segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Filmes

CREED 2 (Avaliação 5/5 - Excelente!)

Cartaz não nacional, mas épico e imponente! :)
 Com  uma carga  dramática muito  forte, ‘Creed 2’ traduz  todo sentimento que os personagens da  franquia  ‘Rocky’  carregam. Vamos a análise! ^^
 Emocional. Acredito que seja essa a palavra que pode definir o segundo capítulo da saga Creed. Quando o primeiro filme foi anunciado, havia toda uma ‘aura’ em torno do mesmo por conta da volta do seu mais célebre protagonista, agora já velho e aposentado, vivendo uma vida simples, longe dos holofotes e das câmeras de suas glórias do passado. E a interpretação de Sly no papel do ex-boxeador lhe rendeu o ‘Globo de Ouro’ como melhor ator coadjuvante e um indicação ao ‘Oscar’ pela mesma categoria. E agora ele retorna mais firme do que nunca para esta tão bem escrita sequência, que põe também o ótimo Michaell B. Jordan como protagonista novamente no papel do filho de Apollo Creed.
 Dentro de um contexto de mágoas, rancores e orgulhos feridos, o longa vai abordar o tema família de uma forma muito profunda. Os laços emocionais que envolvem os personagens são tão ricos que sua imersão na trama é praticamente automatizada pelos inúmeros momentos de comoção entre os personagens. Não tem como não se sensibilizar com os dramas pessoais de cada núcleo composto. A desonra de Ivan Drago (interpretado novamente pelo digníssimo ator Dolph Lundgren) por sua derrota outrora e sua decadência que levaram o esporte de seu país a tempos sombrios, fazendo com que seu único filho fosse a esperança perdida em meio as suas profundas cicatrizes; ao passo que a revolta e tristeza de Adonis Creed (Michaell B. Jordan) em não ter tido um pai refletiu e muito em seu comportamento e propósito de vida. Una isso a um Balboa atormentado e melancólico por sua esposa morta e seu filho distante e veremos vidas se entrelaçando em situações muito convincentes, com atuações realmente dignas da estatueta mais famosa e cobiçada do mundo. E não é exagero nenhum da minha parte dizer isso.

Jordan e Stallone protagonizam uma dupla extremamente crível!
 Bela homenagem ao ator Carl Weathers, nosso querido Apollo Creed, pai de Adonis. De todas as referências que podem ser vistas, e diante de todo clima soturno que o longa oferece, com camadas de tons e cores para cada ocasião, como é o caso dos tons azulados do ambiente gélido da Ucrânia, país onde reside Ivan e Viktor Drago (interpretado pelo também ótimo e frio ator Florian Munteanu), revelando desgosto, desesperança e destempero na vida de ambos, a menção mais honrosa certamente vem do personagem morto vivido pelo querido ator. Por toda parte pode se ver momentos de pesar pelo trágico incidente ocorrido no passado. Até a casa da esposa de Apollo em tons mais pastéis revela a solidão, tristeza e saudade. Tudo realmente muito bem contextualizado por parte direção de fotografia do filme. ;)
 Interpretações fortes por parte de todo o elenco. Sly mais uma vez mostra seu lado mais humano ao se portar de forma intensa em seu já abatido personagem. O contexto cômico revela também um pouco de sua luta pela vida e traduz tudo o que seu personagem é. Outra que revela intensidade é a queridíssima Tessa Thompson, que vive a personagem Bianca, par romântico e extremamente funcional com Jordan. A química entre os dois é absurda e sua graciosidade constrói uma mulher ‘frágil’ e ‘corajosa’ ao mesmo tempo. ‘Frágil’ pela sua imaturidade com algumas coisas da vida – como é o caso da bebê que chega – porém ‘corajosa’ por enfrentar seus medos ao lado de seu par romântico. Uma atuação doce, leve e extremamente comovente, como o todo da película. É tão forte essa carga dramática no filme que, mesmo de forma suja, as feridas de Ivan Drago (Dolph) são sentidas e de certa forma, compreensíveis – mesmo ele usando de artíficios escusos com seu filho – entenda-se ‘vencer a todo custo, mesmo que leve a vida do outro’, como havia feito em outro tempo. É intensa e frenética essa abordagem. ;)

