segunda-feira, 26 de julho de 2021

Filmes

 SPACE JAM: UM NOVO LEGADO (Avaliação 3,5/5 - Muito bom!)


 Novo longa da franquia ‘Space Jam’ é divertido, tem uma boa dose de nostalgia, mas tem uma história extremamente simplória. Vamos a análise! ^^
 Quem aí no auge dos seus quarenta, cinquenta anos não se lembra de ter assistido pelo menos a um dos desenhos dos ‘Looney Tunes’? Todos esses personagens são incrivelmente emblemáticos na memória de muitos de nós que já passamos de um certa idade. Até porque fizeram nossa infância ser mais alegre e prazerosa. E mesmo em uma era onde o ‘politicamente incorreto’ operava, isso não tinha a menor importância para nós. Parece que sabíamos bem, enquanto pequenos, a discernir de alguma forma que aquilo era só um desenho. Nossas conexões neurais não queriam imitar os atos. Apenas rir deles. E por isso esses personagens se tornaram tão carismáticos e memoráveis em nossas mentes e corações. E vê-los novamente em tela traz sim aquele doce sentimento de infância reaquecido dentro de cada um de nós.

LeBron tem boa dinâmica com os Looney.

 Nessa análise, ater-me-ei somente em me posicionar a respeito do filme, sem comparativos com a obra anterior – também muito nostálgica. E há sim alguns pontos que quero destacar positivamente sobre este. Primeiro, a Warner tem feito um incrível trabalho de não ‘justificar’ os personagens para esse novo tempo. Assim como feito em “Tom & Jerry”, este também mantém fidedignamente as características de cada um dos protagonistas desde seus tempos mais remotos. E este acerto é sim uma das questões que já tornam o filme agradável de se ver. Sem o ‘politicamente correto’ dos dias de hoje, os mesmos podem realizar suas peripécias exatamente iguais aos seus tempos de origem. As risadas gostosas de outrora de um tempo que já não existe mais estão lá para deleite dos mais puristas e dos que detém sua criança interior avivada dentro de si, sem deixar de saber que já é um adulto. Mais uma vez muito assertiva a decisão do estúdio em deixar mesmo tudo com era, mesmo tendo de ‘cancelar’ o personagem ‘Pepe Le Gambá’ por motivos pra lá de polêmicos, infelizmente.
 Outra questão bem colocada no longa é a enxurrada de easter-eggs (as famosas referências) que brotam quase que o tempo inteiro durante a projeção. Dizer que isso não foi um belíssimo de um acerto, ao meu ver, é jogar contra o próprio time. Eu mesmo fiquei por vários momentos observando os cenários tentando ver quantos personagens eu conseguia identificar – tanto antigos quanto atuais – que encantaram e encantam gerações. Provavelmente terei de rever para poder fazer jus ao meu desejo de procurar por todas as que eu puder encontrar. Vi ‘Scooby-Doo’, ‘Tu-Tu-Tubarão’, ‘King Kong’, ‘Space Ghost’ e por aí vai. Esses são os que são bem notáveis, juntamente com outros. Há dezenas delas, provavelmente. E assim como foi em “Jogador Número 1”, foi bem entusiasmante buscar por essas referências. ^^

Os Tunes em CGI: fofos.

 A introdução dos icônicos personagens em CGI foi bem feita e funcional. Até porque não tiraram a essência dos ‘cartoons’ produzindo toda a película nessa tecnologia. Usaram em boa parte do tempo a animação convencional (com técnicas avançadas obviamente) mas sem retirar o charme dos coloridos traços de antes. E poder ver LeBron James em animação tradicional foi, ao meu ver, a cerejinha do bolo. Inclusive com as características inerentes aos desenhos antigos, como ficar ‘amassado’, ‘pequenino’, entre outras peculiaridades desses. Uma opção dos produtores que aprovei e que se desenvolveu muito bem, por sinal.
 Agora, a despeito da história e do roteiro, o longa deixa sim um bocado a desejar. Mesmo sendo um filme família - com uma pitada de moral no fim - e possuindo elementos que fazem notáveis ligações com os dias atuais (no que concerne principalmente a tecnologia, onde o filho de LeBron James é um pré-adolescente que sabe usar programação e produzir jogos, numa clara identificação com a ‘galerinha conectada’ de hoje), o filme não cria as melhores conexões entre os personagens humanos e acaba deixando tudo um pouco simples demais. As melhores cenas sem dúvidas ficam por conta da interação de James com os Looney, principalmente as que ele se torna um desenho que nem eles. E mesmo com a enorme previsibilidade de seu fim, não tira o fato de que uma melhor dose de drama e adrenalina fariam muito melhor a trama familiar. Talvez se eles perdessem o jogo (como forma de plot-twist) e tivessem de arrumar um outro jeito de resolver a situação seria uma reviravolta bem legal de se adicionar a narrativa. Ia introduzir um conflito maior a trama que só os Looney poderiam solucionar. Só uma ideia mesmo. Acho que ficaria legal.
 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! O fator nostalgia é sim a maior força que move “Space Jam: Um Novo Legado”. Mesmo com certos escorregos do roteiro, o filme consegue se sustentar com as inúmeras trapalhadas dos queridos personagens e transformar isso em altas gargalhadas em família. Se vais esperando história muito elaborada, esse filme não é pra você. Mas se queres umas boas risadas e diversão descompromissada, acredite, pode ir que vais ficar satisfeito com o resultado. Vale sim o ingresso! ;)


