sábado, 30 de outubro de 2021

Bíblia

 REFLEXÃO BÍBLICA

"E buscar-me-eis, e achar-me-eis, quando me buscardes de todo vosso coração" Jeremias 29.13
 Deus não é alguém distante. Muitos pensam e afirmam até que é 'Deus no céu e eu aqui na Terra'. Porém o Pai não está alheio a nada do que acontece no mundo e muito menos o que acontece comigo e com você. A grande questão é que nós, muitas das vezes, não queremos buscar nEle a direção e orientação de como proceder em meio aos nossos dilemas. Achamos que é mais cômodo resolver nossas questões, sejam elas quais forem, pelos nossos próprios meios. E aí o Pai, que é educado e nos concedeu livre escolha de servi-lo ou não, deixa por nossa conta aceitarmos Sua ajuda ou não. Irmãos queridos, não ponha a culpa em Deus nas suas ações equivocadas e nem questione o 'porque Deus não fez isso ou aquilo' se você mesmo não O solicitou. Você simplesmente não pediu nada para Ele e ainda quer alguma resposta em troca? O texto em apreço fala de algo que muitos não tem ou já perderam há bastante tempo: intimidade com o Pai. O versículo é categórico em afirmar que se O buscarmos - mas não de maneira vã ou superficial -, O acharemos. Ele está sempre pronto a nos ouvir. Nós é que em muitos casos não queremos falar. 'Quando me buscardes de todo vosso coração'. Sabe o que isso significa? Contar todas as suas verdades para Ele, contemplando inclusive suas imperfeições. Ser de fato intimo dEle como somos quando temos amigos próximos. Rasgar o coração e não omitir em nenhum momento suas falhas para Ele. Tudo isso constitui em 'buscar de todo vosso coração'. Ei querido, há muito mais em Deus do que simplesmente um 'ato de religiosidade' para mostrar para alguém aquilo que o seu interior não condiz. Relacionamento. É isso que Deus verdadeiramente busca de mim. De você. De todos nós. E a canção que complementa nossa mensagem de hoje é a lindíssima 'Intimidade - Jozyanne'. Que você possa refletir nessa Palavra, ouvir esse lindo louvor e ser abençoado em nome de Jesus!


terça-feira, 19 de outubro de 2021

Filmes

 VENOM - TEMPO DE CARNIFICINA (Avaliação - 2,5/5 - Bom!)


 Com um roteiro fraco, novo filme do Venom não consegue superar seu antecessor. Vamos a análise!
 Como um dos personagens mais icônicos do universo do Cabeça de Teia, o primeiro longa vai nos mostrar a trajetória do jornalista ‘Eddie Brock’, interpretado pelo ator Tom Hardy, até a sua fusão com o simbionte que veio do espaço. Mesmo não tendo o Homem-Aranha no filme, ele ainda consegue se sustentar bem e ter uma boa resposta do público no geral. Logicamente, por tal inesperado sucesso, uma sequência foi logo programada para ser produzida. E nesse embalo, um dos mais terríveis e perigosos vilões de todo o universo do Aranha ia pela primeira vez dar as caras nas telas. Porém a forma com a qual ele foi inserido e a execução de sua história deixaram e muito tudo a desejar no que parecia ser um filme dos mais épicos já vistos. Veremos o porquê abaixo.
Tom Hardy e Woody Harrelson: bons atores e trama fraca.

 A começar pelo roteiro, toda a trama gira em torno do conflito que Eddie vive por estar atrelado ao simbionte e também de tentar solucionar vários casos de assassinato sob o comando de 'Cletus Casady' (Woody Harrelson). E isso não soa muito bem, até porque há momentos na trama em que se perde o foco de quem realmente é o Venom e o tratam como se ele fosse um bobo sentimental. E é isso mesmo que você leu. Há pontos da história que essa dinâmica, que talvez era pra ser cômica, não funciona como deveria e faz o simbionte não parecer tão sagaz quanto ele realmente é. Certos diálogos e cenas simplesmente não se encaixam com esse perfil do personagem que conhecemos dos quadrinhos. Há algumas situações que foram criadas para o alienígena que são meio que vergonhosas, dada sua origem e características e o que salva o roteiro do verdadeiro fiasco é a boa atuação de Tom Hardy que, mesmo em meio a essa dinâmica incômoda que elaboraram, consegue entregar um personagem consistente. Praticamente ele segura todo o filme nas costas.
 Igualmente, tendo em vista o grande vilão que foi inserido nesse – talvez um dos mais perigosos nos quadrinhos –, ‘Carnificina’ não chega nem perto de ser o ardiloso personagem que costuma dar muito trabalho para Spiderman (que em muitos casos já chegou a se unir com o próprio Venom para conter o vilão). Sua trama no filme é um tanto quanto rasa e ele não é tão bem desenvolvido quanto o que ele realmente representa de ameaça. Talvez a pouca duração do filme não foi o suficiente para convencer de que ele é realmente um vilão extremamente forte e sinistro como nas HQ’s. E nada parece funcionar direito em sua narrativa, pois fica a impressão de que falta algo na trama que realmente justifique seus atos e sua periculosidade. A solução que deram igualmente em seu desfecho não faz jus a ele e muito menos ao seu legado como antagonista. É realmente uma pena desperdiçar o potencial de um personagem tão importante assim para o universo das histórias em quadrinhos do Aranha.