Os 'Drago': ótima performance!
 Todo o roteiro foi escrito pelo próprio Stallone e me surpreende, não pelo fato de ser ele o escritor, mas por toda qualidade que cada diálogo e interação que cada personagem possui. Os primeiros minutos em cena mostrando a família Drago no mais profundo silêncio já evidencia tudo o que os personagens querem passar, concernente aos seus sentimentos. É incrível essa cena inicial. E minha surpresa não é por achar Sly talvez não preparado para escrever um roteiro, mas é ver o quão bom roteirista ele se tornou e o quanto a história do filme tem o coração dele inserido no contexto. O primeiro ‘Rocky’ é considerado um dos mais emblemáticos, épicos e impecáveis filmes de todos os tempos. E é claro que um dos personagens mais icônicos de sua carreira iria ter um fim digno do que ele realmente representa e merece. E é por conta disso que fiquei surpreendido positivamente com o texto. ;)
 Enfim vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! O peso dramático que o longa carrega aliado a atuações de altíssimo nível fazem este “Creed 2” estar no mesmíssimo patamar do primeiro filme – senão até um pouco mais acima. Uma película que leva o legado ‘Rocky’ com a mesma intensidade e glória do passado e tornam o legado deste ainda mais espetacular. Pena não ter concorrido a alguma categoria no Oscar. Qualquer uma delas seria bastante merecido. Mais uma bela obra da sétima arte para ser apreciada com gosto. Vale demais o ingresso!

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Games

COMENTÁRIO: MEGAMAN 11 (PS4, XBOX ONE, NINTENDO SWITCH, PC)

Lindíssima arte de capa dos consoles! *-*

 Uma das franquias mais icônicas dos games recebeu sua décima-primeira versão – numerada – em 2 de Outubro de 2018 debaixo de muitos elogios. MegaMan 11 foi o retorno do personagem após oito anos sem um game novo original. E a espera até que foi bem recompensada com gráficos atualizados, dificuldade insana, trilha sonora bacana e um gameplay clássico que me fez lembrar muito as versões do Nintendo oito bits.
 É bem difícil falar sobre MegaMan por conta da memória afetiva que tenho pelo game. Passei muitas tardes da minha infância jogando este magnífico game que até hoje ainda vejo as versões originais do Nintendinho com bons olhos. Embora a maioria dos jogos desse console estejam datados, há algo magnético sobre este game que me faz jogá-lo por horas sem cansar ainda. E não sei quanto a vocês, mas ao menos este, na minha opinião, continua com bons gráficos no NES. Acho que por conta da forma cartunesca que os personagens e vilões foram criados para o jogo. Tudo era muito bem desenhado e bem posicionado em tela, fazendo você simpatizar até com os inimigos – ou, por vezes, se irritar também. Um cuidado e um carinho que fez com que a franquia alcançasse o coração de milhões da fãs pelo mundo inteiro – eu, inclusive. (rsrs)

Até a tela de seleção de estágio é linda e nostálgica! *-*
 Quando do anúncio da volta do Blue Bomber, meu coração bateu mais forte. Ver nosso queridíssimo robozinho azul com aqueles lindos gráficos apresentados de forma atualizada me encheu os olhos de alegria. E o que me chama atenção na parte gráfica é o extremo zelo em reconstruir toda a estrutura dos games antigos, mantendo a essência do que é o game. E mais uma vez o lado cartunesco falou mais alto. Por vezes jogando o novo game me sinto literalmente jogando um desenho animado, de forma fluida, suave e cativante como todo MegaMan tem de ser. A cada novo cenário, o visual que identifica a série está presente. O que certamente me deixou extremamente satisfeito com o resultado final. ^^
 A trilha sonora – outro ponto extremamente marcante da série – ficou muito boa nesse também, porém o uso quase que global das batidas eletrônicas trouxe certo enfado ao ouvintes da mesma. Em certo ponto você até se confunde, pois o formato das composições, principalmente das oito primeiras fases, se tornam muito parecidas umas com as outras. Poderiam facilmente usar outros tipos de ‘samplers’ para dinamizar mais as canções e diversificá-las, tornando-as únicas. Tá certo, eu sei que MegaMan é sobre robôs e o eletrônico tem forte peso para a conjectura do game, porém a identidade musical da cada fase ficou comprometida justamente por abusar desse único recurso. E uma diferenciada de sons poderia dar mais pluralidade as mesmas. :)

