante. A contar mais uma vez pela ótima parceria entre Tom Holland e Mark Wahlberg, acredito que sim, poderemos ver mais coisas legais e melhores dessa dupla daqui pra frente. Filme pipoca, descompromissado, mas que acredito muito valha o ingresso e a diversão. ^^