quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Reflexão bíblica

 "O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua direita" Salmos 121.5
 Deus não deixa os seus desamparados. Ele sabe que vivemos em um mundo de incertezas, de pessoas inconstantes e de muitas inquietações. E o inimigo potencializa de forma arrebatadora a maldade contida no ser humano. E é por isso que Ele vem, nos vê e nos guarda. Em uma de suas muitas petições ao Pai, Jesus o pediu 'que nos guardasse do mundo', pois Ele mesmo sabia, já vivendo por aqui, que estaríamos como que no meio de pessoas que não O querem nem O suportam. Então é aí que Ele nos diz: 'O Senhor é quem te guarda'. Ele nos guarda do homem mau. Nos guarda das decisões equivocadas, pois é Ele quem nos direciona. Nos guarda muitas das vezes de nós mesmos, dos nossos impulsos humanos. Ele é como a sombra, que por onde quer que andes estará sempre com você, para onde você vá. E mesmo quando não temos essa 'sombra' visível, sabemos que ela está ali, dentro de nós, nos fazendo crer que sim, não estamos sozinhos. Ei querido, em Deus temos um refúgio maior. Muito maior que todos os maiores instrumentos de proteção e tecnologia que temos hoje no geral. Ele sim é refúgio e fortaleza, torre forte e escudo, sobre o qual estamos plantados e muito bem cuidados e tratados. 'O anjo do Senhor acampa ao redor daquele que o teme e o livra', descreve outro texto bíblico. E eu creio cem por cento nessa Palavra e faço dela minha referência de oração e proteção por onde quer que eu vá. Que o medo - que é bem diferente da prudencia - possa não ter espaço em sua vida, pois o exercício da fé passa pelo crivo da certeza de que por onde você for, Ele irá contigo. Pense nisso. Medite nessa Palavra e seja abençoado por ela em nome de Jesus!


quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Filmes

ERA UMA VEZ EM... HOLLYWOOD (Avaliação 4/5 - Muito bom!)

Poster só tem fera! ;)

 O mais novo filme do renomado diretor Quentin Tarantino faz jus ao legado de boas performances sob sua direção. Vamos a análise!
 Tarantino tem uma estética bem peculiar em seus filmes e sempre retrata o período em que se passa suas obras com uma riqueza de detalhes ímpar. Cada ‘take’, cada foco, cada diálogo demorado e cadenciado, cada cena feita em plano-sequência, cada inversão de atos reflete um pouco da sua inventividade como diretor. E esse novo longa, onde ele transporta o espectador para o fim da década de sessenta, início dos anos setenta do século passado, aborda uma Hollywood a todo vapor na forma de um conto, de uma história fictícia do que ‘poderia ter sido, mas não foi’. E dentro dessa premissa vamos encontrar figuras extremamente caricatas como também personagens reais cujas histórias foram revisitadas sob a visão do diretor. 

Que TRIO meus amigos! Al Pacino, Brad Pitt e DiCaprio! :)
 Logo de primeira mão já destaco o olhar mais detalhado de como funcionava – e ainda funciona – a ‘indústria do cinema’. Vamos atentar para os personagens de Leonardo DiCaprio (Rick Dalton) e Brad Pitt (Cliff Booth). O primeiro, um ator de filmes de velho-oeste (muito comuns e recorrentes naquela época) tentando emplacar seu sucesso e se destacar no mundo das celebridades daquele tempo. O segundo, um dublê e melhor amigo de Rick, que está sempre bem disposto a manter sua postura quase que heroica de suprir as demandas de seu também chefe e amigo. Note que o primeiro é uma estrela muito bem paga que fica nos holofotes principais e tenta manter o respeito e sua dignidade como ator. O segundo, geralmente pega as situações mais pesadas e fica obscuro, vivendo a margem de seu mentor. O curioso é a forma como isso é retratado, demonstrando a diferença de padrão de vida entre um e outro, e fazendo se pensar o valor, ou quem sabe no sentido mais crítico do diretor a falta dele concernente ao dublê, que está por trás das câmeras fazendo seu papel mais árduo, porém é quem está a frente das telas que colhe os louros do sucesso. Observei isso atentamente como uma sutil crítica a como essa máquina funciona. E isso é tão automatizado em nossa mente que por vezes não damos nem um pouco conta disso. E ainda tem um terceiro: Al Pacino, que interpreta o personagem 'Marvin Shwarz', um empresário de olho nas tendências e fazendo a ponte entre os contratos dos filmes e séries. Tudo isso temperado com aquele humor bem sarcástico que só Quentin sabe fazer. 