Carnificina: potencial desperdiçado em tela.

 Os efeitos visuais também estão parecidos com os do primeiro filme. Mais uma vez optaram por cores escuras e filmagens em ambiente noturno para esconder possíveis defeitos de CGI. Não que filmagens desse tipo não sejam legais, porém em certos momentos de batalhas entre os simbiontes a situação fica meio confusa e você não consegue enxergar direito o que está acontecendo em tela. Além de repetitivo, fica a impressão da omissão por um trabalho mais caprichado nos efeitos especiais. Como no primeiro filme, estão apenas bons. Mas certamente poderiam ser muito melhor elaborados.
 Enfim, vale a pena ver o filme? ‘Venom – Tempo de Carnificina’ tinha tudo para ser um filme de proporções épicas, devido ao seu diretor Andy Serkis (que já fez ótimos papéis como ator) e Tom Hardy / Woody Harrelson, que são ótimos atores. E principalmente pelos seus icônicos personagens – tanto o protagonista quanto seu incrível vilão. Mas seu roteiro raso e mal escrito deixou muito a desejar no quesito história e sua trama incômoda não emplaca a não ser pela boa atuação de Hardy. Um filme desperdiçado com um gigante potencial. Agora o pós-crédito vale muito mais a pena do que todo o filme. Esse sim acabou por fazer valer minha ida no cinema. Se fores ver, querido leitor, espere até ele. Acredite, valerá o esforço.

domingo, 10 de outubro de 2021

Filmes

 007: SEM TEMPO PARA MORRER - Avaliação 4,5/5 - Excelente!

 
 Último filme com Daniel Craig nas telonas, ‘Sem tempo para morrer’ é convincente, estiloso e tem desfecho digno. Vamos para a análise!
 A saga James Bond nos cinemas sempre foi sinônimo de grande evento. Criado por Ian Flemming em 1953, o personagem ganhou repercussão internacional e foi posteriormente transformado em filme. Sean Connery (in memorian), Pierce Brosnan, entre muitos outros deram vida ao agente mais famoso criado pelo escritor. Mas, desde 2006, o novo 007 ficou a cargo do ator Daniel Craig e, ao meu ver, não decepcionou no papel do espião. Veremos mais dos porquês abaixo.
Daniel Craig: ótimo Bond atual.

 Dentro de um novo escopo, mais sério, humano e sisudo, e com uma veia bem mais estilosa, o formato do Bond de Craig trouxe um agente mais centrado e menos canastrão. As histórias contadas desde ‘Cassino Royale’ (2006) são épicas, com um tom mais sombrio e menos cartunesco. Só isso já é certamente um motivo para eu achar esse novo formato bem mais coerente com um agente do serviço secreto britânico. Agora soma isso ao fato de Craig ter uma interpretação ímpar e embarcar na pele do personagem nesse novo modelo de forma bastante peculiar e, porque não dizer, perfeita. Ele consegue traduzir em tela tudo o que essa nova visão quer passar e sua interpretação tem estilo e visuais únicos. Mostra propriedade e talento que rendem momentos e cenas muito memoráveis. E foi esse fator que me chamou tanto a atenção para esse novo Bond.
 Não só pelo visual, a parte técnica – falando sobre esse novo longa – impressiona pela qualidade impecável do roteiro, que consegue ser meticuloso, rico e bem elaborado tanto quanto a direção de fotografia em todas as cenas de ação e diálogos muito bem contextualizados. O longa tem uma atmosfera sombria também, como os outros, com tonalidades de cores mais cinzentas que remetem um pouco a sensação de a qualquer momento as coisas vão desandar. E é exatamente esse o espírito do filme. As férias de Bond são bruscamente interrompidas por uma perseguição e, depois de um tempo, por uma revelação obscura que poderá desencadear em eventos catastróficos dentro da trama do longa. Tudo isso misturado com aquele clima pitoresco e envolto de mistério, como em todo bom filme de espionagem.

Lashana Lynch e Craig: uma nova agente desponta?

 E mencionando as cenas de ação em si: são grandiosas, muito bem feitas e tem o charme e maestria necessárias de todos os grandes filmes de Hollywood e do próprio James Bond. As soluções quase que improváveis de certas situações em que Bond se encontra são um deleite para os fãs da franquia. O grau de periculosidade na gravação dessas é tamanho que o ator em determinado ponto da gravação se feriu em uma das cenas e teve de interromper por um bom período as gravações do filme. E o que é mostrado em tela é justamente resultado de todo o esforço não só dos atores, mas de toda a equipe que trabalha juntamente para que tudo saia da forma mais monumental e memorável possível.
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO!  A despedida do ator de ‘007 - Sem tempo para morrer’ faz jus a todo o seu legado deixado nos cinco filmes em que fez parte. Com um enredo impecável e trama coesa – apesar de bem longa –, o filme encerra a saga de Craig nas telas com muita propriedade e maestria, e ainda faz o ator ganhar uma estrela na ‘Calçada da Fama’ muito merecidamente. Se és fã do personagem e gosta desse ator e sua peculiar interpretação do agente mais famoso das telas, vá sem medo pois esse é mais um filme digno do personagem. Vale demais o ingresso!