terça-feira, 16 de abril de 2019

Filmes

SUPERAÇÃO - O MILAGRE DA FÉ (Avaliação 4/5 - Muito bom!)

Bonito cartaz nacional! ^^
 Emocionante filme baseado em história real e fundamentado nas bases da fé cristã se supera ao passar uma grande mensagem de esperança aos corações. Vamos a análise! ^^
 Quem não gostaria de contar uma grande história? Talvez até os mais incrédulos dos homens possam querer ter suas vidas por testemunho de algo grandioso que fizerem ou que aconteceu com eles. Mas, e quando é Deus que reescreve aquilo que estava praticamente morto em sua vida? É dentro basicamente dessa premissa envolta de milagres que esse longa se propõe. E a forma como esse testemunho é transmitido cria uma atmosfera muito relevante de expectativas, anseios e superação. O que torna a película ainda mais realista e comovente, dentro do quadro apresentado pela mesma (digo isto porque há casos de filmes baseados em fatos reais que acabam por se tornar fantasiosos demais. O que não é tanto o caso nesse).
 Para você apenas se contextualizar, em 2015, um garoto chamado John Smith, de apenas 14 anos cai em um lago congelado e se afoga por um tempo que talvez nenhuma alma aqui sobreviveria. Sua mãe entra em desespero – reação até natural dos pais – e começa então uma grande luta pela vida do menino. E tudo isso é temperado com muita emoção, conflitos, adoração a Deus – tem até culto no filme – e uma aura de fé, perseverança e ousadia que traz uma percepção do quantos somos frágeis e necessitados dEle.

Chrissy Metz (Sra. Smith), Marcel Ruiz (Jhon) e Josh Lucas (pai)...
 Embora a construção do roteiro venha a convergir para a situação do menino, existe uma série de abordagens plenamente relevantes ao longo que nos fazem enxergar o meio social no qual a igreja está inserida e o quanto como seres sociais, por vezes entramos em conflito de ideias por diversas questões. O tema ‘cristão moderno x cristão tradicional’ é talvez um dos mais questionados por essa trama, pois o pastor da mãe do menino tem uma visão um pouco diferente da mesma – ela tem conceitos fortemente ligados a um culto mais nas formas tradicionais –  e se abrem questionamentos interessantes acerca do que de fato hoje em dia pode ou não pode dentro das igrejas. E vou dar minha opinião pessoal aqui: desde que o moderno não se confunda com profano, dentro dos conceitos do cristianismo, não vejo problema algum em se trazer certos tipos de coisas para gerar um equilíbrio visando sempre o bem do Reino de Deus. Mas quero deixar bem claro que essa modernidade não deve ferir em momento algum os preceitos cristãos e nem a Bíblia. (Em uma outra ponta, porém, a resistência em aceitar, por parte da mãe do rapaz, a forma de abordagem do pastor gera nela certos pré-conceitos que por vezes podem se tornar barreiras até para o agir de Deus. A dinâmica do filme mostra bem isso e fundamenta essa argumento ao longo com o final emocionante. E sim, esse parágrafo é extremamente cristão mesmo (rsrs)).
 Marcel Ruiz, jovem ator porto-riquenho que ficou incumbido de protagonizar o menino da vida real, nos emociona com sua doce atuação. Muito convincente, ele traz a responsabilidade do papel para si e por vezes faz até pensar que o acontecimento foi com ele, tamanha sua desenvoltura no contexto da película. Tem forte apelo e empatia, além de ser uma graça. De igual modo, Chrissy Metz, que interpreta a mãe, tem na superação da dor e na aflição do momento suas bases para uma atuação bela e eficaz. Realmente nos faz encarar de mesma forma como se fosse a mãe real do jovem, tamanha a profundidade na interpretação. Em ambos, você consegue enxergar os personagens da vida real estampados ali na ficção. São realmente dois destaques que me chamaram muito a atenção no filme e merecem a posição de protagonistas do longa. (Deixo também uma menção honrosa ao ator Topher Grace que interpretou o pastor do menino e igualmente soube caracterizar muito bem a posição de um líder evangélico, sem ser forçado nem caricato demais. Show!) ^^

...e aqui os REAIS Sra. Smith e John Smith ^^
 A trilha sonora é outro ponto altíssimo de destaque por conter canções de cunho cristão durante toda a projeção e ser um grande diferencial dentro da história em diversos pontos. Vai ser impossível você não ser tocado com a canção ‘Oceans – Hillsong’ em uma das cenas. Formidável!
 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! Provavelmente uma história da vida real para todos os públicos, “Superação – o milagre da fé” tem em suas bases a força de um profundo testemunho de que Deus ainda faz coisas grandes nos dias de hoje. Não só para cristãos, acredito que seja uma belíssima narrativa pra mover corações das mais variadas idades, contextos e religiões (e por favor, leve um lencinho, pois você vai precisar, querido leitor (rsrsrs)). Recomendo.  Vale muito o ingresso!