O cuidado e carinho pode ser visto por toda parte! <3
 O insano e dificílimo gameplay do game remete aos primeiros jogos da série. Embora um novo recurso tenha sido inserido – o Double Gear System, que são mecanismos de suporte para o protagonista – e ajudam muito a amenizar a dificuldade, ainda assim, momentos de tensão e certa irritação serão constantes para quem deseja encarar o game – a não ser que você queira usar os modos mais fáceis, que são justamente para iniciantes e novos jogadores da franquia. O uso correto das Gears faz com que nosso herói ganhe poderes extras, como desacelerar o tempo (speed) e mais poder para as armas obtidas (power), mas só ajuda se for usado corretamente, pois se extrapolar o uso o protagonista fica com o sistema superaquecido e demora a recarregar os poderes, prejudicando de certa forma sua passagem pelo cenário por vezes. Decerto que os mais habilidosos podem passar as fases sem o uso do recurso, mas as mesmas foram construídas para essa nova ferramenta do ‘Azulão’. E embora o gameplay seja tenso, é ao mesmo tempo muito gostoso de se jogar, pois o ‘core’ de toda série MegaMan está ali. Vi em uma entrevista que o produtor fez com que cada um dos membros da equipe de desenvolvimento jogasse os jogos antigos a esmo, para ‘captar’ as principais características que fizeram a série ser tão popular e amada. E toda vez que eu jogo, sem medo de errar, me sinto abruptamente levado a década de 90 do século passado. A dificuldade de MegaMan 1 e 2, juntamente com as inovações do 3 e 4, e as melhorias gráficas do 5 e 6 estão inseridos com sucesso nesse. É um ‘revival’ nostálgico e saudosista sentir esse ‘feeling’ ao jogar este game. Particularmente ele me remete demais ao sexto episódio da série e magicamente não sei explicar o porquê. Memórias afetivas, eu acho. (rsrs)
 Juntando todos esses fatores, para quem é fã inveterado do nosso Blue Bomber – ou até mesmo para quem simpatiza com ele –, a diversão é extremamente garantida e repaginada para os tempos atuais com muito louvor e esforço da equipe que desenvolveu o game. Não é um AAA, e nem era essa a intenção dos programadores quando resolveram aceitar essa empreitada. Mas é toda a paixão de uma geração de fãs transposta em mínimas coisas que fazem dessa franquia uma das mais longevas e apaixonantes já registradas na história dos games. Tudo o que fez a mesma ascender e se tornar tão notável está lá nos seus devidos lugares, sem tirar nem por. Um oásis para todos os que amam – assim como eu – o robozinho azul mais querido dos games. Deslumbre visual e item obrigatório para os fãs de todas as idades. Nota 9! ;)

