segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Filmes

UNCHARTED - FORA DO MAPA (Avaliação 3,5/5 - Muito Bom!)


 Longa de franquia de muito sucesso no PlayStation faz várias referências aos jogos e abre possível espaço para continuações. Vamos a análise!
 Filmes baseados em games temos aos montes atualmente. Alguns são até bem sucedidos (como é o caso do ‘Sonic’, por exemplo) e outros, nem tanto. ‘Uncharted’, que conta a história de um aventureiro em uma caça a tesouros chamado ‘Nathan Drake’ – no melhor estilo ‘Indiana Jones’ moderno – foi o escolhido da vez para embarcar em outro tipo de mídia e ver como seria o resultado disso. E desde já quero enfatizar algo pontual e interessante: o filme teve a supervisão de pessoas da equipe que produziu o jogo e isso já conta, ao meu ver, como um ponto a favor para o longa, pois em diversos casos as escolhas de roteiro e de narrativa muitas das vezes são deixadas em mãos de pessoas que não tem a mínima noção do produto que tem e caminham em direção amplamente oposta a proposta do segmento no qual estão trabalhando, gerando estranheza por parte do público e da crítica em termos gerais. Ao menos nesse, o trabalho foi realizado em paralelo com quem realmente sabe o que tem.
Tom e Mark: ótimo entrosamento em tela.

 Tom Holland, muito conhecido pelos filmes do ‘Homem-Aranha’, foi o ator escolhido para protagonizar ‘Nathan’, só que em uma versão bem mais jovem do que a vista nos jogos. E já há um certo contraste só na percepção do porque ele foi o escolhido para tal. Primeiro, e acho que o mais óbvio, o excelente momento que o ator está vivendo por protagonizar uma franquia de extremo sucesso (que é o caso do Spider-Man) e a boa imagem e visibilidade que ele obteve por estrelar esses filmes. Sem sombra de dúvidas, a escolha dele chamaria grande atenção do público de maneira geral. Porém o contraste está aí, nessa escolha. Tom em nada se parece com o ‘Nathan’ dos jogos e muito menos tem a idade que o personagem possui dentro do game, gerando um certo desconforto quando tentamos aproximar o ator do personagem. E isso talvez possa desconectar os fãs mais ‘hardcore’ e mais puristas do longa, pelo fato de haver essa real discrepância entre as duas mídias. No entanto, o que Tom não tem fisicamente, tem em talento como ator. Ele ainda consegue, com seu esforço, traduzir ‘Nathan’ com certa propriedade. Não de todo, mas se consegue sim, perceber o personagem na pele do jovem ator. Tom demonstra capacidade em, nos próximos filmes, conseguir melhorar ainda mais a performance de seu protagonista, assim como Mark Wahlberg, na pele e na personalidade do parceiro da ‘Nathan’, ‘Sully’. Experiente, Wahlberg, além de delinear as facetas de ‘Sully’, tem enorme química e entrosamento com Tom Holland, o que produz ótimos momentos em tela de ação e, ao meu ver, convence o espectador como dupla para os próximos filmes da franquia. Acredito que essa parceria irá melhorar ainda mais com o tempo.

Muitas cenas lembram momentos dos jogos.

