sexta-feira, 28 de junho de 2019

Filmes

TOY STORY 4 (Avaliação 4,5/5 - Excelente!)

Poster muito bacana! ;)
 Profundo e envolvente, nova entrada da franquia dos brinquedos mais amados do cinema acerta o tom mais uma vez e encanta. Vamos a análise!
 Desde o fim de “Toy Story 3” não se esperava que, com um final tão coeso como aquele, pudesse haver espaço para novas continuações. Mas a Disney sempre nos surpreende e diz que ‘sim, temos mais para mostrar’. E o que é retratado nesse vai além dos limites dos brinquedos. Mexe ainda mais com sentimentos e com a alma. 
 “Toy Story 4” é tudo sobre como lidar com as mudanças, com as perdas e com a vida de uma maneira geral. É uma rica metáfora sobre a transformação constante da nossa estrutura, dos laços que nos unem e das pessoas que se vão. Não somente visto pela ótica dos humanos, mas principalmente dos brinquedos, estes vão mostrar o quão real são as relações interpessoais e o quanto elas nos afetam, tanto para o bem quanto para o mal. Nesse quesito o filme se torna rico e muito profundo. As situações que Woody e cia passam refletem exatamente como nós humanos somos vistos pela perspectiva de um brinquedo. Encontros, desencontros, indiferença, zelo, apego, frustrações, o valor de ser amigo. Tudo inserido no roteiro de forma brilhante e muito bem trabalhada. Há uma intrínseca identificação de cada personagem, cada personalidade. Cada boneco expressa sua história de forma complexa – uns mais, outros menos –, eivado de sentimentos e dores e isso cria uma atmosfera toda especial para a animação. Pois a torna muito além de um simples desenho. Constrói uma fonte literária visual digna de ser analisada e revisitada, pois se percebe que quem escreveu teve todo esse zelo e cuidado em talvez expressar em tela o que possivelmente ele/ela pode ter vivido de fato. A Disney/Pixar tem um acerto enorme quando o assunto é roteiro. Grande parte de seus filmes são ‘joias preciosas’ nesse quesito. E fazem isso realmente com muito louvor.

Apresentando 'Garfinho'! :P

 Os principais destaques desse filme – que são muitos diga-se de passagem – passam pelo crivo de sua importância na trama. Woody certamente é um desses. Construindo de forma ainda mais acentuada a relação criança/brinquedo, e tudo o que envolve em relação a importância disso para o desenvolvimento dos pequenos – uma vez que agora sua ‘dona’ é a Bonnie – Woody celebra a chegada do novo amigo ‘Garfinho’. Dada a importância e a relevância desse novo ‘amigo’ para sua dona, Woody tem a nobre missão de mantê-lo em segurança para que a menina possa se desenvolver e desfrutar do ‘brinquedo’ em paz.  E isso tem um peso extraordinário no decorrer da história, demonstrando principalmente que certas afinidades não estão em coisas caras. Por vezes é o que chamamos de ‘simples’ é que se torna mais relevante. E essas relações sobre valores – principalmente os sentimentais – são muito bem construídas ao longo da película. Outro personagem de destaque é o próprio ‘Garfinho’, que não se via tão significativo quanto ele realmente era. E nos retrata mais uma vez a importância do ser. Posso falhar talvez em não descrever todos, mas ‘Gabby Gabby’, ‘Duke Kaboom’ e a ‘Betty’ – até então sumida e com um ótimo arco nesse –  são outros para se atentar também. Agora, crave seus olhos no Coelhinho e no Patinho de pelúcia. Eles são loucamente hilários e são donos ao meu ver de uma das melhores e mais surreais sequências do filme (ainda gargalho muito só de lembrar rsrs).


Qualidade da animação impressiona! ;)

 O longa também transpõe toda a qualidade tecnológica das animações nos dias de hoje e produz momentos e cenas realmente incríveis e cada vez mais impressionantes. A captação de momentos extremamente verossímeis com a nossa realidade nos fornece um deslumbre visual chamativo e cativante. Os pelos de um gato que aparece no longa e alguns ‘takes’ específicos somam positivamente com essa informação e corroboram fortemente com essa minha afirmação. ^^
 O recurso de 3D dessa vez colabora de forma muito interessante para o andamento da película. As cenas iniciais demonstram cuidado e maior zelo na construção do efeito. É deveras notável a profundidade e as camadas são bem postas no efeito. Recomendo de verdade o uso da tecnologia para quem de fato curte – assim como eu (rsrs). Vale o investimento a mais para este. ;)
 Enfim, vale a pena ver o filme? MUITO RECOMENDADO! “Toy Story 4” é a prova real do que um bom roteiro pode fazer. Um filme emocional, com ares nostálgicos e que te traz o gosto do que é/foi ser criança – na sua simplicidade e pureza – misturado com os dissabores e anseios da vida adulta metaforicamente retratados através dos brinquedos. Um contexto riquíssimo e que dialoga muito bem com todas as idades, sem exceção nenhuma. Vale demais o ingresso! ;D