quarta-feira, 21 de julho de 2021

Filmes

 VIÚVA NEGRA (Avaliação 4/5 - Muito bom!)


 Longa que faz de certa forma uma homenagem a personagem icônica de Scarlett Johansson é divertido e bem explicativo sobre o passado de sua personagem. Vamos a análise!
 Não há como negar: ao longo das três primeiras fases da UCM (Universo Cinematográfico da Marvel) a Vingadora ‘Natasha Romanoff’ foi um dos grandes destaques de toda essa saga que contou a trajetória das ‘Jóias do Infinito’. E sua excelente intérprete, que já concorreu e venceu alguns Oscars, se dedicou com muito amor e carinho a essa que se tornou, além de um dos ‘Vingadores’ originais, um ícone com grande ‘status’ tanto para esse universo quanto para o público em geral. Pedir um longa solo que contasse um pouco de sua história e que fizesse jus ao seu legado era o mínimo que elas (a atriz e a protagonista) mereciam. Dona de um charme e um carisma ímpar, Scarlett não só imprimia essas características na personagem, como também uma versatilidade de realmente se aplaudir de pé. Sua performances foram tão bem conduzidas que haverá sempre espaço na memória de todos para se lembrar de sua tão adorada espiã na Marvel. E como grande mérito e muitos pedidos de fãs durante anos, estamos aí diante de seu filme para deleite de todos e fazendo justiça de longa data a essa trajetória.

Scarlett e Florence: ótima química!

 Levando-se em consideração que esse universo dos cinemas é paralelo ao dos quadrinhos, quero aqui deixar claro que vou expressar minha opinião sobre o filme em si. E para começar quero destacar, além da já citada versatilidade de Johansson, dois dos três protagonistas novos que, ao meu ver, trouxeram importantes contribuições para o desenvolvimento da história e podem ser bem aproveitados no futuro no UCM. Me refiro, em um dos casos, a ‘Yelena Belova’, interpretada pela atriz Florence Pugh. Além de charmosa, conseguiu transpor presença em tela e personalidade a sua espiã. Fez bonito apresentando ao público a mais nova integrante desse universo e certamente aparecerá nas próximas fases dessa saga, não só pela continuidade da personagem na história, mas também por conta de seu carisma transparente. E quero considerar aqui também o segundo, que é o personagem de David Harbour, ‘Guardião vermelho’. Bem posicionado em tela, deixa a curiosidade de se conhecer mais sobre os passos desse tanto em seu passado quanto no futuro da Marvel nos cinemas. O ator conseguiu ampliar seu carisma com sua ótima e bem exposta interpretação, que faz considerar sim vê-lo em alguma série ou até mesmo em algum futuro filme. Acho a hipótese tanto plausível quanto com conteúdo para mais. É aguardar pra ver o que pode ser feito mais pra frente. ^^

Vilão 'Treinador': mal aproveitado.