 O longa não segue exatamente a história sequencial dos jogos, mas faz um apanhado geral e se baseia, em sua essência, no contexto geral deles. Tanto que personagens como ‘Chloe’ (Sophia Taylor Ali) aparecem e somam até de forma positiva com o elenco principal. É uma real ‘faca de dois gumes’, pode-se assim dizer. Da forma que o texto foi escrito, ao meu ver, ficou mais relevante do que seguir fielmente o roteiro dos jogos (a Marvel nunca faz filmes literais dos quadrinhos, mas pega a essência e se baseia no arco em questão; e tem dado certo na maioria das vezes), pois o longa poderia ficar previsível demais para quem jogou o game e isso acho que não seria oportuno. Da forma como foi roteirizado (e vale voltar a dizer que pessoas envolvidas no game da própria Naughty Dog colaboraram) acredito que sim, conseguiu, em diversas cenas, se remeter e muito aos jogos e traduzir o cerne do que é essa franquia no PlayStation para as telas de cinema. E isso para mim foi muito positivo, pois pude enxergar o que jogamos em um outro tipo de mídia, sem precisar ser exatamente idêntica a narrativa, mas mantendo o que realmente importa para não se perder o rumo da produção. As acrobacias (feitas e coreografadas em sua grande maioria pelo próprio Tom Holland, diga-se de passagem), os intensos momentos de ação, os exorbitantes achados (como navios, lugares inóspitos e de difícil acesso) estão todos lá, bem colocados e referenciados com o que se reflete nos games (com direito a boas cenas e bons efeitos especiais). E esse todo, ao meu ver, de fato produziu algo assertivo em minha humilde opinião.
 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! “Uncharted – fora do mapa” pode gerar opiniões mistas entre os mais puristas. Mas a verdade é que, para o grande público em geral, o longa é extremamente funcional e abriu cominhos para outras continuações em um futuro não muito distante. A contar mais uma vez pela ótima parceria entre Tom Holland e Mark Wahlberg, acredito que sim, poderemos ver mais coisas legais e melhores dessa dupla daqui pra frente. Filme pipoca, descompromissado, mas que acredito muito valha o ingresso e a diversão. ^^


terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Games

COMENTÁRIO: THE KING OF FIGHTERS XV (PS4, PS5, XBOX SERIES S/X, STEAM, EPIC)


 A franquia ‘The King of Fighters’ está no mercado há cerca de 28 anos e, mesmo com todos altos e baixos que a empresa proprietária SNK teve ao longo de seu percurso, o game ainda tem fôlego e força para se manter com sua propriedade intelectual ativa, pois, desde o seu lançamento em 25 de Agosto de 1994, alcançou muito sucesso desde então e entrou para o rol de jogos que ficaram gravados na memória dos fãs de todo o mundo. E esse vigor que a marca tem é o que faz ela ser tão longeva e duradoura. Com uma jogabilidade sempre divertida e personagens muito cativantes, manteve ao longo de sua história o interesse do público do qual pertence vivo e cá estamos nós para falar de mais um capítulo desse que vem se tornando novamente muito relevante para a indústria, não só para os jogos de luta, mas para um todo no geral, pois cada franquia que se reergue ou se renova acaba por movimentar o mercado na sua totalidade.
 ‘KOF XV’ tem um elenco muito robusto e extremamente fascinante, dado o fato de que a empresa usou da popularidade dos personagens para compô-lo. Vários nomes que haviam dado as caras em jogos anteriores e que por algum motivo não apareceram mais estão aqui outra vez. E isso é importante para agregar valor ao produto em questão. Quando o público é atendido em suas expectativas quanto a qualidade de um determinado item, o mesmo fica interessado em saber sobre ele. E é o que aconteceu nesse. O marketing acertado da SNK com vídeos de revelações de personagens postados ao longo do ano de 2021 e as várias boas surpresas que chegaram trouxeram o renovo que a franquia precisava para ser atrativa e ganhar ainda mais respeito como marca. Afinal de contas, esse título é o carro-chefe da empresa e realmente precisa de certo cuidado em como vai se apresentar para a sua audiência. E isso a SNK ao meu ver soube fazer de maneira satisfatória.
Elenco robusto e cativante.

