segunda-feira, 8 de abril de 2019

Filmes

SHAZAM (Avaliação 5/5 - Excelente!)

Sensacional poster nacional! ;)

 Novo filme da DC é o mais divertido, irreverente e descolado dessa nova fase da produtora. Vamos a análise! ^^
 Um super-herói que é literalmente um adolescente. Quer premissa mais leve do que essa? Pois é assim que o protagonista dessa história se revela. E o filme não faz questão de esconder essa aura em torno do personagem em momento algum. Muito pelo contrário: tanto roteiro quanto direção e até mesmo o trio de atores principais deixam isso bem claro durante toda a projeção. E essa condução do longa faz dele um dos filmes mais notáveis e amáveis, na minha singela opinião, dessa nova leva de heróis no cinema.

Freedy (Jack Dylan) e Billy (Asher Angel): ótimos! ^^
 A começar pelo altíssimo nível de carisma de Zachary Levi, Asher Angel e Jack Dylan Grazer, que esbanjam simpatia ao longo e fazem seus personagens se tornarem empáticos quase que instantaneamente. Zachary tem uma notória facilidade de transformar-se em um jovem com muita destreza. Arranca risos fáceis e largos na pele do menino de corpo adulto com mentalidade de menino. Ele domina muito bem o papel e te faz levar o herói em sua jornada de autoconhecimento e domínio de si mesmo com extrema fluidez e leveza. O risco de não gostar dele é praticamente zero. Suas deixas hilárias dele pensando como um menino num corpo de um homem formado são simplesmente formidáveis. Seguindo a mesma linha, seu alter-ego Billy Batson, interpretado por Asher Angel, é igualmente incrível e instantaneamente há identificação com o personagem. Asher conduz a personalidade de Billy – um jovem que quando era pequeno se perdeu da mãe e a partir de então se tornou órfão – de forma muito ponderada, tanto em personalidade quanto em sensibilidade, visto que visivelmente dentro dele havia certa tristeza pelo fato ocorrido no passado. Tudo muito bem interpretado pelo ator e denotado facilmente pelo público. Jack Dylan Grazer, que interpreta Freedy, além de esbanjar fofura e fluir em interpretação, é também um dos mais cômicos junto dos outros dois. Seu personagem se torna o melhor amigo de Billy e tem uma dinâmica fundamental na trama, além de criar um laço de amizade muito forte com o protagonista. Juntos constroem momentos ímpares e protagonizam ‘molecagens’ do mais alto nível – principalmente quando Billy está transformado em Shazam. Não tem como não adorar ele também. Eu já havia curtido muito esse ator mirim em “IT – A coisa” como o personagem ‘Eddie’ e agora de mesmo modo com esse cativante coadjuvante. Cara, a escolha desse elenco foi uma das mais acertadas pela DC em tempos, sem dúvida alguma. ;)

Agora Freedy (Jack Dylan) e Shazam (Zahcary Lei): hilários!
 Como as questões pessoais tanto dos protagonistas quanto as motivações do vilão – que diga-se de passagem é muito bem interpretado pelo ator Mark Strong – são bem desenvolvidas ao longo, pode-se perceber particularidades dos mesmos e o forte apelo a sentimentos de família – tanto bons quanto ruins, que é o caso do antagonista em si. Porém uma grande e positiva mensagem sobre valores é construída ao longo por Billy, Freedy, seus outros irmãos adotados e seus pais adotivos: a de que nem sempre a composição de uma família é dada pela biologia. Muitas das vezes ela é feita através de laços criados com quem está adotando ou com quem está realmente mais próximo de você. E há uma rica mensagem sobre a importância da adoção, do acolhimento de quem não tem um lar. A diversidade das crianças adotadas pelo casal do longa também reforça temas como não olhar para cor, raça, peso ou até mesmo se tem alguma deficiência – como no caso de Freedy. A heterogeneidade das crianças e dos mais jovens trabalha amplamente com a representatividade das mesmas e corrobora para o ‘amar o próximo sem reservas’ ou conceitos pré-determinados. Isso é exclusivo em um filme de heróis e é deveras belíssimo de se ver. ;)
 O excelente roteiro escrito por Henry Gayden e Darren Lemke revalida minhas afirmações acima de uma trama extremamente cativante do início ao fim e testifica minha escrita relacionada ao tom do filme e a ótima impressão que ele carrega quando do seu final. Uma enxurrada de easter-eggs dos personagens da Liga da Justiça e algumas outras ótimas surpresas só contribuem para enriquecer o universo do personagem e sua história. O visual de Shazam e efeitos visuais/especiais tem extrema eficácia mesmo a um custo de produção não tão alto quanto outros filmes da DC (o mesmo custou cem milhões de dólares, porém isso ao meu ver não diminuiu nem um pouco a qualidade do filme como um todo. Até porque esse valor é relativamente alto se comparado a outros filmes ou até mesmo animações).

Shazam (Zachary Levi) e Dr. Silvana (Mark Strong)
 O 3D não agrega tanto, porém existem alguns efeitos aqui e ali que ainda conseguem se sobressair e dão certo ‘charme’ ao longa, por assim dizer. Não é plenamente satisfatório, mas embeleza um pouco mais a película. Se não se incomodar com as moedas a mais, acho que ainda assim vale a experiência. ^^
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! “Shazam” é o pleno apelo da criança que sonhou em ser um dia super-herói. É a mais clara e autêntica aventura adolescente carregada de muitíssimo bom humor e tiradas impagáveis. É o sopro mais leve do que se pode esperar de um filme do gênero em um personagem que simplesmente está super empolgado com a transição. Sem dilemas ou dramas profundos sobre o que é ser ou se tornar um herói. E carregado de uma deliciosa mensagem sobre valores de família com atores muito cativantes. É essa toda a mensagem que o filme nos passa de forma pura e valiosa. Vale demais o ingresso!

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