sábado, 19 de janeiro de 2019

Reflexão bíblica

 "Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática, será comparado a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha" Mateus 7.24
 'A fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus'. Esse texto nos mostra a maneira pela qual a fé nos é gerada. E uma vez concebida começa a dar a luz a comunhão com Deus. Mas como citado no texto em apreço, só ouvir não é suficiente para se ter uma vida plena com o Pai. É necessário algo mais. Jesus enfatiza em seu discurso veementemente a prática de tudo aquilo que Ele ensina. Ei querido, você pode ser o 'Mestre' da Bíblia, ter todo conhecimento do mais profundo das Escrituras, ensinar e pregar como ninguém, mas se sua conduta não condizer, para Deus de nada adianta. 'Será comparado a um homem insensato, que edificou sua casa sobre a areia', diz a contraparte desse mesmo texto. Estamos todos sujeitos a errar, mas é o que você e eu fazemos com os nossos erros que define o que e quem somos pra Deus. Se omitimos para Aquele que conhece a tudo e todos, somos os mais insensatos seres. Mas, 'se confessarmos nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar'. E aí sim sua conduta de lutar por retidão continuará intacta. Siga o exemplo de Davi. Um homem segundo o coração de Deus que falhou, mas sempre reconheceu diante de Deus seus erros. Esse é o segredo do 'homem prudente que edificou sua casa sobre a rocha'. Não é errar propositalmente nem o tempo todo, mas saber reconhecer quando se equivocar. Medite nessa Palavra e seja abençoado em nome de Jesus!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Filmes

HOMEM-ARANHA NO ARANHAVERSO (Avaliação 5/5 - Excelente!)

Ótimo poster nacional! :)

 Vencedora do ‘Globo de Ouro’ e do ‘Critic’s Choice Awards’, nova animação do aracnídeo mais famoso dos quadrinhos é absolutamente incrível, ousada, orgânica e funcional! Vamos a análise! ;)
 Certamente quando se fala em ‘Homem-Aranha’ logo mais rapidamente vem a sua mente Peter Parker. Esse é certamente o alter-ego mais famoso do ‘Cabeça de Teia’. Porém nesta animação a história é toda centralizada em um outro conhecido, o jovem negro do Brooklyn Miles Morales. E a ideia do enfoque narrativo ser posto nele faz com que a animação tenha uma apresentação toda especial e diferenciada. Vejamos os porquês abaixo.
 A começar pela escolha do protagonista, a construção de sua personalidade é de uma qualidade técnica formidável. O nível da empatia que você cria com o personagem é tão grande e intenso que em pouquíssimo tempo em tela o espectador já se deixa envolver pelos seus conflitos, seus dramas e porque não dizer, em certo sentido, sua fofura justamente por conta de sua ingenuidade. A tenra idade de Miles aliado a sua extrema imaturidade sobre a vida e, consequentemente, a aquisição de seus poderes faz com que o público reaja de forma bastante emotiva aos seus dilemas e ao seu crescimento, que é percebido inclusive durante todo o filme com o caráter evolutivo do mesmo e suas mudanças em meio as questões pessoais. É satisfatório e muito cativante esse aspecto do filme. ;)

O queridíssimo e carismático Miles Morales! ^^
 A forma como a trama é conduzida prende sua atenção do início ao fim, com linhas de diálogo coerentes e lúcidas, que agregam conteúdo relevante ao desenvolvimento do roteiro e não somente falas sem nexo durante. Inclusive a formidável construção dos momentos cômicos do filme também ajudam a definir como cada um dos ‘Aranhas’ é. E isso é o que faz uma narrativa ser, ao meu ver, chamativa e atraente: desenvolver o personagem central e amarrar a trama tanto dos coadjuvantes – que em certo sentido são protagonistas também em segundo plano com suas próprias sub-tramas – quanto do antagonista, tecendo as motivações de cada um e entrelaçando-as formando o contexto geral da história e seus porquês – como é o caso da formidável justificativa pela qual o vilão ‘Rei do Crime’ fomenta ao longo. E essa estruturação está realmente bem produzida no longa. :)
 O nível técnico da animação é um patamar acima. Muitíssimo fluida e gostosa de assistir, dá ao espectador uma plena concepção de como cada personagem é na essência. E o fato de não ser um ‘live-action’, concede permissividade e liberdade criativa para se conceber o que quiser, do jeito que quiser. Nenhum filme de ‘carne e osso’ tem essa liberdade, embora a tecnologia esteja avançada. É o transporte quase que inequívoco dos quadrinhos para a tela, salvo as restrições das diferentes mídias. Deslumbre visual até para os mais ávidos fãs. ^^