 As cenas de ação contínua e realizada em sua maioria com efeitos práticos (lê-se sem muita computação gráfica) transpuseram e muito a lembrança (no meu entendimento, boa por sinal) ao longa da fase dois do MCU ‘Capitão América e o Soldado Invernal’. Com lutas bem viscerais, os combates são bem coreografados e remetem sempre ao bom padrão da Marvel em seus filmes. A fotografia nos momentos mais desconcertantes (como nas cenas em CGI) produzem um ótimo visual também. No entanto, uma das minhas ressalvas talvez seja por conta do vilão ‘Taskmaster’ (Treinador, em português). O fato dele ser um tanto quanto diferente dos quadrinhos não foi o que me incomodou de fato. O seu grau de periculosidade sim. Como é um vilão ameaçador, por conhecer e guardar as características de luta de todos os seus adversários, acredito que a solução que deram para o personagem foi fácil demais para o seu nível. Certamente ele poderia ter dado um pouco mais de trabalho a ‘Natasha’, para fazer jus ao seu intelecto e sagacidade. Um pouco mais de película mostrando mais de suas habilidades nesse caso ajudariam muito a trazer esse conteúdo para o antagonista. Uma pena. Queria mesmo que ele fosse mais ‘difícil’, por assim dizer.
 Uma outra falta relevante que considero destacar é o fato de não termos um desfecho adequado para a sub-trama iniciada logo nos primeiros minutos do longa de ‘Natasha’ com ‘General Ross’ (vivido pelo ator Willian Hurt). Narrativa essa derivada dos eventos de ‘Capitão América: Guerra Civil’, o final nos remete a uma enorme lacuna que não foi encerrada. Não houve explicação de como a protagonista escapou do comboio de Ross e nem muito menos o que aconteceu após esse evento, deixando em aberto uma importante explicação sobre essa parte da história da nossa querida espiã. E assim como disse no parágrafo anterior, alguns minutos a mais no filme talvez trouxessem um desenvolvimento melhor tanto ao antagonista quanto a esse desfecho.
 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! Mesmo com a ressalva do vilão e da sub-trama, “Viúva Negra” fecha com maestria o arco de Natasha Romanoff no UCM e abre inúmeros caminhos para os novos protagonistas. Uma real e bela homenagem - não vista em ‘Vingadores: Ultimato’ - tanto para essa incrível personagem quanto para a atriz que viveu por tantos anos o papel. A cena pós-créditos é melancólica e, ao mesmo tempo, olha para o futuro da saga Marvel nas telonas. Se curte esse universo estendido, é diversão certa para você. Vale muito o ingresso!


sexta-feira, 9 de julho de 2021

Filmes

 VELOZES E FURIOSOS 9 (Avaliação 3,5/5 - Muito bom!)

 Com uma dinâmica cada vez menos realista e cada vez mais voltada para o heroísmo, novo filme da franquia convence, diverte, mas dá alguns sinais de desgaste. Vamos a análise! ^^
 Seja sincero: como não amar (ou odiar, como queira) um franquia que está em seus longevos 20 anos mais de existência e que a cada novo filme seus lucros só crescem? Tornar um filme que começou tímido, como um ‘duelo de carros tunados’ em uma das maiores e mais bem remuneradas experiências da atualidade não é para qualquer um não. A bem da verdade, os projetos foram mudando muito de uns 4, 5 longas para cá e perdeu um pouco a ‘cara original’ que ele tinha. Mas, por outro lado, se isso fez com que a franquia decolasse, porque não mexer não é mesmo? E para os roteiristas Chris Morgan e Gary Scott Thompson, que tem dividido essa tarefa já de longa data, mudar não só ressignificou a franquia como também deu ‘status’ de grande produção a mesma. Dwayne Johnson, Jason Stathan, Charlize Theron são alguns dos grandes nomes do elenco estelar que passou ou estão passando pela mesma. A renovação deu tão certo que, além do elenco principal, pagar cachês enormes tem retornado bons resultados para a Universal. E você pode estar se perguntando: o que essa leva de filmes tem que a torna tão longeva? Eis que mais uma vez tentaremos destrinchar abaixo.

Vin Diesel e Michelle Rodriguez: ótimo casal!

