SHAZAM - FÚRIA DOS DEUSES (Avaliação 4/5 - Muito Bom!)
Novo longa da franquia tem boa história e visuais melhores que o
primeiro. Vamos a análise!
A franquia ‘Shazam’ estreou em
2019 nos cinemas e nos trouxe a história do garoto chamado ‘Billy
Batson’ (Asher Angel) que foi escolhido por um mago para receber
poderes e ser o campeão dessa Terra enfrentando o mal. Derivado dos
quadrinhos – onde outrora era conhecido como ‘Capitão Marvel’,
sendo posteriormente modificado seu nome por diversas questões -, o
personagem é bem recorrente em animações da ‘Liga da Justiça’
e tem grande poder quando transformado e senso de justiça. Temos
então uma boa receita para um filme de super-herói que foge
ligeiramente do convencional. A maioria dos outros heróis ou já são
adultos ou são adolescentes mesmo (como é o caso dos ‘Jovens
Titãs’). Nesse aqui a premissa funciona bem no primeiro longa
justamente por captar essa dualidade entre ser um herói e ser uma
criança ao mesmo tempo. E tanto Asher Angel quanto Zachary Levi
(‘Shazam’ transformado) são eficientes em retratar isso em tela.
Como esse filme tem uma aura mais leve, ele possui algo mais voltado
para família e que de certa forma deu bem certo, na minha opinião,
no primeiro projeto. E agora a franquia volta mesclando elementos que
funcionaram no primeiro porém aprofundando um pouco mais a mitologia
do personagem e gerando um bom enredo para esse segundo.
Veremos o porquê abaixo.
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Família 'Shazam' transformada. |
Longa foge um pouco de beber da fonte dos quadrinhos. Uma das coisas
que chamou atenção nesse é que a narrativa é toda voltada para
uma trama com vilões que não existem de fato nos quadrinhos do
personagem. Isso é interessante pois o diretor David F. Sandberg
teve de usar de alguma criatividade para criar antagonistas que
coubessem no universo do protagonista. E, ao meu ver, teve bom êxito
nisso. As irmãs do deus ‘Atlas’, ‘Hespera’ (Hellen Mirren),
‘Calypso’ (Lucy Liu) e ‘Anthea’ (Rachel Zegler) estão atrás
dos poderes dos deuses roubados pelo mago (Djmon Hounsou) e dados ao
pequeno ‘Billy’ (Asher) e querem desestabilizar o herói para tal
feito. Particularmente a historia realmente funciona, tem bons
momentos de ação, comicidade condizente (e tem bom êxito nos
momentos em que acontecem) e situações levemente ‘dramáticas’
que ditam o tom da película. A ideia é de fato bem executada e o
conjunto da obra é divertido e bem construído até, com várias
dinâmicas que remetem ao primeiro filme para se entrelaçar com a
história desse. Ponto positivo.
Efeitos visuais melhorados em
relação ao primeiro filme. Com um orçamento bem maior, o segundo
longa pode ter o prazer de trazer mais vida e cor para as telas. Os
cenários são bem montados e o dragão que aparece no longa é bem
trabalhado em CGI. Inclusive achei interessante até o momento em que
ele sempre começa a voar, a sensação de peso dele alçando voo
chamou a minha atenção. Detalhes que fazem diferença e tornam a
experiência mais interessante. A fotografia capta bons ângulos e a
montagem consegue trabalhar muito bem para que não haja pontas
soltas no roteiro. Ele é bem contado e bem fechadinho mesmo. Outro
ponto positivo.
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Hellen Mirren e Lucy Liu: boas adições. |
Elenco retorna e continua muito carismático. Jack Dylan Grazer
(Freedy) mais uma vez rouba a cena com seu personagem e sua
versatilidade em atuar. O mago (Djmon Hounsou) também recebeu uma
boa relevância e o ator pode mostrar mais de si em tela. Mas quem
brilha mesmo ao meu ver é Hellen Mirren dessa vez com sua vilã
‘Hespera’. Com um acervo de filmes enorme no currículo e
experiência de sobra, a atriz realmente se valida no papel que lhe
fora confiado. Lucy Liu também é significativa com sua vilã
‘Calypso’ e tem grande engajamento durante toda a trama. E o
conjunto no geral é muito bem entrosado e bem desenvolvido durante
toda a produção.
Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO
RECOMENDADO! “Shazam – Fúria dos Deuses” emplaca como um filme
melhor do que seu antecessor em diversos aspectos e cria novamente
uma atmosfera leve e divertida de se ver. Filmes de super-heróis nem
sempre precisam ser sombrios e cheios de carnificina. Um bom roteiro
para assistir com a família também pode ser bem funcional. E este
entrega tudo o que ele prometeu desde o início das gravações. Vale
muito o ingresso!