Quadrinhos áudio-visuais. É assim o filme todo! *_*
 O envolvimento com o projeto em 3D certamente é outro fator de muitas congratulações. Absurdamente bem produzido, alarga a profundidade em tela do filme e produz momentos memoráveis durante o desenvolvimento da animação. O uso da tecnologia é tão bem feito no mesmo que dá pra afirmar que ele é parte intrínseca do próprio. Funde-se com a técnica usada na animação e ambos parecem uma coisa só. Não sei se consegui passar o que percebi, porém o longa cria uma nova ambientação com o recurso. É um tipo de experiência com o 3D e outro sem. É simplesmente fantástico e obrigatório dessa vez! ;)
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! Vencendo já importantes prêmios e com ‘cheirinho’ de Oscar vindo já por aí, “Homem-Aranha no aranhaverso” é daquelas concepções impecáveis que de tempos em tempos a sétima arte nos concede. Um trabalho visual magnífico, aliado a um pomposo roteiro, trilha sonora de elevadíssimo nível e o carisma quase que inigualável de seus personagens centrais. Para mim, uma das melhores animações que já assisti, sem medo nenhum de errar! Se és fã, é imprescindível sua visita ao cinema. Vale demais o ingresso! ;D

domingo, 13 de janeiro de 2019

Filmes

 WIFI RALPH: QUEBRANDO A INTERNET (Avaliação 4/5 - Muito Bom!)

Lindo cartaz nacional! ^^
 Com um roteiro leve e contexto envolvente, novo filme da franquia supera e muito seu original. Vamos a análise! ^^
 A Disney com seu time criativo sempre tem formas de cativar o público com suas animações. Essa em específico não foi produzida pela ‘Pixar’, e sim pela própria ‘Walt Disney Studios’. Porém isso não diminui em nada a qualidade técnica de sua produção. Pelo contrário, a cada nova franquia ou sequência a expectativa, independente da equipe de criação, é sempre muito alta. E mais uma vez o cuidado em criar personagens carismáticos e história que amarre o espectador a sua trama podem ser vistos nesse também de maneira bem singular. :)

Os adoráveis protagonistas. ;)
 A sutileza do roteiro leva o público dessa vez aos confins da internet, levando Ralph e Vanellope a um desconhecido e curioso novo mundo. E o que chama atenção é a forma como esse cenário é apresentado. Sem forçar demais – como visto no fraco filme “Emoji” – todas as ferramentas – ou boa parte delas – usadas nesse contexto estão lá mas de forma mais criativa e fluida. A trama gira em torno dos personagens centrais e esses materiais são só um adendo –  mesmo que em algum momento ainda se dê maior destaque para alguns. E além disto consegue se ater ao material original – que são os games – de forma ainda mais divertida, com um vislumbre de referências e easter-eggs para todos os gostos. São tantos que seria necessário ver o filme de novo para captar todos eles. ;)
 O longa faz um foco muito interessante no valor da amizade. As películas da Disney sempre usam o núcleo ‘família’ em seus textos. Só que dessa vez a narrativa, além de focar nesse aspecto, vai mostrar que o grande valor da amizade está no respeito mútuo e na cumplicidade. Isso é levemente diluído ao longo e tem um sabor palatável tanto para as crianças quanto para os adultos. E isso é uma outra coisa que a Disney sabe fazer muito bem: fazer gosto a todos os tipos de público em suas animações, sem perder o ritmo dos diálogos e nem torná-los cansativos para ambas as idades. Salvo raríssimas exceções, a empresa busca excelência nesse quesito e quase sempre tem êxito nessa questão. ^^