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Filmes

MIB: HOMENS DE PRETO INTERNACIONAL (Avaliação 3,5/5 - Muito bom!)

Cartaz bacana! ^^

 Mesmo sem os atores originais, franquia "MIB" ainda consegue ser tão divertida quanto outrora. Vamos a análise! ^^
 “Homens de Preto” é uma série de filmes criada em 1997 e protagonizada por Tommy Lee Jones e Will Smith, sendo um grande sucesso de público e crítica na época e ganhando mais duas boas sequências em 2002 e 2012. Como boa parte dos filmes de Hollywwod precisa de fôlego novo, ficou a cargo de Cris Hemsworth e Tessa Thompson o trabalho de revigorar a franquia para esse novo contexto. E o resultado até que não ficou tão aquém. Veremos o porque abaixo.
 Com a difícil tarefa de atualizar a franquia, o diretor F. Gary Gray optou por utilizar tantos rostos conhecidos quanto experientes para o árduo trabalho. Lian Nesson é um desses, assim como Emma Thompson e Rebecca Fegurson. Com essa gama de bons atores e um roteiro leve e cômico, o tom desse filme pode não ser exatamente o mesmo da trilogia anterior, mas ainda assim traz uma boa parte da aura dos projetos passados.

Cris e Tessa: Carismáticos! ;)
 Cris e Tessa vivem respectivamente os agentes ‘H’ e ‘M’ e ambos tem sua relevância dentro a agência por suas condições específicas. ‘H’ é um agente de elite da corporação e embora seja por muitas das vezes relapso em meio as suas missões, tem um grande posto dentro da companhia. ‘M’ por sua vez foi inserida por questões pessoais – que são mostradas ao longo na trama – e a partir daí é testada para fins de inserção e atuação dentro da entidade. A relação entre os dois funciona, devido a atuação em filmes anteriores, e a boa química entre eles faz com que as cenas se tornem mais fluidas. Conforme já havia falado, o roteiro é leve e caiu de forma adequada para os dois, pois ambos já haviam saído de um filme com essa pegada mais cômica (no caso ‘Thor: Ragnarok’). Há um terceiro personagem inserido a partir do segundo ato (um pequeno ser chamado 'Pawny', dublado pelo ator Kumail Nanjiani, que passa a acompanhar os dois na trama) que por várias vezes rouba a cena com momentos bem engraçados e piadas que funcionam muito bem naquele cenário. Vale ficar atento a este, pois ele acaba sendo um ótimo destaque. ^^

O ótimo ator Lian Nesson! ^^
 Conforme já mencionei mais acima, o longa tenta fazer o papel de resgatar a aura do passado. Consegue? Em parte. Os icônicos atores que deram vida a esta franquia estão lá em dado momento sendo homenageados, porém são atuações diferentes em um outro tempo e isso tem um peso na construção geral dos personagens. Os agentes ‘K’ e ‘J’ vividos por Smith e Jones tinham particularidades que os de agora não tem. Eram de certa forma mais ‘badass’ do que os novatos e funcionavam muito bem dentro daquela conjuntura. Cris e Tessa certamente não tem essa mesma direção – até por conta mesmo do tipo de roteiro escrito –, mas tentam de alguma forma não deixar a ‘peteca’ cair e mantém o filme no mesmo ritmo até o fim. Conseguem se sustentar sem perder o rumo, juntamente com o ótimo Lian Nesson, que vive o agente ‘T’. Experiente, é o que traduz melhor o universo de MIB. E sua trama o faz ser relevante até o fim. Emma Thompson (agente ‘O’) e Rebecca Fegurson (Riza) são mais secundárias, tem envolvimento na trama, porém são mais reduzidas suas participações.
 O 3D dessa vez dá conta do recado, é funcional e admito que curti. Tem uns momentos bacanas, bem inseridos, com boa profundidade e recomendo o uso dessa vez. Vale as moedas a mais com certeza! ^^
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADO! Mesmo sem Smith e Jones, “MIB: Homens de Preto Internacional” cumpre seu papel em manter o legado da franquia, mesmo em um outro contexto de atores. São posturas diferentes em tempos diferentes, mas ainda há garantia de diversão e boas risadas ao longo. Ao meu ver, vale o ingresso! ;D