quinta-feira, 11 de abril de 2019

Reflexão bíblica

 "Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nelas estão escritas; porque o tempo está próximo" Apocalipse 1.3
 Se existe um livro mais real e difícil de interpretar, esse livro se chama "o livro da Revelação". Dado por Jesus a João na Ilha da Patmos, todo o livro narra o contexto dos eventos que acontecerão na Terra pré e pós arrebatamento da igreja. Apesar de sua linguagem simbólica, tem uma profunda mensagem de arrependimento e salvação embutida em sua estrutura. Tanto que João destaca no texto em apreço que é 'bem-aventurado aquele que lê...porque o tempo está próximo'. Queridos, não querendo fazer menção das profundas escatologias (escatos - últimas coisas / logia - estudo) que o livro nos fornece, pois não é a minha função nesse momento, a mensagem que quero pregar com essa reflexão é: você está se preparando para a vinda do nosso Senhor Jesus Cristo? Será que já percebeu através das Escrituras que Jesus está voltando e que Sua segunda vinda está a 'última hora', as portas, na literalidade da palavra? Esta é uma palavra de despertamento para sua vida. Todos os eventos trágicos que tem acontecido são cumprimento de textos bíblicos. Duvida? 'Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, pestes, e terremotos em vários lugares', diz um outro texto bíblico. O volume de terremotos, furacões, pestes que tem assolado a humanidade e fome tem sido em larga escala nos dias atuais. Façamos uma reflexão sobre nós mesmos hoje. O salmista diz 'vê se há em mim algum caminho mau'. Onde realmente está seu coração? Em Cristo ou em religiosidades vãs? Estás agindo como um fariseu que fala das Escrituras mas odeia ou inveja o seu irmão que professa a mesma fé que você? Reflita hoje sobre como anda sua intimidade com Deus, sonda e deixe Ele sondar teu coração e principalmente, peça a Ele para te ajudar a tirar tudo aquilo que não pertence a Ele. Não é fácil, pois apresentar-se a Deus para pedir todo mundo sabe, mas para expor seus erros, ninguém quer. Que você possa refletir nessa mensagem, porque estamos sim, a bem pouco pro fim e não haverá tempo para desculpas depois. Para complementar essa mensagem a lindíssima canção 'Vasos quebrados - Elaine Martins/Willian Nascimento'. Que Deus te abençoe com esta reflexão em nome de Jesus!




segunda-feira, 8 de abril de 2019

Filmes

SHAZAM (Avaliação 5/5 - Excelente!)

Sensacional poster nacional! ;)

 Novo filme da DC é o mais divertido, irreverente e descolado dessa nova fase da produtora. Vamos a análise! ^^
 Um super-herói que é literalmente um adolescente. Quer premissa mais leve do que essa? Pois é assim que o protagonista dessa história se revela. E o filme não faz questão de esconder essa aura em torno do personagem em momento algum. Muito pelo contrário: tanto roteiro quanto direção e até mesmo o trio de atores principais deixam isso bem claro durante toda a projeção. E essa condução do longa faz dele um dos filmes mais notáveis e amáveis, na minha singela opinião, dessa nova leva de heróis no cinema.

Freedy (Jack Dylan) e Billy (Asher Angel): ótimos! ^^
 A começar pelo altíssimo nível de carisma de Zachary Levi, Asher Angel e Jack Dylan Grazer, que esbanjam simpatia ao longo e fazem seus personagens se tornarem empáticos quase que instantaneamente. Zachary tem uma notória facilidade de transformar-se em um jovem com muita destreza. Arranca risos fáceis e largos na pele do menino de corpo adulto com mentalidade de menino. Ele domina muito bem o papel e te faz levar o herói em sua jornada de autoconhecimento e domínio de si mesmo com extrema fluidez e leveza. O risco de não gostar dele é praticamente zero. Suas deixas hilárias dele pensando como um menino num corpo de um homem formado são simplesmente formidáveis. Seguindo a mesma linha, seu alter-ego Billy Batson, interpretado por Asher Angel, é igualmente incrível e instantaneamente há identificação com o personagem. Asher conduz a personalidade de Billy – um jovem que quando era pequeno se perdeu da mãe e a partir de então se tornou órfão – de forma muito ponderada, tanto em personalidade quanto em sensibilidade, visto que visivelmente dentro dele havia certa tristeza pelo fato ocorrido no passado. Tudo muito bem interpretado pelo ator e denotado facilmente pelo público. Jack Dylan Grazer, que interpreta Freedy, além de esbanjar fofura e fluir em interpretação, é também um dos mais cômicos junto dos outros dois. Seu personagem se torna o melhor amigo de Billy e tem uma dinâmica fundamental na trama, além de criar um laço de amizade muito forte com o protagonista. Juntos constroem momentos ímpares e protagonizam ‘molecagens’ do mais alto nível – principalmente quando Billy está transformado em Shazam. Não tem como não adorar ele também. Eu já havia curtido muito esse ator mirim em “IT – A coisa” como o personagem ‘Eddie’ e agora de mesmo modo com esse cativante coadjuvante. Cara, a escolha desse elenco foi uma das mais acertadas pela DC em tempos, sem dúvida alguma. ;)