Talvez um dos momentos mais impagáveis do filme rs
 A riqueza de detalhes e a gama de cores da animação criam um espetáculo visual vibrante e multicolorido. E essa realidade se contrasta muito bem quando, em dado momento, o ambiente da rede muda para ‘lugares’ mais ‘densos’, como é o caso dos ‘spams’ e da ‘deep web’. Nessas áreas o contraste ‘sujo’ e ‘cinzento’ domina justamente por serem ambientes extremamente perigosos por conterem conteúdos ilícitos muitas das vezes. E essa dinâmica visual em mostrar que o que esses sites oferecem pode ser prejudicial até contribui informativamente para os pequenos, mesmo que de maneira sutil, a não entrarem nesses ambientes. Bem sacada a execução dessa abordagem. ;)
 O longa tem uma ótima projeção em 3D. Logo nos primeiros minutos há uma excelente cena no recurso e isso já me demonstrou algum cuidado por parte da produção dos efeitos. E o restante da animação mantém o bom ritmo com boa profundidade e efeitos bem interessantes. Dessa vez é altamente recomendado assistir na tecnologia para agregar ainda mais diversão. ;)
 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! Ter o selo da Disney no longa já é um bom motivo para atestar qualidade, porém o conteúdo que “WiFi Ralph: quebrando a internet” oferece com narrativa leve e até porque não dizer informativa de certa forma, aliado a personagens muito carismáticos e uma abordagem menos forçada dos conteúdos da internet fazem desse mais um ótimo e divertido entretenimento. Se curtes animações, pode ir sem medo. Vale muito o Ingresso! ;D


quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Filmes

DRAGON BALL SUPER: BROLY - O FILME (Avaliação 4,5/5 - Excelente!)

Ótimo cartaz nacional! :)

 Filme derivado da série ‘Dragon Ball’ tem bom ritmo, é muito bem roteirizado e funciona durante todo o tempo do longa. Vamos a análise! ^^
 Sucesso no Japão e em boa parte do globo, a série ‘Dragon Ball’ tem uma legião de fãs apaixonados e sempre contou com personagens extremamente carismáticos como o próprio protagonista, Goku, seu principal parceiro, Vegeta, entre outros tantos icônicos que já apareceram no anime. E poder vê-los novamente numa animação atualizada e com uma nova história recorrente para os nossos queridos heróis é sempre uma adição muito bem vinda. Principalmente quando ela tem um tão bom nível quanto essa. ;)
 A começar pelo ótimo roteiro, contar a história de origem dos principais protagonistas para situá-los no contexto traz um frescor e uma vivacidade peculiares. Fazer entender como toda aquela situação foi gerada já no primeiro ato mostrou o quanto a história iria ser bem contada. Por vezes roteiros de animes ‘pecam’ por não saberem como mostrar os personagens para uma certo tipo de público, por exemplo (nesse caso, os completamente leigos ao material original). Porém esse soube magistralmente fazer isso sem sequer precisar assistir a série para tal. E quando isso acontece, o nível da empatia se eleva naturalmente, como acontece nesse. Ótima abordagem escolhida pelos roteiristas. :)

Nossos queridíssimos heróis em batalha! ;)
 Como boa parte dos anime atuais, existem algumas partes que foram construídas em CGI e outras em animação tradicional. Introduzir um novo conceito e manter a essência do que nos acostumamos a ver é algo não tão simples de se conceber. Porém o trabalho dos animadores ficou dentro de um ótimo patamar, incluindo muito bem a computação gráfica e fidelizando sua base com o que já está bem conhecido e consolidado com o público. O resultado final é uma animação de cores vivas e bons contrastes, com as técnicas complementando uma a outra, gerando um ótimo visual. :)
 A série é cheia de momentos épicos de ação – beirando por vezes o surreal mesmo – e tiradas cômicas excelentes. E todo o núcleo dessa narrativa pode ser visto com muita ênfase nessa película. Goku e Vegeta sempre fizeram contrapontos perfeitos – um mais pacato e o outro mais esquentado – e isso cria uma linha de diálogos extremamente fluidos e cômicos, justamente pelo fato de serem bem diferentes um do outro em personalidade. E no filme isso é transportado quase que literalmente, para o deslumbre dos fãs mais ávidos. Espere por riso fácil e momentos únicos entre os personagens. Manter a característica intrínseca do material original é ter profundo respeito por quem realmente curte um determinado tipo de trabalho. E isso é muito bem visto nesse também! ^^