 Tanto a modelagem dos personagens quanto os cenários estão atualizados e modernizados para tentar atender a demanda do mundo atual (inclusive adotando um certo estilo minimalista na elaboração das fontes usadas em todo o 'layout' do game e nas barras de vida e de golpes especiais). Apesar de muito bonitos e de terem conseguido um patamar bastante significativo, ainda necessitavam de um pouco mais para chegar ao padrão que vemos hoje na indústria. E não considere isso uma crítica negativa. Não me incomodo com as escolhas estéticas que a empresa usou pra modelar seus personagens em 3D, optando por um tom menos realista e mais cartunesco e pelos cenários que lembram muito o estilo adotado pela corporação em jogos como ‘Fatal Fury’ (basta olhar pro cenário do ‘Team Hero’ e vais notar certa semelhança no sentido do conceito, dada as devidas proporções, com o cenário do personagem ‘Tung Fu Rue’ de ‘Fatal Fury Special’, por exemplo). O que me refiro é ao um nível mais profundo de detalhamento dos mesmos. Temos recursos suficientes hoje para elaboração de algo bem mais aprimorado em termos técnicos e acho que isso faltou um pouco mais no game. Personagens ‘cameo’ (isto é, escondidos no cenário), como é de costume da empresa, também não deram as caras nesse e eu senti muita falta disso. Porém eu devo considerar todos os esforços que os produtores fizeram para nos trazer algo positivo e, de certa forma, renovado para esse novo momento.
 Em termos de ‘gameplay’, devo realmente considerar aqui o trabalho caprichado que foi realizado neste. Aprimorando tudo o que estava ainda não muito acertado em seu antecessor, o game conta com uma jogabilidade ainda mais fluida, personagens muito equilibrados e algumas novas mecânicas que incrementam e muito a jogatina. O novo sistema ‘shatter strike’ deu ao game um dinamismo ímpar e contribuiu muito para acentuar e refinar melhor as nuances da ‘gameplay’. E tanto para jogadores casuais quanto para veteranos, o jogo conta com um estilo básico de aperto de botão múltiplas vezes para aqueles que são considerados público novo, que gostaria de jogar o game mas não simpatiza com sua movimentação ‘hardcore’. E também acerta na profundidade para se tornar um mestre e ficar páreo a páreo com um jogador mais profissional ou com um nível mais elevado. Quanto a esse quesito, a satisfação de todos em geral está garantida.
 A trilha sonora é um espetáculo a parte. Dona de um acervo musical memorável, além da faixas inerentes ao game, que estão belíssimas e refletem bem a composição de cada um dos times no game, a empresa disponibilizou todas as trilhas dos jogos anteriores em um modo chamado ‘DJ Station’ e trouxe a nossa memória as icônicas músicas tanto do KOF quanto até de outros jogos da empresa. Dentro desse modo você pode criar ‘playlists’ para ouvir suas favoritas e ‘in game’ pode dinamizar essas para tocar durante as partidas. É realmente prazeroso jogar escutando o acervo dos jogos passados. Pode usar as composições para tocar ou com o time correspondente àquela ou com um personagem que estava naquele trio anteriormente. Muito acertada também essa função no jogo.

A jogabilidade está melhor refinada neste.