quinta-feira, 20 de junho de 2019

Reflexão bíblica

 "A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos, e neste lugar darei a paz, diz o Senhor dos Exércitos" Ageu 2.9
 Texto muito conhecido e frequentemente narrado em pregações, Ageu conclamava o povo a sair de sua inércia espiritual, pois eles estavam nesse tempo mais preocupados com sua vida humana, suas casas do que com a obra e a casa de Deus. O primeiro templo havia sido destruído com a invasão babilônica e após Judá voltar do cativeiro não havia uma posição do povo em 'colocar a mão na massa' e reconstruir o templo de adoração a Deus. Então nosso Senhor ordena Ageu que falasse com a nação sobre o assunto, revelando sobre eles uma promessa como vista no texto em apreço, que a glória desta última casa seria maior. Há traduções diferentes que dizem 'a glória da segunda casa', porém o direcionamento de Deus continua a ser o mesmo no contexto. Ei querido, o que você pensa que está terminado em sua vida? Sonhos, projetos, salvação? Se por acaso desviou-se ou está enfraquecido pelas enormes batalhas que tens enfrentado, reconstrua seu 'templo' espiritual diante dEle. Se estás firme, continue a adorá-lo. Se não conheces o poder de Deus para mudar sua vida, te convido a procurar, conhecer e aceitar Cristo em Seu templo. Em ambas as circunstâncias, Deus tem uma palavra de vitória e mudança em meio ao seu 'temporal'. Ele quer 'reconstruir' seu caminho ao lado dEle, o guiando, orientando e sendo seu verdadeiro amigo e Pai, pois Ele garante paz e renovo pra sua vida. Creia nisso! E a canção que complementa nossa mensagem de hoje é "A glória da segunda casa - Gisele Nascimento/Willian Nascimento/Michele Nascimento". Receba essa palavra em seu coração juntamente com essa lindíssima canção e seja abençoado em nome de Jesus!


sábado, 15 de junho de 2019

Filmes

X-MEN FÊNIX NEGRA (Avaliação 3/5 - Bom!)

Ótimo poster nacional! ;)

 Apesar do seu ótimo visual e talentoso elenco, o fraco roteiro deixou a desejar o que poderia ter sido um fim épico e pomposo. Vamos a análise! ^^
 Com a compra da Fox pela Disney há algum tempo, diversas franquias da empresa foram entregues nas mãos do ‘Mickey’ para fazer uso das mesmas. E dentre essas foram inseridas justamente as franquias da Marvel que estavam sob o domínio da Fox. E com a aprovação da própria Disney, o longa que havia sido iniciado antes da compra teve permissão para encerrar o universo dos mutantes da Fox. Mas o que deveria ser, em minha opinião, o fechamento com ‘chave de ouro’ dessa saga, terminou com 2 bons atos e um desfecho completamente ‘sem sal’. Vejamos o porquê abaixo.
 Imagina que você tenha nas mãos nomes atuais como James McAvoy, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence, Sophie Turner, Jessica Chastain e por aí vai. Agora põe em mente que você tenha em caixa um valor que seria o maior valor de produção de toda a franquia (estimado em cerca de 200 milhões de dólares, incluindo o valor das várias refilmagens). Junte isso tudo e certamente teríamos uma produção de alto nível. Bem, exceto pelo desastre que foi o roteiro. E não que o filme não tenha seus pontos fortes. Tem. O primeiro e segundo atos são muito bons, tem um clima de tensão intensa e você cria aquela expectativa enorme para o clímax/desfecho e ele te decepciona sobremaneira. A elevação dessa aflição evolui durante. Você percebe. Mas declina vertiginosamente no fim. E acaba frustrando (ao menos em mim isso aconteceu de forma bem impactante). E isso tem vários fatores envolvidos.