Mike Moh interpreta Bruce Lee! Ótima performance! ^^
 Vale também ressaltar que DiCaprio rouba em muito momentos a cena com uma atuação espetacular e primorosa e faz jus ao seu legado como artista. Ele é um ator real que interpreta um ator que atua. Parece meio complicado de entender não é? (rsrs) Mas é isso mesmo. E sua interpretação beira a perfeição com expressões e sentimentos que criam uma altíssima empatia com seu personagem. O ‘timing’ das suas entradas, sejam elas cômicas ou dramáticas, são incríveis. Congratulações ao ator por tamanha qualidade e dramaticidade nas cenas! Já Pitt aposta suas fichas em procurar interpretar a ‘versão perfeita do amigo perfeito’ e em muitas cenas o faz de forma absurdamente criativa. Seu estilo calmo no falar, do tipo ‘sou da paz mas não mexe comigo’ (rsrs) lhe rende ótimas tiradas, principalmente em uma delas – a mais emblemática e polêmica por sinal – quando ele encontra no ‘set’ ninguém menos que Bruce Lee (interpretado pelo ator Mike Moh). É hilário e produz uma caricatura sem igual de ambos os personagens. Muito Show!
 Tarantino também aposta muito em contar histórias paralelas em seus filmes. Pequenos arcos, que delimitam o que cada protagonista está em busca. Nessa mistura de histórias, vemos a ótima Margot Robbie interpretando ninguém menos que a atriz Sharon Tate (que foi brutalmente assassinada ainda grávida pelo psicopata Charles Manson em sua própria casa) e que estava ali, paralelamente aos protagonistas masculinos da história, divulgando seu filme e vivendo o bom momento de sua carreira. E ver a sua abordagem em relação a atriz (essa existiu de verdade) é curiosa e interessante. E também a maneira como ele cria seu desfecho no filme mostra um pouco também sua forma de pensar em como ele queria que fosse de fato. 
 A enxurrada de referências, não só a Hollywood daquela época como as incontáveis empresas, restaurantes e empreendimentos que surgiram são minunciosamente retratados em tela. A riqueza de conteúdo sobre aquele tempo, tanto em cenografia quanto em figurinos – com as famosíssimas e badaladas calças ‘boca de sino’ – são uma ode a cultura e o grande legado histórico que nos deixou aquele período da história do cinema. Por esse motivo vale até ver novamente o filme para observar mais detalhes e ‘easter-eggs’ sobre esse passado interessante, curioso e muito emblemático. ^^

Ah a Margot Robbie...linda de todo jeito! <3
 Dos pontos negativos. Algumas sequencias envolvendo carros foram demasiadamente longas ao meu ver e isso, em minha opinião, quebrou um pouco a cadência do filme. Em dados momentos, essas cenas - que, partindo dele, são propositais para, talvez, mostrar um estilo de vida mais regrado e lento dos anos 60/70 – desaceleram demais e acabam por se tornar cansativas. E até o filme ‘engrenar’ novamente em algum momento cômico ou dramático, cria-se um certo ‘vazio’ entende? E esse ‘buracos’, que fizeram a película ter quase 3 horas, me incomodaram bastante. Não tira o brilho das atuações e do restante, mas não me agradou tanto dessa vez como em outros filmes de sua autoria.
 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! Vale atentar que “Era uma vez em... Hollywood” é um filme adulto e com algumas cenas bem fortes. Margot Robbie, Brad Pitt e Leonardo DiCaprio estão primorosos em suas atuações e nos deixam realmente extasiados com suas performances. É de fato mais um obra interessante e bem executada desse que é um dos mais respeitados diretores de cinema da atualidade. Se curte seus filmes, vale demais o ingresso!



quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Filmes

VELOZES E FURIOSOS: HOBBS & SHAW (Avaliação 4/5 - Muito bom!)