 Acho que o primeiro e mais importante ponto a se destacar é o fato de que o roteiro não faz questão de ser enxuto, coerente ou massivamente realista. Em todo o tempo que o filme dialoga com o espectador ele não quer em nenhum segundo se mostrar com os pés no chão. Ele ri de si mesmo e produz situações sobre-humanas que fazem certos heróis ficarem com muita inveja. E é exatamente isso que o torna tão atrativo. O público já comprou a galhofa produzida pelos filmes. E como isso traz uma certa camada psicológica de gostar de ver aquilo que não se pode fazer na vida real - e a produção já percebeu e entendeu isso -, a obra funciona perfeitamente bem para o público em geral. Nada de filosofias de vida. Nem tampouco expor uma cena de ação que não destrua as leis da física. É a essência do que se chama surreal na forma mais pura da palavra em questão (rsrs).
 Segundo ponto, e creio eu não menos importante: o elenco estratosfericamente carismático. Não há como negar que a equipe de heró...ops, de corredores, tem em seus nomes pessoas com altíssimo nível de graça e presença em tela. Vin Diesel, Tyresse Gibson, Michelle Rodriguez, Ludacris entre outros nomes são fundamentais para o desenvolvimento da história e da narrativa. A grande ‘família Toretto’ tem enorme entrosamento em cena e a química entre eles é de excelente a quase natural, visto que todos ali são amigos e convivem no ‘set’ de filmagens já há anos. Daí adicionam-se outros bons nomes de peso e então temos a fórmula ideal do sucesso de uma franquia.

Irmãos de sangue em lados opostos.

 E mesmo assim isso faz com que o nome ‘Velozes e furiosos’ não se desgaste? É claro que não. Após nove filmes e um ‘spin-off’ (filme derivado que não faz parte da saga principal), você já consegue ver a fórmula sendo desacelerada, por assim dizer. E isso me fez notar pelas duas horas e quase trinta minutos de projeção. Mesmo com as motivações do irmão de Dom, Jakob (vivido pelo ator John Cena), sendo bem explicadas por sinal, e o furo de roteiro do reaparecimento do personagem Han (vivido pelo ator Sung Kang) ser sumariamente tapado, as características da série de filmes que o tornaram um sucesso comercial já começam a ver a necessidade de uma ligeira revisão. Não que não sejam divertidas. São sim. Mas já demonstram certo cansaço visual pela massiva repetição das peripécias incansáveis dos personagens. Se por um lado isso se sustentou bem durante os filmes anteriores que buscaram essa visão, a partir de agora já necessita de uma certa complementação. Talvez se o filme fosse um pouco mais enxuto isso já seria um bom começo. ^^
 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! Ainda tendo a franquia alguma ‘lenha’ para queimar – se souber se reinventar, “Velozes e Furiosos 9” se sustenta pelo seu vasto, longevo e carismático elenco e pela sua trajetória de ascensão que levou seu nome ao topo das franquias mais bem sucedidas da história. Uma marca que não se pode negar que é impressionante. Mesmo já se desgastando um pouco, os números de bilheterias ainda darão uma sobrevida por um bom tempo a mesma. De todas as formas, acredito que o filme ainda diverte e vale muito o ingresso sim!


domingo, 4 de julho de 2021

Bíblia

REFLEXÃO BÍBLICA

 "'Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel?', diz o Senhor. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel" Jeremias 18.6
 O Pai sabe como trabalhar. E no texto em apreço Ele compara seu povo a um vaso de barro. E não é vã essa comparação. Sabemos que um vaso desse material, para ganhar forma, precisa de argila amolecida, água, das mãos e da técnica do oleiro para produção dos mais belos moldes desses recipientes, que decoram nossas casas com charme e muita elegância quando bem trabalhados. Vendo essa analogia do nosso Deus, podemos facilmente perceber, pelo próprio contexto bíblico, que somos como esses vasos, pois fomos formados do pó, como descrito em um outro texto bíblico. E o nosso Senhor é o grande Oleiro, que nos molda, mediante a prática da Sua Palavra, conforme Sua soberana vontade. Aqui começa o entendimento espiritual, meu querido irmão: quando Deus nos "molda", Ele trabalha em nós, ou seja, forja nosso caráter em Cristo através das dificuldades, pelejas e perseguições. Ele "quebra" o velho homem, "amolece" a "argila" (nossa dureza de coração), molha com água para ajudar a dar forma (rega com a "água viva", que é a Palavra de Deus), e usa a Suas poderosas mãos para dar nova forma (ou seja, nova vida) àquele que se submete aos desígnios dEle para, no fim, te fazer um "vaso" belo e vistoso. Meu amado, deixa Deus te moldar! Ele ainda está te construindo para ser um ser humano melhor, um cristão melhor, um cidadão melhor. E nessa construção Ele tem te preparado não somente bênçãos aqui nesta terra, para desfrutares mediante a aprovação dEle, mas um lugar separado no Céu também. E a canção que complementa hoje nossa mensagem é a belíssima "Deus está me construindo - Fernanda Brum". Reflita nessa mensagem, ouça essa linda canção e seja abençoado em nome de Jesus!