O desenrolar dessa cena é top! ^^

 A saga da Fênix Negra é uma das mais emblemáticas dos quadrinhos. Houve a tentativa de desenvolvê-la em “X-Men 3: O confronto final”, porém mal explorada também. E tentaram repetir a dose nesse. Mas as relações de alguns personagens que deveriam ser o ponto chave para a história não se desenvolveram muito bem. E a narrativa arrastada e as pressas (o filme deveria ter mais tempo ao meu ver para se desenvolver melhor isso), acaba fazendo tudo se atropelar ao longo. E é aí que entra as falhas do roteiro. O ‘Ciclope’ de Tye Sheridan, sendo o envolvimento amoroso de Jean (Sophie Turner) não é nem de perto o que vemos nas HQs. Ele foi extremamente apático com relação aos eventos e não transmitiu toda a emoção que deveria dentro do contexto (o ator foi muito bem, por exemplo, em ‘Jogador n°1’ e continuo corroborando com a afirmação do fraco roteiro). A própria Sophie Turner, cuja trama deveria entregar um fim realmente apoteótico (ela já é considerada a mutante mais forte de todos e estava tomada pela força da Fênix) não conseguiu passar isso para as telonas. A vilã de Jessica Chastain não cria a empatia necessária e não consegue se sustentar como real ameaça (mais uma vez não pela atriz, e sim pelo roteiro). Mercúrio (Evan Peters), que tem uma cena memorável no filme anterior “X-Men Apocalipse”, simplesmente some no terceiro ato. Fora outra personagem de importância ímpar que foi mal aproveitada demais nessa fase de novos atores, que é a Tempestade.

O ótimo Magneto de Michaell Fassbender ;)
  Mas nem tudo é esse desequilíbrio todo. Considerando que, em minha opinião, esses foram os melhores efeitos especiais/visuais de toda a franquia (as cenas do Magneto no trem são incríveis), reitero minha afirmação que, com esse elenco e essa qualidade visual, não consigo crer que o conjunto não funcionou como deveria. As cenas da Jean Grey sendo afetada pelo poder cósmico e como ela usou esse poder foram ótimas. E, apesar de algumas lutas ainda serem um pouco ‘plásticas demais’ (coisa que sempre notei nessa franquia e sempre me incomodou um pouco), ainda assim determinados momentos foram muito épicos. Assim como mencionei o Magneto, a Tempestade também tem cenas com efeitos magníficos.
 O 3D tem bons momentos, mas não agrega tanto dessa vez. Tem certa imersão, mas acredito que poderia bem mais. Sempre afirmo que filmes como esses (que tem muitos efeitos visuais) são ideais para a boa transposição da tecnologia. Só precisam ser melhor trabalhados. Dessa vez deixo a cargo do leitor desta resenha o uso ou não do recurso. ^^
 Enfim vale a pena ver o filme? VALE! Mesmo com referências a saga e aos quadrinhos, “X-Mem Fênix Negra” acerta no visual e escolha do elenco, mas peca em não entregar o fim que todos esperavam ver em um fechamento de saga que, ao longo de quase 20 anos, nos encheu os olhos com a possibilidade de vermos nossos personagens favoritos na tela do cinema. Uma gama de filmes com seus altos e baixos, mas que celebrou o início e o fim de uma era. Agora é esperar para ver o que será feito nesse novo momento em que a ‘Marvel Studios’ irá conduzir os personagens daqui pra frente e como eles terão seu espaço no MCU. Como fim de trilogia (e do todo também), ainda vale conferir e ter sua própria opinião. Pelos ótimos efeitos e pelos excelentes atores, vale o ingresso! ^^

sábado, 8 de junho de 2019

Filmes

GODZILLA 2: REI DOS MONSTROS (Avaliação 3,5/5 - Muito bom!)

