terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Games

COMENTÁRIO: MEGAMAN 11 (PS4, XBOX ONE, NINTENDO SWITCH, PC)

Lindíssima arte de capa dos consoles! *-*

 Uma das franquias mais icônicas dos games recebeu sua décima-primeira versão – numerada – em 2 de Outubro de 2018 debaixo de muitos elogios. MegaMan 11 foi o retorno do personagem após oito anos sem um game novo original. E a espera até que foi bem recompensada com gráficos atualizados, dificuldade insana, trilha sonora bacana e um gameplay clássico que me fez lembrar muito as versões do Nintendo oito bits.
 É bem difícil falar sobre MegaMan por conta da memória afetiva que tenho pelo game. Passei muitas tardes da minha infância jogando este magnífico game que até hoje ainda vejo as versões originais do Nintendinho com bons olhos. Embora a maioria dos jogos desse console estejam datados, há algo magnético sobre este game que me faz jogá-lo por horas sem cansar ainda. E não sei quanto a vocês, mas ao menos este, na minha opinião, continua com bons gráficos no NES. Acho que por conta da forma cartunesca que os personagens e vilões foram criados para o jogo. Tudo era muito bem desenhado e bem posicionado em tela, fazendo você simpatizar até com os inimigos – ou, por vezes, se irritar também. Um cuidado e um carinho que fez com que a franquia alcançasse o coração de milhões da fãs pelo mundo inteiro – eu, inclusive. (rsrs)

Até a tela de seleção de estágio é linda e nostálgica! *-*
 Quando do anúncio da volta do Blue Bomber, meu coração bateu mais forte. Ver nosso queridíssimo robozinho azul com aqueles lindos gráficos apresentados de forma atualizada me encheu os olhos de alegria. E o que me chama atenção na parte gráfica é o extremo zelo em reconstruir toda a estrutura dos games antigos, mantendo a essência do que é o game. E mais uma vez o lado cartunesco falou mais alto. Por vezes jogando o novo game me sinto literalmente jogando um desenho animado, de forma fluida, suave e cativante como todo MegaMan tem de ser. A cada novo cenário, o visual que identifica a série está presente. O que certamente me deixou extremamente satisfeito com o resultado final. ^^
 A trilha sonora – outro ponto extremamente marcante da série – ficou muito boa nesse também, porém o uso quase que global das batidas eletrônicas trouxe certo enfado ao ouvintes da mesma. Em certo ponto você até se confunde, pois o formato das composições, principalmente das oito primeiras fases, se tornam muito parecidas umas com as outras. Poderiam facilmente usar outros tipos de ‘samplers’ para dinamizar mais as canções e diversificá-las, tornando-as únicas. Tá certo, eu sei que MegaMan é sobre robôs e o eletrônico tem forte peso para a conjectura do game, porém a identidade musical da cada fase ficou comprometida justamente por abusar desse único recurso. E uma diferenciada de sons poderia dar mais pluralidade as mesmas. :)

O cuidado e carinho pode ser visto por toda parte! <3
 O insano e dificílimo gameplay do game remete aos primeiros jogos da série. Embora um novo recurso tenha sido inserido – o Double Gear System, que são mecanismos de suporte para o protagonista – e ajudam muito a amenizar a dificuldade, ainda assim, momentos de tensão e certa irritação serão constantes para quem deseja encarar o game – a não ser que você queira usar os modos mais fáceis, que são justamente para iniciantes e novos jogadores da franquia. O uso correto das Gears faz com que nosso herói ganhe poderes extras, como desacelerar o tempo (speed) e mais poder para as armas obtidas (power), mas só ajuda se for usado corretamente, pois se extrapolar o uso o protagonista fica com o sistema superaquecido e demora a recarregar os poderes, prejudicando de certa forma sua passagem pelo cenário por vezes. Decerto que os mais habilidosos podem passar as fases sem o uso do recurso, mas as mesmas foram construídas para essa nova ferramenta do ‘Azulão’. E embora o gameplay seja tenso, é ao mesmo tempo muito gostoso de se jogar, pois o ‘core’ de toda série MegaMan está ali. Vi em uma entrevista que o produtor fez com que cada um dos membros da equipe de desenvolvimento jogasse os jogos antigos a esmo, para ‘captar’ as principais características que fizeram a série ser tão popular e amada. E toda vez que eu jogo, sem medo de errar, me sinto abruptamente levado a década de 90 do século passado. A dificuldade de MegaMan 1 e 2, juntamente com as inovações do 3 e 4, e as melhorias gráficas do 5 e 6 estão inseridos com sucesso nesse. É um ‘revival’ nostálgico e saudosista sentir esse ‘feeling’ ao jogar este game. Particularmente ele me remete demais ao sexto episódio da série e magicamente não sei explicar o porquê. Memórias afetivas, eu acho. (rsrs)
 Juntando todos esses fatores, para quem é fã inveterado do nosso Blue Bomber – ou até mesmo para quem simpatiza com ele –, a diversão é extremamente garantida e repaginada para os tempos atuais com muito louvor e esforço da equipe que desenvolveu o game. Não é um AAA, e nem era essa a intenção dos programadores quando resolveram aceitar essa empreitada. Mas é toda a paixão de uma geração de fãs transposta em mínimas coisas que fazem dessa franquia uma das mais longevas e apaixonantes já registradas na história dos games. Tudo o que fez a mesma ascender e se tornar tão notável está lá nos seus devidos lugares, sem tirar nem por. Um oásis para todos os que amam – assim como eu – o robozinho azul mais querido dos games. Deslumbre visual e item obrigatório para os fãs de todas as idades. Nota 9! ;)

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