 O modo ‘história’ recria de certa forma o padrão dos jogos anteriores com CGI’s bonitas e uma narrativa que ainda está se construindo. Começando pelo jogo anterior, um novo arco está em andamento e as escolhas narrativas que os roteiristas usaram para este poderiam ter sido melhor elaboradas. E não que eu ache a história ruim neste ou que eu queira ver temas profundos abordados. Longe disso. Até porque normalmente os ‘The King of Fighters’ possuem trilogias contadas e acredito que no último capítulo desse arco o clímax da história irá explicar bem mais coisas além. Mas, ao meu ver, e até para atender a demanda atual dos modos ‘história’ de vários jogos (incluindo alguns do gênero, como é o caso de ‘Injustice’ e ‘Mortal Kombat’), acredito que sim, poderiam rever e reconsiderar implementar esse novo conceito de narrativa usado nos dias atuais.
 Por fim, o modo online foi expandido e está ainda mais sólido, sendo para isso usado um conceito bastante recorrente chamado ‘rollback netcode’, que melhora as taxas de quadros jogando com outros jogadores em rede (se desejar leia mais sobre esse conceito aqui). Com vários modos muito convincentes (inclusive um que permite até 6 jogadores simultâneos com cada um escolhendo seu personagem, como em uma partida dos antigos fliperamas), o título já chega para ser extremamente competitivo nesse quesito e estabelece um novo alto padrão de jogatinas online para a franquia. Nos testes que fiz pude notar melhor fluidez e respostas bem mais rápidas no 'netcode', o que facilita demais na precisão dos comandos executados e estabiliza melhor as constantes quedas de frames por segundo do jogo em conexão com outros jogadores. Um adição e tanto para este modo que vai agregar e muito ao longo dos anos de vida útil desse produto.
 Em suma: ‘The King of Fighters XV’ acerta a mão e conserta todos os problemas que o seu antecessor teve, implementado várias melhorias em todos os quesitos do jogo e estabelece um novo patamar para a franquia. Com notas extremamente positivas de vários meios de comunicação especializados, esse título entra para o ‘hall’ dos mais memoráveis de toda a série, seja por seu elenco chamativo, pela sua magnifica trilha sonora ou pelo seu positivo modo online. Um game para ser apreciado por muito tempo e trazer bastante diversão a todos que estão dispostos a jogá-lo. Nota 9!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Filmes

MORTE NO NILO (Avaliação 4/5 - Muito bom!)


 Novo longa da franquia de livros da escritora Agatha Christie mantém a fórmula de seu antecessor, com um pouquinho menos tempo de tensão em tela. Vamos a análise! ^^
 Quando surgiu a informação que o diretor, ator e produtor Kenneth Brannagh iria fazer a adaptação do livro ‘Assassinato no expresso do oriente’ senti uma boa oportunidade de poder ver uma obra tão interessante e bem construída indo para as telas e sendo executada de forma brilhante pelo talentoso ator/diretor. Havia ali as condições ideais para se filmar tal obra, pois Brannagh teve o cuidado de trazer uma parte da fórmula que tanto deu certo nos livros: o suspense e o mistério. A autora sempre foi muito feliz em ser detalhista, ao mesmo tempo que permeava toda sua literatura com casos de difícil solução, mesmo sendo para um dos seu mais nobres detetives: Sir. Hercule Poirot.
 Poirot apareceu na maioria das histórias da escritora e foi por esse viés que o ator/diretor seguiu para contar isso nos filmes. Traduzir essas histórias em uma outra mídia soa como um trunfo para aqueles que a conseguem conduzi-las de forma coesa. E para nosso deleite, tanto o primeiro quanto esse procuram calcular a medida certa entre a obra original e sua transposição para as telas.

O engenhoso detetive em mais um caso difícil.

 Kenneth – que interpreta o protagonista detetive – reproduz com certa propriedade as várias facetas do personagem desde o primeiro filme, inclusive carregando forte no sotaque belga do nobre investigador. Além de sua atuação, temos novamente um grupo seleto de atores que irão servir de base para caracterizar os personagens dessa nova trama. Com destaque para Gal Gadot, que interpreta ‘Linnet Doyle’, uma ricaça que se casa com o namorado da sua melhor amiga (Armie Hammer interpreta ‘Simon Doyle’, o homem que trocou ‘Jacqueline de Belfort’, vivida por Emma Mackey, pouco depois de terminar o seu noivado) e esse trio é o que vai fazer toda a trama prosseguir até o seu inesperado fim, quando tudo e todos são harmoniosamente destacados e suspeitos. E a condução da narrativa até o eletrizante fim só não é mais tensa pelo fato do filme só priorizar o evento crime em mais da metade do segundo ato. Embora fosse compreensível dar espaço de tela para Gal brilhar, isso ao meu ver corroborou para que o inicio da tensão demorasse a acontecer, fazendo o espectador esperar um pouco mais para que o roteiro pudesse realmente se destacar e fazer o seu papel que é característico do livros. E não que as atuações condissessem e fossem a altura de cada um dos seus papéis – fazendo inclusive os coadjuvantes se destacarem bastante também, como é o caso de Sophie Okenedo, que vive ‘Salome Otterbourn’ e sua sobrinha, ‘Rosalie Otterbourn’, interpretada pela atriz Letitia Wright, que mantém uma subtrama bem interessante –, mas esse prolongamento um tanto excessivo colocou o longa por alguns momentos em uma certa queda de ritmo, dada a ligeira lentidão do acontecimento principal. Nada que ofusque ou estrague a experiência, mas pude realmente notar esse deslize, vamos assim dizer.
A trama gira em torno desse trio.