Poster nacional imponente! ^^
  Um dos maiores ícones da cultura japonesa está de volta mais forte e mais incrível do que nunca. Vamos a análise! ^^
 Criado por Eiji Tsuburaya, Akira Watanabe e Teizo Toshimitsu, ‘Godzilla’ teve sua primeira aparição em 1954 (ele também é conhecido pelo nome de ‘Gojira’) e foi considerado na época um filme de ficção científica com elementos de terror. Conhecido por ser um monstro marinho gigantesco, sua lenda ganhou fama ao redor do mundo e hoje é um ser mitológico muito conhecido por todos com uma legião de fãs ao redor do globo e é tão difundido lá no oriente quanto ‘King Kong’ é pelo ocidente. Tanto que ano que vem haverá um longa em que se juntar-se-ão ambos para mais um duelo de titãs. Quem será que vence essa batalha? ^^
 O longa se inicia fazendo referência aos eventos do filme anterior e vai mostrar a pesquisadora ‘Emma Russell’ (Vera Farmiga) abalada com a perda de seu filho e tentando seguir com essa dor. Enquanto deixa o passado para trás, continua a procurar meios de dominar essas ‘novas formas de vida’ descobertas com a chegada do gigante. Em meio as suas pesquisas, um outro ser e personagem bastante conhecido da franquia é revelado e a partir desse ponto alguns eventos se desenrolam para dar prosseguimento a trama. Essa é basicamente a parte inicial do filme que faz a ponte com seu antecessor ‘Godzilla’, de 2014 (vale também ressaltar que 'Kong: A Ilha da Caveira', de 2017, também faz parte desse 'universo compartilhado de monstros' e é justamente por isso que eles se encontrarão no próximo).

Dra. Emma (Vera Farmiga) e Madison (Millie Bobby Brown)

 A tratar dos personagens humanos desse longa, o roteiro tenta criar algumas ligações afetivas entre os protagonistas, que agora conta com Millie Bobby Brown no elenco como a filha da ‘Dra. Emma’, porém em certas situações o envolvimento convence e funciona e em outras, nem tanto. Como o foco do filme deveria ser nos monstros gigantes, perde-se algum tempo tentando criar laços com determinados personagens humanos e isso faz com que a película se arraste um pouco mais do que deveria. A inserção de um outro ser icônico da franquia, 'King Ghidorah', sua descoberta e ascensão, fazem com que a relação entre humanos e seres mitológicos fique extremamente abalada, uma vez que esse não é tão amigável e o mesmo começa a conclamar e acordar outros seres gigantes para um plano de destruição em massa da humanidade, tornando tudo mais denso e sombrio a partir desse ponto. Em resumo, o roteiro é bem amarrado, porém se estende em demasia e isso acaba por deixar certos pontos cansativos. Não chega a comprometer o todo, porém acontece durante a projeção.
 Mesmo em meio a essas críticas no decorrer da trama e da história, um ponto positivo me chamou a atenção: normalmente filmes nesses moldes procuram sempre ‘alívios cômicos’ bobos e que por muitas vezes, não funcionam nem um pouco. Esse não buscou essa ‘falha’. Tratado com seriedade e sensação de ‘perigo iminente’, o filme conta com um ou outro momento cômico mas estabelece a relação de catástrofe de uma forma mais incisiva e direta, com menos espaço para ‘tolices’. Eu particularmente achei isso perfeito! :)


Efeitos visuais de tirar o fôlego! ;)

 As batalhas entre os monstros e os efeitos visuais são antológicos e muito bem produzidos. A apresentação de ‘Mothra’, 'Rodan' e ‘King Ghidorah’ são majestosas e imponentes. São tão críveis quanto reais, dentro daquele contexto. A sensação de que eles realmente existem e estão lá é tão surreal que não há momentos em que você perceba o contrário. Todo o trabalho de criação e renderização dos efeitos produzidos pelo ótimo estúdio ‘Legendary’, nos proporcionam momentos ricos e de um vislumbre visual magnífico. As escamas detalhadas do protagonista, o voo rasante e destruidor de 'Rodan', as asas radiantes de ‘Mothra’ (que é na realidade um borboleta gigante) e o temido monstro ‘Ghidorah’ revelam o nível de acabamento dos mesmos.  O cuidado com os detalhes impressiona de tal forma que não há nenhum espaço para críticas negativas quanto a essa aspecto, só elogios. Fiquei realmente com a sensação de que aquilo era ‘real’. Muito bom! ;)
 O 3D agrega de forma muito positiva dessa vez, tornando os efeitos ainda mais divertidos e bem animados. Há bons momentos inseridos no recurso e dessa vez eu aconselho e muito assistir fazendo uso da tecnologia. Muito recomendado! ^^
 Enfim vale a pena ver o filme? RECOMENDADO! Com uma história bem delineada e efeitos absurdamente detalhados, “Godzilla 2: Rei dos Monstros” é um ótimo adendo para todos os fãs da cultura japonesa e do monstrão gigante. Diverte e impressiona na medida certa e ainda coloca mais uma vez o estúdio ‘Legendary’ em evidência, por sua indiscutível qualidade e competência. Vale muito o ingresso! ;D 

domingo, 2 de junho de 2019

Filmes

ALADDIN (Avaliação 4,5/5 - Excelente!)