Agora Freedy (Jack Dylan) e Shazam (Zahcary Lei): hilários!
 Como as questões pessoais tanto dos protagonistas quanto as motivações do vilão – que diga-se de passagem é muito bem interpretado pelo ator Mark Strong – são bem desenvolvidas ao longo, pode-se perceber particularidades dos mesmos e o forte apelo a sentimentos de família – tanto bons quanto ruins, que é o caso do antagonista em si. Porém uma grande e positiva mensagem sobre valores é construída ao longo por Billy, Freedy, seus outros irmãos adotados e seus pais adotivos: a de que nem sempre a composição de uma família é dada pela biologia. Muitas das vezes ela é feita através de laços criados com quem está adotando ou com quem está realmente mais próximo de você. E há uma rica mensagem sobre a importância da adoção, do acolhimento de quem não tem um lar. A diversidade das crianças adotadas pelo casal do longa também reforça temas como não olhar para cor, raça, peso ou até mesmo se tem alguma deficiência – como no caso de Freedy. A heterogeneidade das crianças e dos mais jovens trabalha amplamente com a representatividade das mesmas e corrobora para o ‘amar o próximo sem reservas’ ou conceitos pré-determinados. Isso é exclusivo em um filme de heróis e é deveras belíssimo de se ver. ;)
 O excelente roteiro escrito por Henry Gayden e Darren Lemke revalida minhas afirmações acima de uma trama extremamente cativante do início ao fim e testifica minha escrita relacionada ao tom do filme e a ótima impressão que ele carrega quando do seu final. Uma enxurrada de easter-eggs dos personagens da Liga da Justiça e algumas outras ótimas surpresas só contribuem para enriquecer o universo do personagem e sua história. O visual de Shazam e efeitos visuais/especiais tem extrema eficácia mesmo a um custo de produção não tão alto quanto outros filmes da DC (o mesmo custou cem milhões de dólares, porém isso ao meu ver não diminuiu nem um pouco a qualidade do filme como um todo. Até porque esse valor é relativamente alto se comparado a outros filmes ou até mesmo animações).

Shazam (Zachary Levi) e Dr. Silvana (Mark Strong)
 O 3D não agrega tanto, porém existem alguns efeitos aqui e ali que ainda conseguem se sobressair e dão certo ‘charme’ ao longa, por assim dizer. Não é plenamente satisfatório, mas embeleza um pouco mais a película. Se não se incomodar com as moedas a mais, acho que ainda assim vale a experiência. ^^
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! “Shazam” é o pleno apelo da criança que sonhou em ser um dia super-herói. É a mais clara e autêntica aventura adolescente carregada de muitíssimo bom humor e tiradas impagáveis. É o sopro mais leve do que se pode esperar de um filme do gênero em um personagem que simplesmente está super empolgado com a transição. Sem dilemas ou dramas profundos sobre o que é ser ou se tornar um herói. E carregado de uma deliciosa mensagem sobre valores de família com atores muito cativantes. É essa toda a mensagem que o filme nos passa de forma pura e valiosa. Vale demais o ingresso!

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Filmes

DUMBO (Avaliação 3,5/5 - Muito bom!)


Cartaz nacional fofíssimo! ^^
 Releitura de clássico da Disney conta com trama simples, ótimos efeitos, mas não surpreende como deveria. Vamos a análise! ^^
 A empresa do Mickey está atualizando seus eternos clássicos de forma memorável de algum tempo pra cá e usando as novas tecnologias para dar vida aos seus eternos personagens. E dessa vez foi o ‘elefante voador’ o escolhido para viver uma aventura sem precedentes e com os recursos de hoje que recriam com muita fidelidade e muito realismo os mesmos, renovando seu visual e recontando sua história para uma nova geração.
 Tim Burton, conhecido por seus filmes de lado meio sombrio/gótico, é convidado para participar deste e a sensação clara de que está impresso em tela sua personalidade como artista/diretor é bem notória: tons escuros entrelaçados a um colorido vivo, embebido com um ar melancólico e porque não dizer, triste até. Os momentos iniciais do live-action são meio que de ‘cortar o coração’, por assim dizer, inserindo todo o conceito artístico visto em sua trajetória. O fato também de Dumbo não falar e ser tratado no longa como um ‘animal de verdade’ aprofunda ainda mais seu estilo e visão cinematográfica. E não que eu ache isso ruim. Porém é aí que destaco um certo tom ‘sombrio’ no longa que de alguma maneira, se distancia levemente do público infantil – mesmo este sendo um filme acertadamente para crianças, pois o roteiro confere e corrobora com essa verdade. É um contraste que somente Burton consegue fazer. A magia do circo, como a trama se propõe, com um certa aura de solidão. É interessante sua visão de mundo e sua forma de trabalhar um filme. ^^