 No que diz respeito a ambientação, todo o entorno de luzes e destaques dos cenários, através da estonteante fotografia, pareia o caminho de toda a narrativa com belíssimas paisagens e um enquadramento nas várias esculturas e nos enormes monumentos encontrados as margens do Rio Nilo, no Egito. Isso sem contar as falas e trajes de época, todos muito bem elaborados, e que permitiu um charme ímpar na película e uma ainda maior adequação a todo aquele contexto. E nesse quesito tanto o primeiro quanto o segundo seguem uma mesma linha de padrão de qualidade. Muito bom!
 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! Kenneth Brannagh consegue mais um bom feito com “Morte no Nilo”: o de conseguir transpor com certa fidelidade toda a inventividade dos livros de Agatha Christie para as telas novamente. Embora o elenco do primeiro fosse ainda mais robusto, esse não deixa nem um pouco a desejar no quesito atuação e destaques. Se você é fã, assim como eu, querido leitor, dos livros dessa escritora, pode ir assistir pois a diversão, o suspense e o mistério estão garantidos. Vale muito o ingresso!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Filmes

RECOMENDAÇÃO: O ESCÂNDALO (2020)


 Longa protagonizado por grandes estrelas do cinema traz a tona um lado sombrio do mundo das celebridades jornalísticas. Vamos a análise!
 Tudo o que a gente vê em qualquer tipo de mídia esconde o lado mais difícil de se perceber que são os bastidores daquele conteúdo. São as entrelinhas daquilo que não conseguimos enxergar que fazem toda aquela roda midiática funcionar. Mas nem sempre tudo é ‘glamour’. Nem sempre o que é mostrado é de fato fruto de competência e estudos. As vezes, há casos e situações que precisam ser analisados mais a fundo para se perceber que o mundo não é só o que nos é mostrado sem defeitos em tela. E é exatamente isso que esse filme se propõe. Ele visa não só mostrar a escuridão de quem está por trás das câmeras (no sentido literal e figurado) como também denunciar de certa forma toda a condição psicossocial dos envolvidos no grande jogo do poder daqueles que comandam para aqueles que são comandados. E o que se vê nesse é um preço a se pagar muito caro por sinal.
Trio excelente com atuações muito boas!

 O filme aborda, de forma muito profunda e dramática, um fato ocorrido em 2016 com o então presidente da 'Fox News', Roger Alies, que agia de forma inescrupulosa assediando mulheres em favor de mantê-las em seus postos de trabalho. E as atrizes Charlize Theron, Nicole Kidman e Margot Robbie cumprem de forma brilhante seus papéis em demonstrar toda a dura situação que viveram essas pessoas reais nas mãos de um homem no poder. Charlize e Nicole vivem as jornalistas reais Megyn Kelly e Gretchen Carlson, ambas funcionarias do canal na época e Margot vive uma personagem fictícia que representa tantas outras que sofreram com esse tipo de abuso. A liberdade narrativa entregue a Margot fez com que ela demonstrasse de forma muito assertiva e comovente todo o choque produzido por aquela constrangedora situação. Não por menos, rendeu-lhe uma indicação ao 'Oscar' 2020 na categoria de ‘Melhor atriz coadjuvante’. Em contrapartida, Gretchen Carlson (Nicole Kidman) foi a pessoa que teve a coragem de encarar e iniciar a onda de denúncias contra o poderoso chefe de TV. Megyn Kelly (Charlize Theron) aproveita esse momento para também elucidar e encorajar outras a se expor mediante tal contexto. E ambas as atrizes são igualmente convincentes em demonstrar os fatos com muita competência. Igualmente, Charlize Theron também recebeu indicação ao 'Oscar' 2020 na categoria ‘Melhor atriz’.