Belíssimo cartaz de divulgação ^^

 Com apresentação primorosa digna de musical da Broadway, novo ‘live action’ de Disney encanta pela sua técnica e competência. Vamos a análise! ^^
 Já tem algum tempo que a Disney vem redesenhando suas animações antigas para dar um toque mais moderno e mostrá-las novamente para um público de nova geração. E isso tem acontecido graças ao altíssimo nível da qualidade das tecnologias que temos hoje no mercado. E nessa nova aposta – a indústria adora se reciclar – encontramos mais este clássico que marcou certamente a infância de muitos, cuja adaptação com pessoas de ‘carne e osso’ vai agradar em cheio aqueles saudosistas, mas pode também contrariar os mais puristas, por contar com diferenciações do desenho original.
 O termo ‘adaptação’ de antemão já assusta qualquer um, pois a palavra indica ‘ajuste’, ‘transformação’. E geralmente esse ‘ajuste’ precisa ser interconectado com sua época e sua audiência para gerar algum resultado. Em termos práticos: outrora dublado no original em inglês pelo saudoso Robin Willians, o ‘Gênio’, por exemplo, carecia de um ator a altura para, além de dar vida, conseguir ser tão especial e carismático quanto o anterior. A principio, após algumas controvérsias gerais, a escolha de Will Smith para o papel realmente ‘caiu como uma luva’ para o azulão, pois em diversos momentos ele rouba a cena com sua performance hilária e contagiante, com diálogos irreverentes e um certo ‘quê’ de ‘Um maluco no pedaço’ (série dos anos 90 em que Smith tinha o papel principal e que fez muito sucesso por aqui). Mas, resumindo, para se elevar a compreensão: dificilmente algo ‘adaptado’ será idêntico ao seu original. Porém, é a forma como essa transformação é conduzida é que fará ela ser memorável ou não. 

Curti bastante o gênio do Will. E vocês gostaram? ^^
 Outra questão, dentro desse assunto, é a de que no original, não existe a personagem ‘Dalia’, interpretada pela atriz Nasin Pedrad. Mas aprouve dentro desse novo roteiro construir uma conexão com um outro personagem importante e até que funcionou bem essa relação (sem ‘spoilers’ por aqui). Aladdin (Mena Massoud) e Jasmine (Naomi Scott) tem uma química extremamente funcional e deslancham em charme e simpatia durante. As escolhas foram muito bem colocadas – inclusive Massoud lembra um pouco o protagonista animado – e Naomi está simplesmente encantadora como a princesa que quer ser sultana. 
 As partes musicais do longa são um grande show a parte. Muito bem dirigidas e coreografadas, agregam a narrativa de forma muito positiva e ousada. Não são somente ‘danças e músicas’. Elas interconectam acontecimentos e criam a expectativa para o próximo diálogo ou até mesmo o próximo ato. Eu realmente fiquei apaixonado pelas cenas cantadas deste. Lembram, como disse lá no início, aqueles luxuosos e bem produzidos musicais da Broadway, tamanha a qualidade dos mesmos. É ver, ouvir, cantar e se encantar junto. ^^

Aladdin e Jsamine: ótimos! ;)
 A qualidade técnica aplicada nos efeitos – principalmente nas cenas que envolvem o ‘Gênio’ – são de tirar o fôlego. A fotografia bem posta e os cenários e figurinos lindíssimos contribuem juntos para uma experiência audiovisual indiscutivelmente agradável. Tudo flui muito bem no conjunto da obra. ;)
 O 3d dessa vez agrega um ‘plus’ a mais e eu recomendo assistir na tecnologia. Traz profundidade, bons efeitos e contribui positivamente para melhorar a experiência do longa como um todo. Como entusiasta do recurso, dessa vez acredito que vale a pena, sim, o dinheiro investido para esse fim. ^^
 Enfim, vale a pena ver o filme? RECOMENDADÍSSIMO! A belíssima Naomi Scott, aliados ao carisma de Will Smith e do novato Mena Massoud tornam o “Aladdin” desse tempo aprazível e divertidíssimo de se ver. Os musicais são refinados e até mesmo o vilão Ja’Far (Marwan Kenzari) tem seus momentos de glória. Um filme notável que irá entreter a todos, sem exceção de faixa etária. Altamente recomendado. Vale demais o ingresso!