O insano desafiante da vez, Broly.
 Como disse no inicio do parágrafo anterior, os momentos de ação nas batalhas são realmente épicos, mantendo também o cerne das lutas da obra original. E neste aqui elas conseguem gerar até um clima de certa tensão, devido fator de ameaça latente. Broly – que dá título ao filme – é descomunalmente poderoso e dá um certo trabalho para os nossos heróis, que terão que, literalmente, unir forças para tentar derrotar o engenhoso desafiante da vez. Tudo muito bem contextualizado também já no terceiro ato, com o espectador entendendo o porque de toda aquela histeria tanto do antagonista quanto dos demais. Genial! ;)
 Por opção – e a maioria dos animes na tela grande faz assim – a projeção não tem opções 3D. Poderia sim esse migrar para o recurso, uma vez que as cenas em CGI dão aquele ‘charme’ e sendo bem produzido, certamente agregaria muito no quesito diversão. Mas o produto final já ficou muito bom sem a tecnologia. Só seria mesmo um adendo de luxo. :)
 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! Bem roteirizado e mantendo as características que levaram a série ao topo, “Dragon Ball Super: Broly – o filme” consegue um padrão cinematográfico para a mesma, com atos bem definidos, batalhas épicas e o carisma incontestável tanto de Goku quanto de seus outros queridíssimos personagens. Sendo muito fã ou mesmo grande simpatizante do anime – que é o meu caso –, vale já muito sua ida ao cinema. Bom divertimento! ;D

sábado, 5 de janeiro de 2019

Filmes

ERA UMA VEZ UM DEADPOOL (Avaliação 3,5/5 - Muito bom!)

O poster já é uma zoação por si só! rs
 Derivado de ‘Deadpool 2’ nada mais é que um conto para rir de si mesmo e das próprias cenas e piadas do longa de origem. Vamos a análise! :)
  O ‘Mercenário Tagarela’ quer provar de uma vez por todas ao mundo que seu segundo filme nada mais é que um ‘filme de família’, só que nem todos acreditam nisso. Então ele resolve ‘convidar amigavelmente’ Fred Savage para lhe contar um alegre ‘conto de fadas’ e finalmente inserir seu personagem para um público maior. É mais ou menos dentro dessa louca premissa que o filme se desenrola, com momentos hilários e tiradas insanas entre Pool e Savage que são de gargalhar em tela.
 Enquanto o longa de ‘Deadpool 2’ se desenvolve em tela com cortes e sem a brutalidade justamente para tentar atingir o público menor de idade, Pool narra sua história cheia de ‘glamour’ com seu sarcasmo e ironia habituais. Alguns momentos em que a coisa ‘sai de controle’ ele tem um ‘bip’ em sua mão para fazer os cortes das palavras mais cabulosas, tornando os momentos ainda mais cômicos. E isso funciona bem durante toda essa parte nova do longa.

Os diálogos e as piadas são muito boas! rsrs
 Fred Savage também se posiciona bem e faz um par extremamente dinâmico com nosso querido protagonista. Os diálogos dos dois são em alguns momentos chave e tem certa afinidade dentro do contexto. Piadas sobre bandas, sobre a Marvel e a Fox e uma série de outras ‘trollagens’ que permeiam o universo de Pool estão aqui. Como o ‘Mercenário’ sabe que é, nesse caso, um personagem de um filme (nos quadrinhos ele sabe que é um quadrinho) e costuma ‘quebrar a quarta parede’ constantemente, não é surpresa nenhuma essa interação do real com o imaginário nesse também.

Tudo é motivo para fazer 
 Ademais, no que posso falar a respeito do longa, existe uma belíssima homenagem ao nosso queridíssimo Stan Lee (in memorian) logo depois dos créditos finais. Um deslumbre merecido a um dos maiores quadrinistas do nosso tempo.
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADO! Divertido e irreverente como sempre, “Era uma vez um Deadpool” explora um pouco mais desse personagem tão diferenciado criado por Lee. E apesar de ser uma releitura do segundo filme para menores, ainda assim continua a ser, em certo sentido, crítico e politicamente incorreto. E a homenagem no fim do filme é um grande respeito ao vasto legado de icônicos e diferenciados heróis e vilões criados por Stan Lee. Se és fã, vale sim o ingresso! ;D