John Lithgow interpreta Roger Alies.

 Embora o roteiro seja justo, há alguns momentos em que ele ‘peca’ por não direcionar bem o espectador durante as cenas - por vezes se torna até meio confuso -, mesmo sendo eficaz o suficiente para as protagonistas brilharem. Mas dentro de um contexto geral, ele é funcional e nos mostra uma incômoda verdade que persiste em boa parte do meio televisivo em geral. Traduz em uma profunda reflexão de quem nós somos no meio de pessoas grandes e influentes. Servimos como seres humanos ou somos objetificados pela ganância e pelo ego? Abrindo o leque para um debate mais amplo: quantos de nós fomos ou somos capazes de se deixar ser humilhados em prol de se manter em alguma espécie de ‘status’ ou simplesmente porque aquele trabalho é o que garante o pagamento de suas contas? Fechando o leque e voltando ao assunto abordado no filme: quantas outras tantas mulheres em outros inúmeros lugares não se identificaram com essa situação? São muitas questões envolvidas e a discussão é ampla e firme sobre esse tão delicado assunto.
 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! “O escândalo” produz reações das mais diversas e incômodas no espectador e é justamente por isso que ele é tão interessante e produtivo. Faz-nos pensar em como muitas das vezes nossos olhos nos enganam. Faz-nos refletir no real valor da vida humana como um todo e no valor da mulher nesse caso. E no quanto o poder vindo de forma bruta pode ser um perigo para aquelas pessoas que não o sabem administrar. É um ótimo filme para ser visto, revisto e estudado. Vale demais dar uma conferida!

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Bíblia

 REFLEXÃO BÍBLICA

''Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus" Efésios 2.8
 Queridos irmãos em Cristo, todos aqueles que confessaram a Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas e procuram O seguir e também praticar seus ensinamentos, foram agraciados por Deus com um dos bens mais sublimes que o Pai poderia oferecer: a graça da salvação. E essa salvação nada mais é que um retorno a condição original que o ser humano tinha no Éden antes de sua desobediência e posterior queda. Deus quer nos levar de volta a essa condição, nos resgatando e levando-nos novamente até Ele para sempre e eternamente. Mas essa benesse não foi concedida a nós por 'méritos'. A palavra 'graça' significa 'favor imerecido'. Não somos merecedores de tamanha restauração, mas Deus nos amou tanto que Ele nos concedeu essa dádiva de Sua parte, por meio de Jesus Cristo. O versículo seguinte ao texto em apreço diz que ''não é pelas obras, para que ninguém se glorie''. O que você faz pra Ele não é pra salvação. É somente pra glória dEle mesmo. E não sou eu quem digo isso. São as próprias Escrituras. Então meu querido, cada louvor que você entoar, cada alma que você pregar o Evangelho, cada oração que você fizer, cada ajuda que você oferecer faça sempre com amor para Deus, não por orgulho ou por interesse. Pois não somos dignos do 'favor imerecido' do Pai e o que verdadeiramente nos leva a salvação é, primeiramente, a fé, seguido da renúncia a nós mesmos, sinceridade com Deus, um coração contrito e quebrantado na presença dEle e uma adoração verdadeira. Pense nisso! E a canção que complementa nossa mensagem de hoje é a lindíssima "Eloim - Chris Durán". Louve a Deus somente pelo que Ele é com esta maravilhosa canção, reflita nessa mensagem e seja abençoado em nome de Jesus!