Poster maneiro! ;)


 Com boa dinâmica e personagens já bem queridos do público, derivado da famosa franquia acerta em cheio principalmente na ação. Vamos a análise! ^^
 Dwayne ‘The Rock’ Johnson é hoje certamente um dos atores de filmes de ação mais carismáticos da atualidade. Não há como negar isso. Sua performance e versatilidade passeia até pelos estilos mais inusitados, como a comédia (quem já viu ‘Um espião e meio’ sabe do que estou falando). Porém é na hora das cenas de ação mais transloucadas que ele se sobressai. E o que não falta na franquia “Velozes e furiosos” são sequencias assim. Diante disso, com uma marca já tão bem difundida nos cinemas e um ator que sabe onde põe seus pés, o resultado não podia ser outro: muita ação, momentos insanos e o melhor, não só do ‘The Rock’, mas também do sempre ‘cara de mau’ Jason Stathan e do ótimo novato da franquia Idris Elba.
 A ideia de se produzir um ‘spin-off’ da franquia surgiu da possibilidade de se expandir o universo da mesma – vide ‘estamos ganhando milhões e queremos multiplicar’ – e nada mais justo que começar explorando um pouco mais a mitologia dos personagens de Johnson e Stathan. Certamente uma boa escolha, mesmo porque os personagens de ambos tem uma boa e relevante dinâmica de extremos-opostos e isso dá liga e funciona bem durante a projeção.

Olha os caras aí. Essa cena é ótima rs
 Da forma mais simplória possível, o roteiro desenvolve essa relação entre os dois, em meio a explosões, perseguições megalomaníacas, muita luta corporal e lotes de clichês, e vai conduzindo o espectador a crer no surreal mais uma vez. O vilão ‘bola da vez’ se chama ‘Brixton’ e simplesmente é a mais perfeita tradução do ‘super soldado criado tecnologicamente para ser superior’ – ele chega a se comparar até com o Superman – e consegue (acreditem) colocar Hobbs e Shaw na lona por diversas vezes, fazendo com que ambos tenham de por suas diferenças de lado para conseguirem derrotar o antagonista da vez. A premissa super heroica nesses está se tornando cada vez mais alinhada com os filmes de heróis de fato, pois a forma como as sequências são dirigidas corroboram para esse tipo de afirmação. E não estou dizendo que isso é algo ruim. Na verdade essa franquia optou pelo recurso de ser galhofa mesmo, de não se levar nem um pouco a sério e é justamente isso que faz dela tão icônica e tão amada por muitos. O fato dela ‘brincar’ o tempo todo de surrealidade – no sentido justamente da ação irreal e completamente nonsense – é o que produz no imaginário humano ‘ver aquilo que na vida real não se pode fazer’ e vibrar com cada momento desse em tela. Eu mesmo sou um desses que adoro isso (rsrs) e a própria indústria sabe o quanto essa ‘fórmula’, mesmo em certo sentido desgastada, funciona. E, cá pra nós... no fim das contas, é muito divertido, não é mesmo? :D 
 Vanessa kirby é outra atriz que entrou para esse ‘rol’ dos momentos mais ‘fora da caixa’ e protagoniza, lá no fim do filme, o que para mim foi o ápice da falta de senso – pena que não posso dar ‘spoilers’ aqui –, mas o que acontece certamente me deixou com aquela sensação de...’como?!?!!?’. Nem dá pra explanar ou falar muito. Só vendo mesmo pra entender (rsrs). E tem mais: duas aparições surpresa – do tipo ‘atores que você dificilmente esperava ver nessa franquia’ – que dão uma ótima colaboração, seja ela cômica ou por puro fan service mesmo e são bem divertidas suas contribuições. A contrapartida dessa insanidade toda são os momentos em que se fala sobre família e como se desenvolve – e até porque não dizer se aprofunda – no passado de cada um dos protagonistas, mostrando questões mal resolvidas e até em certo sentido humanizando um pouco seus personagens. Show! ;)

'O Superman negro', ops, quero dizer, o vilão do filme rs
 O 3D. Caros amigos leitores, o uso desse recurso nesse filme seria certamente um grande ‘mais do mesmo’ não fosse pela improvável e desconcertante sequência final do longa. Se nos dois primeiros atos, o longa não mostra nada na tecnologia praticamente (a não ser o logo inicial dizendo que estão funcionando os óculos rsrs), no terceiro ato valerá certamente toda sua espera. O enquadramento das cenas, da chuva e da forma como a coreografia da luta foram conduzidas, criam uma ‘dança em três dimensões’ muito prazerosa de se ver. E é por essa razão que eu realmente recomendo ver. Vale a espera por essas cenas e o valor pago a mais sem dúvida alguma! ^^
 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! “Velozes e Furiosos: Hobbs & Shaw” tem Dwayne Johnson, Jason Stathan, ação frenética para todo lado, clichês e mais clichês e tudo isso funciona consideravelmente bem dentro daquela boa e velha forma dos filmes de ação. Fora o imenso carisma do ‘The Rock’ que atualmente sozinho já vende o filme para o espectador. Vale conferir com a mente despretensiosa e se divertir. Faz muito jus ao seu ingresso! :)