quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Filmes

 MULHER-MARAVILHA 1984 (Avaliação 5/5 - Excelente!)


 Com um roteiro suave e história envolvente, novo filme da heroína mais amada dos quadrinhos rende ótimos momentos em tela. Vamos a análise!
 Das características mais marcantes de ‘Mulher-Maravilha’ estão, além da super força, seu senso profundo de justiça e sua integridade. Patty Jenkins (diretora dos dois filmes) conseguiu mais uma vez equilibrar essa fórmula e transpor para as telas um compilado da essência da heroína de forma coesa, mostrando sua vida fora de sua terra natal (Temiscera) e refletindo os sentimentos mistos de uma figura ainda em construção nesse mundo. A expertise em trabalhar com a volatilidade das ações da protagonista (que ainda reflete a dor de ter perdido seu grande amor ‘Steve Trevor’) com a ideia de tê-lo de volta a qualquer custo, mesclou uma gama de possibilidades e fez o longa deslanchar em belos momentos com seu amado, com referências incríveis a apetrechos usados pela personagem no passado que deixariam qualquer fã muito contente com o que foi apresentado em tela.

Diana Prince/Wonder Woman <3

 Gal Gadot mais uma vez brilha apresentando versatilidade e robustez em interpretar uma personagem tão poderosa e que, ao mesmo tempo, pode ser tão frágil como mulher. Um equilíbrio entre sua doce beleza e atuação impecável que geraram mais uma vez a combinação perfeita dessa atriz para esse papel. Desde sua primeira aparição em ‘Batman vs Superman’ como ‘Mulher-Maravilha’, ela já demonstrava todo potencial, mesmo que limitado pelas poucas cenas em que apareceu nesse filme, para interpretar com maestria nossa querida heroína. A química dantes funcional com o ator Chris Pine, tornou a dar bons resultados, incluindo momentos cômicos gerados pela interação dos personagens. Kristen Wiig, que interepreta ‘Barbara Minerva/Mulher-Leopardo’ e Pedro Pascal, que interpreta ‘Maxwell Lord’ são vilões cujas motivações são delineadas ao longo e fazem um bom contraponto com ‘Diana’, visto que a sede do poder desenfreado os tornou em pessoas sem humanidade (característica forte e marcante da personagem principal que, embora possua poder de deuses, não os usa em prol de desejos egoístas e mesquinhos. Antes, aprendeu valores humanos e justos com seu treinamento em sua terra natal). E esse ponto ao meu ver é o que faz os questionamentos da protagonista serem interessantes ao longo da narrativa, tendo de optar entre sua missão e seu grande amor. Muito bem desenvolvida essa balança nela. 

Barbara Minerva/Mulher Leopardo e Maxwell Lord
 
 Outro ponto que me chamou bastante atenção foi ideia de inclusão, apresentada ao longo da trama. A variante de etnias que aparecem no filme e a forma com que cada uma delas é apresentada se torna um ponto muito forte do longa. Ressalta já o fato do filho de ‘Maxwell Lord’ ser asiático, o que por si só já tenta reproduzir a ideia da diversidade, além também da fabulosa ambientação oitentista. Muito bem ornamentada e situada, leva o espectador a uma doce viagem no tempo dentro das mais variadas situações da época. Inclusive ‘Steve’ (Chris Pine) se encanta com as últimas tecnologias das quais ele não teve pleno conhecimento (por questão de sua já citada morte no primeiro longa), produzindo ainda mais deslumbre daquele período. E esses pontos se alinham muito bem com a proposta do longa.
 Mesmo com sua principal trama não condizer com os quadrinhos, muito da essência dos protagonistas e vilões foram bem interpretados pelos atores. Vale ressaltar que as boas cenas de ação e os efeitos especiais são, ao meu ver, satisfatórios e contribuem para manter a narrativa sempre alinhada. A visão de que filme de super-herói tem de ser ação o tempo inteiro não faz jus a um bom roteiro. Já vi filmes de ação desenfreada que pouco exploram seus núcleos narrativos e tornam o filme cansativo e sem direção. História e personagens precisam ser desenvolvidos ao longo para que tudo (até as cenas de ação) façam sentido e tenham bom rumo. E isso a Patty (diretora) o fez, ao meu ver, muito bem. 
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! Patty Jenkins acerta mais uma vez em escalar Gal Gadot para ‘Mulher-Maravilha 1984’. A beleza da protagonista, leveza e sensibilidade de ambas traduzem, no meu ponto de vista, duas horas e meia de muita diversão em tela, além das ótimas referências para fãs das antigas. E a sensacional cena pós-créditos é um deleite para todos os amantes da heroína. Se curtes tudo isso, certeza que é para você esse filme. Vale muito o ingresso!

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Filmes

 TROLLS 2 (Avaliação 4/5 - Muito bom!)

 Animação ‘Trolls’ fala sobre música de forma discontraída mas revela uma crítica ao ritmo ‘pop’ por transcender a linha de seus próprios limites. Vamos a análise!
 Uma história contada sob a perspectiva fofa de pequenos seres que vivem em harmonia com seus ritmos. Um pretexto para revelar todo um pano de fundo crítico-narrativo sobre a indústria global da música e seus efeitos na mente e no cotidiano das pessoas. Um rorteiro genial escrito sob a forma de uma colorida e alegre trama. É assim que consigo enxergar ‘Trolls 2’. Bem além das entrelinhas, o filme faz muitas alusões criativas a esse vasto contexto musical global e deixa explícito as diversas nuances e peculiaridades que cada ritmo possui.
 A impressão logo no início é a de que, no mundo dos ‘trolls’, o único e legítimo ritmo que existe para eles é o ‘pop’. Até descobrirem que eles nunca estiveram sozinhos. E isso traz uma percepção muito bacana de como a música é segmentada e cada gênero musical tem suas ‘tribos’ bem definidas, pois eles logo descobrem que existem outros ‘trolls’ de estilos diversificados e mais ainda, que a rainha do Rock ‘Barb’ está invadindo os outros mundos para unificar todos os segmentos e transformar tudo em um unico ritmo. Daí para para pensar: a subejtividade do roteiro reproduz exatamente o mundo musical como ele mesmo se vê: fragmentado e tematizado cada qual para o seu público. E a produtiva mescla de fatores que transbordam na animação para dar ênfase as críticas são contundentes e palpáveis, tornando seu contexto ainda mais rico e pertinente.

