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Sensacional poster nacional! ;) |
Novo filme da DC é o mais divertido,
irreverente e descolado dessa nova fase da produtora. Vamos a análise! ^^
Um super-herói que é literalmente um
adolescente. Quer premissa mais leve do que essa? Pois é assim que o
protagonista dessa história se revela. E o filme não faz questão de esconder
essa aura em torno do personagem em momento algum. Muito pelo contrário: tanto
roteiro quanto direção e até mesmo o trio de atores principais deixam isso bem
claro durante toda a projeção. E essa condução do longa faz dele um dos filmes
mais notáveis e amáveis, na minha singela opinião, dessa nova leva de heróis no
cinema.
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Freedy (Jack Dylan) e Billy (Asher Angel): ótimos! ^^ |
A começar pelo altíssimo nível de carisma
de Zachary Levi, Asher Angel e Jack Dylan Grazer, que esbanjam simpatia ao
longo e fazem seus personagens se tornarem empáticos quase que instantaneamente.
Zachary tem uma notória facilidade de transformar-se em um jovem com muita
destreza. Arranca risos fáceis e largos na pele do menino de corpo adulto com
mentalidade de menino. Ele domina muito bem o papel e te faz levar o herói em
sua jornada de autoconhecimento e domínio de si mesmo com extrema fluidez e
leveza. O risco de não gostar dele é praticamente zero. Suas deixas hilárias
dele pensando como um menino num corpo de um homem formado são simplesmente
formidáveis. Seguindo a mesma linha, seu alter-ego Billy Batson, interpretado
por Asher Angel, é igualmente incrível e instantaneamente há identificação com
o personagem. Asher conduz a personalidade de Billy – um jovem que quando era
pequeno se perdeu da mãe e a partir de então se tornou órfão – de forma muito
ponderada, tanto em personalidade quanto em sensibilidade, visto que
visivelmente dentro dele havia certa tristeza pelo fato ocorrido no passado.
Tudo muito bem interpretado pelo ator e denotado facilmente pelo público. Jack
Dylan Grazer, que interpreta Freedy, além de esbanjar fofura e fluir em interpretação,
é também um dos mais cômicos junto dos outros dois. Seu personagem se torna o
melhor amigo de Billy e tem uma dinâmica fundamental na trama, além de criar um
laço de amizade muito forte com o protagonista. Juntos constroem momentos
ímpares e protagonizam ‘molecagens’ do mais alto nível – principalmente quando
Billy está transformado em Shazam. Não tem como não adorar ele também. Eu já
havia curtido muito esse ator mirim em “IT – A coisa” como o personagem ‘Eddie’
e agora de mesmo modo com esse cativante coadjuvante. Cara, a escolha desse
elenco foi uma das mais acertadas pela DC em tempos, sem dúvida alguma. ;)
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Agora Freedy (Jack Dylan) e Shazam (Zahcary Lei): hilários! |
Como as questões pessoais tanto dos
protagonistas quanto as motivações do vilão – que diga-se de passagem é muito
bem interpretado pelo ator Mark Strong – são bem desenvolvidas ao longo,
pode-se perceber particularidades dos mesmos e o forte apelo a sentimentos de
família – tanto bons quanto ruins, que é o caso do antagonista em si. Porém uma
grande e positiva mensagem sobre valores é construída ao longo por Billy,
Freedy, seus outros irmãos adotados e seus pais adotivos: a de que nem sempre a
composição de uma família é dada pela biologia. Muitas das vezes ela é feita através
de laços criados com quem está adotando ou com quem está realmente mais próximo
de você. E há uma rica mensagem sobre a importância da adoção, do acolhimento
de quem não tem um lar. A diversidade das crianças adotadas pelo casal do longa
também reforça temas como não olhar para cor, raça, peso ou até mesmo se tem
alguma deficiência – como no caso de Freedy. A heterogeneidade das crianças e
dos mais jovens trabalha amplamente com a representatividade das mesmas e
corrobora para o ‘amar o próximo sem reservas’ ou conceitos pré-determinados.
Isso é exclusivo em um filme de heróis e é deveras belíssimo de se ver. ;)
O excelente roteiro escrito por Henry Gayden
e Darren Lemke revalida minhas afirmações acima de uma trama extremamente
cativante do início ao fim e testifica minha escrita relacionada ao tom do
filme e a ótima impressão que ele carrega quando do seu final. Uma enxurrada de
easter-eggs dos personagens da Liga da Justiça e algumas outras ótimas
surpresas só contribuem para enriquecer o universo do personagem e sua história.
O visual de Shazam e efeitos visuais/especiais tem extrema eficácia mesmo a um
custo de produção não tão alto quanto outros filmes da DC (o mesmo custou cem
milhões de dólares, porém isso ao meu ver não diminuiu nem um pouco a qualidade
do filme como um todo. Até porque esse valor é relativamente alto se comparado
a outros filmes ou até mesmo animações).
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Shazam (Zachary Levi) e Dr. Silvana (Mark Strong) |
O 3D não agrega tanto, porém existem
alguns efeitos aqui e ali que ainda conseguem se sobressair e dão certo ‘charme’
ao longa, por assim dizer. Não é plenamente satisfatório, mas embeleza um pouco
mais a película. Se não se incomodar com as moedas a mais, acho que ainda assim
vale a experiência. ^^
Enfim, vale a pena ver o filme?
RECOMENDADÍSSIMO! “Shazam” é o pleno apelo da criança que sonhou em ser um dia
super-herói. É a mais clara e autêntica aventura adolescente carregada de
muitíssimo bom humor e tiradas impagáveis. É o sopro mais leve do que se pode
esperar de um filme do gênero em um personagem que simplesmente está super
empolgado com a transição. Sem dilemas ou dramas profundos sobre o que é ser ou
se tornar um herói. E carregado de uma deliciosa mensagem sobre valores de
família com atores muito cativantes. É essa toda a mensagem que o filme nos
passa de forma pura e valiosa. Vale demais o ingresso!
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