Os detalhes de Dumbo são impressionantes! ;)
 Michaell Keaton e Danny DeVito retornam como parceria juntamente com Burton – que já tiveram oportunidade de o fazer muitos anos atrás, em ‘Batman – o retorno’ (1989). Há tempos que deVito está longe dos holofotes da ‘tela grande’ (não me lembro de outro filme recente que tenha feito de destaque), porém nesse ele é o protagonista, sendo o dono de um circo conceituado na cidade, mas que estava enfrentando alguns problemas e é aí que entra o personagem de Keaton oferecendo fama e dinheiro devido ao fato de Dumbo se manifestar como uma atração exótica. Eva Green e Collin Farrel complementam o time de protagonistas com personagens também interessantes. Farrel é um soldado vindo do pós guerra que perde um braço em combate e tem de lidar com seus filhos sem mãe, vítima de uma enfermidade. Green é a principal artista do complexo de entretenimento do personagem de Keaton, porém vive algumas questões delicadas junto ao empresário. A proposta envolvendo a trama com os personagens é bem direta ao ponto, sem muitas reviravoltas e seguindo uma linearidade que pode não ser bem vista por alguns adultos, mas que será certeira para as crianças. O longa não se perde em nenhum momento, não há ‘quebra’ nas sequências nem cortes grosseiros. Tudo flui bem esteticamente em uma história sequencialmente bem contada. Só não apresenta nenhuma surpresa mirabolante, por assim dizer. Mas funciona como um todo. ^^

Danny DeVito é destaque como protagonista da trama. ^^
 Uma outra abordagem interessante diz respeito a questões envolvendo ganância e animais em cativeiro. Na primeira, há uma clara denotação do quanto muitas das vezes, poder, fama e dinheiro podem subir a cabeça e causar autodestruição de si mesmo dentro de um contexto impregnado de interesses obscuros. E isso é bem inserido em um dos personagens do longa. Na segunda questão, há uma interessante e compreensiva mensagem sobre o quanto devemos entender que a liberdade, o respeito as diferenças e a reciprocidade/amizade devem se valer mesmo quando não compreendemos o outro como um todo. A Disney sempre tem em seus filmes mensagens bem colocadas para toda família, e nesse não é diferente. ‘Dumbo’ é uma denotação de ‘dumb’ em inglês que significa ‘estúpido, idiota’. Só por aí já se pode entender essa relação do personagem protagonista em meio as suas diferenças em relação aos outros elefantes. E essa menção de respeito e liberdade pode ser vista ao longo com muita clareza e no final do filme também. Ótimo incentivo as crianças posicionar o cuidado com os animais e o respeito ao coletivo como um todo. ^^
 O visual do filme impressiona na riqueza de detalhes. Não pude perceber se todos os animais eram CGI ou não – certamente boa parte deles são –, porém indubitavelmente Dumbo era e a qualidade é de arrepiar! Sua nuances e particularidades características dos elefantes estão lá com nítido esmero. Impossível não achar ele fofo! O nível de realismo nos efeitos é sempre um ponto que a Disney se esforça muito para oferecer o melhor em tecnologia moderna. E o resultado é sempre bem satisfatório. ^^
 O 3D agrega pouco no filme. Tem alguns raros momentos que o efeito efetivamente funciona, porém, via de regra, não se vê muita coisa relacionada ao uso da tecnologia. Esperava mais dessa vez e fica a cargo de você, querido leitor, a escolha por essa opção ou não. :)
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADO! Uma releitura sofisticada de um clássico sob um novo olhar e perspectiva. Talvez seja essa a melhor definição desse remake de “Dumbo”. Um filme sem grandes surpresas, mas que entrega entretenimento e uma mensagem muito positiva para as crianças. Certamente os pequenos serão agraciados com uma bonita história sobre respeito as diferenças. E é por isso que recomendo muito levarem os menores ao cinema. Vale o ingresso! ^^