Os protagonistas!

 Bem ali pro fim dos anos cinquenta, o ‘pop’ surgiu e ganhou muita força desde então. E ao longo desses anos todos para cá, o estilo musical foi ganhando formas padronizadas que muito se assemelham em tons e acordes, o que deixa, por exemplo, fãs do Rock e de sua estrutura musical e artística um tanto quanto mais harmoniosa e elaborada contrariados por ver algo que eles consideram ‘musicalmente pobre’ fazer tanto sucesso. E é nesse contexto que animação brilha e faz surgir o tom da crítica, pois em todo tempo a ‘antagonista’ (entre aspas, pois os objetivos dela não são exatamente ruins, visto que sua ‘vilania’ é composta pela ótica orgulhosa de seu olhar) roqueira enfatiza o pop como ‘sem graça’ e ‘grudento’ (em algumas partes da animação ela diz claramente isso), afirmando não ser um estilo realmente bem produzido ou elaborado. E esse produtivo embate é o que faz tudo ter sentido. Se por sua vez o público que de fato curte Rock detesta musica Pop (e eu conheço pessoas assim), quem se agrada da leveza desse ritmo acaba abraçando um pouco de tudo entende? E é exatamente assim que a narrativa conduz a história, permeando sua trama com vários outros ritmos musicais (Country, Funk,  Dance, Erudito, Hip-Hop e até ritmos mais recentes, como K-pop e afins), levando a personagem que é rainha do Pop ‘Poppy’ a querer transcender barreiras e procurar respeitar a diversidade que os estilos musicais reproduzem. Em contrapartida, para a rainha do Rock ‘Barb’, nenhum som é tão relevante quanto seu estilo musical. Percebe aí a grande sacada da animação? Particularmente achei isso genial, tanto na condução quanto na execução do roteiro, pois tanto o segundo ato quanto o desfecho trabalham incessantemente para que essas diferenças sejam exploradas, enriquecendo o conteúdo da animação e a tornando em um belo 'mix' de realidades, diluídas em cada uma das personagens apresentadas na trama, com seus estilos, suas gírias, suas interpretações sobre cada um dos ritmos. Só nesse aspecto a animação já ganhou meu respeito. 

Poppy e Barb!


 Um outro detalhe que me chamou muito a atenção foi o estilo da CGI usado. Lembrando muito jogos como ‘Little Big Planet’ (quem conhecer o game vai se ligar) a textura dos cenários remete muito a esse estilo gráfico: mais cartunesco, porém com uma arte a sua volta lembrando coisas reais (como itens costurados a mão, tais como pelúcias e almofadas). E eu particularmente acho esse estilo artístico muito bonito e impressionante, de certa forma (o game citado aí ganhou muitos prêmios em seu lançamento por conta de toda essa qualidade visual inovadora para época). Parabéns a equipe ‘DreamWorks’ por todo esse cuidado e escolhas na produção e caracterização dos personagens e cenários.
 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! Com uma bela homenagem aos mais variados estilos musicais, “Trolls 2” vai muito além de ser um filme musical e interage com o público de forma peculiar, esbanjando respeito a diversidade desses e declarando que todos eles podem viver harmoniosamente em um mundo fragmentado de estilos. A diversão é garantida em todos os aspectos, tanto para o olhar mais crítico quanto para o mais inocente. Vale muito o ingresso!







sábado, 5 de dezembro de 2020

Bíblia

REFLEXÃO BÍBLICA 

 "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria e o conhecimento do Santo, a prudência." Provérbios 9.10   Temer tem uma definição bem distinta de medo. Até porque o temor a Deus não passa exatamente pelo crivo do medo. Nesse caso específico aqui, significa respeito profundo e obediência. E o texto em apreço demonstra que na produção desse sentimento dentro de nós inicia-se o processo da sabedoria. Quem teme ao Pai sabe que tem dEle cuidado. Sabe amar e respeitar seu irmão em Cristo de verdade. Sabe zelar pelo conhecimento e a prática da Palavra tanto dentro do seu coração quanto na vida cotidiana. Sabe o que a inércia da falta de aprofundamento na Palavra pode trazer. Sabe em seu coração quais consequências isso pode gerar. Portanto, meus amados irmãos, se és falto de sabedoria, peça a Deus. Se o temor já se afastou de você com suas práticas, palavras e atos contra si mesmo ou contra seu próximo, entenda que já é tempo de restabelecê-lo em sua vida. O temor nos faz andar em terras firmes e férteis. O temor nos auxilia a não sermos negligentes ao extremo. O temor nos conecta com Deus. Sede sábio e prudente, como diz o texto. Produza temor através do conhecimento do nosso Senhor e dos Seus desígnios para sua vida. E a canção que complementa nossa mensagem de hoje é a belíssima e reflexiva "Imperfeito - Anderson Freire feat. Paola Carla". Medite nessa mensagem, ouça essa canção maravilhosa e seja abençoado em nome de Jesus!