Longa protagonizado por Keanu Reeves traz um belo ‘revival’ dos anos 90 do século passado com esses personagens ‘descolados’, ‘esquisitões’ e roqueiros. Vamos a análise!
Fórmulas de filmes normalmente podem dar certo em seu tempo, porém podem fracassar ao trazê-las para o presente. E diversos projetos tem provado isso ao longos dos anos, mostrando que era melhor tê-los deixado no passado mesmo. Mas e quando a fórmula beira o ‘nonsense’, recheado de músicas e ainda com Keanu Reeves no elenco? É exatamente isso que ‘Bill & Ted’ possui: uma diversão descompromissada, completamente deslocada da realidade e que ri de si mesma o tempo todo, provocando com isso uma certa atemporalidade de contexto e de narrativa, pois como todo o filme se desenvolve divertidamente sem nenhum nexo, a transposição para o hoje acaba se tornando funcional. Até porque seu núcleo narrativo traz de volta grande parte da essência dos 2 filmes anteriores, que tanto fizeram sucesso a sua época (inclusive com direito a um desenho animado com os personagens de Alex Winter e Keanu Reeves).
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Pais e filhas! |
Naquele momento os 2, ainda jovens, viveram loucas aventuras na escola e passaram maus bocados viajando pelo tempo em busca da música perfeita. Na trama recente - e conclusão da história -, agora eles são casados, cada um tem sua filha e eles vivem suas vidas como pais e maridos. Mas um novo incidente ‘cósmico’ toma conta do nosso mundo e eles precisam viajar novamente no tempo para evitar o ‘colapso’ com uma música que eles ainda vão inventar (rsrs). Esse é o principal enredo e o que norteia toda a narrativa do longa, com insanos e divertidíssimos momentos, novos personagens e outros velhos conhecidos da dupla. Tudo regado a muita música embaladas por diversas aparições de artistas antigos famosos. ^^
Keanu e Alex ainda permanecem com a mesma essência dos caricatos personagens que outrora lhes renderam a glória. São ótimos atores e é bem hilário ver a dinâmica deles tanto entre si quanto com outros personagens que aparecem ao longo da trama. Possuem uma química muito boa e as piadas funcionam (algumas são auto-explicativas e outras remetem ao contexto remoto dos filmes anteriores). As atrizes que interpretam as respectivas filhas de cada um, ‘Thea’ (Samara Weaving) e ‘Billie’ (Brigite Lundy-Paine) também herdaram a postura caricata de seus respectivos pais, mas não produzem tanto carisma quanto os protagonistas, embora sejam importantes para a trama. ;)
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Essa cena é ótima! rsrs |
As épicas tiradas de época – o longa contextualiza passagens no passado, presente e futuro e inclusive hilárias cenas deles se vendo anos a frente – são o que produzem os momentos mais surreais e divertidos. Aliado aos ótimos efeitos e recursos visuais, com direito a uma impressionante gama de instrumentos musicais de ponta lá no fim do terceiro ato - que simplesmente aparecem do nada (rsrs) – o filme mescla bem o atual com o nostálgico e triunfa, no meu ponto de vista, em não rejuvenescer os personagens e sim atualizá-los sem descaracterizá-los. Ponto pra direção nesse aspecto. ;)
Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADO! Para aqueles que curtiram a franquia tanto de filmes quanto dos desenhos no passado, “Bill & Ted: encare a música” é fator nostálgico garantido nas telas. E para aqueles que ainda não conheciam os personagens, as divertidas e totalmente sem sentido viagens loucas dos 2 valem boas risadas ao longo. Em ambas as situações, o ingresso e a pipoca sem compromisso são ideal pedida. Vale o ingresso!